sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fim dos Tempos - CAPITULO 20


Cena 1 – Praia deserta de Furacolândia, cabana abandonada, tarde
Hellen: (apontando a arma pra Henrique) pronto, chegou quem faltava. Agora sim, podemos cortar o bolo dessa emocionante festa
Henrique: Hellen, vamos conversar, por favor. Solta essa arma
Hellen: eu não quero conversa. Eu quero é acabar com vocês
Henrique: nem se eu disser que eu ainda te amo, você vai querer conversar?
Ianne: (entendendo as intenções de Henrique) Henrique? Isso é verdade?
Hellen: cala a boca sua bosta. (olhando pra Henrique) Rique, isso é verdade?
Henrique: claro que é, meu amor. O que eu tive com a Ianne foi... foi apenas uma aventura. Eu nunca deixei de te amar
Hellen: você tá me enganando
Henrique: não, não estou. Perai, você não confia em mim? É dessa maneira que você me ama?
Hellen: claro que confio meu amor. Vamos fazer o seguinte? Eu mato essa infeliz e depois a gente foge juntos (rindo) isso, é isso que iremos fazer
Henrique: não Hellen. Eu não quero viver com uma criminosa. Se você me ama mesmo, prove. Pra que matar ela? Prove que me ama e me dê essa arma
Hellen: (percebendo tudo) SEU INFELIZ. ACHA QUE EU SOU BURRA? ISSO É MENTIRA, VOCÊ NÃO ME AMA NADA. AGORA SIM QUE EU MATAREI VOCÊS DOIS DE UMA VEZ
(Nesse momento, Ianne avança sobre Hellen e as duas começam uma luta corporal. Em um momento, o gatilho é apertado e a arma dispara, acertando a parede da cabana. Henrique entra no meio e desarma Hellen, que fica revoltada)
Hellen: malditos, eu odeio vocês. Odeio
Henrique: (apontando a arma pra Hellen) então você vai nos odiar na cadeia, Hellen
(nesse momento, todos ouvem a cirene de carro de policia)
Hellen: não, você chamou a policia? Desgraçadoooooooooooooooooooooooooooooooo
Henrique: claro que sim. Você se acha esperta, mas não é
Hellen: (rindo diabolicamente) SE VOCÊS PENSAM QUE EU SEREI PRESA, ESTÃO ENGANADOS. EU PREFIRO A MORTE, ENTENDEU? A MORTE
(Hellen sai correndo da cabana)
Ianne: onde será que ela vai?
Henrique: não sei, vamos atrás
(Henrique e Ianne saem da cabana e avistam Hellen entrando no mar agitado por causa da tempestade)
Policial: onde está a criminosa?
Henrique: (apontando o dedo pro mar) ali. Ela foi em direçao a morte
Ianne: Henrique, temos que salva-la
Henrique: não tem mais jeito. Ela escolheu o destino dela, triste destino
(nesse momento, um redemoinho de água se forma no meio do mar. O rosto de Hellen aparece gigantesco no meio dele. E ‘’allá’’ Maria Altiva de A Indomada, ela diz)
Hellen: ME AGUARDEM, EU VOLTAREEEEEEI (ela dá uma risada tenebrosa e o redemoinho se desforma. A tempestade na mesma hora acalma e num piscar de olhos, o sol volta a brilhar naquele mesmo instante)
Ianne: (assustada) você viu isso?
Henrique: eu vi. Teremos uma boa historia pra contar pros nossos filhos no futuro, hein?
