Cena 1, Hospital, UTI,
quarto de Rosa, Dia
Stela entra no quarto,
Rosa está dormindo, cheia de ferimentos.
Stela: Já que você não
foi pro além antes, vai ir agora...
Stela pega uma almofada.
Stela: Guarde o meu lugar
no céu.
Stela pressiona a
almofada sobre o rosto de Rosa, sufocando ela.
Aedo entra.
Aedo: Solta ela!
Stela: O que você veio
fazer aqui, seu velho?!
Aedo: Imaginava que era
você quem estava por trás disso, acertei!
Stela: Vou matar ela!
Aedo: Eu chamo a polícia
e você vai pra cadeia! Vem comigo!
Stela: Por favor?!
Aedo: Vem!
Stela sai do quarto.
Cena 2, Praça, Dia
Alguns dias depois.
Cena 3, Casa de
Repouso, Dia
Armelinda: Eu vou fugir
do cativeiro! As tropas inimigas não vão me manter capturada!
Armelinda dá uma
bengalada na cabeça no enfermeiro que vai trazer seus remédios.
Armelinda: Toma, soldado
do mal! Agora eu vou me mandar! O inimigo não vai me vencer! A
guerra continua, companheiros! Aquele homem vai me pagar!
Cena 4, Casa de Aedo,
Dia
Stela: Sônia, eu acho um
erro você trazer essa mulher pra morar aqui!
Aedo: Eu não vejo nenhum
problema.
Sônia: É só por uns
dias... Mas por que você acha um erro?
Stela: E se essa moça
for uma bandida?
Olavo: Por que essa
preocupação toda?
Stela: Pelo visto eu sou
a única que se preocupa com essa família, vou indo pra minha casa.
Hilda: Stelinha, fique
mais um pouco.
Stela: Não, Dona Hilda,
ninguém me entende nessa casa, eu vou pra minha que é melhor.
Olavo: Vou junto com
você!
Stela: Não, fique aí
com os seus amiguinhos. Quero ficar sozinha!
Stela sai.
Tonico: Ela é sempre
assim?
Aedo: Só 20 vezes por
dia.
Cena 5, Frente a
Delegacia, Dia
Pires: O que você quer
de novo?
Stela: Eu quero que o
hospital pegue fogo!
Pires: Como?
Stela: Você vai botar
fogo no hospital, especialmente no quarto da Rosa.
Pires: Você só pode
estar maluca!
Stela: Não vai fazer?
Pires: Claro que não.
Para de falar asneira, eu vou trabalhar!
Pires sai.
Stela: Droga!
Cena 6, Sorveteria,
Dia
Laurinha observando Stela
na rua.
Laurinha: Muito estranha
essa daí.
Dália: Quem?
Laurinha: A nora do
ex-prefeito, aquela Stela.
Dália: O que tem ela?
Laurinha: Vi ela falando
com o Sargento Pires, muito estranho...
Dália: Para de fuxicar a
vida dos outros e vai cuidar da sua!
Laurinha: Quer saber, eu
vou mesmo. E nem vou pagar o sorvete.
Laurinha sai.
Dália: Laura, volta
aqui!
Cena 7, Praça, Noite
Anoitece.
Cena 8, Casa de Aedo,
Sala de Jantar, Dia
Stela, Olavo, Jéssica,
Sônia, Tonico, Aedo, Hilda, Zulmira, Sílvia e Paulo estão
jantando.
Sônia: Não estou com
fome, vou ao banheiro.
Zulmira: Oba, sobra mais
comida pra mim.
Hilda: Calada, Zulmira,
vai virar um barril!
Stela olha para Tonico.
Stela: Como anda a
fábrica lá no Rio de janeiro?
Tonico: Falei com meu
sócio hoje de manhã, está tudo bem por lá.
Stela: Podemos falar em
particular?
Olavo: Por que em
particular?
Stela: Negócios, meu
amor.
Tonico: Podemos.
Cena 9, Convento, Dia
Carmelita tá escrevendo
, quando Vírginia entra.
Vírginia: Escrevendo,
Carmelita?
Carmelita: Sim, estou
escrevendo umas orações pra não precisar levar os livros sagrados
nas minhas visita de caridade, amém irmã?
Vírginia: Que Deus seja
louvado! Posso ver?
Carmelita se assusta.
Carmelita: Não! Digo, é
que minha letra é feia, não gosto que outros vejam.
Vírginia: Ah, que isso,
mas tudo bem. Um rapazinho trouxe um bilhete endereçado a você.
Carmelita: Pra mim? Que
estranho, não conheço quase ninguém.
Vírginia: Também
achei, mas toma aqui.
Carmelita pega o bilhete.
Carmelita: Meu Deus!
Carmelita sai do convento
correndo, levando consigo o bilhete e suas anotações, deixando
Vírginia muito cuiriosa.
Vírginia: Ué, o que
será que aconteceu?!
Cena 10, Casa de Aedo,
Sala, Dia
Tonico: Qual é o
assunto?
Stela: Sônia.
Tonico: Sônia?
Stela: Ela lhe contou dos
seus namoricos?
Tonico: Nunca tocou no
assunto, por que?
Stela: Desculpe, pensei
que você já soubesse...
Tonico: Soubesse de quê?
Stela: Eu não posso
dizer!
Tonico: Agora que
começou, termina!
Stela: Ela e o Olavo eram
namorados!
Tonico: Que?
Close em Tonico pasmo.
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