segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 20



CENA 1: NOITE – VILA DE PESCADORES – CASA DE JULIO – QUINTAL

Danilo e Estrela acabam de se beijar
DANILO: Não é melhor que chocolate?
ESTRELA: É isso é bom também. Agora você não é mais namorado da Larissa né?
DANILO: Sim, não somos mais nada.
ESTRELA: Então você beijar quem quiser?
DANILO: Só tem uma garota que eu quero beijar
Danilo beija Estrela novamente
ESTRELA: Mas se você beijar somente a mim, isso que dizer que somos namorados?
DANILO: Eu adoraria ser seu namorado, você quer ser minha namorada?
Estrela fica pensativa
ESTRELA: É, eu quero ser sua namorada.
Estrela beija Danilo

CENA 2: NOITE – VILA DE PESCADORES – CASA DE LARISSA – VARANDA

Larissa se aproxima de sua casa. Denise que estava na varanda a vê e vai até ela.
DENISE: Larissa, onde você estava? Você sumiu a tarde toda e eu fique preocupada
Larissa não responde
DENISE: Por que você esta toda suja de lama?
LARISSA: Ele disse que a ama
DENISE: O que? Quem?
LARISSA: O Danilo. Ele disse que ama aquela esquisita
DENISE: Ai meu Deus, então vocês não se acertaram. Vem cá.
Denise tenta abraçar Larissa, mas ela não deixa.
LARISSA: Não preciso da sua pena
DENISE: Larissa? Por que esta falando comigo desse jeito?
Larissa não responde e entra em casa batendo a porta

CENA 3: NOITE – RIO DE JANEIRO – CASA DE ARNALDO – QUARTO

Arnaldo entra e seu quarto e vê umas sacolas de compra na cama.
 Celine sai do banho
CELINE: Oi amor, que bom que já chegou.
ARNALDO: O que é isso? Eu não acredito que você fez compras de novo?
CELINE: Calma, eu não gastei nada.
ARNALDO: Então o que significa isso?
CELINE: Eu fui ao shopping, só pra olhar, e acabei encontrando a Lucrécia. Eu achei que ela estaria brava comigo, mas ela ao estava, conversamos e fizemos compras juntas. Ela pagou.
ARNALDO: Não gosto disso.
CELINE: Do que?
ARNALDO: De você ficar recebendo presentes dos outros
CELINE: Mas amor...
ARNALDO: Olha, trocamos o material da obra e tudo está indo muito bem, em breve o edifício ficará pronto e nossa situação vai melhorar.
Celine fica animada
CELINE: Que noticia ótima
ARNALDO: Quando estivermos bem, você compra o que quiser, mas por enquanto tente se controlar  e não fique aceitando presentes dos outros.
CELINE: Esta bem, acho que posso fazer um esforço


CENA 4: NOITE – VILA DE PESCADORES – CASA DE JULIO – COZINHA

Julião e Catarina estão sentados a mesa enquanto Malena termina o jantar. 
Estrela e Danilo entram de mãos dadas
MALENA: Que bom que chegaram já vou servir o jantar
CATARINA: Por que estão de mãos dadas? Não me diga que vocês...
DANILO: Sim, estamos namorando.
JULIO E MALENA: O que?
CATARINA: Eu sempre soube que vocês se gostavam.
Estrela se senta a mesa, ao lado de Catarina.
JULIO: E a Larissa?
DANILO: Eu terminei com ela. Mamãe não contou que foi ela a responsável pelo incêndio daqui de casa?
JULIO: Não, ninguém me conta nada por aqui.
MALENA: Desculpe, eu esqueci, mas Danilo você e a Estrela juntos, eu não sei se gosto disso
DANILO: Por que não?
MALENA: Vocês moram na mesma casa, isso não esta certo.
ESTRELA: Estou com fome
Malena coloca a travessa na mesa
CATARINA: Mãe, não vá atrapalhar, não vê que eles se gostam?
Malena serve Estrela
MALENA: Você quer mesmo namorar o Danilo?
ESTRELA: Sim, eu gosto muito dele.
MALENA: Então está bem. Mas vou ficar de olho em vocês, e não posso mais deixa-los sozinho e casa.
ESTRELA: Por que não?
MALENA: Bem, porque...
JULIO: Explica essa agora (risos)
MALENA: Bem, é que...
DANILO: Mãe, não se preocupe eu jamais desrespeitaria a Estrela.
MALENA: Está bem. É melhor jantarmos, depois conversamos sobre isso Estrela.

