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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Estrela do Mar - Capítulo 40

CENA 1: TARDE – PETROPOLIS –  MATA

Danilo acaba de ver Estrela caindo no rio e sendo levada pela correnteza.
DANILO: Estrela eu estou indo
Danilo corre pela margem do rio. 
Estrela continua sendo levada pela correnteza.
DANILO: Tente se segurar em alguma coisa
Estrela bate os braços tentando se agarrar em algo. 
Os policiais e Cesar chegam
CESAR: Meu Deus! Estrela
Um policial grita para os colegas
POLICIAL: Consigam uma corda ou algo assim
Dois policiais saem correndo
Danilo continua correndo pela margem do rio.
DANILO: Estrela, cuidado com as pedras
POLICIAL: Tem uma cachoeira lá na frente
DANILO: Estrela, você precisa se segurar em algo.
Estrela consegue se segurar em um galho preso numa pedra.
ESTRELA: Socorro
DANILO: Fique aí. Não solte eu estou indo
Danilo pula no rio.

CENA 2: TARDE – RIO DE JANEIRO – DELEGACIA

Diogo chega a delegacia algemado e encontra Arnaldo.
DIOGO: Arnaldo, me ajude. Diga que sou inocente.
ARNALDO: Se é inocente porque estava tentando fugir.
DIOGO: Eu não estava.... Eu...
ARNALDO: Assuma logo o que fez
DIOGO: Tá bem, eu assumo. Mas só segui ordens do Rogerio, ele foi o cabeça de tudo.
O delegado entra
DELEGADO: Não é bem isso que as investigações indicam
DIOGO: O que? Não eu não fiz nada
DELEGADO: Podem levar ele
Os policiais levam Diogo.
ARNALDO: O que vai acontecer com ele e com o Rogerio?
DELEGADO: Vão responder ao processo. O Rogerio por ter confessado tudo terá a pena amenizada.
ARNALDO: Rogerio não é má pessoa, ele foi intimidado pelo Diogo
DELEGADO: Com um bom advogado acho que ele pode pegar uma pena leve
ARNALDO: Vou cuidar disso, conheço bons advogados
DELEGADO: E quanto ao Diogo?
ARNALDO: Ele que se vire

CENA 3: TARDE – PETROPOLIS – MATA 

Danilo acaba de pular no rio. Ele nada, tentando se desviar das pedras até chegar onde Estrela está
Danilo segura Estrelas. Eles estão no meio do rio, segurando em um galho preso numa pedra. A correnteza está forte
DANILO: Você está bem?
ESTRELA: Estou com medo, essa água é muito forte
DANILO: Não se preocupe os policiais já foram buscar ajuda
Danilo e Estrela ficam abraçados
ESTRELA: Você veio mesmo. Eu te chamei com meus pensamentos e você veio.
DANILO: É claro que vim. Jamais ia te abandonar
ESTRELA: Mas como sabia onde eu estava?
DANILO: Recebi sua ligação e rastreamos o chamado
ESTRELA: Eu tive tanto medo, achei que não ia te ver mais
Os policiais chegam com uma corda
DANILO: Olha, eles conseguiram
Um policial pula no rio com a corda presa na cintura e nada até onde Danilo e Estrela estão.
DANILO: Você vai primeiro
Estrela se agarra ao policial que a leva de volta a margem.
Estrela chega a margem e Cesar corre para abraça-la
CESAR: Filha. Graças a Deus você está bem
ESTRELA: Papai eu achei que ia morrer
CESAR: Passou querida, está tudo bem agora.
ESTRELA: E o Milton? Pegaram ele?
CESAR: Ele não vai mais incomodar. Como você escapou?
ESTRELA: Eu não escapei. Ele me deixou ir
CESAR: Ele te deixou ir?
ESTRELA: Sim, ele tinha um facão e achei que ia me matar, mas ele cortou as cordas e mandou que eu fosse embora. 
POLICIAL: Milton não era um assassino, estava apenas perturbado pela morte do filho.
Danilo chega a margem e abraça Estrela
DANILO: Eu te amo
ESTRELA: Eu também te amo
Estrela e Danilo se beijam.

CENA 4: TARDE – PETROPOLIS – SITIO 

Danilo, Cesar, Estrela e os policiais retornam a casa do sitio. 
Beatriz corre em direção a Estrela
BEATRIZ: Estrela. Graças a Deus você está bem
ESTRELA: Mamãe, achei que nunca mais ia te ver
BEATRIZ: Você está gelada e toda arranhada.
ESTRELA: Eu cai no rio
DANILO: Vou ver se na casa tem algum tipo de cobertor
Danilo corre para dentro da casa
Cesar abraça Beatriz
BEATRIZ: E aquele monstro?
CESAR: Está morto
BEATRIZ: O que? Como?
CESAR: Ele mesmo se matou
BEATRIZ: Que horror. Mas é melhor assim
Danilo volta com um cobertor e enrola Estrela nela
ESTRELA: Obrigada
Beatriz abraça Danilo
BEATRIZ: Obrigada por ter salvo a minha filha
DANILO: Eu a amo senhora. Faria qualquer coisa por ela
CESAR: Vamos voltar para casa

CENA 5: NOITE – VILA DE PESCADORES – CASA DE JULIO – SALA

Júlio chega em casa. 
MALENA: Danilo ligou agora pouco
JULIO: Encontraram a Estrela?
MALENA: Sim, o sequestrador a levou para uma espécie de sitio, mas acabou a deixando ir, depois se matou.
JULIO: Nossa! Mas ela está bem? E o Danilo?
MALENA: Eles estão bem. Estou tão aliviada
JULIO: Quando o Danilo volta?
MALENA: Eu não sei, espero que logo

CENA 6: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – CASA DE CESAR – VARANDA

Danilo e Estrela estão sentados na varanda
ESTRELA: Você precisa mesmo ir embora hoje?
DANILO: Sim, eu não quero ficar incomodando aqui. 
ESTRELA: Mas eu quero que a gente fique junto. Vou falar com minha mãe e dizer que quero voltar pra vila com você
DANILO: Seus pais não vão concordar com isso, e seu lugar é aqui com eles
ESTRELA: Mas e a gente? Como a gente vai ficar junto?
Cesar chega
CESAR: Eu acho que tenho uma solução
ESTRELA: O que quer dizer pai?
Cesar senta-se ao lado de Danilo
CESAR: Você gostaria de ficar aqui no Rio e trabalhar comigo na construtora?
DANILO: Eu? É claro, eu ia adorar.
ESTRELA: Oba
DANILO: Mas eu não tenho onde morar
CESAR: Vou te alugar um apartamento, mas com uma condição
DANILO: Qual?
CESAR: Que você estude. Quero que faça uma faculdade ou um curso técnico, na área que quiser. O que me diz?
DANILO: Claro. Uau! Nem acredito nisso
Estrela abraça Cesar
ESTRELA: Obrigada papai. Danilo agora você vai ficar
DANILO: Mas preciso ir pra casa,  tenho que avisar meus pais, pegar minhas coisas
CESAR: Claro, e eu vou providenciar seu apartamento. Acho que em uma semana você já pode se mudar.
ESTRELA: Papai, posso ir com o Danilo pra vila? Estou morrendo de saudades de todos lá
CESAR: Humm! Vamos ver o que a sua mãe acha

CENA 7: NOITE – VILA DE PESCADORES – CASA DE JULIO – COZINHA

Malena, Júlio e Catarina estão jantando
CATARINA: Eu contei que a Larissa e a de Denise vão morar na cidade?
MALENA: É, eu ouvi dizer que elas passaram no vestibular. A Larissa vai fazer turismo não é?
CATARINA: Sim, simpática do jeito que ela é já tenho pena dos turistas.
MALENA: Não seja maldosa Cat.
Ouve-se um barulho na porta.
MALENA: O que foi isso?
Danilo entra
DANILO: Oba! Cheguei em boa hora. Pode colocar mais um prato na mesa
Malena se levanta entusiasmada
MALENA: Danilo
Estrela entra
ESTRELA: Acho melhor colocar dois pratos
CATARINA: Estrela, que saudades
Júlio, Catarina e Malena abraçam Estrela e Danilo
CATARINA: Você veia para ficar não é Estrela?
ESTRELA: Bem, só por uma semana
DANILO: Vamos deixar pra falar disse depois. Estou morrendo de fome
Todos se sentam para jantar

UMA SEMANA DEPOIS

CENA 8: MANHÃ – FORTALEZA – PÂTISSERIE

Kaio, seu irmão Kaique e Jaqueline acabam de inaugurar a pâtisserie.
O local é decorado em cores neutras, muito charmoso com pequenos enfeites delicados. Na vitrine vários pães e doces decorados atarem os fregueses
JAQUELINE: Está tudo perfeito
KAIO: Acho que esse lugar vai ser um sucesso. Os fregueses adoraram o seu cupcake especial
JAQUELINE: Recheei com aquele creme que você nos ensinou no primeiro dia de curso
KAIO: Ensinei e você conseguiu prepara-lo perfeitamente logo de cara
JAQUELINE: Dessa vez coloquei um toque especial. Experimenta
Jaqueline entrega um cupcake à Kaio. Ele come um pedaço do doce
KAIO: Humm! Delicioso. O que você colocou aqui?
JAQUELINE: É um segredinho especial
KAIO: Também tenho um doce especial para você
Kaio segue até a geladeira e pega uma tortinha com cobertura de morangos
KAIO: Experimenta
Jaqueline pega a tortinha e esta prestes a dar uma mordida, mas Kaio a interrompe
KAIO: É melhor usar o garfo
JAQUELINE: Por que?
KAIO: Bem, é que o creme é meio mole, não quero que você se suje
JAQUELINE: Esta bem
Jaqueline coloca a tortinha na mesa, pega os talheres e corta um pedaço.
Jaqueline encontra um objeto no meio da torta
JAQUELINE: Ei o que é isso?
Jaqueline pega a pequena caixinha que estava no meio da torta. Ela olha espantada para kaio
KAIO: Abra
Jaqueline abre a caixa e encontra um anel. Ela fica sem palavras.
Kaio pega o anel da caixa e segura as mãos de Jaqueline
KAIO: Jaqueline, aceita ser minha esposa?
JAQUELINE: Eu... Ora! É claro que aceito
Kaio coloca o anel no dedo de Jaqueline e os dois se beijam apaixonadamente.

CENA 9: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – PRAIA

Estrela e Danilo caminham pela praia.
ESTRELA: Gostou do seu apartamento?
DANILO: Sim, é perfeito. E o melhor é que é perto da sua casa e a faculdade
ESTRELA: Papai adorou você ter escolhido estudar engenharia civil
DANILO: Meus pais também estão muito felizes, apesar de mamãe ainda não se conformar com a minha vinda para o Rio
ESTRELA: Eles deviam vir também
DANILO: Acho que meus pais jamais vão querer sair da Vila, já a Catarina.... Tive que prometer que quando me formar vou traze-la para morar aqui
ESTRELA: Aí mesmo que sua mãe vai ficar doida
DANILO: Nem me fala
Danilo vê um vendedor de sorvete
DANILO: Quer sorvete?
ESTRELA: Claro. De chocolate
Danilo compra dois sorvetes e eles se sentam a beira mar
ESTRELA: Ainda me lembro da primeira vez que comi chocolate, foi você quem me deu.
DANILO: Eu sei. Um bombom que meu pai trouxe da cidade
ESTRELA: É (risos) Isso é muito bom
O vento sopra suavemente
ESTRELA: Essa brisa é tão gostosa.
Danilo e Estrela observam o mar
DANILO: Eu adoro o mar. Quando eu era criança às vezes tinha pesadelos e não conseguia dormir, então eu ia ate a praia e ficava olhando o mar. Isso me acalmava
ESTRELA: Eu também adoro o mar, é tão calmo e relaxante
DANILO: E o que eu mais gosto é do presente que o mar me trouxe
ESTRELA: Que presente?
Danilo olha nos olhos de Estrela
DANILO: Você. Minha Estrela do Mar
Danilo e Estrela se beijam

FIM

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 39

CENA 1: TARDE – PETROPOLIS – SITIO

Milton se aproxima de Estrela com o facão.
ESTRELA: Por favor, eu não quero morrer
Milton segura Estrela, ergue o facão e corta as cordas que a prendem
MILTON: Suma daqui
ESTRELA: O que?
MILTON: Vá embora antes que eu me arrependa. 
Estrela olha assustada para Milton
MILTON: Siga o rio e você encontrará uma estrada, peça carona e volte pra cidade.
ESTRELA: Obrigada eu...
Milton grita
MILTON: Vá logo
Estrela sai correndo pela mata.

CENA 2: TARDE – PETROPOLIS – SITIO – CASA

O carro de Cesar estaciona em frente a casa do sitio. A policia já esta no local
CESAR: Então?
POLICIAL: Não tem ninguém na casa
BEATRIZ: Oh meu Deus!
POLICIAL: Mas eles estiveram aqui. Tem um carro lá atrás e achamos o celular da garota no quarto
DANILO: O que faremos agora?
POLICIAL: Estamos fazendo uma busca pelas proximidades. O carro do Milton ainda esta aqui, o que significa que não  foram longe
CESAR: Vamos ajudar nas buscas
BEATRIZ: Vou também
CESAR: Não. De jeito nenhum você vai entrar no mato, quero que fique aqui na casa com os policiais.
BEATRIZ: Mas...
CESAR: Não discuta
BEATRIZ: Esta bem, eu acho mesmo que só iria atrapalhar. 
Beatriz abraça Cesar
BEATRIZ: Trás a minha filha de volta para mim
CESAR: Vou trazer
Cesar e Danilo correm para o interior da mata a procura de Estrela.

CENA 3: TARDE – RIO DE JANEIRO – AEROPORTO

Diogo chega ao aeroporto e segue para o balcão de compra de passagens.
DIOGO: Boa tarde. Qual o próximo voo para os Estados Unidos?
A atendente olha no computador
ATENDENTE: Temos um voo que sai às dez da noite
DIOGO: Hummm
Diogo fica pensativo
ATENDENTE: Vai querer?
DIOGO: Não. E para Europa? Tem algum voo para Europa saindo agora?
A Atendente olha desconfiada para Diogo.
ATENDENTE: Temos um para Paris às sete da noite. Londres às cinco e...
Diogo interrompe
DIOGO: Qual o próximo voo da companhia?
ATENDENTE: Para onde exatamente o senhor quer ir?
DIOGO: Só quero saber qual é o próximo voo
ATENDENTE: Vai sair um em meia hora para o México
DIOGO: Perfeito vou querer uma passagem de primeira classe
A atendente executa a compra. Diogo pega a passagem e sai.
A atendente chama o segurança da companhia.
ATENDENTE: Fique de olho naquele cara
SEGURANÇA: Por que?
ATENDENTE: Achei ele meio suspeito. Veio comprar uma passagem, mas não sabia pra onde. O que ele queria era sair do país.
SEGURANÇA: Acha que ele pode estar fugindo de alguma coisa?
ATENDENTE: Era o que parecia.
SEGURANÇA: Vou ficar de olho, mas acho que é melhor avisar a policia federal
ATENDENTE: Sim, vou fazer isso.
O segurança sai, e fica observando Diogo aguardando o embarque.

CENA 4: TARDE – RIO DE JANEIRO – DELEGACIA DE POLICIA

Rogério esta prestando depoimento ao delegado.
ROGÉRIO: Então mandamos um office boy levar os pedidos de compra para o César assinar. As primeiras páginas eram da empresa que já estávamos acostumados a comprar, mas as páginas do meio era da outra.
DELEGADO: E ele não olhou todas as páginas antes de assinar?
ROGÉRIO: Não. Tomamos cuidado de levar os documentos pouco tempo antes dele sair para o aeroporto. Ele estava com pressa e não ia perder tempo olhando todas as páginas
DELEGADO: Essa viagem também foi armada por vocês não é?
ROGÉRIO: Sim, tínhamos que tirar o César da cidade para que o material pudesse ser descarregado sem problemas. O Diogo falou com um amigo empresário em São Paulo e ele ligou para o César querendo contrata-lo para o projeto de um shopping.
DELEGADO: Mas esse projeto nunca existiu. O Cesar não desconfiou?
ROGERIO: Acho que ele ficou meio irritado afinal a empresa pediu uma reunião de emergência e quando ele chegou, descobriu que o projeto ainda era apenas uma ideia.
Rogerio toma um gole de água
ROGERIO: Mas também tivemos sorte
DELEGADO: Sorte?
ROGERIO: Sim, logo após voltar de São Paulo o César teve que viajar, acho que para Fortaleza, por um problema particular e não teve tempo de ir à obra
DELEGADO: Quer dizer que o César não descobriu a troca dos materiais até acontecer o acidente?
ROGERIO: Exatamente. Eu não sei exatamente do que se tratava, mas sei que ele estava com problemas particulares que o deixaram muito ocupado.
O escrivão digita todas as declarações de Rogerio.

CENA 5: TARDE – PETROPOLIS – SITIO – MATA

Estrela está caminhando na beira do rio.
ESTRELA: Aí, será que falta muito para chegar a tal estrada. Estou cansada.
Começa a chover
ESTRELA: Que droga.
Estrela corre para dentro da mata e encontra uma grande árvore.
Estrela se abriga embaixo da árvore
ESTRELA: Acho melhor esperar um pouco, quem sabe a chuva não passa.
Estrela se senta embaixo da árvore.

CENA 6: TARDE – RIO DE JANEIRO – DELEGACIA

Rogerio continua conversando com o delegado
DELEGADO: O que sabe desse Milton, o mestre de obras?
ROGERIO: Era um bom funcionário, mas meio esquentado. Foi algumas vezes na empresa afirmar que não ia tolerar uma redução nos salários e até ameaçou fazer greve.
DELEGADO: Ele não percebeu a troca de materiais?
ROGERIO: Percebeu sim. E ficou muito irritado, porque tentou varias vezes falar com Cesar, mas não conseguiu. Como eu disse o Cesar estava com problemas particulares.
DELEGADO: Então o Milton já estava com uma certa raiva do Cesar antes do acidente?
ROGERIO: Não sei se raiva, mas ele estava muito irritado com ele sim.
DELEGADO: O filho do Milton foi uma das vitimas do acidente não é?
ROGERIO: Sim, era um ótimo rapaz, tinha acabado de entrar para faculdade. O Milton acusa o Cesar pela morte do filho.
Um policial entra
POLICIAL: Com licença senhor. Recebemos uma ligação do aeroporto, parece que o Diogo está tentando embarcar para o México
DELEGADO: Impeça isso imediatamente.

