terça-feira, 31 de julho de 2012

Capitulo 31 de Roleta Russa


Cena 1/ Mansão de Antonio/ Portaria/ Externo/ Dia
MARIANA: Morta?
ANTONIO: Isso. A morte da Marieta já faz dois meses completos. Mas o que você gostaria de tratar com ela?
MARIANA: É... A Marieta queria... É... Ela me chamou para passar um tempo aqui na mansão.
ANTONIO: Como?
MARIANA: Eu sou de Olinda também e a Marieta era colega da minha mãe. Quando a Marieta soube que eu queria vir ao Rio de Janeiro em busca de novas oportunidades de emprego, ela me ofereceu abrigo aqui na mansão. Agora, sem ela aqui, não tenho para onde ir. Mas não tem problema. Eu me viro.
ANTONIO: A Marieta nunca me comentou isso. Confesso que estou surpreso com essa atitude solidária dela.
MARIANA: Bem. Estou muito surpresa com essa notícia. Meus pêsames.
ANTONIO: Obrigado. Mariana é esse seu nome não é?
MARIANA: Sim.
ANTONIO: Pois bem. Mariana, você gostaria de morar aqui na mansão por um tempo?
MARIANA: O senhor está falando sério?
ANTONIO: Sim. Você gostaria?
MARIANA: Sim. Claro. Obrigada pela oportunidade.
ANTONIO: Entre, por favor.
(Mariana e Antonio entram na sala da mansão. Diana se levanta.)
DIANA: Quem é essa mulher, Antonio?
ANTONIO: Diana, essa mulher se chama Mariana e ela vai passar um tempo aqui com a gente. (Para Severina): Severina, venha aqui na sala, por favor.
(Severina entra)
ANTONIO: Severina, leve a Mariana para um quarto. Ela será nosso hóspede por um tempo.
SEVERINA: Claro. Me acompanhe, Mariana.
(Mariana e Severina sobem a escada)
DIANA: Que história é essa de essa menina passar um tempo aqui com a gente? Você a conhece?
ANTONIO: Para falar a verdade, não. Mas parece ser uma menina boa. Ela era colega da Marieta.
DIANA: O que? Essa Mariana é amiga da Marieta? Está na cara que é outra interesseira que está querendo se aproveitar da tua compaixão para roubar nossa fortuna.
ANTONIO: A Marieta prometeu abrigo para essa menina e ela não sabia da morte da Marieta. Eu não poderia enxotá-la. Está decidido. Ela fica, Diana. Caso ela seja uma pessoa de más intenções, com o tempo descobriremos.
(Antonio sai)

Cena 2/ Studio Design/ Sala de Guilherme/ Interno/ Dia
(Ronaldo bate na porta e depois entra)
RONALDO: Chamou, seu Guilherme?
GUILHERME: Chamei. Sente-se.
(Ronaldo senta)
RONALDO: O que aconteceu?
GUILHERME: Ronaldo, eu não quero ser intransigente com você, mas quem você pensa que é para se dar ao luxo de dispensar uma cliente do naipe de Sabrina Andrade?
RONALDO: Seu Guilherme, eu não trabalho com fotos de cunho pornográfico. A Dona Sabrina quer posar nua. Me diga se é coerente uma mulher de 45 anos querer posar nua e aparecer pelada em capas de revistas masculinas.
GUILHERME: Eu não quero saber se é coerente ou não. O que eu quero saber agora é se você tem amor a esse emprego.
RONALDO: Claro que tenho.
GUILHERME: Maravilha. Então você vai voltar à mansão da Sabrina e irá fazer as fotos que ela quer que sejam feitas, ok?
RONALDO: Mas, seu Guilherme, eu não trabalho com isso.
GUILHERME: Você tem razão. Você trabalha para mim e eu quero que você faça qualquer tipo de foto. Desde aquelas mais leves e comportadas àquelas de cunho erótico, ok? Você volta a fazer as fotos da Sabrina?
RONALDO: Volto sim. Pode ficar tranqüilo. Eu faço essas fotos, mesmo a contragosto.

