sexta-feira, 22 de março de 2013

Fera Solta - Capítulo 5



RECAPITULANDO

(Joana sofreu com a morte do amado Pedro)
JOANA – Eu e o Pedro íamos nos casar, já estava tudo certo, tudo planejado, porque ele tinha que morrer?
(Já Augusto não resistiu ao jogo de sedução de Heleninha)
AUGUSTO – Você só pode ta ficando louco, eu também!

Cena 01 – Cemitério, Noite.

(Irineu segura Mangabeira, ela consegue alcançar a parte de cima da cova e fazendo força consegue sair).
IRINEU – Você conseguiu! Agora me tira daqui!
DELEGADA MANGABEIRA – E quem disse que eu vou tirar você?
IRINEU – Você não vai me deixar aqui? Vai?
DELEGADA MANGABEIRA – Primeiro você vai me ouvir!O senhor prefeito é um crápula, não tem respeito pelo seu povo, é ladrão, cadê que Fez alguma coisa pela cidade? Pois eu não vi progresso algum, e as suas promessas?
IRINEU – Vai me insultar?
DELEGADA MANGABEIRA – Cala a boca, eu estou falando!
IRINEU – Eu vou mandar prender você!
DELEGADA MANGABEIRA – Por qual acusação? Poupe-me! Deveria aproveitar o pouco tempo que tem de mandato e fazer uma coisa por essa cidade, mas eu penso que não, vai furtar o dinheiro que resta e deixar os coitados na mão, se acha mesmo que vai ganhar a próxima eleição, está muito enganado! Eu falei o que eu queria como uma habitante desta cidade, agora faça a sua parte! Perdi o meu voto, mas votei de coração e consciência limpa!
IRINEU – Ta bom, ta bom, você está certa, agora me tira daqui!
DELEGADA MANGABEIRA – Segura a minha mão!
(Delegada estende a mão para ele)


Cena 02 – Casarão, Quarto, Dia.
(Charles abre as cortinas e acorda Elizabeth)
CHARLES – Bom dia!
ELIZABETH – Eu me recuso a acreditar que você está me acordando a essa hora, são 10 da manhã!
CHARLES – O dia está lindo lá fora, amanheceu faz tempo e isso não é hora de estar dormindo, além do mais, eu tenho boas notícias!
ELIZABETH – Me deixa dormir!
CHARLES – Encomendei os equipamentos!
ELIZABETH – Que?
(Elizabeth tira o lençol da cara e levanta)
CHARLES – Isso mesmo que você ouviu!
ELIZABETH – Mas com que dinheiro?
CHARLES – Eu usei tudo o que eu tinha, mas claro, não paguei nem a metade!
ELIZABETH – Eu me recuso a acreditar, como pode ser tão irresponsável?
CHARLES – Vale tudo, como acha que começaríamos a gravar a novela?

Cena 03 – Rua, Dia.
(Heleninha entrega um bilhete a um menino, Dona Eulália a cumprimenta).
DONA EULÁLIA – Mas olha quem eu vejo logo de manhã!
HELENINHA – Como vai?
DONA EULÁLIA – Vou indo bem, a primeira dama está cada dia mais lindo! Irineu tem sorte de ter uma mulher com esse prestígio!
HELENINHA – Grata, mas sinceramente, hoje eu não estou para bajulação gratuita!
(Augusto recebe o bilhete e vê Heleninha do outro lado da rua, ele começa a ler).
“Foge comigo, eu te amo e preciso que você venha ser meu”! Espero uma resposta.
AUGUSTO – Louca!
(Heleninha entra da igreja)
DONA EULÁLIA – Antipática!
Cena 04 – Delegacia, Sala, Dia.
(Irineu invade a delegacia e fica frente a frente com Mangabeira)
DELEGADA MANGABEIRA – Mas o que é isso?
IRINEU – Quero que saiba que vou tomar minhas providências!
DELEGADA MANGABEIRA – Providências?
(Delegada senta)
IRINEU – Pensa que engoli as baboseiras que me disse ontem à noite?
DELEGADA MANGABEIRA – Se você acha que o que eu disse é isso, não posso fazer nada, só sei de uma coisa, não tenho nada há temer, eu sei o que faço e posso te afirmar uma coisa, eu faço muito bem o meu trabalho!

Cena 05 – Mansão de Kate, Sala, Dia.
(Clarita desce as escadas e encontra Joana)
CLARITA – Mas o que essa criatura está fazendo aqui?
JOANA – Dona Clarita, eu preciso falar urgente com a senhora!
CLARITA – Quer falar comigo? Por favor, não me venha pedir um bolsa viúva!
JOANA – Eu sei que eu não deveria estar aqui...
CLARITA – Que bom que sabe! (Interrompe)
JOANA – Mas eu não posso me deixar levar pelo meu orgulho, eu disse coisas pra senhora... Confesso que não me arrependo, mas eu estou aqui, implorando pra senhora, eu preciso muito do emprego de volta!
CLARITA – Espera ai... Quer o emprego de volta? Eu não acredito no que estou ouvindo, o mundo está perdido mesmo! Como ousa?
JOANA – Eu preciso do emprego, nessa cidade não tem outro lugar, agora que o Pedro morreu, eu não sei o que...
CLARITA – Para de falar! Vai à cozinha e pega o sabão!
(Os olhos de Joana brilham e ela abre um sorriso e sai correndo pra buscar o sabão)
JOANA – Vou pegar!
(Joana volta rapidamente)
CLARITA – Está ai?
JOANA – Sim!
CLARITA – Agora lambe!
JOANA – O que?
CLARITA – Se quiser o emprego de volta, lambe, é pegar ou largar, a escolha é sua!