Ianne: isso se tiver futuro. Depois disso que eu vi, não duvido que o mundo acabe
Henrique: bom, vamos voltar pra cidade. Se o mundo acabar, iremos ficar juntos, até o fim (os dois se beijam)
Cena 2 – Apartamento de Rebeca, sala, tarde
Rebeca: não vejo a hora de começar a trabalhar com o meu amor
(a campanhia bate. Ela abre e ve um convite no chão. Abre)
‘’SENHORITA REBECA, CONVIDAMOS A VOSSA PESSOA  PARA COMPARECER A  UMA REUNIÃO FAMILIAR NO APARTAMENTO DO SENHOR CARLOS TRUHLAR, CUJO ENDEREÇO ESTÁ NO VERSO DESSE CONVITE. COMPAREÇA. ABRAÇOS’’
Rebeca: ué, eu convidada pra uma reunião na casa do cunhado do Júlio? Como assim? Será que o Júlio resolveu me assumir pra toda familia dele? Ai *-* vou em arrumar, quero ficar linda. Essa noite promete fortes emoções
Cena3 – casa de Júlio, sala, tarde
(Júlio entra)
Júlio: Ué, já chegou do shopping? Milagre
Beatriz: eu que estou estranhando você chegar da empresa essa hora
Júlio: é porque meu irmão me ligou na empresa dizendo que terá uma reunião na casa dele hoje a noite, resolvi chegar mais cedo
Beatriz: do que se trata?
Júlio: não disse. Bem, você se apronte
Beatriz: claro, bom que eu estreio o meu vestido que comprei hoje
Cena 4 – Comunidade praiana de Furacolândia, casa de Setembrina, tarde
(alguém bate a porta. Setembrina atende. Henrique e Ianne)
Maria: minha filha, onde você esteve? Fiquei preocupada
Ianne: uma longa e inusitada historia mãe. Conta pra eles Henrique
(Henrique começa a contar tudo que aconteceu, desde o sequestro até a morte de Hellen pra todos)
Zé: meu Deus, essa menina é um monstro
Henrique: foi um monstro. Eu tive a sorte de conhecer o lado bom dela. Me sinto culpado por tudo que aconteceu
Setembrina: não tem que se sentir culpado. Você apenas defendeu o seu amor. Mas ainda bem que tudo terminou bem. Agora vocês serão felizes
Ianne: assim espero dona Setembrina
(o celular de Henrique toca. Depois de falar com seu pai, ele desliga)
Henrique: meu pai ligou dizendo que terá uma reunião no apê dele hoje a noite, não disse o que era. Você irá comigo né amor?
Ianne: claro que sim (os dois se beijam)
Cena 5 -hospital, quarto de Vanessa, tarde
(Hélio entra no quarto de Vanessa)
Hélio: senhorita, finalmente chegou a hora de tirarmos sua faixa. Tá preparada?
Vanessa: preparadissima. Finalmente vou ver meu novo e lindo rosto. Anda logo com isso doutor
(Doutor Hélio começa a tirar todas as faixas. Quando termina...)
Vanessa: graças a Deus. Estava me sentindo sufocada
Hélio: você quer um espelho?
Vanessa: que pergunta né doutor, obvio que quero
(Hélio pega um espelho e entrega Vanessa. Ela se olha. Silêncio no ar, até que...)
Vanessa: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA QUE HORRRRRROOOOOOOOOOOOR
Hélio: senhorita, agradeça por estar viva e com saude
Vanessa: EU TO HORRIVEEEEEEEEEEEEEEEEEEL. DOUTOOOOOOOOOOOR, O SENHOR ME ENGANOU. DIZ QUE ESSA NÃO SOU EU, DIZZZZZZZZZ. QUE ROSTO É ESSE? SÓ PODE SER BRINCADEIRA, NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO
Hélio: o rosto transplantado na senhorita era de uma mulher de 90 anos. Foi o unico que conseguimos. Em poucos dias, você terá alta
Vanessa: ALTA? EU NÃAAAAAAAAAO QUERO SAIR DAQUI NUNCA  MAIS. EU NÃO VOU TER CORAGEM DE SAIR NA RUA NUNCA MAIS. SAI DAQUI, SAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI
(Hélio sai do quarto, Vanessa taca o espelho contra a parede e começa a surtar)
Vanessa: ANAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, ME AGUARDEEEEEEEEEEEEEEE SUA DESGRAÇADAAAAAAAAAAAA. UM DIA IREI ME VINGAR DE VOCÊ, MESMO MORTAAAAAA, VAGABUNDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
(no corredor do hospital)
Enfermeira: doutor, acho que devemos transferir ela pra um manicomio
Hélio: também acho. Triste fim pra essa moça tão linda e infeliz
Cena 6 – Casa de Pablo, sala, tarde
(Alguém bate a porta. Pablo atende. Supresa)
Pedro: CI.. Cibele? (ele abraça ela com força)
Cibele: eu fui solta. To livre meu amor, livre
Pedro: como conseguiu?
