terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Fim do Tempos - Capítulo 7



Cena1 - meio do Mar, tarde
(Ianne começa a chorar desesperadamente, Henrique tenta consola-la. A tempestade piora, o mar ser agita mais ainda e uma onda gigante se forma ameaçando virar a lancha)
Ianne: Vamos morrer? Eu não quero morrer, eu não quero morrer!
(Henrique abraça Ianne)
Henrique: Nada vai nos acontecer, vamos sair bem dessa, eu estou com você!
Ianne: Vamos morrer!
(Henrique olha pra Ianne)
Henrique: Calma! Não vamos morrer!
Ianne: Vai ser o fim do mundo!
(Henrique beija Ianne na boca e uma nova onda ameaça virar a lancha separando o casal)
Ianne: Que foi isso?
Henrique: Eu não pude resistir!
Ianne: Eu gostei...
(Uma terceira onda faz a lancha com Henrique e Ianne virar. Os dois começam a gritar por socorro no mar, totalmente aterrorizados)
Cena2- Comunidade praiana de Furacolândia, casa da Ianne, noite
(Maria avista o mar da janela de sua casa)
Maria: O mar está agitado, muito agitado, anoiteceu e a Ianne ainda não chegou!
(Ela volta e senta-se a mesa ao lado de Zé que segura uma xícara de café)
Zé: o mar está revoltado e tomara que não sobre pra gente!
Maria: Que Deus nos proteja e proteja nossa filha, seja lá onde ela estiver!
(Zé segura a mão de Maria)
Ze: Amém!
Cena3 – Apartamento Cibele, varanda, noite
(Cibele está olhando a vista pra praia, Pablo chega bem ao seu lado)
Pablo: Está vindo uma grande tempestade por ai e a revista de Furacolândia quer você como repórter!
Cibele: Ai que susto. Você sempre com essa mania de entrar sem avisar. Mas o que você disse?
Pablo: A revista popular de Furacolândia, a concorrente da Factos and Factos soube que você foi demitida e quer que você cubra essa tempestade
(Cibele Sai da varanda em direção a sala e Pablo a acompanha)
Cibele: Não faço reportagens ao vivo, eu escrevo matérias!
Pablo: Você está desempregada!
Cibele: (Grita) Não vou trabalhar para essa revista de quinta!
Pablo: Não está na hora de recusar trabalho!
Cibele: Quem disse que estou disponível? Baby, amanhã mesmo estou voltando pra Factos and factos!
Pablo: Vai?
Cibele: Não vou cobrir tempestade alguma, trabalhar pra concorrência de quinta, jamais! Julio falou comigo quase agora, me convenceu a voltar! E não tem Ana que me impessa!
Pablo: Se é assim, tudo bem!
Cibele: Ela vai ver o que é a fúria de Cibele!
(Pablo olha chocado pra ela que ri)
Cena4 - Mansão Truhlar, escritório, noite
(Ana no escritório. Clarice bate e anuncia Julio)
Clarice: Com licença dona Ana, o Julio está ai querendo falar com a senhora
Ana: Mande-o entrar (em seguida, Clarice sai e Julio entra)
Julio: Precisamos conversar!
Ana: O que houve de tão grave?
Julio: Desde quando você das as ordens naquela revista? Desde quando você demite uma funcionária minha? Eu que carrego aquela maldita revista nas costas, já você...
Ana: Eu fico com partes dos lucros, sou tão dona quanto você e aquela jornalista lastimável, céus, não fica bem pra uma revista de porte como a factos and factos!
Julio: Esta enganada, Cibele é muito competente, sabe do que faz, gosto bastante do trabalho dela e talvez seja a nossa melhor, é apenas a primeira capa dela, eu sei o que é melhor pra revista e ela mesma voltará a trabalhar amanhã!
(Ana levanta da cadeira e encara o irmão)
Ana: Você não tem o direito de me desautorizar naquela empresa. Sou tão dona quanto você e se eu demiti  ela, ela vai ficar demitida (Ela anda a porta) E mais... Não traga problemas pra minha casa, eu odeio isso!
Julio: (rumo a saida) Veremos Ana, veremos
Cena5 - Mansão Truhlar, quarto de Carlos e Ana, noite
(Celular de Carlos toca)
Carlos: O que que você quer hein Vanessa? Eu já disse pra você não ligar pra cá
Vanessa: Ah meu amor, vem me fazer companhia vem? Tá caindo um toró e eu estou com medo
Carlos: Você é louca? Minha mu.. Quer saber? Estou precisando dá uma relaxada mesmo. Nos encontramos naquele motel de sempre. Tchau
(Carlos desliga o celular, se arruma, vai em direção a porta do quarto e se depara com Ana)
Ana: É impressão minha ou você vai sair?
Carlos: Não é impressão não. Vou sair mesmo. Tenho uma reunião urgentíssima agora na empresa.
Ana: Mas a essa hora? E essa tempestade que está caindo? E o Henrique que não chega
Carlos: Henrique deve ter ficado no centro ou deve estar com a noiva dele. Bom, já vou meu amor, daqui a pouco volto
Ana: Reunião? Ahan, sei
(Carlos vai até a garagem, pega o seu carro e sai. Segundos depois, Ana vai até a cozinha, pega uma faca e coloca na bolsa. Logo após vai até a  garagem, pega o seu carro e vai atrás dele)
Ana: É hoje que eu te pego, maldito. Chifres eu corto com faca
Cena6 - Comunidade praiana de Furacolândia, noite
(Maria e Zé saem de casa no meio da tempestade)
Maria: Pra onde vamos?
Zé: Não podemos ficar aqui, a tempestade está cada vez mais forte!
Maria: E as nossas coisas?
Zé: Não podemos ficar, nada se pode levar!
Maria: E a Ianne?
(Nessa hora, uma onda gigante invade a comunidade praiana. Eles correm até uma pedra alta, onde ficam protegidos. O cenário é de destruição. Várias casas foram destruidas, inclusive, a deles)
Maria: Nossa casa!
(Zé abraça Maria)
Ze: Era o que eu previa, novamente perdemos a nossa casa!
Maria: Eu não to nem preocupada com a casa e sim com a minha filha. Onde ela estará? Meu Deus, proteja a minha filha
Cena7 - Motel, quarto, noite
(Vanessa e Carlos se beijam loucamente)
Carlos: Não suporto mais a Ana!
Vanessa: Larga logo essa mulher, manda pra bem longe meu magnata!
Carlos: Não sei se devo pedir o divórcio!
Vanessa: Claro que deve, não quer viver comigo?
Carlos: Claro que quero! (Ele a beija)
(Vanessa sai da cama e se enrola numa toalha)
Vanessa: Você fez tantas promessas, disse que queria casar comigo, me levou pra trabalhar na empresa e há tempos que me enrola, eu não agüento mais!
(Vanessa coloca champanhe numa taça e Carlos chega por trás beijando sua nuca)
Carlos: Temos que ser paciente, logo me separo e ai sim, vamos ficar juntos!
Vanessa: To cansada! To cansada dessa enrolação! (resmunga bebendo champanhe)
Cena8 - Comunidade praiana de Furacolândia, noite
(A tempestade acaba. O mar se acalma. O que resta são apenas umas gotas de chuva. A cidade continuou intacta, sem desastres. Já a comunidade foi praticamente destruida, restando apenas algumas casinhas)
Maria: (Chorando) Nossa casa Zé, perdemos nossa casa. E nossos vizinhos? O que serão deles
Zé: É, isso é Brasil Maria
Maria: Nossa filha... Pelo amor de Deus, cadê nossa filha (ela entra em desespero) cadê nossa filha
Zé: calma Maria, calma. Ela pode tá protegida em algum lugar, não vamos nos despesperar
(nesse momento, uma voz atrás deles, diz)
Voz: Vocês são os pais da Ianne?
Cena9 – Ilha qualquer, noite
Ianne: (acordando, deitada na areia) Onde estou... o que aconteceu. A lancha... tempestade... Cadê o Henrique... meus pais.... (ela anda cambaleando pela areia, naquela noite fria quando de repente, alguém bate com um toco na cabeça dela, que cai desmaiada)
Cena10 – Motel, quarto, noite
(Carlos e Vanessa transam loucamente. Alguém bate a porta)
Vanessa: Você pediu alguma coisa?
Carlos: Não, estranho isso. Vou lá ver quem é
(Carlos vai em direçao a porta, abre e toma um susto. Ana, com a faca na mão, entra em disparada no quarto e  se depara com Vanessa nua na cama)
Ana: Então é essa a reunião Carlos? (gritando) Desgraçados. Eu vou acabar com vocês
ANA CONGELA
 

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