CENA 7: TARDE – PETROPOLIS – SITIO – MATA

Os policiais, Cesar e Danilo correm pela mata procurando Estrela e Milton. 
Danilo chama pela garota
DANILO: Estrela. Estrela se estiver me ouvindo responda
Danilo percebe um movimento dos policiais a sua direita
POLICIAL: Aqui, aqui na beira do rio
Danilo e Cesar correm até a beira do rio
DANILO: Acharam ela?
Danilo e Cesar chegam a beira do rio e encontram sangue pelo chão
DANILO: Não, não
CESAR: Meu Deus!
Cesar vê os policiais em volta de uma arvore. Ele se aproxima lentamente.
César vê o corpo de Milton no chão coberto de sangue. Seus pulsos estão cortados e um facão está a seu lado.
Danilo se aproxima
DANILO: É o Milton?
CESAR: Sim.
POLICIAL: Tudo indica que foi suicídio.
Cesar nota uma foto de Rafael no peito de Milton
CESAR: Acho que ele não suportou a morte do filho
DANILO: Mas e a Estrela? O que ele fez com ela?
Os policiais notam a corda amarada da arvore
POLICIAL: Acho que ela estava presa aqui
CESAR: Será que ela conseguiu fugir?
POLICIAL: Esperamos que sim. Vamos continuar as buscas.
Dois policiais continuam com o corpo de Milton. Os outros correm pela mata com Danilo e César.

CENA 8: TARDE – RIO DE JANEIRO – AEROPORTO

Diogo esta na fila do embarque.  A passageira à sua frente tem um problema no passaporte e atrasa tudo.
DIOGO: Que droga. Justo quando chega a minha vez, a fila empaca
Diogo esta impaciente. Ele sente alguém colocando a mão em seu ombro.
Diogo vira-se e dá de cara com um policial
POLICIAL: O senhor está preso
DIOGO: O que? Não, é um engano
POLICIAL: Por favor nos acompanhe
Diogo é levado pelos policiais. Todos na fila observam assustados.

CENA 9: TARDE –PETROPOLIS – SITIO – MATA

Estrela está sentada em baixo de uma arvore quando escuta a voz de Danilo a chamando.
Estrela se levanta e começa a gritar
ESTRELA: Danilo? Danilo é você?

CENA 10: TARDE- PETROPOLIS – SITIO – MATA

Danilo escuta a voz de Estrela
Danilo corre para dentro da mata abandonando o grupo.
DANILO: Estrela, onde você está?
Danilo corre desesperadamente
DANILO: Estrela fala comigo
Danilo escuta a voz dela novamente e tenta seguir o som

CENA 11: TARDE – PETROPOLIS – SITIO – MATA

Estrela para de escutar a voz de Danilo
ESTRELA: Danilo? Danilo responda
Estrela decide voltar para a margem do rio.
ESTRELA: Danilo estou perto do rio
A chuva diminuiu um pouco, mas deixou a margem toda cheia de lama
Estrela escuta a voz de Danilo a chamando e grita
ESTRELA: Siga o rio
Estrela fica na beirada do rio esperando Danilo. 
O chão lamacento sede e Estrela cai na água
Danilo chega e vê Estrela caindo no rio. Danilo grita
DANILO: Estrela
A correnteza do rio está forte por causa da chuva e Estrela é arrastada.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 38

CENA 1: TARDE – RIO DE JANEIRO – EMPRESA GOLTZ – SALA DE ARNALDO

Arnaldo acaba de saber que Diogo fugiu.
ROGERIO: Esta vendo senhor. Ele ter fugido só confirma sua culpa
ARNALDO: Sim, não resta mais dúvidas
VICENTE: Vou avisar a policia. Ele não pode sair do país
Vicente pega o telefone e sai da sala
ROGERIO: Tem alguma noticia da garota desaparecida?
ARNALDO: Não. Acho que ainda não a encontraram.
ROGERIO: Me sinto responsável por isso. O que será que o maluco do Milton vai fazer com ela?
ARNALDO: Não faço ideia. 

CENA 2: TARDE – PETROPOLIS – SITIO 

Milton anda com Estrela amarrada pelo interior da mata. Eles chegam a beira de um rio.
Milton prende a corda numa árvore.
ESTRELA: Já disse que não sou um cachorro para ficar presa desse jeito
Estrela olha para o canto, embaixo da arvore, e nota uma vara de pesca e uma bolsa.
ESTRELA: Isso é seu? 
MILTON: Sim, deixei aqui de manhã
Milton pega a vara e começa a colocar a isca.
Estrela se senta na pedra em baixo da arvore na qual esta presa. Ela olha para a bolsa e vê um facão.
ESTRELA: Você vai pescar?
MILTON: Sim
Milton se senta na beira do rio e joga a linha na agua. 
ESTRELA: E pra que o facão?
Milton não responde.
Estrela fica observando ele pescar. Ela olha novamente para o facão e sente muito medo.
MILTON: Quando o Rafa era menor, adorava vir aqui pescar
ESTRELA: Rafa era o seu filho?
MILTON: Sim, o que seu pai matou.
ESTRELA: Meu pai não teve culpa naquele acidente. 
MILTON: É claro que teve
Estrela percebe que Milton está ficando nervoso e fica quieta.

CENA 3: TARDE – RIO DE JANEIRO – CASA DE CESAR – SALA

Cesar entra em casa com Danilo.
DANILO: Nossa! Que casa enorme
Beatriz desce as escadas correndo
BEATRIZ: Encontraram a Estrela?
CESAR: Ainda não, mas já estão rastreando a ligação dela
Beatriz segura o braço de Danilo
BEATRIZ: O que ela te disse quando ligou? Por que ela não ligou para mim?
DANILO: Eu não sei. Eu não atendi a ligação, o celular estava na mochila e eu estava cochilando no ônibus.
BEATRIZ: Que droga, por que não estava com o celular na mão ou no bolso?
CESAR: Bia acalme-se o menino não tem culpa.
BEATRIZ: Desculpe, estou nervosa. Quanto tempo leva para rastrearem a ligação
CESAR: Acho que não demora muito.
BEATRIZ: Não vejo a hora desse pesadelo terminar.

CENA 4: TARDE – FORTALEZA – SHOPPING – LOJA DE DECORAÇÃO

Jaqueline e kaio andam por uma loja de decoração.
JAQUELINE: Que loja legal. Nunca tinha vindo aqui
KAIO: É o que tem de bonita tem que cara (risos). Mas não importa, tudo para a loja ter uma decoração perfeita.
JAQUELINE: Só que eu não conheço muito esse tipo de padaria chique, não sei que tipo de coisa comprar.
Kaio abre a bolsa e pega uns folhetos
KAIO: Olha, essas são as outras filiais da marca espalhadas pelo mundo. Claro que podemos dar um toque pessoal, mas sem fugir muito do conceito.
Jaqueline pega os folhetos
JAQUELINE: Ah! Isso já ajuda muito
KAIO: Obrigada por ter vindo me ajudar
JAQUELINE: Ora, sou sua assistente não sou?
Kaio se aproxima de Jaqueline
KAIO: Eu queria que fosse mais que isso
JAQUELINE: O que quer dizer?
KAIO: Quero que seja minha namorada. O que me diz?
Jaqueline dá um longo beijo em Kaio
KAIO: É, acho que isso é um sim
JAQUELINE: Vou adorar ser sua namorada
Kaio e Jaqueline se beijam novamente.

CENA 5: TARDE – RIO DE JANEIRO – CASA DE ARNALDO – SALA

Celine entra na sala. Lucrécia está sentada no sofá tomando um suco
CELINE: Oi. A Lurdes disse que veio me ver
Lucrécia cumprimenta Celine
LUCRECIA: Como você está?
CELINE: Bem, na medida do possível
LUCRECIA: Foi uma pena isso ter acontecido justo quando vocês estavam se recuperando da crise
CELINE: Sim, já tínhamos até uma viagem para o Caribe agendada, mas...
LUCRECIA: Como o Arnaldo está?
CELINE: Preocupado. Ele não fala na minha frente, mas sinto que ele não está bem.
LUCRECIA: Bom, mas eu vim aqui para te fazer um convite. Um cruzeiro pelas ilhas gregas o que me diz?
CELINE: Você sabe que eu não tenho condições
LUCRECIA: Você não vai pagar nada. Meu marido ganhou um pacote para três pessoas, é uma cortesia pelos serviços que a empresa presta.
CELINE: E você quer que eu vá com vocês? Tipo, segurando vela?
LUCRECIA: Não (risos). Ele não vai, está cheio de serviço no escritório, então pediu que eu chamasse duas amigas para me acompanhar. O que me diz? Pronta pra fazer as malas
Celine fica pensativa
CELINE: Muito obrigada pelo convite, mas eu não posso ir
LUCRECIA: O que? Como assim? Eu achei que você ia pular de alegria
CELINE: Se fosse a algum tempo atrás provavelmente sim, mas todos esses problemas me fizeram  perceber o quando sou egoísta e só penso no meu bem estar.
LUCRECIA: Esta falando serio?
CELINE: Sim. O Arnaldo precisa de mim, e eu não posso deixa-lo sozinho num momento difícil desses para curtir um cruzeiro nas ilhas gregas.
LUCRECIA: Uau! Você está mudada mesmo.
CELINE: Mas agradeço muito o convite.
LUCRECIA: Esta bem, eu convido outra pessoa
CELINE: Mas eu não mudei tanto assim, de modo que vou querer saber de todas as fofocas da viagem
LUCRECIA: Pode deixar, assim que eu voltar, passo aqui pra gente fofocar como sempre, falando nisso, você soube que a Paola vai se separar?
CELINE: Sério? Me conta isso menina
Celine e Lucrécia continuam conversando.

CENA 6: TARDE – RIO DE JANEIRO – CASA DE CESAR – SALA

Danilo, Beatriz e Cesar estão na sala apreensivos. A campainha toca e o Dr. Soarez entra
BEATRIZ: E então? Localizaram minha filha
DR. SOAREZ: Sim. A ligação veio de Petrópolis
CESAR: Petrópolis? O que eles foram fazer lá?
DR. SOAREZ: A policia investigou e descobriu que a família do Milton tem um sitio lá.
DANILO: Vamos pra lá imediatamente.
BEATRIZ: Eu vou também
CESAR: Não, pode ser perigoso
BEATRIZ: Eu vou, vocês não podem me impedir
CESAR: É melhor você ficar aqui com a Carla, ela ainda esta assustada e se sentindo culpada pelo o que aconteceu.
BEATRIZ: Não. Agora a Estrela precisa mais de mim do que a Carla. Eu vou
DANILO: Estamos perdendo tempo
CESAR: Esta bem, então vamos.
Cesar, Beatriz, Danilo e o Dr. Soarez saem apressados.