CENA 5: MANHÃ – HOTEL – QUARTO

Cesar acorda e vê que beatriz já esta arrumada
CESAR: Que horas tem?
BEATRIZ: Ainda é muito cedo, mas não consegui dormir nada.
Cesar se levanta
BEATRIZ: Estou ansiosa, quero ir logo encontrar o delegado
CESAR: Certo, vamos tomar café e seguimos para delegacia.

CENA 6: MANHÃ – VILA DE PESCADORES – PÁTIO DA ESCOLA

Os alunos estão no pátio esperando o ônibus que os levará a uma excussão ao museu da cidade. 
Larissa se aproxima de Denise que se surpreende ao vê-la
DENISE: Larissa? Eu podia jurar que você não viria
LARISSA: Não ia vir mesmo
DENISE: Mas que bom que veio. Como você está?
LARISSA: Destruída e sem a menor vontade de aturar esses idiotas em um museu
DENISE: Nesse caso era melhor ter ficado em casa descansando. Podia ter dito a professora que estava passando mal.
LARISSA: Não, eu preciso ir a cidade
DENISE: Por quê?
LARISSA: Porque descobri como me livrar daquela esquisita que me roubou o Danilo
DENISE: O que você esta pensando em fazer?
LARISSA: Quando chegarmos na cidade, você saberá
DENISE: Pelo amor de Deus, não vá fazer nenhuma besteira.
O ônibus chega a escola
LARISSA: O Danilo vai se arrepender de ter me tratado daquele jeito
Os alunos começam a entrar no ônibus

CENA 7: MANHÃ – FORTALEZA – CASA DE VALERIA – SALA

A campainha toca.
Valéria abre a porta e Maria entra.
MARIA: Bom dia. A Jaqueline esta em casa?
VALERIA: Sim, está tomando café
MARIA: Tem noticias do caso do Matias? Ou Fernando, sei lá como ele se chama
VALERIA: Parece que a primeira esposa dele está vindo para Fortaleza, falar com o delegado
MARIA: Que historia maluca
Jaqueline entra
JAQUELINE: Maria, ouvi sua voz da cozinha.
MARIA: Esta insinuando que falo alto?
JAQUELINE: Não, estava brincando. Como vai?
MARIA: Bem, e tenho boas noticias.
JAQUELINE: Estou mesmo precisando de boas noticias
MARIA: Acho que consegui um emprego para você.
JAQUELINE: Isso é uma ótima noticia. Onde?
MARIA: Tenho uma amiga que tem uma empresa que faz bolos para festa, falei de você e ela disse pra você ir lá o mais rápido possível fazer um teste.
JAQUELINE: Que maravilha vou hoje mesmo
Maria entrega um papel a Jaqueline
MARIA: Aqui esta o endereço
JAQUELINE: Muito obrigada, amiga.

CENA 8: MANHÃ – ÔNIBUS

Os alunos estão no ônibus indo para o museu da cidade. Larissa arranca uma folha do caderno e entrega a Denise
DENISE: O que é isso?
LARISSA: Quero que me explique como se chega a delegacia da cidade
DENISE: O que?
LARISSA: A delegacia. Você morou aqui, sabe como se chega né?
DENISE: Sei, mas o que você vai fazer numa delegacia.
LARISSA: Isso é assunto meu. Vai anota o endereço, o ônibus que preciso pegar, um ponto de referencia, tudo o que puder
DENISE: Não sei se é uma boa ideia
LARISSA: Eu vou a delegacia com ou sem a sua ajuda, mas achei que podia contar com você
Denise observa Larissa
DENISE: Está bem.
Denise anota o endereço da delegacia no papel.

CENA 9: MANHÃ – VILA DE PESCADORES – CASA DE JULIO – QUINTAL

Estrela ajuda Malena estender as roupas
ESTRELA: O Danilo vai sair para pescar hoje?
MALENA: Sim, ele vai a tardinha com o Júlio
ESTRELA: Não gosto quando ele sai para pescar
MALENA: Eu também não, mas é preciso. Você gosta mesmo do Danilo? Quero dizer, como namorada?
ESTRELA: Sim, eu gosto quando estamos juntos e também gosto quando ele me beija
MALENA: Mas ele só te beija né?
ESTRELA: É, o que mais ele poderia fazer?
Malena fica nervosa
MALENA: Nada, nada. Vamos terminar logo com essas roupas

CENA 10: MANHÃ – FORTALEZA – DELEGACIA – SALA DO DELEGADO RAMIREZ

Beatriz e Cesar chegam a delegacia e entram na sala do delegado Ramirez
RAMIREZ: Olá, obrigada por terem vindo.
BEATRIZ: Encontraram minha filha?
CESAR: Bia, acalme-se.
RAMIREZ: Ainda não, mas já iniciamos as buscas. Sentem-se por favor.
Beatriz e Cesar se sentam
RAMIREZ: Eu já analisei o processo que o delegado do Rio me enviou, mas gostaria que me contassem o que aconteceu. Você e Fernando eram casados certo?
BEATRIZ: Sim, nos conhecemos na faculdade, eu fazia nutrição e ele engenharia. Começamos a namorar e eu acabei engravidando, então meu pai praticamente me obrigou a casar.
O delegado vira-se para Cesar
RAMIREZ: Você os conhecia nessa época?
CESAR: Sim, eu era colega de classe do Fernando, e fui padrinho no casamento dos dois.
RAMIREZ: Continue
BEATRIZ: Aos seis meses de gravidez eu sofri um aborto espontâneo e isso me abalou muito, tanto que eu larguei a faculdade e caí em depressão.
CESAR: Foi um momento difícil, ela estava muito empolgada em ser mãe.
RAMIREZ: O senhor sempre esteve presente na vida do casal?
CESAR: Sim, eu sou do interior e fui para o Rio por causa da faculdade, eu morava sozinho e não conhecia ninguém naquela cidade. O Fernando e a Beatriz foram os primeiros amigos que fiz e por isso me apeguei muito a eles
BEATRIZ: O Cesar estava sempre conosco, e me deu muito apoio no momento em perdi meu bebê, tanto que acho que foi aí que eu comecei a me apaixonar por ele.
RAMIREZ: Então você se apaixonou pelo melhor amigo do seu marido?
Beatriz abaixa a cabeça
BEATRIZ: Sim, eu não me orgulho disso, mas não pude evitar.
RAMIREZ: Vocês tiverem um caso?
BEATRIZ: No inicio não, eu estava confusa sobre os meus sentimentos, os meses foram passando e eu percebi que não amava mais o Fernando, eu tentei pedir a separação, mas ele não aceitava então...
CESAR: Tentamos resistir, eu cheguei a me afastar um pouco do casal, mas foi inútil, nosso amor falou mais alto e começamos a nos encontrar.
BEATRIZ: E eu acabei engravidando novamente
RAMIREZ: Engravidou do Fernando ou do Cesar?
BEATRIZ: Eu não fazia ideia.

CENA 11: MANHÃ – CIDADE DE CAMOCIM  - ESTACIONAMENTO DO MUSEU

O ônibus escolar estaciona. A professora fala com os alunos
PROFESSORA: Prestem atenção. Quero que fiquem juntos, falem baixo e não toquem em nada dentro do museu.
Os alunos começam a descer do ônibus e formam uma fila. Larissa puxa Denise para que fiquem no final da fila.
A professora conta os alunos
PROFESSORA: Vamos indo e comportem-se
Os alunos começam a entrar no museu. Larissa segura Denise
LARISSA: Preciso fazer uma coisa. Se a professora notar minha falta, você inventa uma desculpa.
DENISE: Aonde você vai?
LARISSA: Já disse preciso fazer uma coisa. Volto antes de vocês saírem, com sorte a professora não vai perceber que eu sumi.
DENISE: Mas Larissa...
LARISSA: Me dê cobertura
Larissa sai da fila e corre para o lado oposto à entrada do museu. 
Denise entra no museu.
DENISE: Ai meu Deus, o que essa maluca vai fazer?


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