Cena1 – Casa de
Pablo, sala, dia
Pablo: delegada Alice, alguma novidade sobre a morte do meu
irmão?
Alice: indiretamente
sim. Pablo, você está preso, pela morte de Ana Truhlar
Pablo: Eu preso? Mas como assim gente? Eu não matei ninguém
Cibele: (levantando do sofá) mas isso é uma injustiça. O
Pablo jamais mataria alguém
Alice: Pablo, se lembra de quando você foi depor na
delegacia logo após o seu irmão ter morrido? Lembra-se do que você disse?
(Pablo tem um flash back)
‘’ Alice: eu já ouvi falar dessa Ana Truhlar, uma mulher
aparentemente acima de qualquer suspeitas. E se tudo o que você me disse for
verdade, essa mulher tem grandes chances de ser presa. Ela pode ter matado o
seu irmão, para que ninguém soubesse do relacionamento deles
Pablo: mas eu mato essa desgraçada
Alice: acalme-se, nunca diga isso. Olha,você já pode ir. E
mais uma vez, sinto muito pelo que houve. Se souber de algo mais, por favor,
nos procure’’
(Fim do flash back)
Pablo: delegada, mas eu disse isso na hora da raiva. Tá
certo que eu odiava essa mulher, porque tenho certeza que ela matou meu irmão,
mas eu jamais cometeria um crime
Alice: bom, o fato é que você se tornou a minha principal
suspeita. E estou aqui com essa ordem judicial pra te prender. Se realmente
você não for culpado do crime, terá que provar isso no tribunal. (chamando dois
policiais) pode algema-lo e coloca-lo na viatura
(dois policiais entram e algemam Pablo. Cibele tenta
consola-lo)
Cibele: Meu amigo, olha, acalme-se, você irá sair dessa. Vou
agora mesmo falar com o Marcelo, ele conhece otimos advogados, eu sei que você
não matou ninguém (olhando pra Alice) e delegada, saiba que assim que ficar
provado que Pablo não matou Ana, poderemos até processar a senhora por calunia
Alice: eu não trabalho com hipoteses querida, sim com a
realidade. E a realidade no momento é que Pablo ameaçou Ana na minha frente e é
a principal suspeita
(os policiais levam Pablo pra viatura e saem. Pelo vidro do
carro, ele olha pra trás e vê Cibele triste ao ve-lo indo pra delegacia)
Cena2 – Comunidade
praiana de Furacolândia, dia
(Ianne, vendo que a chuva de meteorito se aproxima, corre
pela praia gritando)
IANNE: PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI, MÃAAAAAAAAAAAE, É HOJE. O
MUNDO ACABA É HOJE E AGORA. AQUELES METEORITOS, VINDO EM NOSSA DIREÇÃO, VÃO
DESTRUIR A TERRA, VAI ACABAR COM A ESPÉCIE HUMANA.
NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO
(alguns pescadores tentam acalmar Ianne, outros observam a
chuva de meteorito de aproximando, com medo ou admirando. Maria e Zé chegam)
Maria: minha filha, o que houve? Nos avisaram que você tava
desesperada viemos correndo
Ianne: olha lá no horizonte, mãe. São meteoritos vindo em
nossa direção. É hoje que o mundo acaba
Zé: (observando) filha, olha ali, repare. Os meteoritos
estão caindo no mar, não irá acontecer nada. E mesmo se caisse em terra, eles
não causariam grandes estragos
Ianne: é... mas e se um meteoro estiver vindo atrás? Mas de
qualquer forma pai, isso é um sinal, um sinal de que o mundo realmente tá
chegando ao fim
(ela começa a chorar e é amparada pela sua mãe)
Maria: calma filha. Ninguém é Deus pra dizer quando o mundo
acaba. Confie nele, assim não terá medo de nada filha. Vamos entrar, vamos
(Ianne, Maria e Zé voltam pra casa e contam o que aconteceu
pra Setembrina)
Setembrina: acalme-se minha filha. Olha, vamos ligar a tv e
ver o noticiario, vai ver eles tem alguma explicação pra isso
(Setembrina liga a tv na mesma hora que um noticiario falava
sobre a prisão de Pablo pela acusação da morte de Ana. Ianne fica perplexa)
Ianne: meu Deus,mas.... mas essa é mãe do Henrique. Meu
Deus, ele deve tá arrasado e eu não sabia. Gente, como fui injusta, eu deveria
ta lá, consolando ele
Maria: é... que Deus a tenha
Zé: filha, nunca é tarde para fazer algo. Se você acha que
deve consolar o pai do seu filho, esqueça as mágoas e vá atrás dele
Ianne: é isso que irei fazer pai (Ianne despede de todos e
sai)
Cena3 – Hotel, quarto
de Henrique, dia
Henrique: Responde Hellen. Como sabe que eu me separei da
Ianne?
