quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Capitulo 24 de Vida nas Mãos

Continuação imediata do capítulo anterior.

CENA 1 /CONSTRUTORA FELISBERTO /SALA DE EVANDRO /INTERIOR /DIA

Felício – Chegou esse envelope para o senhor.

Felício entrega o envelope. Evandro abre. É um bilhete. Evandro lê.

Evandro – (assustado) Não é possível!
Felício – O que houve, Evandro? Tá tudo bem? Precisa de alguma coisa?
Evandro – Nada não, Felício! Obrigado. Pode ir... Qualquer coisa, eu te chamo!
Felício – Então está bem. Com licença!


CENA 2 /CAFUNDONÓPOLIS DO NORTE /PREFEITURA /INTERIOR /DIA

Lázaro chega na prefeitura, depois da conversa com Gregório. Aurélia aguarda ansiosa.

Aurélia – E aí, homem! Fala logo! Deu tudo certo?
Lázaro – Não. Infelizmente, o dr. Gregório não aceitou minha proposta!
Aurélia – Gregório? Você falou com o Gregório?
Lázaro – Sim.
Aurélia – Você é um imprestável mesmo! Devia ter conversado com o Evandro! Ele que é o dono da construtora!
Lázaro – O Gregório é irmão do dono, dá na mesma!
Aurélia – Dá na mesma para um imprestável como você! To vendo que eu vou ter que resolver isso.


CENA 3 /CONSTRUTORA FELISBERTO /SALA DE EVANDRO /INTERIOR /DIA

Evandro pega o telefone e liga para Emiliano.

Evandro – Alô, Emiliano?
Emiliano – (tel) Emiliano? Ah sim, sou eu mesmo.
Evandro – Sou eu, Evandro.
Emiliano – (tel) Oi dr. Evandro. Desculpa, mas já lhe adianto que não tenho nenhuma novidade sobre o caso.
Evandro – Pois eu tenho! Passe aqui na construtora assim que puder.
Emiliano – (tel) Pode deixar! Passarei sim.
Evandro – Te aguardo então!

Evandro desliga o telefone e lê novamente o bilhete.

Evandro – (pensando) Sinto meu filho ainda mais próximo de mim!


CENA 4 /TAPERA /INTERIOR /DIA

Sabrina chega em casa estressada.

Bruno – E aí, Sabrina, como foi lá na construtora? Gostaram do seu currículo?
Sabrina – Eu to com cara de que consegui o emprego?
Bruno – Pela sua cara, to vendo que não. Mas, o que houve?
Sabrina – Você nem imagina! Me disseram que eu não me enquadro!
Bruno – Suas qualificações não são boas o suficiente para eles?
Sabrina – Que nada! Nem chegaram a analisar meu currículo!
Bruno – Então, como podem dizer que você não se enquadra?
Sabrina – Simplesmente pelo fato de eu ser mulher! Vê se pode uma coisa dessas?


CENA 5 /CAFUNDONÓPOLIS DO NORTE /IGREJA /INTERIOR /DIA

Henrique – Que o Senhor me dê forças essa semana! Estou pensando em visitar cada casa de Cafundonópolis do Norte para abençoar e levar a paz de Deus para todas as famílias! Assim aproveito pra fazer um lanchinho na casa de cada um! Haha. Ó, perdoe-me Pai! Não quis dizer isso!


CENA 6 /TAPERA /INTERIOR /DIA

Sabrina chora, pois não consegue emprego em lugar algum e ainda acaba de passar uma humilhação na construtora apenas por ser mulher. Bruno chega ansioso.

Bruno – Minha irmã, pare de chorar... as coisas vão melhorar! Tive uma ideia que pode te ajudar muito! Você vai voltar lá na construtora e conseguir o emprego! Só vai precisar fazer umas pequenas mudanças no seu currículo...
Sabrina – Mudanças, Bruno? Do que adianta? Eles nem sequer olharam meu currículo!
Bruno – Vão olhar, Sabrina e vão gostar muito! Tenho certeza disso!
Sabrina – Como?
Bruno – Eu tive uma ideia! Deixa eu te explicar...

Bruno explica a ideia para Sabrina.


CENA 7 /MANSÃO FELISBERTO/ SALA /INTERIOR /DIA

Ana desce as escadas correndo.

Ana – (gritando) Mariana! Venha até aqui, rápido!

Mariana vem da cozinha correndo.

Mariana – (preocupada) O que houve? Tá passando mal?
Ana – Mariana, você sabe onde está a Carolina? Fui até o quarto dela e ela não está lá.
Mariana – Não sei dizer, dona Ana. Pra mim ela tava lá no quarto!
Ana – Ela não tá lá! Não tá em parte alguma da casa! Onde será que ela se meteu?
Mariana – Acho que eu sei...
Ana – Mariana, o que você sabe! Me diga! Vamos!
Mariana – Se a senhora me permitir sair, eu trago Carolina de volta.
Ana – Vá sim! Rápido!

Mariana sai da mansão atrás de Carolina. Ana vai até a cozinha tomar uma água para se acalmar.


CENA 8 /CAFUNDONOPOLIS DO NORTE /FLORESTA /DIA

Cacique Yuri está liderando um grupo de índios jovens, ensinando-os a caçar. De repente, um índio vê movimentação atrás de um arbusto.

Índio – Índio Yuri! Mim viu bicho! Mim vai atirar flecha!

Yuri, com sua experiência, percebe que não se trata de um animal.

Yuri – (gritando) Não, índio! Não atira flecha! Deixa mim ver primeiro o que é!

Yuri se aproxima do arbusto e encontra Carolina escondida.

Yuri – (surpreso) Não é bicho! É gente branca! O que tá fazendo aqui? Mim não conhece!

Congela em Carolina, num misto de medo, ansiedade e alegria.

FIM DO CAPÍTULO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário