quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fim dos Tempos - Capítulo 19


Cena 1 – Rua deserta de Furacolândia, dia
Hellen: pensou que eu tinha só aquela arma é? Alias, pensou que eu já tinha me dado por vencida? Eu vou acabar com você, queridinha.
Ianne: Hellen, acalme-se. Você não tá bem
Hellen: eu to ótima. Alias, eu nunca estive tão bem. Só de pensar que daqui a pouco tempo você estará morta, me dá uma alegria como nunca antes
Ianne: Hellen, por favor, vamos conver....
Hellen: CALA A BOCAAAAAAAAAAAA. Agora a gente vai pra um lugar muito lindo. Você vai gostar
(Hellen parte com o carro apontando a arma pra Ianne)
Cena 2 – casa de Júlio, sala, dia
Júlio: É, me desculpe senhorita, mas não trato de assuntos de trabalho em casa. Se quiser, me encontre na empresa
Rebeca: senhor Júlio, tenho certeza que pra mim o senhor irá abrir uma excessão, ou então... (ela olha pra Júlio com um ar de ameaça)
Beatriz: ou então o que?
Rebeca: ou então eu irei procurar trabalho em outra empresa. Modéstia a parte eu sou uma ótima profissional.
Júlio:  (percebendo a ameaça) é, então faz o seguinte. Bia, vá pro shopping, eu irei atender essa mulher. Quem sabe ela possa preencher  a vaga
Beatriz: eu, hein? Tudo bem. Bom, então vou comprar. (ela beija Júlio) se comporte hein meu amor (ela sai)
(Júlio e Rebeca entram na casa dele)
Júlio: posso saber o que significa isso?
Rebeca: eu já disse... quero um emprego na sua empresa
Júlio: está louca? Por que veio até aqui com esse ar de ameaça?
Rebeca: Júlio, eu confesso que se você não me atendesse, eu poderia soltar tudo pra fora, falar do nosso caso pra sua mulher. Mas entenda, eu sinto sua falta, quero ficar mais perto de você, por isso eu quero o emprego na sua empresa
Júlio: isso não iria dar certo
Rebeca: (chorando) tudo bem, nada pra mim dá certo mesmo. Então eu decidi ir embora, pra sempre
Júlio: não, também não é assim meu amor (ele abraça ela) eu te amo, você sabe disso.
Rebeca: o que adianta amar se eu não posso sentir esse amor toda hora
Júlio: olha, tudo bem. Você irá fazer um teste e se for aprovada, trabalhará na empresa, ok?
Rebeca: ok meu amor
(nesse momento, Beatriz abre a porta e vê os dois abraçados)
Beatriz: Júlio, acredita que eu esqueci minha carteira aqui em.... O QUE SIGNIFICA ISSO?
Cena 3 – Delegacia, sala de visita, dia
Cibele: ca... casar?
Pablo: isso, casar. Tudo bem, eu sei que você não me ama, mas... com o tempo você pode aprender a me amar. E se não aprender e quiser o divórcio, não vou te prender a mim
Cibele: e quem disse que eu não te amo?
Pablo: ah?
Cibele: aqui na cadeia, eu tenho refletido muito sobre a minha vida, sobre as pessoas... e eu fico me perguntando, como eu fui idiota de não ter te enxergado esse tempo todo. Eu penso em você todo instante e meu desejo é sair daqui pra ficar ao teu lado, seu bobo
Pablo: então...
Cibele: então eu aceito seu pedido de casamento
Pablo: own meu amor, como eu te amo
(os dois se beijam loucamente. A carcereira interrompe)
Carcereira: o horário de visita acabou.... não ouviram? O horário de visita acabou.... ei, vocês, O HORÁRIO DE VISITA ACABOOOOOOOOOU. (ela os afasta)
Pablo: você vai sair  daqui e ai seremos muito felizes
Cibele: muito meu amor, MUITOOOOOOOOOOO (ela é conduzida até a cela)
Cena4- hospital, quarto de Vanessa, dia
(Vanessa tinha acabado de fazer a cirurgia e já despertado da anestesia. Ela se encontra deitada na cama com o rosto todo enfaixado. Uma verdadeira mumia)
Vanessa: e então doutor? Como foi a cirurgia?