Hellen: é... eu... é... as... as noticias se espalham né
Henrique
Henrique: mas ninguém sabia que eu tinha me separado dela,
tirando meu pai e a Clarice e eles não iriam te contar. Hellen, você não tem
nada a ver com o que aconteceu não né?
Hellen: claro que não Henrique. Eu te amo e jamais faria
algo pra te ver sofrer meu amor. Ah, e foi justamente a Clarice que me contou
que você se separou da Ianne, isso mesmo
Henrique: (pegando ela pelo braço) ah é? Então vem cá. Irei
passar a limpo essa historia
Hellen: henrique? Henrique, o que você vai fazer? Henrique,
espera. Meu amor, nãaaaaaaao
Cena4 – Revista do
Marcelo, sala do Marcelo, dia
(Cibele entra na sala de Marcelo sem bater,afobada)
Cibele: meu amor, eu preciso da sua ajuda...
Marcelo: ah é? Descobriram que você matou Ana?
Cibele: do que você tá falando meu amor?
Marcelo: onde você esteve esse tempo todo, hein?
Cibele: meu amor, é uma longa historia. Eu fui sequestrada
pela Ana, ela me ameaçou por causa da matéria que eu fiz dela, depois fui pra
casa do Pablo, e ele... ele foi preso como suspeito da morte dela, porque acham
que ele queria se vingar, enfim. Preciso que você me ajude com um advogado pra
defende-lo
Marcelo:
nossa, coincidência, né? Ana te sequestra, depois é morta. Ana mata
irmão de Pablo e depois é morta... vocês podem ter sido cumplices, sua
assassina
Cibele: o que? Você acha que eu seria capaz...
Marcelo: acho sim. E to morrendo de odio que você e
aquele Pablo envolveram minha revista nessa historia toda. E justamente por
isso eu to indo embora dessa cidade, antes até que me acusem como cumplice de
vocês. Amanhã mesmo to partindo e não quero mais olhar pra essa sua cara
Cibele: (ironicamente) mas que mente brilhante a sua...
você acha que eu e o Pablo matamos a Ana e usamos a sua revista como bode
expiatório, é isso? Parabéns... você seria um ótimo autor de novelas. Iria
sambar na cara do João Emanuel Carneiro
Marcelo: me poupe das suas ironias (apontando o dedo
pra porta) saia. Eu não quero saber de você nunca mais. Aliás, a unica noticia
sua que eu quero ter é a de que você foi condenada pela morte daquela mulher,
nada mais
Cibele: (saindo) adeus animal, fracassado. É por isso
que essa sua revista nunca foi pra frente e jamais será, seja aqui ou em outro
lugar (ela cospe no chão e bate a porta)
Cena5 – Apartamento
de Carlos, sala, dia
(Henrique entra sem bater no apartamento do seu pai
segurando Hellen que suplica pra ele solta-la. Clarice aparece)
Clarice: meu filho, o que tá acontecendo? O seu pai não
está, ele foi até a igreja marcar
cerimônia simbolica pra sua mãe
Henrique: é com você que eu queria falar Clarice. Vem cá,
foi você que disse pra Hellen que eu terminei com Ianne?
