Continuação
imediata do capítulo anterior.
CENA
1 /CONSTRUTORA FELISBERTO /SALA DE EVANDRO /INTERIOR /DIA
Felício
– Chegou esse envelope para o senhor.
Felício
entrega o envelope. Evandro abre. É um bilhete. Evandro lê.
Evandro
– (assustado) Não é possível!
Felício
– O que houve, Evandro? Tá tudo bem? Precisa de alguma coisa?
Evandro
– Nada não, Felício! Obrigado. Pode ir... Qualquer coisa, eu te
chamo!
Felício
– Então está bem. Com licença!
CENA
2 /CAFUNDONÓPOLIS DO NORTE /PREFEITURA
/INTERIOR /DIA
Lázaro
chega na prefeitura, depois da conversa com Gregório. Aurélia
aguarda ansiosa.
Aurélia
– E aí, homem! Fala logo! Deu tudo certo?
Lázaro
– Não. Infelizmente, o dr. Gregório não aceitou minha proposta!
Aurélia
– Gregório? Você falou com o Gregório?
Lázaro
– Sim.
Aurélia
– Você é um imprestável mesmo! Devia ter conversado com o
Evandro! Ele que é o dono da construtora!
Lázaro
– O Gregório é irmão do dono, dá na mesma!
Aurélia
– Dá na mesma para um imprestável como você! To vendo que eu vou
ter que resolver isso.
CENA
3 /CONSTRUTORA FELISBERTO /SALA DE EVANDRO /INTERIOR /DIA
Evandro
pega o telefone e liga para Emiliano.
Evandro
– Alô, Emiliano?
Emiliano
– (tel) Emiliano? Ah sim, sou eu mesmo.
Evandro
– Sou eu, Evandro.
Emiliano
– (tel) Oi dr. Evandro. Desculpa, mas já lhe adianto que não tenho
nenhuma novidade sobre o caso.
Evandro
– Pois eu tenho! Passe aqui na construtora assim que puder.
Emiliano
– (tel) Pode deixar! Passarei sim.
Evandro
– Te aguardo então!
Evandro
desliga o telefone e lê novamente o bilhete.
Evandro
– (pensando) Sinto meu filho ainda mais próximo de mim!
CENA
4 /TAPERA /INTERIOR /DIA
Sabrina
chega em casa estressada.
Bruno
– E aí, Sabrina, como foi lá na construtora? Gostaram do seu
currículo?
Sabrina
– Eu to com cara de que consegui o emprego?
Bruno
– Pela sua cara, to vendo que não. Mas, o que houve?
Sabrina
– Você nem imagina! Me disseram que eu não me enquadro!
Bruno
– Suas qualificações não são boas o suficiente para eles?
Sabrina
– Que nada! Nem chegaram a analisar meu currículo!
Bruno
– Então, como podem dizer que você não se enquadra?
Sabrina
– Simplesmente pelo fato de eu ser mulher! Vê se pode uma coisa
dessas?
CENA
5 /CAFUNDONÓPOLIS DO NORTE /IGREJA /INTERIOR /DIA
Henrique
– Que o Senhor me dê forças essa semana! Estou pensando em
visitar cada casa de Cafundonópolis do Norte para abençoar e levar
a paz de Deus para todas as famílias! Assim aproveito pra fazer um
lanchinho na casa de cada um! Haha. Ó, perdoe-me Pai! Não quis
dizer isso!
CENA
6 /TAPERA /INTERIOR /DIA
Sabrina
chora, pois não consegue emprego em lugar algum e ainda acaba de
passar uma humilhação na construtora apenas por ser mulher. Bruno
chega ansioso.
Bruno
– Minha irmã, pare de chorar... as coisas vão melhorar! Tive uma
ideia que pode te ajudar muito! Você vai voltar lá na construtora e
conseguir o emprego! Só vai precisar fazer umas pequenas mudanças
no seu currículo...
Sabrina
– Mudanças, Bruno? Do que adianta? Eles nem sequer olharam meu
currículo!
Bruno
– Vão olhar, Sabrina e vão gostar muito! Tenho certeza disso!
Sabrina
– Como?
Bruno
– Eu tive uma ideia! Deixa eu te explicar...
Bruno
explica a ideia para Sabrina.
CENA 7 /MANSÃO FELISBERTO/ SALA /INTERIOR /DIA
Ana
desce as escadas correndo.
Ana
– (gritando) Mariana! Venha até aqui, rápido!
Mariana
vem da cozinha correndo.
Mariana
– (preocupada) O que houve? Tá passando mal?
Ana
– Mariana, você sabe onde está a Carolina? Fui até o quarto dela
e ela não está lá.
Mariana
– Não sei dizer, dona Ana. Pra mim ela tava lá no quarto!
Ana
– Ela não tá lá! Não tá em parte alguma da casa! Onde será
que ela se meteu?
Mariana
– Acho que eu sei...
Ana
– Mariana, o que você sabe! Me diga! Vamos!
Mariana
– Se a senhora me permitir sair, eu trago Carolina de volta.
Ana
– Vá sim! Rápido!
Mariana
sai da mansão atrás de Carolina. Ana vai até a cozinha tomar uma
água para se acalmar.
CENA 8 /CAFUNDONOPOLIS DO NORTE /FLORESTA /DIA
Cacique
Yuri está liderando um grupo de índios jovens, ensinando-os a
caçar. De repente, um índio vê movimentação atrás de um
arbusto.
Índio
– Índio Yuri! Mim viu bicho! Mim vai atirar flecha!
Yuri,
com sua experiência, percebe que não se trata de um animal.
Yuri
– (gritando) Não, índio! Não atira flecha! Deixa mim ver primeiro o que é!
Yuri
se aproxima do arbusto e encontra Carolina escondida.
Yuri
– (surpreso) Não é bicho! É gente branca! O que tá fazendo aqui? Mim não
conhece!
Congela
em Carolina, num misto de medo, ansiedade e alegria.
FIM
DO CAPÍTULO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário