IP: Como surgiu a ideia de escrever a novela?
WC: Venho pensando em Jogo do
Poder, antes mesmo de terminar Marcas do Passado. Em Jogo do Poder eu volto as
minhas origens, vamos dizer assim, minhas tramas sempre envolvem dinheiro, a
busca pelo poder aquisitivo, o que não acontecia tão explicitamente em Marcas.
A ideia em si, surgiu do dia a dia, em observar as pessoas e até mesmo a mim,
as pessoas nunca estão satisfeitas com o que tem e sempre querem mais, nessa “novela”
eu vou mostrar a minha visão sobre o que as pessoas são capazes de fazer para
chegar ao topo.
IP: É possível um resumo mais
detalhado da sinopse?
WC: A Sinopse que será apresentada
ao blog não conta praticamente nada da trama, já que ela se desenvolve em um
passado não mostrado até metade da novela, mas vamos ao um pequeno resumo:
Adolfo é um magnata dos diamantes, um homem que teve a mulher grávida do primeiro
filho, sequestrada, os sequestradores nunca pediram resgate e enviaram a Adolfo
os “pedaços” da esposa. Os anos se passaram e Adolfo sempre desconfiou da
própria família. Já no primeiro capítulo ele descobre que está com uma grave
doença e que morrerá logo, agora ele tem que dar um jeito de sua fortuna não
cair nas mãos dos familiares, principalmente do irmão Otávio e do sobrinho
Pedro, um mau caráter de primeira. Adolfo recebe um misterioso telefonema
dizendo que o filho pode estar vivo e morando em Belém, ele não pensa duas
vezes e parte para o Pará em busca dessa chance de ter o filho perto de si. Ao
chegar lá, ele conhece a jovem e empregada doméstica Ana, que passa por maus
bocados graças ao namorado Jorge. Adolfo não encontra o suposto filho, mas descobre
em Ana uma grande amiga. Ao voltar para o Rio de Janeiro ele morre e na
abertura do testamento uma surpresa para todos os familiares, Adolfo deixara
tudo para uma desconhecida de nome Ana. Os familiares é claro vão ficar furiosos,
principalmente Pedro que fará o possível para por as mãos nas ações e no
dinheiro do falecido tio. Na metade da trama, quando alguns segredos do passado
começam a ser descobertos, assassinatos acontecem tudo para esconder o que
gerou a trama principal. Agora os motivos e o assassino só lendo! Se revelarei
o segredo no final ou antes, não sei, mas leiam, vai que um dia eu acordo e
decido revelar. (risos)
IP: Qual o diferencial de Jogo do
Poder?
WC: Quem for lendo vai perceber
que não tenho muitos mocinhos, ainda mais por se tratar de uma trama que
envolve o poder de uma grande empresa, tudo gira em torno disso, todos os
motivos estão ligados à cadeira da presidência. Claro que eu tenho os mocinhos,
aqueles que vão sofrer e dar pena em que ler. Ana, minha protagonista sofrerá
bastante no inicio, o que a fará ficar esperta, mas mesmo assim, ela cai na
lábia de Pedro que com a ajuda de Manoela vão fazer de tudo para separa-la de
Henrique, e ai entra a questão do dinheiro novamente. Henrique é um dos
acionistas do grupo e Manoela uma dondoca falida que vê nele a chance de se
reerguer e Pedro, esse quer a todo custo à presidência do grupo. Outro
diferencial serão os motivos dos assassinatos, foi uma coisa bem chata de ser
pensada, por que primeiro pensei nas mortes e no assassino, mas não tinha um
motivo forte, foi então, que caminhando às sete horas da manhã me surgiu o
motivo e ai pude finalmente começar a escrever a trama.
IP: Está sendo difícil escrever
os capítulos?
WC: Os capítulos não, tirando a
falta de tempo. Como faço escaletas o trabalho difícil fica todo ali, há dias
em que estou com a mente totalmente bloqueada e não consigo escrever uma linha
que seja outros a criatividade está tão aflorada que escrevo feito um doido,
chegando ao ponto de o corpo não aguentar, mas as ideias ainda estão ali. E é
claro, o mais difícil é o final do capítulo, criar um gancho que seja realmente
atrativo é bem complicado, principalmente nos primeiros capítulos. Às vezes
estou na metade de um capítulo e penso no final, ai tenho que mudar tudo por
que esse final não se encaixaria com aquele capítulo.
IP: Pode nos falar mais sobre
cada personagem?
WC: Vou falar um pouco dos
principais.
Ana – É aquela típica brasileira
que não teve chances na vida, uma garota que tem por volta dos 25, 26 anos que
teve de largar os estudos para cuidar da mãe que estava doente. Após a morte da
mãe ela foi trabalhar como doméstica. Ela namora Jorge, um pilantra, que quer
se dar bem na vida sem fazer nada. A vida dela muda quando ela conhece Adolfo.
Seu maior desejo é encontrar a irmã Luciana, quem ela não vê desde a separação
dos pais.
Adolfo – Bom já falei sobre ele
no resumo. Rico, com uma doença e desconfiado de todos.
Henrique – Jovem milionário
assumiu os negócios da família depois da morte do pai. Vive com a mãe Solange,
uma mulher perturbada desde a morte do marido. Noivo de Manoela. Querido por
todos e principalmente por Adolfo, que o trata como filho. Vai descobrir em Ana
um amor nunca sentido antes.
Pedro – Pedro é o meu principal
antagonista, ambicioso, mau caráter, perverso, dissimulado, não mede esforços
para chegar aonde quer, até passar por cima do próprio pai ele pretende. A
maioria das personagens tem o rabo preso com ele e ele usa isso. Não admite que
ninguém o contrarie, no primeiro capítulo ele já mostra a que veio nada de
mais, mas vai desencadear uma série de intrigas graças a um feito seu.
Manoela – Acostumada a boa vida
descobre que a empresa dos pais faliu e sabe que única chance de se reerguer é
casando com Henrique. Ela não medirá esforços para leva-lo ao altar, ainda mais
pressionada pelo pai. Unir-se-á a Pedro para separar Henrique e Ana.
Os demais no decorrer da trama
vocês vão perceber.
IP: Qual sua forma de escrever a
novela?
WC: Como já disse antes, uso
escaletas, acho isso muito importante, por que ali fica um resumo do que eu
quero por no capítulo, depois eu só transcrevo para o capítulo. Geralmente abro
quatro janelas do Word, o capítulo em si, a escaleta, a sinopse e uma em
branco. Nesta em branco eu vou colocando as ideias que surgem no decorrer do
capítulo, na maioria das vezes, estou escrevendo um capítulo e surge uma ideia
fascinante, mas que eu tenho que esperar e muito para poder usar, se não a
escrevo a perco, então...
IP: Qual sua expectativa para a
novela?
WC: As melhores possíveis! É a
segunda que “deixarei” alguém ler, então ainda fica aquela aflição de se vão
gostar ou não!
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