Retomada
da cena do capitulo anterior.
CENA
1. PRAIA DE IPANEMA.EXTERNO.TARDE
Tadeu
liga ao pronto socorro.
TADEU
– Boa tarde.
DR.
COTRIM – Boa tarde! Em que posso ajudá-lo?
TADEU
– A Eneida está morrendo... preciso de sua ajuda antes que seja
tarde demais.
DR.
COTRIM – Me dê o endereço que já estou enviando uma ambulância.
Mas
o peito de Eneida está sangrando demais até que de repente, seu
coração parou.
TADEU
– Eneida! Não!
Tadeu
chora.
CENA
2. CASA DE CLÉO. SALA DE ESTAR. INTERNO. TARDE
Terê
estranha a ausência de Alice.
TERÊ
– Cadê a Alice? Onde ela está?
ZOÉ
– Quer saber onde ela está? Só pode estar na cadeia!
TERÊ
– Na cadeia? Por que você fala isso? Não pode falar mal das
pessoas!
LETÍCIA
– E você é a próxima a ir para a cadeia! Por vigarista, por não
pagar a pensão do seu filho, Ricardo e por mentir sobre suas
próximas previsões!
ZOÉ
– Diga-me qual será sua próxima previsão!
TERÊ
– O Elantra vai matar a filha da Abigail, a Patricia, e a Alice vai
manter refém a Júlia e vai matá-la com veneno do depósito do
shopping.
ZOÉ
– Quer dizer que a Alice vai escapar?
LETICIA
– Não acredito!
CENA
3. CASA DE MARIZETE. SALA DE ESTAR. INTERNO. TARDE
Cléo
sai do hospital e vai para a casa de Armando conversar sobre a
situação de Alice, que se encontra descontrolada.
CLÉO
– Boa tarde.
ARMANDO
– Boa tarde, Cléo. Que bom te ver. Em que posso te ajudar?
CLÉO
– Me ajude a controlar a minha filha... ela está muito
descontrolada ultimamente.
ARMANDO
– Sua filha, Alice? Nem me fale. Eu percebi isso na ultima vez que
falei com ela.
CLÉO
– Mas você sabe o que está acontecendo com ela? Está muito
estranha.
ARMANDO
– Parece que ela está com dificuldades de aceitar o coração de
Heloísa. Você falou com os médicos?
CLÉO
– Não. Ainda não. Mas primeiro preciso encontrá-la para levá-la
para o hospital.
ARMANDO
– Vamos pensar onde ela poderia estar.
CENA
4. CENAS RIO DE JANEIRO. TARDE à NOITE. (som: Sun, de Aztec
Camera).
CENA
5. PRAIA DE COPACABANA. EXTERNO. NOITE
A
ambulância chega para atender ao pedido de Tadeu, mas é tarde
demais. A Eneida estava morta.
DR.
COTRIM – Não temos nada para fazer. Ela está morta.
TADEU
– Vocês demoraram muito.
DR.
COTRIM – Ela está morta há 1 hora, justo quando recebemos sua
chamada.
Aparece
o irmão de Tadeu, Mário. Ele suspeita de Alice ter atirado em
Eneida.
MARIO
– Tadeu, eu sei quem fez isso.
TADEU
– Sabe? Quem foi?
MARIO
– Alice Bacelar. Ela matou a Eneida por ciúmes. Alice estava muito
estranha.
TADEU
– Você tem provas? É muito grave falar essas coisas!
MARIO
– Não. Eu só suspeito.
DR.
COTRIM – A policia está chegando para investigar o caso.
CENA
6. 14ª DP. INTERNO. NOITE.
Milena
recebe a visita de Armando na cadeia.
ARMANDO
– Boa noite, Milena.
MILENA
– Boa noite, Armando. Posso te falar uma coisa? Vida de cadeia é
terrível. Não aguento mais. Quero sair daqui.
ARMANDO
– Eu sou advogado. Vou pedir à Tenente Celina para você e a Neli
pagarem uma fiança e responder ao processo em liberdade.
MILENA
– Muito obrigada!
Daí
vem a Leonor.