Hélio: Um sucesso Vanessa
Vanessa: então quando eu tirar essas faixas, irei ver um rosto lindo novamente?
Hélio: bom, isso eu não posso te dizer
Vanessa: como assim? A cirurgia não foi um sucesso?
Hélio: claro, não houve nenhuma complicação, tudo ocorreu bem, conseguimos transplantar um rosto de uma pessoa morta em você com sucesso. Agora o resultado é imprevisivel
Vanessa: pessoa morta? Como assim? AAAAAAAAAAAAH
Hélio: acalme-se senhorita, lembre-se que o seu rosto está cheio de pontos, não grite. E é claro que é um rosto de uma pessoa já falecida que transplantamos na senhora, não iriamos arrancar o rosto de uma pessoa viva né?
Vanessa: mas a pessoa era bonita?
Hélio: não posso dizer, sigilo absoluto. Bom, tenha um bom dia e em breve, voltarei pra tirar as faixas da senhora. (ele sai)
Vanessa: (rindo) não vou me preocupar. Aposto que estarei linda e aquela inutil da Ana, onde estiver, ficará morrendo de inveja de mim
Cena 5 – casa de Júlio, sala, dia
Júlio: (soltando Rebeca) é apenas um abraço meu amor
Beatriz: abraço? E por acaso pra alguém poder trabalhar na sua empresa, precisa fazer um teste de abraço antes?
Júlio: não é isso meu amor, é porque ela ficou emocionada porque conseguiu o emprego
Rebeca: me perdoe, dona Beatriz. É porque eu estou a dias procurando emprego e agora que encontrei, acabei chorando
Beatriz: nossa, que emocionante.
Rebeca: bom, então eu já vou. Senhor Júlio, muito obrigada. Amanhã estarei na empresa
Júlio: ok
(Rebeca sai)
Júlio: bom, vá pegar sua carteira, te levarei ao shopping.
Beatriz: olha aqui Júlio. Uma coisa que eu não tolero é traição. Se eu descubro algo, sou capaz de te matar, entendeu?
Júlio: o que isso meu amor... eu jamais te trairia, jamais
Beatriz: assim espero
Cena 6 – Praia deserta de Furacolândia, cabana abandonada, tarde
(Hellen chega com Ianne ao cativeiro. Apontando uma arma, ela empurra Ianne no chão)
Hellen: pronto, é aqui que você ficará até a sua morte, sua desgraçada
Ianne: Hellen, por favor, não faça nada. Não estrague a sua vida. Você é uma mulher linda e rica, não vá fazer nada
Hellen: você já estragou a minha vida sua merda. Eu amava o Henrique, você tirou ele de mim
Ianne: ninguém manda no coração. A gente se apaixonou
Hellen: (dando um tapa na cara de Ianne) CALA A BOCA.  Olha, pra mostrar que não sou tão ruim assim, irei ligar pro Henrique. É, isso mesmo, quero ele aqui também, tentando te salvar. Vocês irão morrer juntos, entendeu? Juntos
Ianne: deixa ele fora disso, por favor
Hellen:  nunca. Ele tem tudo a ver com isso. (ela liga pro Henrique, que se encontra no centro de Astronomia)
Henrique: Alô?
Hellen: oi meu amor, aqui é a Hellen
Henrique: o que você quer hein?
Hellen: adivinha onde estou? Em uma praia deserta, numa cabana abandonada, apontando uma arma pra alguém que você ama muito (ela ri diabolicamente)
Henrique: o que? O que você tá dizendo garota?
Hellen: quer falar com ela? Espere um pouco (ela entrega o celular pra Ianne) diga a situação que você se encontra pra ele, ok? E nada de mentir, sua burra
Ianne: meu amor... meu amor... eu, eu...
Henrique: (entrando em desespero) Ianne? Meu amor, então é verdade.... aquela maluca te sequestrou? Onde você está?