CENA 7: TARDE – PETROPOLIS – SITIO 

Estrela continua amarrada na arvore
Milton está pescando, mas não consegue pegar nada.
ESTRELA: A água está muito agitada, não vai conseguir pegar nada aqui
MILTON: Você entende de pesca?
ESTRELA: Um pouco. Eu morava numa vila de pescadores
Milton olha para Estrela
MILTON: Como assim? Você não mora com seus pais no Rio?
ESTRELA: Agora sim, mas faz apenas algumas semanas que eu os encontrei. Eu fui sequestrada quando era bebê e passe minha vida toda trancada num quarto subterrâneo.
MILTON: Isso é sério?
ESTRELA: Sim, eu consegui fugir há alguns meses e fui parar numa vila de pescadores, onde conheci pessoas maravilhosas. Tenho tantas saudades, eu adorava pescar com o Danilo, e colher conchinhas na praia com a Catarina.
Milton larga a vara e se levanta. Ele segue até a bolsa e pega o facão
ESTRELA: O que você vai fazer?
Milton se aproxima de Estrela com o facão
ESTRELA: Por favor, não faça isso, não me mata.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 37

CENA 1: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – EMPRESA GOLTZ – SALA DE ARNALDO

Rogério acaba de confessar a Arnaldo que ele e Diogo enganaram César para que assinasse a autorização da compra de novos materiais.
ARNALDO: O que está me dizendo?
ROGERIO: Eu sei que foi errado, mas estávamos com medo que o senhor demitisse um de nós.
Arnaldo aparenta estar chocado. Ele pega o telefone e fala com sua secretaria
ARNALDO: Diga ao Diogo para vir imediatamente a minha sala
Arnaldo desliga o telefone e olha para Rogerio que está de cabeça baixa
ARNALDO: Não acredito que fizeram isso
ROGERIO: Eu estou muito mal desde que ouve o acidente, me sinto culpado por todas aquelas mortes e agora pelo sequestro da garota
ARNALDO: Vou ter que contar isso a policia
ROGERIO: Eu sei, estou preparado para assumir as consequências dos meus atos.
Diogo entra 
DIOGO: Mandou me chamar senhor?
Diogo olha para Rogerio
DIOGO: O que está acontecendo?
ARNALDO: Você tem ideia do que fez?
DIOGO: Do que está falando?
ROGERIO: Ele já sabe de tudo
Diogo fica nervoso
DIOGO: Tudo o que?
ROGERIO: Desculpe, mas eu tive que contar, não aguentava mais esse remorso. Eu contei que somos nós os responsáveis pelo acidente da obra
Diogo olha assustado para Rogerio e Arnaldo

CENA 2: MANHÃ -  FORTALEZA – AEROPORTO – LANCHONETE.

Danilo está falando com César ao telefone
DANILO: Não é nenhum trote senhor. A Estrela me ligou ontem, as 11:45 da noite, mas o celular estava na mochila e eu não ouvi. Só vi a ligação dela agora a pouco.
Vinicius observa Danilo ficando apreensivo com a conversa.
DANILO: Eu estou indo para o Rio agora, devo chegar aí entre uma e duas da tarde. Ok, nós encontramos então.
Danilo desliga o telefone.
VINICIUS: Não encontraram ela né?
DANILO: Não,  mas o pai dela disse que pela ligação que eu recebi vai dar para rastrear e saber de onde ela ligou.
VINICIUS: Beleza, você vai se encontrar com ele?
DANILO: Sim, ele vai estar me esperando no aeroporto
VINICIUS: Falando nisso, é melhor ir fazer o check in
Danilo se levanta
DANILO: Claro, não vejo a hora de chegar no Rio logo.
Danilo e Vinicius saem da lanchonete.

CENA 3: MANHÃ – FORTALEZA – CARRO

Jaqueline Clara estão no carro indo para doceria
JAQUELINE: Eu fico tão feliz que tenha aceitado ir me substituir na doceria
CLARA: Eu  é que fico feliz com o convite. Você já falou com a dona?
JAQUELINE: Na verdade não, mas tenho certeza que ela vai te aceitar. A Gabriela é uma pessoa muito bacana, é uma pena eu ter que sair, mas a proposta do Kaio é irrecusável
CLARA: Falando nisso, eu vi o jeito com que vocês dançaram ontem. O que está rolando?
Jaqueline fica vermelha
JAQUELINE: Nada, somos só amigos e agora colegas de trabalho.
CLARA: Mas não rolou nadinha?
JAQUELINE: Bem... ontem ele me  acompanhou até em casa e acabou rolando um beijo, mas só isso
CLARA: Aê! Amiga fisgou o maior gato
JAQUELINE: Ah! Para, eu fico sem graça
CLARA: Fico muito feliz, vocês formam um casal lindo
Jaqueline estaciona o carro em frente a doceria
JAQUELINE: Chegamos

CENA 4: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – EMPRESA GOLTZ – SALA DE ARNALDO

Diogo e Rogerio estão na sala de Arnaldo.
DIOGO: Eu não fiz nada
ROGERIO: Pare de mentir Diogo, assuma logo o que fizemos.
DIOGO: Já disse que não fiz nada, vocês não tem prova nenhuma
ARNALDO: Diogo, se você está nesse rolo é melhor falar logo
Diogo irrita
DIOGO: Que droga, já disse que não fiz nada. O Rogerio está perturbado há dias, será que ninguém entende.
ROGERIO: Como é que é?
DIOGO: Olha cara, esse tipo de estresse é normal, você tem trabalhado demais e ficou impressionado com a queda do edifício. Nesses casos, as pessoas costumam imaginar coisas, acho que umas férias te fariam bem.
ROGERIO: O que? O surtado aqui é você
Rogerio começa a se alterar
ARNALDO: Acalmem-se. Vocês dois são meus funcionários de maior confiança e me deixam numa sinuca de bico. Ninguém tem provas de nada, é apenas a palavra de um contra o outro, de modo que terei que deixar isso com a polícia.
ROGERIO: Ótimo
Diogo fica nervoso
DIOGO: Acho que não é para tanto
ROGERIO: Ora, quem não deve não teme
ARNALDO: O Rogerio tem razão, se você é inocente como diz, não tem porque se opor a investigação da policia
DIOGO: Tudo bem, faça o que achar melhor. Vou estar na minha sala
Diogo sai irritado
ROGERIO: Também vou para minha sala, estou a disposição para qualquer esclarecimento
Rogerio sai. Arnaldo liga para seu advogado.

CENA 5: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – CASA DE CESAR – QUARTO

Cesar entra em seu quarto e começa a se arrumar. Beatriz, que estava deitada se levanta e senta-se na cama.
BEATRIZ: Alguma noticia da Estrela?
CESAR: Sim, parece que ela ligou ontem a noite para aquele namoradinho dela da vila
Beatriz se levanta animada.
BEATRIZ: O que? Onde ela está? Ela está bem?
CESAR: Não sabemos. O tal Danilo não ouviu o telefone e por isso não atendeu
BEATRIZ: Por que ela não ligou para gente?
CESAR: Eu não sei, mas o Danilo está vindo pro Rio, eu vou encontra-lo no aeroporto e com o celular dele poderemos rastrear o chamado e saber de onde a Estrela ligou.
BEATRIZ: Eu vou com você
CESAR: Não,  é melhor você ficar para o caso da Estrela ligar
BEATRIZ: Tudo bem, mas me mantenha informada
CESAR: Pode deixar.
CENA 6: MANHÃ – FORTALEZA – DOCERIA SABOR DE MEL

Jaqueline e Clara entram na doceria e seguem para o balcão onde está Gabriela
JAQUELINE: Bom dia
GABRIELA: Bom dia. Você não veio na hora do expediente, suponho que tenha aceito a proposta do seu professor
JAQUELINE: Sim, eu aceitei
GABRIELA: Fico feliz por você. Não posso ser egoísta
JAQUELINE: E eu não posso ser ingrata, por isso quero te apresentar a Clara
CLARA: Oi
GABRIELA: Olá
JAQUELIN: A Clara fez o curso comigo e se saiu muito bem, ela já tem experiência no ramo, mas no momento está sem emprego, por isso pensei que ela poderia me substituir aqui.
GABRIELA: Ora, isso é ótimo, eu já estava preocupa ter que encontrar outra funcionaria as pressas.
CLARA: Posso fazer um teste se a senhora quiser
JAQUELINE: Garanto que não vai se arrepender, ela é ótima
GABRIELA: Confio na sua indicação. Clara, você esta contratada, pode começar agora?
CLARA: Agora? Claro, sem problemas
GABRIELA: Vou leva-la até a cozinha e te apresentar ao pessoal
CLARA: Muito obrigada senhora.
Clara abraça Jaqueline
CLARA: Obrigada à você também amiga
JAQUELINE: Não precisa agradecer. Muita sorte nesse novo emprego
CLARA: Eu te desejo o mesmo. Sorte com o novo emprego e com o novo amor.