LEONOR
– O que está acontecendo aqui? Não pode ter visitas, muito menos
de advogados.
MILENA (a
Armando) – Armando, a Leonor é a responsável de eu estar
aqui! Meu Deus!
ARMANDO
– Eu tenho permissão de estar aqui! Sou eu quem quero saber quem é
você!
LEONOR
– Eu sou a policial que foi testemunha do crime que Milena cometeu!
CENA
7. CASA DE ABIGAIL. SALA DE ESTAR. INTERNO. NOITE
Abigail
recolhe a correspondência e Patrícia vê um envelope muito
estranho. A filha de Abigail abre e encontra uma carta muito
ameaçadora.
PATRÍCIA (lendo)
– Patrícia, espero você, hoje à noite, na praia de
Ipanema. Estarei te esperando por uma surpresinha. Com amor, o
assassino.
Abigail
e sua filha ficam chocadas.
PATRICIA
– Vão me matar! Só pode ser meu pai! O Plínio!
Mário
aparece.
MÁRIO
– Pare com essa choradeira! O que está acontecendo?
ABIGAIL
– Vão matar a Patrícia!
MÁRIO
– Patrícia vai morrer? Porque vocês estão falando isso?
PATRICIA
– Leia o que diz esta carta anônima!
CENA
8. CASA DE MARIZETE. SALA DE ESTAR. INTERNO. NOITE.
Alberto
sai à noite e Marizete avisa que a correspondência chegou.
ALBERTO
– Vou sair, OK?
MARIZETE
– Não esquece. Aqui está uma correspondência para você.
Alberto
lê a correspondência.
ALBERTO (lendo)
– Alberto, hoje à noite, vai à praia de Ipanema e tenho
uma surpresinha para você. Com amor, o assassino.
Alberto
fica chocado.
ARMANDO
– O que está acontecendo?
MARIZETE
– É uma carta muito estranha, está falando que vão matar o
Alberto?
ARMANDO
– O meu filho? Não pode ser! Deve ser brincadeira! Só poder ser
isso
Mário
aparece.
MÁRIO
– O que está acontecendo? Ouvi falar, “vão matar o Alberto”?
ARMANDO
– Sim, Mário.
MÁRIO
– O dia de hoje vai ser inesquecível. Onda de violência
disparando. Vai ser igualzinho ao dia 21 de dezembro de 2012, o dia
que o mundo vai acabar!
CENA
9. CENAS DE RIO DE JANEIRO. NOITE à DIA.
CENA
10. CASA DE ABIGAIL. SALA DE ESTAR. INTERNO. DIA
Abigail
liga para Celina.
ABIGAIL
– Tenente Celina, pode vir para minha casa. Algo muito grave está
acontecendo. Minha filha está sendo ameaçada de morte.
CELINA
– Fique em casa. Estou indo para lá.
20
minutos depois. Celina chega à casa de Abigail.
CELINA
– Bom dia, Abigail.
ABIGAIL
– Bom dia, Tenente Celina. Veja aqui a carta onde está ameaçando
a Patrícia.
Abigail
mostra a carta para Celina.
CELINA
– Preciso levar a carta para que seja examinada por um perito.
Assim vamos saber quem escreveu a carta.
ABIGAIL
– Temos que fazer alguma coisa. Minha não pode morrer.
CELINA
– Meu Deus, aquela carta é ameaçadora mesmo. A onda de violência
é enorme. Eu vou resolver. Tem um principal suspeito?
ABIGAIL
– Plínio, meu ex-marido.
Marizete
aparece.
MARIZETE
– Eu também vim denunciar o ex-marido de Abigail, Tenente Celina.
CELINA
– Você também?
MARIZETE
– O meu sobrinho, Alberto, também recebeu uma carta ameaçadora.
CENA
11. SHOPPING FERRETO. RESTAURANTE. INTERNO. DIA
Alice
estava em um restaurante planejando o sequestro e morte de Júlia,
até que aparece Cléo e Armando.
CLÉO
– Vamos ao hospital, filha. O que está acontecendo com você?
Estamos preocupados.
Cléo
guarda os papeis que tinha sobre a mesa.
