quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jogo do Poder - Capítulo 67




Cena 1 / Delegacia / Sala de Silveira / Interior / Manhã
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior.
Silveira com a carta nas mãos encarando o policial que lhe entregará.
Silveira – Como essa carta chegou até você?!
Policial – Estava dentro de minha mochila, quando cheguei aqui e fui trocar de roupa a achei!
Silveira – Como dentro da sua mochila?!
Policial – Não sei, não faço ideia!
Silveira – Tudo bem, me deixa ler o que esse doido quer agora:
Olá de novo doutor Silveira, não pensei que voltaria a lhe escrever, mas as circunstâncias me obrigaram... Matei Otávio Santiago! Degole-o noite passada, o corpo esta na estrada a caminho de uma propriedade dele na serra, mas a essa altura sua equipe já deve ter o encontrado.  A família dele não merecia minhas sinceras desculpas, são pessoas frias, medíocres, capazes de tudo por dinheiro, mas como sou uma pessoa boa, quero que faça a gentileza de entregar esse pedido de desculpas! Eles têm o direito de saber que Otávio era um trairá! Traiu a esposa a vida inteira e é muito metido! Pena que se meteu com a pessoa errada... Espero sinceramente não ter que lhe enviar mais pedidos de desculpas...
PS: Entregue-a ou sua família sofrerá as consequências.

Cena 2 / Mansão de Solange / Quarto de Henrique / Interior  / Manhã
Henrique entra e se assusta ao ver uma pessoa próxima a janela olhando para o quintal.
Henrique – Manoela?!
Ela vira-se sorrindo.
Henrique – O que você faz aqui?!
Ela se aproxima.
Manoela – Eu fiquei sabendo do casamento da Ana com o Pedro e quis saber como você está!
Henrique – Está tudo bem, nós não tínhamos mais nada!
Manoela – Já não bastavam os problemas que você estava enfrentando!
Henrique – Mas vai ficar tudo bem!
Manoela passa a mão no rosto dele.
Henrique – Minha mãe deixou você subir?!
Manoela – Ela não estava!
Manoela se aproxima e beija Henrique subitamente. Ele se solta.
Henrique – Isso é um erro!
Manoela – Não é erro nenhum!
Eles se beijam novamente e vão para cama.

Cena 3 / Mansão de Otávio / Sala / Interior / Manhã
Samantha ao telefone.
Samantha – Sim, obrigada doutor Silveira, providenciarei que alguém vá ao necrotério reconhecer o corpo!
Ela desliga, pega o jornal e senta-se, como se nada tivesse acontecido.
Marcela desce as escadas.
Marcela – Deixa-me sair antes que o meu pai chegue e comece a encher o saco!
Samantha – Seu pai não incomodar mais ninguém, ele está morto!
Marcela olha chocada para mãe.
Marcela – Morto?!
Ela começa a chorar. Samantha levanta-se e abraça a filha.
Samantha – Ele foi assassinado, alguém tem que ir reconhecer o corpo!
Marcela – Pedro?
Samantha – Ainda não o avisei!
Marcela – Você está tão calma... Tão serena!
Samantha – Anos de convivência com seu pai me deixaram assim... Sem sentimentos talvez!

Cena 4 / Mansão de Adolfo / Sala / Interior / Manhã
Pedro ao telefone. Ana se aproxima.
Pedro – Meu pai o que?!
Ana vendo a cara de assustado de Pedro se preocupa.
Ana – O que foi meu amor?!
Ele desliga o telefone, sentando-se rapidamente. Seu rosto está pálido. Ana aflita ao seu lado.
Ana – O que aconteceu?
Pedro – Meu pai foi assassinado!
Ana – Assassinado?!
Pedro – Mataram-no essa noite Ana! Mataram o meu pai, cortaram a garganta dele!
Pedro se abraça na esposa e começa a chorar.

Cena 5 / Apartamento de Maria / Sala / Interior  / Manhã
Agenor entra.
Agenor – Bom dia!
Maria está sentada, é nítido que ela acabara de chorar.
Agenor – O que aconteceu?!
Maria – Otávio...
Ela começa a chorar novamente. Agenor abraça a irmã, que finalmente consegue falar:
Maria – Otávio foi assassinado noite passada.
Agenor – Meu Deus!
Maria – Agora somos apenas nós dois Agenor!

Cena 6 / Cemitério / Capela / Interior / Tarde.
Estão todos em volta ao caixão de Otávio. Marcela abraçada em Daniel. Samantha fazendo o papel de viúva sentada, com um véu sobre o rosto. Pedro está com Ana, próximo à porta de entrada. Márcia entra. Samantha levanta-se e vai em direção a ela, enfurecida:
Samantha – Que audácia sua aparecer por aqui! Saia agora, ou terei de pedir que os seguranças a expulsem!
Márcia – Eu tenho direito de me despedir!
Samantha – Você não tem direito a nada!
Pedro percebe que algo está acontecendo e se aproxima
Pedro – O que está acontecendo aqui?
Samantha – Nada! Essa senhora é que entrou na sala errada!
Márcia olha o caixão, uma lágrima escorre e ela vai embora.

Cena  7 / Anoitece

Cena 8 / Mansão de Adolfo / Sala / Interior / Noite
Ana e Pedro entram. Jorge os espera.
Jorge – Ana, eu preciso falar com você, pode ser?!
Ana – Claro!
Pedro – Não! Ana está cansada, ela precisa descansar amanhã vocês conversam!
Pedro pega na mãe de Ana e os dois sobem as escadas.

Cena 9 / Mansão Ludovique / Sala / Interior / Noite
Manoela – Foi como eu imaginava! Eu sabia que ele não iria resistir, ele está fraco, precisando de atenção!
Clésio – Ponto para você!
Manoela – Logo me casarei!
Clésio – Ele vai pagar minha divida com o agiota, mas a empresa não sai mais do buraco!
Manoela – Como assim?!
Clésio – É impossível, esperamos de mais, eu me enganei achando que ela tinha chances!
Manoela – Mas pai?
Clésio – Se fossem apenas os fornecedores minha filha, mas devemos milhões em impostos, estamos sem credibilidade nenhuma!
Manoela – Mas então esse casamento...
Clésio – Vai ser a nossa salvação como eu lhe disse, ele é que vai nos assegurar uma vida confortável e me manterá fora da prisão!
Manoela olha para o pai.
Clésio – Já arrumei minha dupla cidadania, assim que você casar  o prazo das dividas estiver esgotado eu vou embora do Brasil!

Cena 10 / Mansão de Adolfo / Corredor / Interior / Noite
Pedro está indo para o quarto quando é barrado por Jorge.
Jorge – Seu prazo se esgotou! Ou me dá o dinheiro até o amanhecer, ou...
Pedro – Me espere nesse endereço amanhã cedo! O dinheiro estará lá!
Jorge – É bom que esteja! Não pense em levar armas, Ana saberá onde estou!
Pedro o encara.
Fim do Capítulo

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