Cibele: parece que as investigações a Alice descobriu quem matou Ana e viu que não foi eu
Pedro: e quem foi?
Cibele: não sei, mas parece que ela tá planejando um esquema ai e não vai demorar muito pro assassino aparecer na midia
Pedro: ainda bem que esse pesadelo acabou. Agora vamos ser felizes meu amor
Cibele: posso te pedir uma coisa?
Pablo: até duas
Cibele: vamos nos casar amanhã?
Pablo: já, mas nem preparamos nada ainda
Cibele: uma cerimônia simples mesmo, na igreja. É porque amanhã é dia 21, vai que o mundo acaba mesmo. Quero morrer casada
Pablo: bom, isso é uma loucura, mas então, que seja. Vamos agora na igreja então?
Cibele: claro meu amor (os dois se beijam)
Cena 7 – Apartamento de Carlos, sala, noite
(Na sala estão presentes: Carlos, Henrique, Ianne, Clarice, Júlio, Beatriz e Rebeca)
Beatriz: Júlio, posso saber por que essa Rebeca tá aqui? Você que chamou?
Júlio: (também surpreso com a presenta da sua amante no local) não. Nem sabia que ela conhecia nossa familia. mas vamos ter uma explicação (em pensamento) ‘’espero não ter uma infeliz surpresa’’
(A campanhia bate. Clarice atende. Delegada Alice entra com três policiais)
Alice: boa noite a todos
(todos ficam supresos)
Carlos: boa noite delegada
Henrique: delegada? A senhora tem alguma informação sobre o assassinato da minha mãe
Alice: sim. Na verdade eu tenho todas as informações, inclusive, sei quem é o assassino. Foi por isso que pedi o senhor Carlos pra fazer essa reunião
Henrique: então... quer dizer... quer dizer que quem matou a minha mãe...
Alice: está entre nós
(Clarice nesse momento derruba uma bandeja que segurava nesse momento)
Clarice: me desculpem, fiquei nervosa
Beatriz: e por que ficaria nervosa, hein empregada? Todos aqui sabemos que você não dava certo com a Ana
Clarice: assim como a senhora
Beatriz: como se atreve?
Carlos: ei, parem. Delegada, pode começar a contar tudo que sabe
Alice: na noite em que Pedro Carvalho, motorista da familia, foi assassinado pela propria Ana Truhlar, ela  saiu de casa mais cedo e passou na Factos And Factos, empresa na qual também era dona
Henrique: e o que uma coisa tem a ver com a outra?
Alice: nessa visita na Factos And Factos, ela teria flagrado algo que acabaria com a reputação de muita gente
Carlos: a unica pessoa aqui que tem acesso a empresa é o Julio, que trabalha lá
Alice: justamente. Júlio, o que Ana viu ao chegar na Factos And Factos, antes de matar Pedro?
(todos olham pra Julio)
Julio: eu não sei de nada
Alice: mas eu sei. Ela viu o senhor fazendo amor com a senhorita Rebeca, ou melhor, senhor Robson
(todos ficam chocados)
Beatriz: o que? Como assim? Que brincadeira é essa?