ARMANDO
– O que você está guardando?
ALICE
– Não é da sua conta. Tenho umas contas para cobrar.
CLÉO
– Não fale assim, filha. Alguma coisa errada está acontecendo com
você desde que você recebeu o coração de sua irmã!
ALICE
– Não quero saber nada de minha irmã! Todo mundo olha para mim
como se eu fosse ela! Minha vida acabou.
CLÉO
– Não fale assim. Sua irmã só fez um bem para você. Graças a
ela, você está viva. Pensa nisso, filha. Você não precisa se
vingar de ninguém.
ARMANDO
– Alice, a Cléo tem razão, você é uma pessoa boa. Temos que ir
para o hospital. Lá você vai receber orientação melhor.
Cléo
e Alice se abraçam.
CLÉO
– Vamos filha, tudo vai se resolver.
CENA
12. HOSPITAL TUDO PARA VIVER. SALA DE INTERNAÇÃO. INTERNAÇÃO. DIA
Cléo
pergunta pelo Dr. Eduardo.
CLÉO
– Por favor, precisamos falar com Dr. Eduardo. É urgente!
ATENDENTE
– Quem gostaria?
CLÉO
– Alice Bacelar.
A
atendente liga e o doutor aparece na sala.
DR.
EDUARDO – Alice, o que está acontecendo? Falaram que você precisa
falar urgente comigo.
CLÉO
– Doutor, graças a Deus, você está aqui. Alice precisa muito
falar com você.
DR.
EDUARDO – Estou a disposição. Em que posso ajudar? Vamos para meu
consultório.
ALICE
– Doutor, minha vida acabou quando recebi o coração da minha
irmã. Não aguento mais que as pessoas me vejam como se eu fosse
ela.
DR.
EDUARDO – Alice, veja bem: Você é uma pessoa abençoada, muitas
pessoas ficam esperando um coração compatível e acabam morrendo, e
você teve a sorte de receber o coração de sua própria irmã.
ALICE
– Eu sei, doutor. Por isso estou aqui. Preciso de ajuda. Do
contrário, vou acabar fazendo coisas que irão acabar com a vida de
outros e a minha própria.
CENA
13. CENAS RIO DE JANEIRO. DIA à TARDE.
CENA
14. 15ª DP. INTERNO. TARDE
Celina,
Danilo e Breno fazem um plano para capturar a pessoa que está
ameaçando Patrícia e Alberto.
CELINA
– O plano vai ser assim: os dois ameaçados vão até a praia de
Ipanema, no horário que a carta dizia. Nós três com mais 3
policiais vamos estar vigiando o local para capturar a pessoa quem
fez as ameaças.
DANILO
– Ok. Concordo, porém, nós mesmos vamos levar Patrícia e Alberto
ao local.
BRENO
– Vamos falar com os dois.
CELINA
– Sim, vamos colocar um colete à prova de balas. Todos os cuidados
devem ser tomados.
CENA
15. 14ª DP. INTERNO. TARDE
Armando
paga uma fiança de R$5000 para a libertação de Milena e Neli.
ARMANDO
– Milena e Neli, vocês vão sair da cadeia daqui a pouco.
MILENA
– Isso é verdade? Meu Deus, obrigada.
ARMANDO
– Consegui que aprovaram uma fiança de R$5000 para cada uma de
vocês.
NELI
– Obrigada. Já não estava aguentando mais.
ARMANDO
– Agora vamos planejar a defesa.
CENA
16. PRAIA DE IPANEMA. EXTERNO. TARDE
Celina,
Breno e Danilo chegam acompanhados da polícia.
CELINA
– Patrícia e Alberto, por favor, cada um de vocês vai andando até
a praia. A gente vai ficar de olho desde aqui.
BRENO
– Fiquem atentos. Se alguém se aproximar vocês fazem o sinal
indicado para chamar nossa atenção.
CELINA
– Não se preocupem. Não vamos tirar os olhos de vocês.
ALBERTO
– Confiamos no plano de vocês.
PATRÍCIA
– Não deixem acontecer nada com a gente, por favor.
FIM
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