CENA 7: TARDE – RIO DE JANEIRO – AEROPORTO

Danilo desembarca do aeroporto do Rio. César e o Dr. Soarez estão esperando por ele.
CESAR: Oi você é o Danilo?
DANILO: Sim
CESAR: Eu sou Cesar, pai da Estrela, e esse é meu advogado Dr. Soarez
DANILO: Prazer
DR. SOAREZ: Onde está o celular com a ligação da garota?
DAQUILO: Aqui
Danilo entrega seu celular ao advogado. 
DR. SOAREZ: Vou levar agora mesmo para que a policia rastreie a ligação
CESAR: Certo, me informe assim que tiver algum resultado.
O Dr. Soarez sai.
Cesar vira-se para Danilo
 CESAR: vamos para minha casa, temos muito o que conversar
Danilo sai com Cesar

CENA :8 TARDE – PETROPOLIS – SITIO – CASA – QUARTO

Estrela está sentada na cama, aparentando estar muito entediada. 
Milton entra e a garota se assusta
MILTON: Vamos
ESTRELA: Vamos para onde?
MILTON: Você pergunta demais
Milton se aproxima de Estrela com uma corda e começa a amarrar as mãos dela
ESTRELA: Ei? O que está fazendo?
MILTON: Pare de se mexer
Milton amarra as mãos de Estrela com uma ponta da corda. Com a outra ponta ele a puxa e a leva para fora do quarto.
ESTRELA: Por que está me levando como se eu fosse um cachorro? Me solte
Milton continua andando em silencio. Eles saem da casa

CENA 9: TARDE – RIO DE JANEIRO – EMPRESA GOLTZ – SALA DE ARNALDO

Arnaldo está em sua sala trabalhando, quando Vicente, seu advogado entra
ARNALDO: E aí? Descobriu alguma coisa?
VICENTE: Acho que a historia que o Rogerio contou é verdadeira
ARNALDO: Por que diz isso?
VICENTE: O advogado do Cesar está fazendo uma investigação sobre uma empresa paulista que fez o Cesar sair do Rio justo no dia em que iam comprar e descarregar o material na obra.
ARNALDO: E o que isso tem a ver com a gente?
VICENTE: A tal empresa tem fortes contatos com o Diogo
ARNALDO: Então ele e o Rogerio armaram tudo mesmo
VICENTE: Parece que sim. Já avisei a policia e eles vão interrogar os dois
Arnaldo pega o telefone e pede que a secretaria chame Rogerio e Diogo
ARNALDO: Não acredito que fizeram isso. Será que eu os pressionei demais?
VICENTE: Não  culpe, não há justificativa para o que eles fizeram
ARNALDO: Eu juro que jamais pensei em demiti-los
Rogerio entra
ROGERIO: Estou aqui senhor
ARNALDO: Parece que o você diz é verdade, e que vamos ter como provar
VICENTE: Você sabe que vai ser processado não é?
ROGERIO: Sim senhor, mas nenhuma pena vai ser maior do que esse remorso que sinto
Fabiana, a secretaria entra
FABIANA: Com licença senhor. O Diogo não está na sala dele.
ARNALDO: Ele saiu? Eu disse pra ele não sair
FABIANA: Eu acho que ele não volta hoje, pois ele levou seus pertences quase todos
ROGERIO: Ele fugiu. Aquele covarde fugiu.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 36

CENA 1: NOITE – PETROPOLIS – SÍTIO – CASA

Milton e Estrela entram na pequena casa do sítio. Estrela começa a espirrar
MILTON: É, está um pouco empoeirado.
ESTRELA: Há quanto tempo ninguém vem aqui?
MILTON: Não sei. O meu cunhado sempre vem com os filhos no verão, tem uma cachoeira maravilhosa lá na frente.
Estrela observa o lugar.
ESTRELA: Por que estamos aqui?
MILTON: Porque eu preciso pensar. Venha
Milton pega o braço de Estrela e a leva até um quarto.

CENA 2: NOITE – PETROPOLIS – SITIO – CASA – QUARTO

Milton leva Estrela ao quarto
MILTON: Você fica aqui, até eu decidir o que vou fazer
Milton sai e tranca a porta com a chave. Estrela começa a bater na porta
ESTRELA: Por favor não me deixa presa. Eu não gosto de ficar presa.
Estrela começa a chorar e ouve o grito de Milton
MILTON: Cala a boca.
Estrela vai até a janela, mas percebe que ela tem grades e está trancada com um cadeado.
Ela se  joga na cama, e percebe que tem alguma coisa em seu bolso.
ESTRELA: O meu celular. Tinha me esquecido que estava com ele
Estrela pega o celular e o liga.
ESTRELA: Tem um monte de ligações do Danilo. Por que eu sempre me esqueço de ligar essa coisa.
Estrela percebe que a bateria do celular está no fim.
ESTRELA: Que droga. Além de esquecer de ligar e também sempre me esqueço de carregar isso.
Estrela anda pelo quarto procurando sinal para fazer uma ligação.

CENA 3: NOITE – RIO DE JANEIRO – CASA DE CESAR – QUARTO

Beatriz está deitada. Cesar entra com uma bandeja
CESAR: Trouxe o seu jantar, já que você não quis descer.
BEATRIZ: Não estou com fome
CESAR: Precisa se alimentar
BEATRIZ: Quero a minha filha. Por que isso teve que acontecer? Justo agora que a encontrei, não posso perde-la de novo
CESAR: Não vamos perde-la. A policia vai encontra-la você vai ver
BEATRIZ: Tem alguma noticia?
CESAR: Ainda não. A policia foi atrás do irmão e da irmã do Milton, que moram em São Paulo, mas parece que ninguém tem noticias dele.
BEATRIZ: Se soubessem também não falariam. Quero dizer, não iam entregar o próprio irmão
CESAR: Não se preocupe, mais cedo do que imagina vamos ter a Estrela aqui conosco de novo.
BEATRIZ: Deus te ouça
CESAR: Agora tente comer um pouquinho.

CENA 4: NOITE – FORTALEZA – CHURRASCARIA BOI  ESPETADO

A churrascaria tem uma banda tocando ao vivo, e um pequeno palco onde algumas pessoas estão dançando. Kaio vai até Jaqueline.
KAIO: Vamos dançar?
JAQUELINE: Eu não sei dançar
KAIO: Eu também não, mas e daí? 
Jaqueline fica em duvida
KAIO: Olha pra aquele pessoal na pista, você acha que algum deles realmente dança bem?
JAQUELINE: É, tem razão. Eles são péssimos
KAIO: Mas estão se divertindo
JAQUELINE: Está bem. Você me convenceu, mas não reclame se eu pisar no seu pé
Kaio e Jaqueline seguem para a pista de dança de mãos dadas. Alguns dos alunos reparam
ROBSON: Está explicado porque a Jaqueline sempre tirava nota 10
CLARA: Deixa de ser maldoso. A Jaqueline tirava 10 porque é muito boa. E a proposito, eles formam um casal lindo.
Clara observa Kaio e Jaqueline dançando.

CENA 5: NOITE – ÔNIBUS

Danilo está adormecido no ônibus indo para cidade. O celular dele começa a tocar, mas está na mochila e ele não escuta.

CENA 6: NOITE – PETROPOLIS – SÍTIO – CASA – QUARTO

Estrela tenta ligar para Danilo, mas ninguém atende.
ESTRELA: Onde você está Danilo? Eu estou com medo
Estrela tenta ligar de novo, mas novamente ninguém atende.
ESTRELA: Melhor ligar para casa
Estrela liga para sua casa. Ela escuta dois toques e depois um barulho apitando
Estrela olha para o celular e vê que ele desligou
ESTRELA: Não, por favor celular, aguenta mais um minutinho.
Estrela liga o celular. Ele acende, aparece a imagem de uma pilha vazia, e o aparelho desliga.
ESTRELA: E agora? O que eu faço?
Estrela volta a chorar

CENA 7: MADRUGADA – CIDADE DE CAMOCIM – RODOVIARIA

Danilo desembarca na rodoviária de Camocim. Vinicius está o esperando.
VINICIUS: E aí cara, como está?
DANILO: Preocupado com a Estrela. Obrigada por ter vindo, eu nem sei como vou te agradecer. Conseguiu o carro?
VINICIUS: Sim, um colega da faculdade me emprestou. Vamos logo que a estrada para Fortaleza é longa e sua passagem para o Rio está marcada para as 10 da manhã
DANILO: Acha que dá tempo de chegarmos em Fortaleza?
VINICIUS: Sim, de madrugada não tem trânsito, vamos chegar lá por volta das oito meia ou nove horas.
DANILO: Beleza, então vamos logo. Não podemos perder tempo
Danilo e Vinicius entram no carro e partem para Fortaleza.

CENA 8: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – EMPRESA GOLTZ – SALA DE DIOGO

Rogerio entra na sala de Diogo
DIOGO: Quantas vezes eu te disse para bate antes de entrar. Que droga.
ROGERIO: Você viu o que aconteceu com a filha do César?
DIOGO: O que? Ah! Está falando da garota que o Milton sequestrou? É eu vi na tevê.
ROGERIO: E você diz isso assim? Na maior tranquilidade?
DIOGO: Queria que eu dissesse como? Eu nem conheço a tal garota
ROGERIO: Eu também não a conheço, mas me sinto culpado pelo o que aconteceu. O Milton quis se vingar do Cesar porque acredita que foi ele o responsável pelo acidente na obra, mas nós sabemos que não foi.
DIOGO: Eu não sei de nada. Agora, se você vai começar com esse papo de novo é melhor dar o fora daqui. Estou cheio dos seus sentimentalismos
ROGERIO: Ok. Eu não sei porque ainda perco o meu tempo com você.

