quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 38

CENA 1: TARDE – RIO DE JANEIRO – EMPRESA GOLTZ – SALA DE ARNALDO

Arnaldo acaba de saber que Diogo fugiu.
ROGERIO: Esta vendo senhor. Ele ter fugido só confirma sua culpa
ARNALDO: Sim, não resta mais dúvidas
VICENTE: Vou avisar a policia. Ele não pode sair do país
Vicente pega o telefone e sai da sala
ROGERIO: Tem alguma noticia da garota desaparecida?
ARNALDO: Não. Acho que ainda não a encontraram.
ROGERIO: Me sinto responsável por isso. O que será que o maluco do Milton vai fazer com ela?
ARNALDO: Não faço ideia. 

CENA 2: TARDE – PETROPOLIS – SITIO 

Milton anda com Estrela amarrada pelo interior da mata. Eles chegam a beira de um rio.
Milton prende a corda numa árvore.
ESTRELA: Já disse que não sou um cachorro para ficar presa desse jeito
Estrela olha para o canto, embaixo da arvore, e nota uma vara de pesca e uma bolsa.
ESTRELA: Isso é seu? 
MILTON: Sim, deixei aqui de manhã
Milton pega a vara e começa a colocar a isca.
Estrela se senta na pedra em baixo da arvore na qual esta presa. Ela olha para a bolsa e vê um facão.
ESTRELA: Você vai pescar?
MILTON: Sim
Milton se senta na beira do rio e joga a linha na agua. 
ESTRELA: E pra que o facão?
Milton não responde.
Estrela fica observando ele pescar. Ela olha novamente para o facão e sente muito medo.
MILTON: Quando o Rafa era menor, adorava vir aqui pescar
ESTRELA: Rafa era o seu filho?
MILTON: Sim, o que seu pai matou.
ESTRELA: Meu pai não teve culpa naquele acidente. 
MILTON: É claro que teve
Estrela percebe que Milton está ficando nervoso e fica quieta.

CENA 3: TARDE – RIO DE JANEIRO – CASA DE CESAR – SALA

Cesar entra em casa com Danilo.
DANILO: Nossa! Que casa enorme
Beatriz desce as escadas correndo
BEATRIZ: Encontraram a Estrela?
CESAR: Ainda não, mas já estão rastreando a ligação dela
Beatriz segura o braço de Danilo
BEATRIZ: O que ela te disse quando ligou? Por que ela não ligou para mim?
DANILO: Eu não sei. Eu não atendi a ligação, o celular estava na mochila e eu estava cochilando no ônibus.
BEATRIZ: Que droga, por que não estava com o celular na mão ou no bolso?
CESAR: Bia acalme-se o menino não tem culpa.
BEATRIZ: Desculpe, estou nervosa. Quanto tempo leva para rastrearem a ligação
CESAR: Acho que não demora muito.
BEATRIZ: Não vejo a hora desse pesadelo terminar.

CENA 4: TARDE – FORTALEZA – SHOPPING – LOJA DE DECORAÇÃO

Jaqueline e kaio andam por uma loja de decoração.
JAQUELINE: Que loja legal. Nunca tinha vindo aqui
KAIO: É o que tem de bonita tem que cara (risos). Mas não importa, tudo para a loja ter uma decoração perfeita.
JAQUELINE: Só que eu não conheço muito esse tipo de padaria chique, não sei que tipo de coisa comprar.
Kaio abre a bolsa e pega uns folhetos
KAIO: Olha, essas são as outras filiais da marca espalhadas pelo mundo. Claro que podemos dar um toque pessoal, mas sem fugir muito do conceito.
Jaqueline pega os folhetos
JAQUELINE: Ah! Isso já ajuda muito
KAIO: Obrigada por ter vindo me ajudar
JAQUELINE: Ora, sou sua assistente não sou?
Kaio se aproxima de Jaqueline
KAIO: Eu queria que fosse mais que isso
JAQUELINE: O que quer dizer?
KAIO: Quero que seja minha namorada. O que me diz?
Jaqueline dá um longo beijo em Kaio
KAIO: É, acho que isso é um sim
JAQUELINE: Vou adorar ser sua namorada
Kaio e Jaqueline se beijam novamente.