Cena 3/ EUA/ Restaurante/ Interno/ Dia
(Saulo chega ao restaurante e senta-se na mesa onde está Nathalia.)
SAULO: Bom dia
NATHALIA: Bom dia. Tudo bem?
SAULO: Estou levando. Meu banco está me dando um pouco de trabalho, mas as coisas são assim mesmo.
NATHALIA: Eu marquei esse encontro com você para te agradecer pelo o que você fez por mim. Obrigada, de coração.
SAULO: Imagina. Era minha obrigação prestar ajuda a uma pessoa que eu prejudiquei.
NATHALIA: Sabe que às vezes eu fico me perguntando: com tantos homens que poderiam me atropelar, logo você, um brasileiro, que me atropelou? Acho que isso é obra do destino.
SAULO: Quem sabe, né?
NATHALIA: Me conta mais da sua vida, do seu banco. É bom ser um empresário?
SAULO: É ótimo. Tem tantas vantagens. A gente se sente mais independente, sabe como é?
NATHALIA: Acho que sim. Continue.
(A conversa segue fora de áudio)

Cena 4/ Centro de Pesquisas/ Recepção/ Interno/Dia
ANTONIO: Bom dia, Laila.
LAILA: Bom dia, seu Antonio. Eu estava mesmo precisando falar com o senhor.
(Laila pega algumas papeladas na gaveta)

LAILA: Aqui estão uns documentos importantíssimos que o senhor precisa assinar urgentemente.
(Laila entrega os documentos para Antonio)
ANTONIO: Obrigado. Mais alguma coisa?
LAILA: Sim. É melhor o senhor tomar cuidado com o seu Carlos. Sempre que o senhor não vem para o Centro, ele invade a sua sala. Eu o já peguei aí dentro mais de uma vez. Eu acho que ele está de olho no cofre.
ANTONIO: No cofre?

Cena 5/ Ceron Cosméticos/ Sala de Leonardo/ Interno/ Dia
(Leonardo está fazendo desenhos de alguns rótulos. Débora entra)
LEONARDO: Oi, bom dia. Porque não bateu na porta?
DEBORA: Eu não preciso. Sou a dona dessa empresa.
LEONARDO: Desculpe. Eu não sabia. Você deve ser Débora Medeiros.
DEBORA: Sim, sou eu. E você é o Leonardo Alcântara, acertei?
LEONARDO: Acertou. Prazer, dona Débora.
(Leonardo estende a mão)
DEBORA: Você acha que eu vou te cumprimentar garoto. Eu não sou hipócrita. Me responda. Que relação você tem ou teve com o Medeiros?
LEONARDO: Relação? Porque a senhora quer saber disso?
DEBORA: Porque de uma forma surpreendente, seu nome apareceu no testamento do meu marido. Eu quero encontrar alguma explicação para ele cometer esse ato de solidariedade com você.

Cena 6/ Mansão de Antonio/Quarto de Mariana/ Interno/ Dia
(Mariana está tirando as roupas da mala. Daniel entra no quarto)
DANIEL: Licença.
MARIANA: Oi, tudo bem?
DANIEL: Tudo. Sou Daniel e você deve ser a garota que vai passar um tempinho com a gente.
MARIANA: Sou eu mesma; Prazer, me chamo Mariana.
DANIEL: Só vim te desejar boas vindas. Não se preocupe. Você será bem tratada aqui, por todos nós. E se não for, me avise, que eu faço questão de te defender.
MARIANA: Obrigada pela confiança, Daniel. Você é um rapaz muito gentil.
DANIEL: Você parece ser uma garota bem legal. Saiba que você ganhou um amigo aqui dentro. Qualquer dificuldade, me chame, que eu te ajudo.
MARIANA: Você também ganhou uma amiga.
(Mariana torce o pé e cai sobre os braços de Daniel. Eles trocam olhares. Daniel e Mariana se beijam.)


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