CENA 9: MANHÃ – FORTALEZA – AEROPORTO

Danilo e Vinicius chegam ao aeroporto de Fortaleza.
DANILO: Que horas são?
VINICIUS: Oito e quarenta. Dá tempo de tomarmos um café
DANILO: Ótimo, meu estomago está roncando.
Danilo e Vinicius seguem para uma lanchonete no aeroporto

CENA 10: MANHÃ – FORTALEZA – AEROPORTO – LANCHONETE.

Danilo e Vinicius seguem para o balcão da lanchonete
DANILO: Um misto quente e um suco de laranja
Danilo abre a mochila para pegar o dinheiro, e aproveita para pegar o celular.
Danilo pega seu lanche e segue para a mesa. Vinicius vai logo atrás.
Danilo olha o celular e vê varias chamadas perdidas
DANILO: Olha, a Estrela tentou me ligar ontem a noite
VINICIUS: Então já a encontraram?
DANILO: Não sei, acho que sim né
VINICIUS: Liga pra casa dela para saber
DANILO: É vou ligar.

CENA 11: MANHÃ – PETROPOLIS – SÍTIO – CASA – QUARTO.

Milton entra no quarto onde deixou Estrela. A menina ainda está dormindo.
MILON: Ei, acorde
Estrela abre os olhos
ESTRELA: Onde estou?
MILTON: Trouxe seu café da manhã. 
Estrela olha para uma bandeja com algumas goiabas, bananas e um suco que parece ser de laranja
MILTON: Não tem nada na cozinha e aqui não tem comercio, então tive que colher essas frutas no pomar
ESTRELA: Eu gosto de fruta
MILTON: Ótimo. Come aí, que depois eu volto.
Milton sai e tranca Estrela novamente.
Estrela lega uma banana e segue para a janela. Ela observa o sitio, um lugar enorme com muitas arvores, a maioria frutíferas. Estrela observa algumas vacas ao longe e acha tudo muito interessante. 
Estrela olha para a mesinha onde colocou seu celular na noite anterior. Ela pega o , mas não consegue liga-lo. Ela olha pelo quarto.
ESTRELA: Ia ser sorte demais encontrar um carregador por aqui.
Estrela pega outra fruta, senta-se perto da janela e fica observando a paisagem.

CENA 12: MANHÃ – CASA DE CESAR – SALA

O Dr. Soarez chega para falar com Cesar
CESAR: Olá doutor. Alguma novidade sobre a minha filha?
DR. SOAREZ: Não. Sobre a menina não, mas descobri que aquele grupo que te chamou para ir à São Paulo nunca teve a intenção de construir um shopping, eles nem tem capital  para isso.
CESAR: Então minhas suspeitas estavam certas. O que queriam era me afastar do Rio
DR. SOAREZ: Exatamente
CESAR: Descobriu alguma ligação entre essa empresa e a Goltz?
DR. SOAREZ: Com a Goltz exatamente não, mas com um funcionário de lá sim. Um tal Diogo Gonçalves conhece?
CESAR: Sim, é o braço direito de Arnaldo
Joyce entra segurando o telefone
JOYCE: Com licença senhor. Tem um menino no telefone, ele disse ser amigo da Estrela e queria saber se ela já foi encontrada.
CESAR: Ora, diga a verdade. Ainda não temos noticias, mas a busca continua.
JOYCE: Eu disse isso senhor, e ele disse que recebeu uma ligação dela ontem a noite
CESAR: O que?
Cesar arranca o telefone das mãos de Joyce
CESAR: Alô. Quem está falando. Espero que não seja nenhum trote.

CENA 13: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – EMPRESA GOLTZ – SALA DE ARNALDO

Arnaldo entra em sua sala e Rogerio está lá esperando por ele
ARNALDO: O que faz aqui?
ROGERIO: Preciso falar com o senhor e é urgente
ARNALDO: Não me diga que temos mais problemas?
ROGERIO: Bem, o senhor não, mas o Diogo e eu sim. Nós fizemos uma coisa horrível, eu estou profundamente arrependido
ARNALDO: Esta me assustando. O que vocês fizeram?
ROGERIO: Nós... bem... nós forjamos os documentos para que o César assinasse a autorização para a compra dos materiais, mesmo sabendo que não era o material adequada para a obra

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 35

CENA 1: TARDE – RIO DE JANEIRO – ESTRADA – CARRO

Milton está parado na estrada com Estrela. Ele acaba de dizer que irá mata-la
ESTRELA: O senhor vai me matar? Eu não quero morrer
Estrela começa a chorar
MILTON: Cala a boca. Seu choro me irrita
ESTRELA: Eu quero ir pra casa. 
Estrela começa a gritar
ESTRELA: Socorro, socorro
MILTON: Já mandei calar a boca
Milton liga a carro e segue pela estrada
ESTRELA: Pra onde estamos indo? Eu não quero ir. Socorro
Milton liga o rádio para não ouvir o choro de Estrela e continua dirigindo.

CENA 2: TARDE –RIO DE JANEIRO – CASA DE CESAR –SALA

Cesar chega. Beatriz está na sala apreensiva
BEATRIZ: E então? Encontraram a Estrela
CESAR: Não, mas a policia já está cuidando de tudo. Vamos encontra-la
Beatriz chora e Cesar a consola
Carla entra
CARLA: A culpa disso tudo é minha
CESAR: O que é isso minha filha? É claro que não é sua culpa
CARLA: É sim, se eu não tivesse cismado de comprar o vestido , tínhamos subido todas juntas e a Estrela não ia ficar sozinha com aquele homem
Beatriz sobe as escadas correndo e chorando
CARLA: Esta vendo? Mamãe me culpa
Cesar abraça Carla
CESAR: Não, ela não te culpa. Ela está muito nervosa, compreenda
Carla chora
CARLA: Desculpa
CESAR: Querida para com isso. A culpa não é sua
Cesar continua consolando Carla, que não para de chorar.

CENA 3: TARDE – VILA DE PESCADORES – CASA DE JULIO – QUINTAL

Malena está no quintal lavando roupa e vê Danilo se aproximando
MALENA: Terminou o barco?
DANILO: Sim, falta só uns pequenos detalhes, mas amanhã eu faço estou cansado
MALENA: Ainda está com aquele aperto no peito?
DANILO: Sim, e um nó da garganta.
MALENA: Tem certeza de que não quer ir ao posto?
DANILO: Sim, estou bem. Eu tentei falar com a Estrela, mas o celular dela esta desligado, será que pega mal eu ligar para casa dela?
MALENA: Acho que não. Por quê?
DANILO: Não sei, acho que a mãe dela não gosta muito de mim, por isso combinamos de nos falarmos apenas pelo celular.
MALENA: Nesse caso, tenta ligar pro celular mais tarde, se ainda estiver desligado você liga para casa dela
DANILO: É acho que é o melhor. A Estrela sempre esquece de ligar o celular, é uma cabecinha de vento mesmo.
MALENA: Descanse um pouco
DANILO: A Catarina está em casa?
MALENA: Não, ela foi brincar na casa da amiguinha
DANILO: Beleza, então tenho tevê só para mim
MALENA: Tem bolo na cozinha
DANILO: Valeu mãe
Danilo entra em casa.

CENA 4: TARDE – VILA DE PESCADORES – CASA DE JULIO – SALA

Danilo entra em casa, e liga tevê. Ele segue para a cozinha e volta alguns minutos depois com um pratinho com bolo e um copo de suco.
Danilo senta-se no sofá e presta a atenção na tevê, que está passando um filme. 
Danilo está comendo bolo e vendo o filme, quando entra o plantão de noticias na tevê
PLANTÃO DE NOTICIAS: Acaba de ser confirmando o desaparecimento da filha de Cesar Azevedo, o engenheiro que está sendo acusado de ser o responsável pelo desabamento do edifício Goltz.
Danilo deixa cair o bolo no chão ao ver a foto de Estrela na tevê
PANTÃO DE NOTICIAS: A jovem Estrela desapareceu de dentro da construtora do pai. Ao que tudo indica ela foi levada por Milton Santos, um dos funcionários que perdeu o filho no acidente. 
A foto de Milton aparece na tevê. 
Danilo está chocado
PLANTÃO DE NOTICIAS: Milton estava sob o efeito de remédios desde a morte do filho. A policia já está cuidando do caso e pede que qualquer pessoa que tenha alguma informação sob o paradeiro de Milton ou Estrela, que ligue imediatamente para o número que aparece na tela.
O plantão de noticias termina e o filme retorna. Danilo continua em choque
Malena entra com um balde de roupas secas
MALENA: Pegou o bolo filho?
Malena percebe que Danilo está imóvel e vai até ele preocupada
MALENA: Danilo? Você está bem?
Danilo abraça a mãe
DANILO: Eu sabia. Eu sabia que tinha alguma coisa acontecendo com a Estrela
MALENA: Do que está falando? Você conseguiu ligar para ela?
DANILO: Não, eu vi na tevê
MALENA: Na tevê? O que você viu na tevê?
DANILO: Que a Estrela sumiu. Ela foi sequestrada por um maluco que perdeu o filho no acidente do qual o pai dela é acusado de ser o responsável
MALENA: Oh meu Deus!
Danilo chora e Malena o abraça fortemente.
Danilo se levante de repente
DANILO: Preciso fazer alguma coisa
Danilo sai correndo para a rua. Malena se desespera.
MALENA: Danilo espera. Aonde você vai?
Danilo já está longe.