Cena 06 – Pensão, Quarto de Odete, Tarde.
(Kate e Odete conversam sentadas na cama)
KATE – Não sei o porquê que não ficou em casa, tem tantos quartos!
ODETE – Eu estou bem aqui, o povo da pensão é bem hospitaleiro e você sabe que eu não gosto de incomodar!
KATE – Você não me incomoda!
ODETE – Você disse que a sua tia tem casas nesta cidade?
KATE – Impressionante, mas ele tem quase umas 10, não sei pra quê! Parece que quer ser a dona da cidade!
ODETE – Será que tem como eu comprar alguma?
KATE – Melhor procurar outra pessoa, Tia Clarita é muito difícil, tenho certeza que não vai vender uma casa que já comprou!
ODETE – Tudo bem, mas eu vou dar um jeito, não vou deixar de seguir os meus planos!

Cena 07 – Rua, Tarde.
(Kate sai da pensão e encontra Augusto na rua, eles se beijam e Heleninha vê).
HELENINHA – Se ela pensa que vai ficar com ele, está muito enganado!
(Heleninha vai embora)
AUGUSTO – Me parece feliz!
KATE – Eu não tenho motivos pra chorar, eu sou feliz sendo feliz e não gosto nada em pensar no lado negativo!
AUGUSTO – Você está certa!
KATE – Já você não me parece feliz!
AUGUSTO – Exceto você, todos nós temos problemas!
KATE – Eu não disse que não tenho problemas, só vejo o maldito vilão de outro jeito, eu sei lidar e não me abalar!

Cena 08 – Pensão, Sala de Jantar, Noite.
(Dona Eulália começa a servir as mesas com ajuda do filho Fábio)
DONA EULÁLIA – Toma cuidado, filho! Não me suja essa toalha com sopa!
FÁBIO – Eu sei mãe!!
(Odete chega e se senta Paulo olha pra ela e logo muda de mesa sentando em frente à moça)
PAULO – Posso?
ODETE – À vontade!
(Odete sorri)
PAULO – Muito tempo na cidade?
ODETE – Tempo suficiente e você o que faz?
PAULO – Sou câmera!
(Dona Eulália serve a sopa para os dois)
DONA EULÁLIA – Olha a sopa, não quero ouvir reclamação!
ODETE – Não gosto de sopa!
DONA EULÁLIA – Vai comer o que? Só tem sopa!
ODETE – Eu tenho opções, não se preocupe comigo!
(Dona Eulália vai pra cozinha)
DONA EULÁLIA – Insolente!

Cena 09 – Rua, Noite.
(Elizabeth passeia pela cidade e se depara com Clarita)
CLARITA – Elizabeth!
ELIZABETH – Não acredito!
CLARITA – Como está? Espero que não esteja aborrecida comigo, eu posso explicar tudo!
ELIZABETH – Tenha certeza, não estou aborrecida e estou bem!
CLARITA – Eu não queria fazer aquele transtorno, acabei-me expressão mal, claro que o casarão onde você mora é do meu interesse!
ELIZABETH – O que tem de tão importante aquele Casarão?
CLARITA – Ele está entre minhas terras, como você pode ver, de um lado, mata, de outro, mais mata!
ELIZABETH – Infelizmente, aquele casarão fica no meio do mato!
CLARITA – Insatisfeita com a casa? Bem, eu tenho planos para o futuro, aqueles terrenos eu consegui batalhando, Dona Inaura se recusava a vender...

Cena 10 – Mansão de Kate, Jardim, Noite.
(Kate e Augusto se beijam no meio do Jardim)
AUGUSTO – Não vejo a hora de casar, ter filhos com a mulher que eu amo e morar numa casa nem grande!
KATE – A casa eu já tenho...
AUGUSTO – Não sei se vou me sentir bem morando ai!
KATE – Que bobagem, os filhos, sinto muito, pra isso tem que casar primeiro e pra casar, tem que marcar o casamento, vamos marcar o casamento amanhã?

A SEGUIR
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO

(Clarita não dá trégua)
CLARITA – Se fosse uma escrava já estava no tronco, ah, eu ia amar dar as chibatadas!
(E Charles procura o prefeito pra falar sobre seu projeto)
IRINEU – Deixe-me ver se entendi, pretende fazer uma novela em Urucubaca? Mas em Urucubaca? Em Urucubaca?

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