Clarice: (olhando pra Hellen) claro que não filho, eu jamais
me meteria na sua vida assim. E depois eu nunca conversei com essa dai
Henrique: (encara Hellen) sua vagabunda. Tenho certeza que
você tem alguma coisa a ver com tudo o que aconteceu. Que aquela periguete que
foi lá no centro de astronomia foi tudo ideia sua. Que você atraiu a Ianne pra
lá , pra ela flagrar um beijo roubado que eu jamais daria
Hellen: meu amor, eu jamais faria isso, solta meu braço
Henrique: claro que solto seu braço (ele solta o braço dela
e a pega pelos cabelos) vamos agora até a casa da Ianne e você vai ter que
confessar tudo na frente dela, entendeu? ENTENDEEEEEEEU?
Hellen: tá, tudo bem. Foi eu que armei aquilo tudo, mas me
solta, por favor
(Henrique a puxa pelos cabelos e ela começa a gritar.
Clarice ri escondida. Eles saem do apartamento e vão pro elevador, que na
metade do trajeto, trava)
Henrique: droga... mas não pense que o fato do elevador ter
travado irá te ajudar. Podemos ficar aqui um século, que ao sairmos, você irá
direto contar toda a verdade pra Ianne
Hellen: foi tudo pro amor, eu te amo (Henrique a ignora e
ela começa a chorar)
Cena6 – Delegacia,
cela de Pablo, meio dia
(o carcereiro entra e anuncia visita pra Pablo. Ele o conduz
até uma das salas da delegacia. Ele tem apenas 5 minutos)
Pablo: Cibele... você (ele a abraça)
Cibele: claro que eu né? Acha que eu iria te abandonar,
hein?
Pablo: mas eu to sendo acusado de assassinato e você deve
achar que eu...
Cibele: eu não acho nada, cala essa boca. Eu sei que você
não matou ninguém. Olha, eu fui pedir ajuda ao Marcelo, ele me destratou,
terminou comigo, acha que eu posso ter matado Ana, junto com você
Pablo: que desgraçado
Cibele: calma, esquece ele. Hoje mais tarde eu vou conseguir
de qualquer jeito um advogado pra você
Pablo: eu não vou mentir que fiquei feliz ao saber que você
e ele terminaram. E você tentando me ajudar me deixa cada vez mas.... esquece
Cibele: nada disso, agora você vai ter que falar
Pablo: será que você nunca percebeu Bele? (ele respira fundo
e diz) menina, eu te amo, sempre fui apaixonado por você
Cibele: (chocada) o que? Que brincadeira é essa?
Pablo: eu te amo mulher, desde a adolescência, quando a
gente se conheceu na 7ª série.
Cibele: e por que nunca me disse isso antes?
Pablo: eu sempre fui um cara desengonçado, timido e você a
menina mais desejada da escola, sempre andava com os carinhas mais bonitões e
populares. Jamais iria olhar pra mim
Cibele: (pegando no rosto dele) seu bobo, eu sempre te vi
como um irmão, mas agora que você me disse isso, eu... eu... eu queria tanto
poder te ajudar
Pablo: você não pode fazer nada por mim Bele, nada
Carcereiro: o horário de visita acabou
Pablo: (se retirando) até meu amor
Cibele: até (em pensamento) ‘’vamos ver se eu não vou poder
te ajudar, Pablo’’
(ela sai da delegacia em busca de um advogado)
Cena7- hospital, quarto de Vanessa, tarde
(Doutor Hélio entra no quarto da paciente)
Hélio: boa tarde Vanessa
Vanessa: eu não sei porque vocês instem em me desejar bom
dia, boa tarde, boa noite. Não tá vendo que minha vida tá uma droga?
Hélio: mas temos uma noticia boa. Conseguimos um rosto pra
você e em breve, você será operada
Vanessa: sériooooooo? Ah, então em breve ficarei linda
novamente?
Hélio: bom Vanessa, você tem que estar ciente de que é uma
cirurgia de risco. Nada é certo. Pode ser sim que você volte a ficar linda ou
até que...
Vanessa: até que o que doutor?
Hélio: seu rosto fique mais deformado ainda. quer mesmo
fazer essa cirurgia?
