quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Jogo do Poder - Capítulo 69




Cena 1 / Mansão de Adolfo / Sala / Interior / Manhã
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior
Pedro encarando Ana. Ele lentamente tira à mão da barriga e segura a raiva.
Ana olha para ele como quem suplicasse uma chance.
Pedro – Não tem problema, eu crio essa criança como se fosse minha!
Ela o olha surpresa.
Ana – Eu nunca pensei que fosse ser tão compreensível!
Pedro – Meu amor por você é maior do que tudo! E é por te amar que eu vou amar essa criança!
Ana – Você não existe!
Ela abraça o marido sorrindo. Pedro está furioso, mas não demonstra na frente dela.
Pedro – Eu só que peço que o Henrique nunca saiba que esse filho é dele!
Ela o olha.
Pedro – Isso vai ficar entre nós, um segredo que nós vamos carregar para o túmulo!
Ana assenti concordando com a proposta do marido.

Cena 2 / Apartamento de Agenor / Sala / Interior / Manhã
Maria parada em frente a Agenor.
Maria – Então?! Onde é que você passou aquela noite?!
Agenor engole a seco.
Agenor – Eu ia para clinica, mas meu pneu furou e eu fiquei em um hotelzinho de beira de estrada!
Maria – E por que quando amanheceu você não foi até clinica?!
Agenor – Eu tinha que trabalhar!
Maria – Muito estranho Agenor, você disse que tinha visto o Juliano, disse que ele estava bem!
Agenor – Eu disse que ele estava bem por que eu liguei para clinica!
Maria o olha desconfiada.
Agenor – Você não está achando que eu...?
Maria – Não! Claro que não! Eu sei que você não teria coragem de matar o Otávio!
Agenor – Que bom! Por que por mais que ele merecesse, eu não faria o que ele fez, eu queria que ele pagasse pelos seus crimes na cadeia!

Cena 3 / Grupo Santiago / Sala da Presidência / Interior / Tarde
Cícero entra.
Pedro – O que você quer?!
Cícero – Meu emprego na diretoria ora, como havíamos combinado!
Pedro – Emprego?! Que emprego?! Não me lembro de lhe ter prometido nada!
Cícero o encara.
Cícero – Nós temos um trato e você não vai querer quebra-lo!
Pedro – Não?! E por que você acha que não?!
Cícero – Por que eu tenho todas as nossas conversas gravadas, a polícia, a imprensa, os conselheiros vão adorar saber que foi você e o seu pai as cabeças da operação que tirou Henrique da presidência!
Pedro – Não me ameace Cícero! Eu já tirei muitos do meu caminho e tirar mais um não será problema!
Cícero – Eu não tenho medo de suas ameaças, qualquer coisa que aconteça comigo essas gravações vão cair nas mãos certas! Portanto reze para que nada de ruim me aconteça!
Pedro o encara enfurecido
Cícero sorrindo.
Cicero – Então quando eu começo?!

Cena 4 / Mansão Ludovique / Sala / Interior / Tarde
Manoela entra na sala
Manoela – Finalmente lhe encontrei em casa!
Clésio – Novidades?!
Manoela – As melhores!
Clésio – Então?!
Manoela – Henrique aceitou se casar comigo!
Clésio – Mas isso é maravilhoso!
Manoela – Eu disse que daria tudo certo!
Leonora desce as escadas.
Leonora – Que bom encontrar vocês dois juntos!
Clésio – O que aconteceu?! Que cara é essa?!
Leonora – Eu tenho câncer de mama!
Manoela para de sorrir subitamente e abraça a mãe.
Manoela – Mãe?!
Leonora – Ainda não sei se é maligno, o médico pediu uma biopsia, mas terei de fazer um procedimento cirúrgico!
Manoela – Vai ficar tudo bem!
Manoela abraça a mãe novamente. Clésio se aproxima e abraça as duas.

Cena 5 / Shopping / Interior / Tarde
Ana e Luciana caminham. De longe Ana observa Flávio vindo em sua direção.
Ana – Aquele que vem ali é Flávio Sampaio, ele era advogado de Adolfo!
Luciana – Bonito!
As duas começam a sorrir, ele se aproxima.
Flávio – Ana como vai?!
Ana – Bem obrigada! Já conhece minha irmã, Lucina?!
Flávio estende a mão.
Flávio – Não! É um prazer conhecê-la!
Luciana – O prazer é meu!
Os dois olham fundo um no olho do outro.