Ianne: não se preocupe (Hellen toma o celular dela)
Hellen: sua sonsa, me dá isso aqui (falando com Henrique) viu? Ela está aqui comigo, pronta pra morrer
Henrique: não faça nada com ela. Onde vocês estão?
Hellen: adivinha? Estamos naquela praia deserta que você me pediu em namoro, lembra? Naquela cabana que a gente teve nossa primeira vez. Exotico né?
Henrique: eu estou indo prai. Não faça nada
Hellen: venha mesmo. E se trazer mais alguém com você, acabarei com o seu amorzinho em segundos
Henrique: ok (Henrique desliga o celular, pega o carro e parte as pressas pra praia deserta)
Cena 7 – Comunidade praiana de Furacolândia, casa de Setembrina, tarde
(Maria na janela, olha o céu)
Maria: Gente, olha como o tempo fechou
Zé: iiih, verdade. parece que vai cair um temporal daqueles
Maria: e minha filha que não chega, hein?
Setembrina: calma Maria. Ela tá lá com o namorado dela, recuperando o tempo perdido
Maria: mesmo assim, to aflita. Sem contar que amanhã é dia 21 de dezembro e nossa filha teme mais do que todo mundo o apocalipse. Tenho medo que ela possa tá em pânico, sei lá
Zé: acalma muié. Se tivesse acontecido algo, a gente saberia
Maria: bom, eu vou pegar a roupa do varal, porque esse temporal, promete ser o temporal dos temporais
Cena 8 – Praia deserta de Furacolândia, cabana abandonada, tarde
(Hellen abre a janela)
Hellen: olha lá fora sua anta. Pelo jeito o mundo acaba mesmo amanhã hein? Esse temporal promete... será que morreremos todos juntos? Seria incrivel né? Nós três unidos.. alias, nós quatro. Sei que tá grávida de um sonsinho
Ianne: Não fala assim do meu filho. E nesse momento, eu preferia o fim do mundo do que esse terror que você está me fazendo passar
Hellen: Ui que corajosa ela. Eu não acredito em fim do mundo, portanto, estarei aqui viva no dia 22 pra contar historia, pra contar a todos que sobrevivi a mais um apocalipse (rindo e apontando a arma pra Ianne) já você, morrerá de qualquer jeito, que peninha
Cena 9 – Apartamento de Carlos, sala, tarde
Carlos: pelo jeito vai vim mais um temporal daqueles, né?
Clarice: sim, será o inicio do apocalipse amanhã que todo mundo tá falando?
Carlos: eu não acredito em nada disso, apesar do Henrique acreditar nessa historia de que um planeta ou um cometa chamado Nibiru irá se chocar com a terra. A NASA negou que o mundo pode acabar
(o telefone toca, Clarice atende)
Clarice: senhor Carlos, é a delegada Alice
Carlos: (pegando o telefone) o que será que ela quer? (ao telefone) Alô delegada, novidades?
Alice: sim, eu quero informar que eu já descobri quem matou a sua mulher
Carlos: o que? Mas não tinha sido aquela jornalista?
Alice: ela assumiu o crime pra protejer o Pablo Carvalho, mas as investigações continuaram. Não foi ela que matou sua esposa
Carlos: então quem foi?
Alice: hoje a noite você saberá... Convoque uma reunião na sua casa com as seguintes pessoas, mas não diga o motivo, pode ser?
Carlos: tudo bem. Pode falar
Cena 10 – Praia deserta de Furacolândia, cabana abandonada, tarde
(começa a chover forte. Raios e trovões enfeitam o céu. O mar fica super agitado
Hellen: olha que cenário lindo pro seu fim.
Ianne: Hellen, desista disso, por favor. Você ainda pode fugir.
Hellen: e eu vou fugir querida. Mas antes tenho que matar vocês dois. Quem sabe uma onda gigante invada essa cabana e leve o corpo de vocês pra bem longe (rindo)
(Nesse instante, Henrique abre a porta da cabana com o pé)
Hellen: (apontando a arma pra Henrique) pronto, chegou quem faltava. Agora sim, podemos cortar o bolo dessa emocionante festa
HELLEN CONGELA

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