Vanessa: quero sim. Agora eu vou até o fim. Não sou mulher
de desistir
Cena8- escritorio do
advogado Stênio, tarde
(Cibele termina de contar toda a situação de Pablo pro
advogado)
Cibele: e então advogado? O que você me diz?
Stênio: olha Cibele.. realmente o seu amigo está muito
encrencado. Há fortes indicios de que foi ele que matou essa Ana e só vejo duas
saidas no momento
Cibele: e quais são?
Stênio: a primeira é que ele confesse o crime, assim a pena
dele pode ser reduzida
Cibele: mas nunca doutor... ele jamais irá confessar. O
senhor não entende que ele não pode ser preso, ele é inocente. Qual é a segunda
saida?
Stênio: a segunda é que apareça um outro suspeito do crime,
assim as investigações podem se desviar e quem sabe, chegar ao verdadeiro
culpado do crime
Cibele: então... se surgir um fato novo, Pablo pode ser
solto
Stênio: evidente que sim
Cibele: obrigada doutor. Já sei o que farei
(cibele sai em disparada do escritorio, deixando o advogado
Stênio confuso)
Cena9- Hotel,
elevador, tarde
(Henrique e Hellen esperam até que...)
Henrique: pronto, finalmente o elevador destravou.
(eles saem do elevador e Hellen tenta fugir. Henrique a
alcança na porta do hotel e na mesma hora, Ianne chega)
Ianne: Henrique? Eu vim aqui te desejar meus pesames mas
vejo que to atrapalhando né?
Henrique: Ianne, que ótimo que você apareceu, ja iamos atrás
de você. E não é nada disso que você está pensando. Aliás, nada do que
aconteceu nos ultimos tempos, foi do jeito que pareceu ser. (Henrique pega
Hellen pelos cabelos) anda vadia, conta tudo
(uma multidão os observa. Hellen, sem saida, confessa toda a
armação que ela fez pra separar Ianne e Henrique. Antes dela terminar, Ianne a
interrompe...)
Ianne: então quer dizer que... você nunca me traiu. Meu
amor, me perdoa. Eu fui injusta, ainda mais agora que aconteceu essa tragedia
na sua familia... sou uma boboca mesmo
(Henrique solta Hellen e beija Ianne. A multidão os aplaude.
Depois do beijo)
Henrique: e Hellen, saiba que a Ianne está grávida,
esperando um filho meu. Mesmo que você tentasse a vida inteira nos separar, nós
sempre estariamos unidos.
Hellen: VEREMOS
HENRIQUE, VEREMOS. VOCÊ ME TROCOU POR ESSA CAIÇARA FEDORENTA, MAS ISSO NÃO VAI
FICAR ASSIM. EU VOU SEPARAR VOCÊS DOIS NEM QUE PARA ISSO EU TENHA QUE COMETER
UM CRIME, ENTENDEU? UM CRIMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE.
Ianne: não temos medo das suas ameaças
Hellen: pois deveria ter sua imunda de beira de praia (ela
olha pra multidão) E VOCÊS, HEIN? TÃO OLHANDO O QUE DESGRAÇA? TÃO ME ACHANDO
GOSTOSA É? QUEREM UM AUTOGRAFO? BANDO DE GENTE FEIA E CURIOSA
(Ela sai do hotel olhando maleficamente pro casal Henrique e
Hellen, que se encontra feliz)
Ianne: eu te amo meu amor
Henrique: também te amo (eles se beijam novamente)
Cena10 – delegacia,
sala de Alice, tarde
(cibele entra na sala)
Cibele: boa tarde doutora.
Alice: dona Cibele, o horário de visitas acabou e pelo que
me consta, você visitou o seu amigo hoje
Cibele: eu não vim visitar o Pablo e sim tirar ele da cadeia
Alice: ah é? E por que tem tanta certeza que ele sairá
daqui, sendo que ele é o principal suspeito de um crime?
Cibele: com a certeza de que ele não cometeu crime nenhum,
que ele não matou ninguém.... porque quem matou Ana Truhlar, foi eu.
CIBELE CONGELA
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