quarta-feira, 8 de maio de 2013

Vida Fatal - Capítulo 68


Cena 1/ Hospital/ Corredor/ Interno/ Noite
(Adriana passa pelo corredor, rindo. Sérgio e Otávio aparecem no corredor e se deparam com a vilã)
OTÁVIO: Adriana? O que você está fazendo aqui? 
SÉRGIO: Ai meu Deus, minha mãe.
(Sérgio entra no quarto da mãe)
OTÁVIO: Você fez alguma coisa com a Larissa?
ADRIANA: Por que você mesmo não vai verificar?
OTÁVIO: Sua bandida.
ADRIANA: Otário.
(Adriana empurra Otávio, que cai em cima do bebedouro. Adriana sai correndo. Otávio levanta-se, tira o celular do bolso e segue Adriana)
OTÁVIO (com o celular no ouvido): Alô. É a polícia?

Cena 2/ Hospital/ Quarto de Larissa/ Interno/ Noite
SÉRGIO: A senhora está bem?
LARISSA: Estou, meu filho.
SÉRGIO: Aquela vadia não podia fazer isso.
LARISSA: Não se preocupe. Eu sou muito mais esperta que a Adriana. Só foi parar um pouco a respiração, que deu tudo certo.

Cena 3/ Hospital/ Externo/ Noite
(Adriana vê um taxi, abre a porta, dá um soco no taxista, tira-o de dentro do carro, entra no taxi e parte. Logo atrás, aparece Otávio, que entra no seu carro e persegue Adriana)

Cena 4/ Casa de Roberta/ Quarto de Roberta/ Interno/ Noite
CARLA: Como estão as coisas com você?
ROBERTA: Muito melhores depois daquela palestra que a Juliana proporcionou.
CARLA: Você fala como se a Juliana fosse a salvadora da pátria. Até esquece que foi ela que espalhou para a faculdade inteira que você é soropositiva.
ROBERTA: A Juliana me ajudou e é isso que importa. Eu queria recompensá-la de alguma forma, mas você insiste nessa mentira.
CARLA: Eu não consigo entender qual a relação entre a recompensa que você quer dar a Juliana e a situação da Jéssica.
ROBERTA: A Jéssica é melhor amiga da Juliana. Já pensou se ela morre? Eu não queria ver a Juliana sofrer, ainda mais sabendo que eu poderia evitar esse sofrimento.
CARLA: Que meiga. Pois saiba que eu continuarei mentindo. Se depender de mim, o Bruno nunca saberá que eu posso doar a medula para Jéssica e salvar a vida dela.
ROBERTA: Se você continuar com isso, eu acho melhor a gente acabar com a nossa amizade.
CARLA: Você prefere assim? Ok, então. Adeus Roberta.
(Carla sai)

Cena 5/ Hospital/ Sala de espera/ Interno/ Noite
LUCIANA: Conversou com a Jéssica?
BRUNO: Sim. Ela está perdendo as esperanças. Ela acha que não será salva.
LUCIANA: Imagino como ela deve está sofrendo.
BRUNO: Eu tenho medo que eu não consiga encontrar um doador compatível, Luciana. Tenho medo de não salvar a Jéssica. Eu não quero perdê-la.
LUCIANA: Não pense nessas coisas negativas, Bruno.
BRUNO: Não tem como deixar de pensar. Não tem.

Cena 6/ Lanchonete/ Interno/ Noite
GUILHERME: Filha, eu te chamei aqui porque eu quero que você entenda as razões que eu tenho para não querer você com o Sérgio.
JULIANA: Pai, se o senhor for falar mal do Sérgio, é melhor a gente desistir dessa conversa.
GUILHERME: Mas, filha, aquele menino não presta.
JULIANA: Não presta por quê? O senhor não sabe nada dele. Se o senhor se desse a chance de conhecê-lo melhor.
GUILHERME: Eu não gosto de ver você namorando o filho do Guilherme, meu pior inimigo, o homem que eu mais odeio na face da Terra.
JULIANA: Seu primo, aliás. O Otávio é seu primo.
GUILHERME: Outro fator que me leva a odiá-lo ainda mais. Não faça isso comigo, filha. Não me dê esse desgosto de vê-la com aquele garoto. O Sérgio é um moleque, só você não vê isso.
JULIANA: Eu amo o Sérgio, pai. Isso é o suficiente para querê-lo por perto.
(Juliana levanta-se e sai)
GUILHERME: Eu vejo que terei que apelar para o plano B.

Cena 7/ Delegacia/ Cela de Thais/ Interno/ Noite
(Thais está deitada em uma cama. Uma detenta se aproxima dela)
DETENTA: Essa cama é minha. Sai fora.
THAIS: Sua? Por acaso seu nome está aqui?
DETENTA: Não me provoque, garota. Desde que você chegou aqui, eu não fui com a tua cara. Para eu me revoltar contra ti, é questão de dois tempos.
THAIS: Ui, que meda.
DETENTA: Tá querendo me desafiar?
THAIS: Tá aí. Estou. 
(A detenta saca um canivete)
DETENTA: Você não é párea para mim, fedelha. Eu acabo contigo em um piscar de olhos.
(A detenta maneja o canivete, mas Thais recua. A detenta pega no braço de Thais e crava o canivete na barriga dela. Thais cai, ensangüentada.)