CENA 5: NOITE – FORTALEZA – CASA DE VALERIA – QUARTO DE JAQUELINE

Valéria entra no quarto de Jaqueline.
VALÉRIA: Oi, já cheguei e...
Valéria percebe que Jaqueline está se arrumando
VALÉRIA: Vai sair?
JAQUELINE: Sim. Vai ter uma confraternização com o pessoal do curso numa churrascaria
VALÉRIA: Ah é. Você tinha comentado. Mas você não parece animada
Jaqueline se senta na cama, e Valeria senta-se ao lado da irmã
JAQUELINE: É que o professor Kaio...
VALÉRIA: Aquele que você disse que é bonitão?
JAQUELINE: É. Ele me convidou para ser sua assistente numa pâtisserie que ele vai abri
VALERIA: Numa o que?
JAQUELINE: É uma padaria chique francesa
VALÉRIA: Você aceitou?
JAQUELINE: Ainda não dei a resposta. Não sei o que fazer
VALÉRIA: Você quer aceitar?
JAQUELINE: Para falar a verdade quero, mas fico sem graça de deixar a Gabriela. Ela me indicou o curso para que eu melhorasse o desempenho da doceria.
VALÉRIA: Já falou com ela sobre isso?
JAQUELINE: Já. Ela me deixou a vontade para fazer o que for melhor para mim, mas eu me sinto mal
VALÉRIA: Não tem ninguém que tenha feito o curso que esteja procurando emprego? Você pode indicar para a Gabriela
Jaqueline se anima
JAQUELINE: Tem sim, a Clara. Ela é ótima, e está sem emprego, acho que ela se daria muito bem lá na doceria
VALÉRIA: Então pronto. Essa Clara fica no seu lugar na doceria e você vai pra essa pâti não o que com o professor gatão.
Jaqueline abraça Valéria
JAQUELINE: Obrigada mana. Não sei o que faria sem os seus conselhos

CENA 6:  NOITE – RIO DE JANEIRO – CASA DE ARNALDO – SALA

Arnaldo chega em casa. Celine o recebe.
CELINE: Querido, que bom que você chegou. Eu estava preocupada
ARNALDO: Preocupada com o quê?
CELINE: Eu vi na tevê que um cara que perdeu o filho no acidente sequestrou a filha do César, é verdade?
ARNALDO: Sim, parece que sim.
CELINE: Estou com medo. E se esse maluco quiser se vingar da gente também
ARNALDO: Ora é claro que não
CELINE: Nunca se sabe o que esperar dessa gente. Acho melhor contratarmos um segurança
ARNALDO: Celine não pira. Ele não vai tentar nada conta nós. Ele é só um pai que está desequilibrado pela morte do filho. Acho que esse sequestro nem foi planejado, ele agiu sem pensar.
CELINE: Como você sabe disso?
ARNALDO: Pelo o que ouvi, ele foi a construtora falar com o Cesar e encontrou a menina lá por acaso. Ele não tinha como planejar isso, não sabia que ela estaria lá, mas infelizmente ela estava e ele agiu sem pensar.
CELINE: De qualquer forma não estou me sentindo segura 
ARNALDO: Não se preocupe, não vou deixar que nada te aconteça
Arnaldo abraça Celine

CENA 7: NOITE – FORTALEZA – CHURRASCARIA  BOI ESPETADO

Jaqueline chega à churrascaria. A maioria dos alunos do curso já está no local, mas o professor Kaio ainda não chegou.
Jaqueline cumprimenta os colegas e senta-se ao lado de Clara
JAQUELINE: Boa noite. O Kaio ainda não chegou?
CLARA: Não. Vocês ficaram bem próximos não é? O que ele queria te dizer em particular hoje de manhã?
JAQUELINE: Ele me chamou para ser sua assistente em um negocio que vai abrir com o irmão
CLARA: Que legal. Você aceitou né?
JAQUELINE: Ainda não dei a resposta.
CLARA: Mas vai aceitar, é obvio né?
JAQUELINE: Isso depende de você
CLARA: De mim? Não entendi
JAQUELINE: Eu não posso deixar a doceria da Gabriela na mão, ela foi tão legal comigo. Então eu pensei que se você ficasse no meu lugar, eu poderia aceitar a oferta do Kaio.
CLARA: Esta me oferecendo o seu emprego?
JAQUELINE: Sim. Quero dizer, eu ainda não falei com a Gabriela, mas tenho certeza que ela vai adorar. Você é ótima, e se saiu muito bem no curso, acho que vai se dar muito bem na doceria. Você aceita?
CLARA: Ora,é claro que sim. Nem sei como agradecer, eu estava mesmo procurando emprego.
Clara abraça Jaqueline
JAQUELINE: Então amanhã mesmo eu falo com a Gabriela
Jaqueline olha para a porta da churrascaria e vê Kaio entrando. 
Ele segue para a mesa e cumprimenta os alunos com um aperto de mão, e dá um beijo no rosto de Jaqueline, que cochicha em seu ouvido
JAQUELINE: Proposta aceita
Kaio dá um sorriso para Jaqueline.

CENA 8: NOITE – VILA DE PESCADORES – CASA DE JÚLIO – SALA

Malena está desesperada com o sumiço de Danilo. Júlio e Catarina tentam acalma-la
JULIO: Você sabe como o Danilo é. Daqui a pouco ele aparece
MALENA: Ele não estava bem, passou o dia inteiro com um aperto do peito, e depois que soube do sequestro da Estrela saiu correndo desesperado.
CATARINA: Por que sequestraram a Estrela?
MALENA: Eu não sei querida
Malena anda de um lado para o outro impaciente.
MALENA: Vou sair para procura-lo
JULIO: Não. Você está muito nervosa para sair
Danilo entra correndo em casa
MALENA: Oh meu Deus! Graças a Deus, onde você estava?
Danilo não responde e corre para o quarto. Malena e Júlio vão atrás dele.

CENA 9: NOITE – PETROPOLIS - CARRO

Estre está adormecida no carro de Milton. Ele estaciona o carro e a chacoalha
MILTON: Ei garota acorda. Chegamos
Estrela abre os olhos e se levanta lentamente. Ela olha pela janela e percebe que estão em uma espécie de sitio. Tem muitas árvores frutíferas em volta e uma casinha de campo.
ESTRELA: Onde estamos?
MILTON: Em Petrópolis. Desce do carro
ESTRELA: O que é Petrópolis?
MILTON: É uma cidade. Nossa como você é burra heim
Estrela desce do carro e observa a casa
ESTRELA: De quem é essa casa?
Milton observa a casa e sua expressão assume um ar de nostalgia.
MILTON: Era do meu avô. Eu vinha muito aqui quando criança, e depois quando o Rafa era criança. Passamos verões inesquecíveis aqui.
ESTRELA: Quem mora aqui agora?
MILTON: Ninguém, mas meu irmão e meu cunhado vem de vez em quando, principalmente nas férias.
Milton segura o braço de Estrela e caminha com ela em direção a casa
ESTRELA: Por que me trouxe para cá?
MILTON: Não faça perguntas, apenas ande
Milton e Estrela entram na casa

CENA10: NOITE – VILA DE PESCADORES – CASA DE JULIO – QUARTO DE DANILO

Danilo entra correndo em seu quarto, pega sua mochila e começa a colocar roupas e alguns pertences pessoais.
MALENA: O que está fazendo. 
DANILO: Arrumando minhas coisas, vou pegar o ônibus para cidade daqui a meia hora
JULIO: O que? Como assim? O que você vai fazer na cidade a uma hora dessas?
DANILO: Pegar o ônibus para Fortaleza e de lá um avião para o Rio de Janeiro
MALENA: Você está doido? De jeito nenhum eu vou deixar você ir para o Rio de Janeiro
Malena tenta tirar a mochila das mãos de Danilo, mas ele a impede
DANILO: Mãe, a Estrela precisa de mim
MALENA: A policia já esta cuidando do caso, você não tem nada que fazer lá
DANILO: Eu vou de qualquer maneira, não tentem me impedir
JULIO: De onde vê tirou dinheiro para comprar uma passagem para o Rio?
DANILO: Eu vendi o meu barco
JULIO: O que? Vendeu o barco que eu te dei de presente?
DANILO: Desculpe pai, foi preciso
Danilo termina de socar suas roupas na mochila. Ele dá um abraço em Malena
DANILO: Não se preocupe mãe, vou ficar bem
Danilo dá um beijinho em Catarina
DANILO: Cuida da mamãe tá
CATARINA: Pode deixar. Salva a Estrela e trás ela de volta
DANILO: Vou tentar
Danilo abraça o pai
DANILO: Desculpa pelo barco
JULIO: Não se preocupe. Faça o que tiver que fazer
Danilo dá uma ultima olhada para todos
DANILO: Amo vocês
Danilo pega a sua mochila e sai correndo pela porta.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 34

CENA 1: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – CONSTRUTORA – RECEPÇÃO

Estrela está na recepção da construtora de seu pai e a recepcionista acaba de sair para buscar uns documentos em outra sala.
Milton senta-se ao lado de Estrela.
MILTON: Você é filha do Cesar?
ESTRELA: Sim. Você é amigo dele?
MILTON: Mais ou menos... quer dizer sim, sou amigo dele sim
ESTRELA: Ele está numa reunião que não acaba nunca. E essas revistas são chatas, só tem foto de casas
Milton olha as revistas no colo de Estrela
MILTON: São revistas de decoração.
ESTRELA: Não gosto desse tipo de revista
Milton fica pensativo e observa Estrela folhear as revistas sem prestar atenção em nenhuma pagina
MILTON: Aqui em baixo, no prédio, tem uma banca com um monte de revistas legais, acho que você vai adorar
Estrela se anima
ESTRELA: Serio? Eu não vi quando entrei
MILTON: Eu estava mesmo pensando em ir lá comprar o jornal, não quer ir comigo?
ESTRELA: Eu não tenho dinheiro
MILTON: Ora, eu compro uma revista pra você.
ESTRELA: Não sei não
MILTON: Vamos, é rapidinho.
ESTRELA: Eu disse pra Aline que ia esperar aqui
MILTON: Aposto que a gente volta antes dela. 
Milton percebe que Estrela está na duvida
MILTON: Aproveitamos e compramos uns doces na lojinha ao lado da banca. Lá vende uns chocolates deliciosos
ESTRELA: Chocolate? Eu amo chocolate
MILTON: Então vamos?
Estrela se levanta
ESTRELA: Tá bem, vamos
Estrela e Milton seguem para o elevador
ESTRELA: Às vezes ate encontramos a mamãe no caminho
Milton puxa Estrela para o outro lado.
MILTON: Vamos pela escada.
ESTRELA: Por que?
MILTON: Bem, eu tenho um pouco de medo de elevador
Estrela ri
MILTON: É verdade. Você não vai me fazer entrar nisso né?
ESTRELA: Está bem. Vamos pela escada, mas só porque é a descida.
Milton e Estrela descem pelas escadas