CENA 5: TARDE – RIO DE JANEIRO – CASA DE ARNALDO – SALA

Celine entra na sala. Lucrécia está sentada no sofá tomando um suco
CELINE: Oi. A Lurdes disse que veio me ver
Lucrécia cumprimenta Celine
LUCRECIA: Como você está?
CELINE: Bem, na medida do possível
LUCRECIA: Foi uma pena isso ter acontecido justo quando vocês estavam se recuperando da crise
CELINE: Sim, já tínhamos até uma viagem para o Caribe agendada, mas...
LUCRECIA: Como o Arnaldo está?
CELINE: Preocupado. Ele não fala na minha frente, mas sinto que ele não está bem.
LUCRECIA: Bom, mas eu vim aqui para te fazer um convite. Um cruzeiro pelas ilhas gregas o que me diz?
CELINE: Você sabe que eu não tenho condições
LUCRECIA: Você não vai pagar nada. Meu marido ganhou um pacote para três pessoas, é uma cortesia pelos serviços que a empresa presta.
CELINE: E você quer que eu vá com vocês? Tipo, segurando vela?
LUCRECIA: Não (risos). Ele não vai, está cheio de serviço no escritório, então pediu que eu chamasse duas amigas para me acompanhar. O que me diz? Pronta pra fazer as malas
Celine fica pensativa
CELINE: Muito obrigada pelo convite, mas eu não posso ir
LUCRECIA: O que? Como assim? Eu achei que você ia pular de alegria
CELINE: Se fosse a algum tempo atrás provavelmente sim, mas todos esses problemas me fizeram  perceber o quando sou egoísta e só penso no meu bem estar.
LUCRECIA: Esta falando serio?
CELINE: Sim. O Arnaldo precisa de mim, e eu não posso deixa-lo sozinho num momento difícil desses para curtir um cruzeiro nas ilhas gregas.
LUCRECIA: Uau! Você está mudada mesmo.
CELINE: Mas agradeço muito o convite.
LUCRECIA: Esta bem, eu convido outra pessoa
CELINE: Mas eu não mudei tanto assim, de modo que vou querer saber de todas as fofocas da viagem
LUCRECIA: Pode deixar, assim que eu voltar, passo aqui pra gente fofocar como sempre, falando nisso, você soube que a Paola vai se separar?
CELINE: Sério? Me conta isso menina
Celine e Lucrécia continuam conversando.

CENA 6: TARDE – RIO DE JANEIRO – CASA DE CESAR – SALA

Danilo, Beatriz e Cesar estão na sala apreensivos. A campainha toca e o Dr. Soarez entra
BEATRIZ: E então? Localizaram minha filha
DR. SOAREZ: Sim. A ligação veio de Petrópolis
CESAR: Petrópolis? O que eles foram fazer lá?
DR. SOAREZ: A policia investigou e descobriu que a família do Milton tem um sitio lá.
DANILO: Vamos pra lá imediatamente.
BEATRIZ: Eu vou também
CESAR: Não, pode ser perigoso
BEATRIZ: Eu vou, vocês não podem me impedir
CESAR: É melhor você ficar aqui com a Carla, ela ainda esta assustada e se sentindo culpada pelo o que aconteceu.
BEATRIZ: Não. Agora a Estrela precisa mais de mim do que a Carla. Eu vou
DANILO: Estamos perdendo tempo
CESAR: Esta bem, então vamos.
Cesar, Beatriz, Danilo e o Dr. Soarez saem apressados.

CENA 7: TARDE – PETROPOLIS – SITIO 

Estrela continua amarrada na arvore
Milton está pescando, mas não consegue pegar nada.
ESTRELA: A água está muito agitada, não vai conseguir pegar nada aqui
MILTON: Você entende de pesca?
ESTRELA: Um pouco. Eu morava numa vila de pescadores
Milton olha para Estrela
MILTON: Como assim? Você não mora com seus pais no Rio?
ESTRELA: Agora sim, mas faz apenas algumas semanas que eu os encontrei. Eu fui sequestrada quando era bebê e passe minha vida toda trancada num quarto subterrâneo.
MILTON: Isso é sério?
ESTRELA: Sim, eu consegui fugir há alguns meses e fui parar numa vila de pescadores, onde conheci pessoas maravilhosas. Tenho tantas saudades, eu adorava pescar com o Danilo, e colher conchinhas na praia com a Catarina.
Milton larga a vara e se levanta. Ele segue até a bolsa e pega o facão
ESTRELA: O que você vai fazer?
Milton se aproxima de Estrela com o facão
ESTRELA: Por favor, não faça isso, não me mata.

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