terça-feira, 23 de abril de 2013

Vida Fatal - Capítulo 57


Cena 1/ Mansão Martins/ Quarto de Larissa/ Interno/ Dia
OTÁVIO: O vestido ficou bom?
PAULA: Ficou ótimo. Vestida desse jeito, eu fico muito parecida com a Thais. Muito obrigada pela ajuda, Otávio.
OTÁVIO: Não há de quê. Paula, você precisa deter a sua irmã gêmea.
PAULA: Eu irei fazer isso, Otávio. É por isso que eu te peço que você não conte a ninguém sobre a farsa da Thais. Diga isso ao Sérgio também, por favor.
OTÁVIO: Claro.
PAULA: E quando você for visitar a Larissa, diga a ela que eu darei uma passada na delegacia quando eu resolver esse problema. Uma tremenda injustiça prender a Larissa pelo assassinato do Ramiro.
OTÁVIO: Também acho. Eu tenho certeza que a Larissa é inocente.

Cena 2/ Apartamento de Guilherme/ Sala/ Interno/ Dia
FÁTIMA: Viver com você está sendo uma prova de resistência, sabia? Está assim por quê? Por que não conseguiu trazer a mini fedelha de volta para a casa?
GUILHERME: Não se refira a Juliana dessa maneira.
FÁTIMA: Não consigo entender como você consegue amar tanto aquela asquerosa.
GUILHERME: Cala essa boca.
FÁTIMA: Tudo bem que ela é sua filha, mas aquela purgante é insuportável.
GUILHERME: Eu mandei você calar a boca.
(Guilherme dá um tapa em Fátima)

Cena 3/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Dia
SÉRGIO: Eu já entendi; pai. Eu não vou contar para ninguém sobre isso que está acontecendo com a Paula. Afinal, eu não tenho nada a ver com os problemas dela.
OTÁVIO: Isso é jeito de se referir a Paula? Sabia que ela é a melhor amiga da sua mãe, não sabe?
SÉRGIO: Desculpe; pai. Desculpa.

Cena 4/ Apartamento de Adriana/ Sala/ Interno/ Dia
LUCIANA: Está sozinha?
ADRIANA: Sim, como sempre. Estou bastante surpresa com sua visita. Pensei que se esqueceu de mim, agora que descobriu a filhinha.
LUCIANA: Por favor, Adriana. Você é minha irmã e você sabe que pelo menos, um dia na semana, eu venho te ver. Como está indo seu casamento?
ADRIANA: Uma droga. Eu pensei que seria mais fácil extorquir o Otávio, mas me enganei redondamente. Agora ele está lá, na antiga mansão dele, babando o filhinho rebelde dele.
LUCIANA: Isso é jeito de falar, Adriana? É filho dele.
ADRIANA: E daí? Agora que o Otávio descobriu que o Sérgio não é filho dele, eles se aproximaram ainda mais. Bem que a maldita da Larissa me disse que o Sérgio sempre será o elo, a ligação entre ela e o Otávio.
LUCIANA: Falando nisso, eu ainda não consigo acreditar que você foi tão baixa ao ponto de armar para cima da Larissa. Isso nãos e faz.
ADRIANA: Ai, Luciana, nós não podemos ser irmãs. A sua bondade me enoja. Se você não tem impulso para lutar pelos teus objetivos, eu tenho.

Cena 5/ Delegacia/ Cela de prisão/ Interno/ Dia
BRUTUS: Estou começando a achar que você está querendo me enrolar com essa história de plano de fuga.
CÉSAR: Calma cara. Confia em mim.
(Brutus pega no colarinho de César)
BRUTUS: Já chega. Eu já esperei demais. Ou a gente foge agora, ou eu cravo esse canivete no meio do teu pescoço. O que você prefere?
CÉSAR: Brutus, não tem como a gente fugir agora. Mas amanhã, amanhã eu prometo que a gente sai daqui.
BRUTUS: É bom mesmo. Ai de você se essa fuga não acontecer amanhã.