CENA 2: MANHÃ – VILA DE PESCADORES – CAIS - BARCO

Danilo está pintando seu barco. Larissa se aproxima 
LARISSA: Oi. Soube que você ganhou um barco, é esse?
DANILO: Sim
Larissa olha para o nome escrito no barco
LARISSA: Estrela. Eu tinha certeza de que você ia colocar esse nome no barco
DANILO: Não queria que eu colocasse Larissa né?
LARISSA: É obvio que não, mas também não precisa ser grosso comigo.
DANILO: O que você quer?
LARISSA: Nada só estava passando e te vi aqui. Já pescou nesse barco?
DANILO: Ainda não
Larissa percebe que Danilo não quer muita conversa, mas continua puxando papo
LARISSA: Eu me inscrevi no vestibular de turismo
DANILO: Você vai se mudar pra cidade?
LARISSA: Se eu passar sim. Eu e a Denise vamos dividir um apartamento, isso se ela também passar.
DANILO: Que bom, vou torcer para que vocês passem .
LARISSA: Vai torcer para que eu vá embora da vila?
DANILO: Por que você sempre distorce tudo o que gente diz?
LARISSA: Desculpe, falei sem pensar
Danilo continua pintando o barco
LARISSA: Vou deixar você trabalhar sossegado. Até depois
Danilo não responde. Larissa sai

CENA 3: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – PREDIO DA CONSTRUTORA – TÉRREO

Milton e Estrela chegam ao térreo do edifício. Estrela observa a loja onde  Carla entrou
ESTRELA: Vou ver se a minha mãe ainda esta na loja, e pego dinheiro com ela pra comprar as revistas
Milton segura Estrela
MILTON: Não, vamos na banca primeiro, já disse que compro suas revistas
ESTRELA: Mas...
Milton puxa Estrela e a leva ate a saída do prédio
ESTRELA: Por que estamos saindo? Você disse que a banca era no prédio
MILTON: Na verdade é aqui do lado de fora
Milton, segurando o braço de Estrela, vai até onde seu carro esta estacionado.
ESTRELA: O que esta fazendo? Cadê a loja de revistas? E o chocolate?
Milton abre o carro e empurra Estrela para o banco traseiro. Ele entra no carro e fecha as portas
Estrela fica assustada
ESTRELA: Abre a porta, eu quero sair
MILTON: Cala a boca
Milton liga o carro e sai com Estrela chorando

CENA 4: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – EMPRESA GOLTZ – SALA DE ARNALDO

Rogerio entra na sala de Arnaldo e lhe entrega uns documentos
ROGÉRIO: Ficou sabendo que o César foi solto?
ARNALDO: Sim, meu advogado me avisou ontem
Arnaldo percebe que Rogério está sorrindo
ARNALDO: Isso te deixa feliz?
ROGÉRIO: Claro, ele é inocente
Arnaldo olha intrigado para Rogerio
ROGERIO: Quero dizer, ele não teve a intenção de causar o acidente
ARNALDO: Ele autorizou a compra de um material inapropriado
ROGERIO: Mas só queria ajudar, ele sabia do seu problema financeiro e...
ARNALDO: Você acha que eu sou o culpado? Por ter pressionado ele a reduzir os custos?
ROGERIO: Não. Eu não acho que foi culpa de ninguém. Foi um acidente, apenas um acidente.
Rogerio aparenta estar muito nervoso, e Arnaldo percebe
ROGERIO: Bem, eu tenho que voltar para minha sala, tenho muita coisa para fazer, qualquer coisa me chama
ARNALDO: Está bem, pode ir
Rogerio sai da sala apressado.
CENA 5: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – CONSRUTORA – RECEPÇÃO

Beatriz chega a recepção com Carla e varias sacolas. Ela percebe que não há ninguém
BEATRIZ: Cadê todo mundo?
Aline chega carregando varias pastas
ALINE: Olá senhora. Já voltou?
BEATRIZ: Cadê a Estrela?
ALINE: Eu a deixei aqui.
Aline coloca as pastas na mesa e olha em volta.
BEATRIZ: Mas não há ninguém aqui
CARLA: Ela deve estar na sala do papai
ALINE: Vou verificar
Beatriz segura Aline.
BEATRIZ: Deixa. Eu mesma vou.
Beatriz abre a porta e entra na sala de Cesar

CENA 6: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – CONSTRUTORA – SALA DE CESAR

Cesar está numa reunião com o advogado. Beatriz abre a porta e entra
CESAR: O que é isso? Beatriz, como entra assim sem bater?
Carla e Aline entram
BEATRIZ: A estrela esta aqui?
CESAR: A Estrela? Não. Por que?
Beatriz olha furiosa para Aline
BEATRIZ: Onde está a minha filha?
ALINE: Eu não sei. Eu a deixei na recepção olhando as revistas
BEATRIZ: Por que a deixou sozinha?
ALINE: Foi só um minuto, eu tive que ir buscar uns documentos na sala de cima, eu a chamei para ir comigo, mas ela disse que estava cansada.
Aline começa a chorar.
CESAR: O que está acontecendo aqui?
BEATRIZ: A Estela sumiu. 

CENA 7: MANHÃ – VILA DE PESCADORES – CAIS – BARCO DE DANILO

Danilo continua trabalhando em seu barco. Catarina e Malena se aproximam
MALENA: Nossa! O barco está ficando lindo
DANILO: Oi mãe. O que fazem aqui?
MALENA: Fui buscar a Catarina na Escola e ela quis vir aqui ver a pintura do barco
CATARINA: Gostei do nome, mas preferia que fosse Catarina.
DANILO: No meu próximo barco prometo que coloco de Catarina
MALENA: Próximo barco? Oh meu Deus!
CATARINA: Quando você vai me levar para passear nele?
DANILO: No fim de semana eu te levo, se não chover.
CATARINA: Oba!
MALENA: Filho, deixa pra terminar depois, vamos para casa almoçar.
DANILO: Sim, a pintura precisa mesmo secar.
Danilo se levanta e coloca a mão no peito. Malena percebe
MALENA: O que foi filho? Está sentindo alguma coisa?
DANILO: Não sei, de repente me deu um aperto aqui no peito
MALENA: Ai meu Deus! Vamos para o posto imediatamente
DANILO: Não mãe, não é isso. É tipo um pressentimento, um mal pressentimento
Catarina e Malena olham assustadas para Danilo

CENA 8: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – CARRO

Milton fica rodando pela cidade com Estrela no carro. A garota está assustada e chorando
ESTRELA: Para onde está me levando?
MILTON: Cala a boca eu preciso pensar.
Estrela continua chorando

CENA 9: MANHÃ – RIO DE JANEIRO – CONSTRUTORA – SALA DE CESAR

Todos estão preocupados com o sumiço de Estrela.
ALINE: Eu não tive culpa, juro
BEATRIZ: Tinha mais alguém na recepção?
ALINE: Não. Quer dizer sim. Um senhor que estava esperando pelo seu Cesar.
CESAR: Que senhor?
ALINE: É um que sempre vinha. Acho que ele era o metre de obras daquele prédio que desabou.
CESAR: O Milton?
ALINE: Sim, é esse mesmo. Ele chegou perguntando pelo senhor, eu disse que estava em reunião e ele quis esperar.
Carla corre até a porta e olha para fora. Depois volta para a sala
CARLA: Não tem homem nenhum na recepção.
BEATRIZ: Quem é esse Milton?
CESAR: É um funcionário da obra que perdeu o filho no acidente
Beatriz se assusta
BEATRIZ: Perdeu o filho?
O advogado volta-se para Cesar
DR. SOAREZ:  Esse Milton é um dos que foram  a delegacia diversas vezes prestar queixas contra o senhor. Ele jura que o senhor é culpado pelo acidente e pela morte do filho dele
Beatriz se desespera
BEATRIZ: Oh meu Deu. Ele sequestrou minha filha
DR. SOAREZ: Acho melhor avisar a policia. 
CESAR: Sim, vamos chamar a policia imediatamente.
Beatriz chora desesperadamente
BEATRIZ: Não posso perder minha filha de novo. Não posso

CENA 10 – TARDE – RIO DE JANEIRO – ESTRADA – CARRO

Depois de rodar por horas sem rumo, Milton estaciona o carro numa estrada deserta e abaixa a cabeça sobre o volante.
ESTRELA: Você está chorando?
Milton não responde e continua com a cabeça baixa
ESTRELA: Por que o senhor me enganou? O senhor não é amigo do meu pai?
Milton levanta a cabeça. Seus olhos estão lacrimejando
MILTON: Não, eu não sou amigo dele. Eu o odeio com todas as minhas forças.
ESTRELA: Por que? O que ele te fez? E porque o senhor me trouxe para cá?
MILTON: É muito simples querida
Milton olha nos olhos de Estrela
MILTON: O Cesar matou o meu filho, e agora eu vou matar a filha dele.