Cena 8/ Estrada/ Noite
(Adriana está dirigindo o táxi em alta velocidade. Logo atrás, está Otávio. Duas viaturas se aproximam do carro de Otávio e passam a perseguir Adriana)
ADRIANA: Droga. Aquele merdinha chamou a polícia.
(Adriana atravessa uma curva e o táxi onde ela está se desequilibra, caindo em uma pequena ribanceira, capotando e explodindo. Otávio e os policiais saem do carro e presenciam a explosão do táxi)

Cena 9/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Dia

Cena 10/ Cabana/ Interno/ Dia
(César, com duas malas, vê Lucélia dormindo no sofá. Ele abre a porta. De repente, César ouve uma voz)
LUCÉLIA: Aonde você pensa que vai?
(César vira-se para Lucélia)
Cena 11/ Casa de Paula/ Sala/ Interno/ Dia
(A campainha toca. Paula atende)
PAULA: Delegado?
DELEGADO: Bom dia.
(Luzia entra)
LUZIA: Olá, tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
DELEGADO: Aconteceu e é uma coisa nada agradável.
PAULA: Do que o senhor está falando?
DELEGADO: A Thais morreu na delegacia. Ela brigou com uma detenta e acabou levando a pior.
(Luzia começa a chorar e se apóia nos braços de Paula)
LUZIA: Minha filha. Minha Thais.
PAULA: Calma mãe.
DELEGADO: Eu sinto muito. Se quiserem enterrar o corpo, ele já foi liberado.

Cena 12/ Mansão Albuquerque/ Sala/ Interno/ Dia
(Celina desce a escada e vê duas malas)
CELINA: Mas que malas são essas?
GONÇALA: São minhas, dona Celina.
CELINA: Como assim?
GONÇALA: Ontem, minha tia do interior ligou e está precisando muito de mim. A filha dela de 15 anos está grávida e ela não está sabendo lidar muito com a situação.
CELINA: Você vai embora e vai me deixar sozinha nessa mansão enorme?
GONÇALA: Eu falei com a polícia e tudo e eles me liberaram, mas eu tive que dar o endereço da cidade onde eu vou passar a morar. Caso a senhora queira me visitar um dia...
CELINA: Não Gonçala. Cada uma de nós tem sua vida, não é verdade? Vá em frente.
GONÇALA: Obrigada. Até qualquer dia.
CELINA: Até.
(Gonçala sai)

Cena 13/ Cabana/ Interno/ Dia
CÉSAR: Lucélia? Eu pensei que você estava dormindo.
LUCÉLIA: E você ia aproveitar a oportunidade e fugir, não é verdade?
CÉSAR: Lucélia...
LUCÉLIA: Você pretendia ir sozinho a Amazônia, não é?
CÉSAR: Eu não queria te acordar, só isso.
(Lucélia saca um revólver)
LUCÉLIA: Ou você me leva para a Amazônia junto com você ou eu te mato agora. E aí, qual vai ser?

Cena 14/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Dia
(Celina entra e vê Otávio sentado)
CELINA: Oi filho.
OTÁVIO: Mãe?
CELINA: Vim te ver, filho. A Gonçala foi embora da mansão. Eu estou tão sozinha naquele lugar enorme.
(O delegado entra)
DELEGADO: Com licença.
OTÁVIO: Delegado? O que aconteceu?
DELEGADO: Eu descobri quem matou o Ramiro.
CELINA: Bem, eu irei avisar a Raimunda para ela passar um café para vocês.
DELEGADO: Não, Celina. Eu quero que você participe dessa conversa, afinal você já teve um caso com o Ramiro, teve um filho com ele.
OTÁVIO: Diga delegado. Quem matou?
DELEGADO: Eu prefiro que a dona Celina esclareça melhor essa história.
OTÁVIO: Como assim? O que você está insinuando?
DELEGADO: Eu não estou insinuando nada. Eu só quero que a dona Celina esclareça porque as digitais dela foram encontradas no frasco de neocicuta que eu encontrei nas coisas da Adriana.
CELINA: Isso é um absurdo. Essa análise está errada.
DELEGADO: Não tem como ela está errada. Vamos, dona Celina, esclareça essa história. Eu quero entender porque as suas digitais foram encontradas nesse frasco que eu encontrei em um esconderijo do guarda roupa da Adriana.
OTÁVIO: Guarda roupa? Mas foi nesse esconderijo que eu achei os documentos falsos da Adriana e eu me lembro de não ter achado nenhum veneno lá.
DELEGADO: Isso reforça ainda mais a minha hipótese de que foi a Dona Celina que implantou o neocicuta nas coisas da Adriana.
CELINA: Mas isso é um absurdo.
OTÁVIO: Mãe, fale a verdade, por favor. Não quebre a confiança que eu passei o tempo todo depositando na senhora.
CELINA: Você promete que vai me perdoar?
DELEGADO: Vamos, dona Celina. Confesse.
CELINA: Eu matei o Ramiro. Pronto, não é essa a resposta que você queria? Eu matei o Ramiro. Eu sou a assassina de Ramiro Albuquerque. Satisfeitos?
(Congela em Celina)

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