Cena 6/ Hospício/ Sala da diretoria/ Interno/ Dia
(Paula, fingindo ser Thais, entra na sala)
PAULA/THAIS: Com licença, Dr. Vale, eu vim ver minha irmã, a Paula.
DR. VALE: Aconteceu uma coisa nada agradável com sua irmã, dona Thais.
PAULA: Como?
VALE: Sua irmã fugiu.
PAULA: Fugiu? Como vocês deixaram isso acontecer? Se eu pus a minha irmã aqui, é porque eu estava confiando na qualidade, na competência de vocês.  Pior de tudo é que vocês não me avisaram.
VALE: Eu tentei avisar, mas o celular da senhora só dava na caixa postal.
PAULA: Ai meu Deus. Minha irmã andando por aí, ainda mais no estado deprimente de loucura em que ela se encontra. Traga minha mãe até aqui.
VALE: A Dona Luzia, que a senhora trouxe na semana passada?
PAULA: Essa mesma. Chame ela e minha prima Sara.
VALE: A Sara é sua prima?
PAULA: Sim. Eu estou disposta a tirá-las daqui e interná-las em outra clínica psiquiátrica. Essa aqui me decepcionou bastante. Vamos. Chame-as agora.

Cena 7/ Casa de Paula/ Quarto de Paula/ Interno/ Dia
THAIS (fingindo ser Paula): Amei passar essa noite com você, meu amor.
RENATO: Eu também. Eu te amo demais.
THAIS: Eu mais ainda. Vou trazer um cafezinho da manhã bem caprichado para você comer aqui, na nossa cama do nosso quarto.
(Thais/Paula levanta-se de costas para Renato)
RENATO: Espera.
THAIS: O que houve?
RENATO: Deixe-me ver suas costas.
THAIS: Minhas costas? O que tem minhas costas?
RENATO: Paula, cadê aquele seu sinal de nascença que você tem em cima do ombro?

Cena 8/ Hospício/ Sala da diretoria/ Interno/ Dia
(Paula, fingindo ser Thais, está sentada na cadeira de frente ao Dr. Vale. Um enfermeiro chega na sala com Sara e Luzia. O enfermeiro sai)
PAULA: Assine a saída delas daqui. Eu não quero mais vê-las internada nessa joça de hospício.
VALE: A da sua mãe já está aqui.
(Dr. Vale entrega a Paula/Thais a autorização de saída da Luzia)
PAULA: E cadê a autorização de saída da Sara?
VALE: Eu não posso fazer isso. Não foi você que trouxe a Sara para ser internada aqui. Pelo que consta nos registros, a internação foi feita por intermédio de dona Alzira Leme, mãe da Sara.
PAULA: Sim, minha tia.
VALE: E cadê ela?
PAULA: Morreu. Ela deixou essa responsabilidade para mim agora. Veja.
(Paula entrega uma autorização –falsificada- para Vale)
PAULA: E então?
VALE: Nessas condições, eu posso assinar a autorização de saída da Sara.
(Vale assina e entrega para Paula)
PAULA: Muito obrigada, Dr. Vale. Com licença.
(Paula, Sara e Luzia saem)

Cena 9/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Noite

Cena 10/ Rua/ Noite
(Bruno e Jéssica estão passeando de mãos dadas pela calçada)
BRUNO: Aconteceu alguma coisa, Jéssica? Você está tão calada, estática.
JÉSSICA: É impressão sua.
(Bruno pega a mão de Jéssica e beija. Ele nota manchas na mão da menina)
BRUNO: Que manchas são essas na sua mão? É impressão minha ou essas manchas são iguais àquelas que eu vi no seu ombro?
JÉSSICA: É apenas impressão.
(Bruno para de caminhar e vira- se para Jéssica)
BRUNO: Jéssica; está acontecendo alguma coisa esquisita com você sim. Não me trate como se eu fosse um idiota, por favor. O que está acontecendo?
JÉSSICA: Eu estou doente.
BRUNO: Doente? Por que você não me disse antes? A noite está tão fria. Se você tivesse me dito antes...
JÉSSICA: Não, não Bruno, você não está entendendo. Eu estou doente mesmo, de verdade. Eu tenho leucemia, Bruno.
BRUNO: Como é? Leucemia?
(Congela em Bruno)

CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO:
Larissa pensa em fugir da delegacia
Larissa estimula Otávio a ir atrás da verdade

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