Cena 7 / Apartamento de Maria / Sala  / Interior / Tarde.
Cícero entra. Maria está sentada no sofá.
Maria – Tenho uma coisa para lhe contar!
Cícero – O que aconteceu?!
Maria – É sobre o filho de Adolfo!
Cícero – Que filho?! Adolfo nunca teve filhos!
Maria – A Regina estava grávida, não se lembra?
Cícero – Sim, mas ela foi sequestrada e morta antes de dar a luz!
Maria – Isso é o que pensávamos! Regina deu a luz, essa criança veio ao mundo e esteve perto de nós por um bom tempo!
Cícero – Não estou entendendo!
Maria – O Daniel, namorado da Marcela, filho do Adolfo!
Cícero a olha apavorado.
Cícero – O que?!

Cena 8 / Apartamento de Daniel / Sala / Interior / Tarde
Daniel sentado com a mão no rosto. Marcela se aproxima com uma xícara de café.
Marcela – Não fica assim!
Daniel – Eu não sei o que fazer!
Marcela – Primeiro você tem que se acalmar!
Daniel – Eu estou sendo acusado de um crime que não cometi, eu nunca andei com drogas na minha vida e não tenho ao menos dinheiro para pagar um bom advogado!
Marcela – Eu vou falar com o Flávio!
Daniel – Eu não sei nem por onde começar, nem emprego eu tenho mais, daqui uns dias vence o aluguel!
Marcela – EU...
Daniel – Não! De jeito nenhum! Eu não vou aceitar que você pague para mim!
Marcela – Nós somos um casal!
Daniel – Não Marcela! Isso não! Pedir ajuda ao Flávio tudo bem, agora me bancar? Jamais!

Cena 9 / Mansão de Adolfo / Cozinha / Interior / Tarde
Gustavo está próximo à janela e observa Flávio descendo de uma carro junto com Ana e Luciana.
Gustavo – É ele!
Lauderes se aproxima
Lauderes – É ele o que filho?!
Ela olha pela janela e vê Flávio.
Lauderes – Sim, é o filho do doutor Sampaio!
Gustavo olha para ela.
Lauderes – Não acha que está na hora de...
Gustavo – Não! Você está doida?! Ninguém nunca vai saber que o homem que matou o pai dele fui eu!
Lauderes – Você prefere ser chantageado pelo Pedro a pagar pelo que fez!
Gustavo – E você parece que prefere me ver preso!
Lauderes – Você já está preso meu filho, você está preso ao Pedro!
Gustavo – Prefiro estar preso a ele e livre para andar pelas ruas do que apodrecer na cadeia!
Lauderes – Você pode provar que foi ele que te mandou fazer aquilo!
Gustavo – E ai ele me mata! E no mais, em quem você acha que a justiça vai acreditar?! Em um pobre filho de uma empregada doméstica ou em um dos maiores empresário desse país?!
Lauderes encara o filho.

Cena 10 / Galpão / Interior / Tarde.
Jorge caminha de um lado para o outro. De repente um barulho e a porta é aberta. Pedro entra.
Jorge – Finalmente! Me deixou plantado o dia inteiro aqui!
Pedro – Eu avisei que ia me atrasar um pouco!
Jorge olha para os lados.
Jorge – Que lugarzinho mequetrefe que tu foste arrumar hein?!
Pedro – É o mais afastado que eu consegui!
Jorge – E por que um lugar tão afastado?!
Pedro sorri.
Pedro – Por que aqui ninguém vai ouvir o barulho do tiro!
Jorge o encara.
Jorge – A Ana sabe que estou aqui!
Pedro – E daí?!
Ele ergue a arma.
Jorge – Espera! Vamos conversar, vamos entrar em um acordo!
Pedro – Acordo?! Não! Não temos mais nada para conversar e eu não faço acordo com marginais como você! Adeus!
Pedro aperta o gatilho Jorge caí ferido com a mão no peito. Ele se aproxima do corpo. Jorge ainda está vivo, Pedro então engatilha a arma novamente.
Pedro – Nos vemos no inferno!
Fim do Capítulo

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