CENA 01 / INTERIOR / JAZIRA
/ ESCRITÓRIO / TARDE
Continuação:
LUCÍLIA
– Calma, Wal! Acho o Roberto um ótimo partido.
ROBERTO
– Continuando: a Jazira não vendeu nenhum produto desde o mês passado. Só o
rímel para militares.
WALESHKA
– Então com qual mão de obra venderei o meu creme hidratante?
ROBERTO
– Se quer saber, é mais fácil você fazer com suas próprias mãos.
Waleshka
desmaia. Lucília corre para ajuda-la enquanto Roberto se senta na poltrona do
escritório.
LUCÍLIA
– E então, Roberto, o que vamos fazer?
ROBERTO
– Já falei com um amigo meu, o deputado Jair Bordonossunda. Ele vai nos
emprestar uma graninha.
LUCÍLIA
– De onde ele vai tirar esse dinheiro?
ROBERTO
– Da onde você acha? Dos cofres públicos!
LUCÍLIA
– Que país é esse, meu Deus...
CORTA
PARA:
CENA
02 / INTERIOR / QUARTINHO / TARDE
Terezinha
e Benoliel entram no quartinho e se jogam na cama, cansados da viajem.
TEREZINHA
– Nem acredito que chegamos!
BENOLIEL
– Pois é. Estou cansado, amor... Vem cá me fazer despertar, vem.
Benoliel
abraça Terezinha, que está com seus olhos fixados no teto, pensativa.
BENOLIEL
– O que houve, Terezinha?
TEREZINHA
– Estou pensando no meu plano...
BENOLIEL
– Achas que vai dar certo?
TEREZINHA
– (se vira para Benoliel) Tem que dar, querido. E vai ser hoje que nós vamos
fazê-lo.
BENOLIEL
– Depois de uma cochilada, né?
TEREZINHA
– Lógico.
Os
dois fecham os olhos e cochilam.
CORTA
PARA:
CENA
03 / INTERIOR / MANSÃO / QUARTO DE HERMÉLIA / TARDE
Hermélia
acaba de tomar um banho e olha fixamente para a parede atrás do seu armário.
HERMÉLIA
– (para si mesma) O que é teu tá guardado, Waleshka... Me aguarde!
“Mesmo tendo esse jeito todo extrovertido, Hermélia sempre se sentiu vazia por
dentro. Quando seu filho resolveu casar com Waleshka, ficou tão revoltada que
agrediu a noiva no dia do casório. Nunca gostou de Waleshka e agora estava sob
os seus cuidados. Só não estava morta ainda porque o filho exigiu que a mulher
só ficasse com a fortuna caso Hermélia estivesse viva, bem viva. Hermélia nunca
gostou de seu filho, para dizer a verdade. Sempre o considerou um tapado e deu
graças a Deus quando ele se afogou no navio.
Sofreu demais quando sua neta morreu, por isso fez a cabeça da nora para
procurar pelo corpo de Jussara onde é que estivesse. Contratou um investigador
iniciante e juntos colheram informações do naufrágio que matara seu filho.
Agora, estava esperando pelos resultados ansiosamente.”.
CORTA
PARA:
CENA
04 / INTERIOR / HOTEL / QUARTO / TARDE
Sandra,
Eclésio e Pomba-gira acabaram de chegar a seus aposentos.
SANDRA
– Então, Pomba-gira: pode abrindo o jogo.
POMBA-GIRA
– Eu tive uma visão, e não podia deixar de conta-la para vocês.
SANDRA
– E qual é esta visão?
CORTA
PARA:
CENA
05 / INTERIOR / HOSPITAL / TARDE
Petrus
e Jusara estão internados, cada um em suas respectivas camas. Um militar está
sentado ao lado da porta de saída, porém, dormindo. Petrus olha para Jussara,
que retribui o olhar.
PETRUS
– É agora.
Petrus
imobiliza o militar e Jussara pega a arma que está em seu bolso, entregando-a
para Petrus. Em seguida, Petrus atira na cabeça do homem e chama a atenção dos
outros militares. Petrus atira novamente, mas desta vez em direção a janela. O
vidro se quebra e os dois fogem do hospital sendo perseguidos por policiais.
PETRUS
– Para onde nós vamos?
JUSSARA
– Conhece o condomínio “Jardins do Éden”?
PETRUS
– Lógico, a minha patroa mora lá e.../corta
JUSSARA
– /Sem mais perguntas.
Entra
narrativa:
“Waleshka não sabia, mas teria motivos piores para desmaiar.”.
FIM
DO CAPÍTULO
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