Vida Fatal - Capítulo 38

Cena 1/ Casa de César/ Sala/ Interno/ Dia
LUCÉLIA: Nós não vamos depor.
CÉSAR: Claro que iremos. Se não aparecermos, a desconfiança será maior sobre nós. Nós iremos.

Cena 2/ Casa de Paula/ Quarto/ interno/ Dia
PAULA: Então, o Pedrosa roubou a empresa? Então foi por isso que ele viajou as pressas com a Thais.
RENATO: Mas o pior, eu não te contei. O carro onde eles estavam sofreu um acidente.
PAULA: E a Thais?
RENATO: Ninguém sabe dela. Encontraram o corpo do Pedrosa, mas nada da Thais. É bem capaz que ela tenha sobrevivido e fugido.
PAULA: Ai meu Deus, eu não sei mais o que pensar.
RENATO: Não fique assim, meu amor. Vamos falar de coisa boa. Do nosso jantar, por exemplo.
PAULA: Temos que chamar minha mãe e seus pais.
RENATO: Ok.

Cena 3/ Faculdade/ Refeitório/ Interno/ Dia
JULIANA: Meus parabéns pela sua atitude. Todos adoraram ver a Roberta coberta de espuma e fumaça.
JÉSSICA: Obrigada, minha amiga.
(Bruno se aproxima)
BRUNO: Jéssica? Eu posso falar com você?
JULIANA: Com licença.
(Juliana sai)
BRUNO: Estou muito orgulhoso de você. Você colocou a Roberta na lama, quer dizer, na espuma.
JÉSSICA: Obrigada.
BRUNO: Desculpe minha atitude de terminar o namoro com você daquela maneira. Eu só queria que você se impusesse em relação a ela.
JÉSSICA: Eu entendo você.
BRUNO: Quer namorar comigo de novo?
JÉSSICA: Quero. Eu amo você como nunca amei ninguém.
BRUNO: Eu te amo.
(Bruno beija Jéssica)
BRUNO: Mas...
JÉSSICA: Não se preocupe. Hoje é a ultima vez que eu uso esse visual gótico. Na verdade, nunca me senti tão incomodada com alguma roupa como esse visual. Eu não gostei dele.
BRUNO: Nem eu.
(O casal ri)

Cena 4/ Mansão Albuquerque/ Cozinha/ Interno/ Dia
CELINA: Aquelas marcas roxas já sumiram?
GONÇALA: Sim.
CELINA: E pelo visto aquelas marcas roxas que o seu Ramiro deixou no seu rosto também sumiram. Ele te agredia há muito tempo?
GONÇALA: Eu não quero falar sobre isso.
CELINA: Parece que sim, não é? Gonçala, você seria capaz de matar o Ramiro para vingar o tapa que levou dele?
GONÇALA: Eu não sou nenhuma assassina, dona Celina.
(Gonçala sai)

Cena 5/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Noite

Cena 6/ Mansão Albuquerque/ Sala/ Interno/ Noite
JULIANA: Já que a Fátima não está aqui, eu quero lhe fazer uma pergunta.
GUILHERME: Faça.
JULIANA: Onde está minha certidão de nascimento?
GUILHERME: Para quê?
JULIANA: Pai, eu preciso saber de umas coisas que só tem na minha certidão. Por favor.
GUILHERME: Não, Juliana. E não me amole mais com isso. 
(Guilherme sobe as escadas)

Cena 7/ Apartamento de Adriana/ Sala/ Interno/ Noite
LUCIANA: E como anda você?
ADRIANA: Uma droga. O Otávio abriu um processo para investigar o assassinato do Ramiro.
LUCIANA: E isso não é bom?
ADRIANA: Para quem? Para mim é péssimo.

Cena 8/ Delegacia/ Interno/ Noite
DELEGADO: Sentem-se.
(Lucélia e César sentam-se)
DELEGADO: Por que vocês dois resolveram pular o muro da mansão de Ramiro no dia da festa dele?
LUCÉLIA: Nós não fomos convidados.
DELEGADO: E por isso decidiram aparecer lá como penetras? E o porquê das máscaras?
CÉSAR: Nós achávamos que a festa era um baile de máscaras.
DELEGADO: Muito interessante. Um casal que odiava Ramiro Albuquerque aparecer na festa onde ele foi assassinado.
CÉSAR: Assassinado?
LUCÉLIA: Pelo que eu saiba, ele sofreu um ataque cardíaco e morreu.
DELEGADO: O ataque cardíaco foi resultado de um envenenamento. Ele ingeriu algo envenenado durante a festa. E isso pesa sobre vocês, sabia?
LUCÉLIA: Estão perdendo tempo. Nós somos inocentes.
DELEGADO: Será?

Cena 9/ Bordel/ Interno/ Noite
(Larissa entra no bordel. Ela avista Karinne e acena. Karinne vai até ela)
KARINNE: Virna. Você veio mesmo?
LARISSA: Claro que vim. 
KARINNE: Muita gente acaba sendo contratada, mas não aparece.
LARISSA: Isso não aconteceu comigo. Você vai me ajudar antes de eu trabalhar propriamente, não é?
KARINNE: Claro.
LARISSA: Ótimo. Prevejo que você vai tirar muitas dúvidas minhas.
(Congela em Larissa)