Alice: não é brincadeira. O seu marido possui um caso com essa senhorita Rebeca, que na verdade é uma transexual, cujo nome verdadeiro é Robson
Beatriz: O QUEEEEEEEEEEEE? JULIO, ME EXPLICA ISSO? QUE BRINCADEIRA É ESSA? É ALGUMA PEGADINHA, PODE DIZER
Júlio: não é pegadinha, Beatriz (ele vai pra perto de Rebeca) toda vida você me insinuou nas suas brincadeiras que eu seria gay, né? Pois então, de certa forma, você acertou. Eu conheço a Rebeca desde quando ela ainda se vestia como homem. Depois foi pro exterior e mudou seu estilo, pra caso se um dia alguem descobrisse sobre nós...
Rebeca: não iria descobrir que você era gay. O emprego que eu pedi pra ele na verdade era um pretesto pra ficar perto dele. Já o conhecia a tempos
Beatriz: DESGRAÇADOS. VOCÊ ME ENGANOU E COM OUTRO HOMEM, OU MULHER. SEI LÁ COMO EU CHAMO ESSA ABERRAÇÃO
Carlos: PAREM. Bia, eu entendo que você tem todos os motivos pra tá alterada, eu também estou chocado, mas ainda temos algo pra esclarecer. (pra delegada) eu acho que já imagino o fim dessa historia
Alice: Júlio, quer continuar a historia?
Júlio: sim. A Ana descobriu todo o meu caso com a Rebeca, inclusive que ela era travesti, porque ela nos flagrou quando estavamos pelados, enfim, ela viu os órgãos genitais da Rebeca. Depois me chantageou, me obrigou a demitir a Cibele da empresa. Fiquei com odio e com a certeza de que a minha propria irmã iria me chantagear pro resto da vida
Henrique: e por isso o senhor matou a minha mãe?
Júlio: com o meu ódio, eu comecei a pensar em como matar ela sem deixar rastros. Foi quando pesquisando na internet, eu descobri uma loja de bombas caseiras no Rio de Janeiro. Fui lá e encomendei explosivos
Carlos: como você fez isso sem ninguém perceber?
Júlio: foi tudo de madrugada. Eu colocava remédio na água da Bia pra ela dormir, enquanto eu saia todas as noites pra ajeitar tudo pra que ninguém desconfiasse de nada.
Clarice: desculpa intrometer, mas como foi que o senhor plantou esses explosivos na mansão
Júlio: tive muita sorte. No dia da morte dela, minha mulher saiu cedo pra ir no shopping, sai logo depois com as bombas no meu carro. Depois fiquei de guarda vigiando a mansão. Foi quando Ana saiu cedo
Alice: ela foi na delegacia, depor no caso do assassinato de Pedro
Júlio: assim que ela saiu eu entrei, com as bombas dentro de bolsas. Espalhei por toda casa. Coloquei a bomba relogio dentro do guarda roupa, porque apesar deu tá com desejo de mata-la, eu ainda tinha esperança dela ver a bomba e fugir, porque no fundo, eu não queria cometer nenhum crime, mas era o unico jeito. Enfim, foi eu que matei Ana Truhlar
Ianne: que historia hein? Não duvido mais que o mundo possa acabar amanhã
Alice: por favor, policial, algeme o Júlio
Rebeca: não, por favor (ela começa chorar)
(um policial algema Júlio)
Júlio: Henrique e Carlos, vai ser dificil, eu sei, mas espero que um dia me perdoem
Henrique: vai ser dificil mesmo, muito dificil te perdoar
Carlos: bom, nem sei o que dizer. To é com pena de você, sinceramente
Beatriz: tomara que você apodreça na cadeia e que nunca mais encontre essa trava na sua vida
Rebeca: isso que você pensa, Beatriz
(Rebeca nesse momento, sem pensar, pega uma arma do bolso de um policial descuidado e aponta na direção de Beatriz)
Rebeca: eu vou ficar com ele, nem que seja na cadeia (ela atira, acertando Beatriz)
Beatriz: NÃAAAAAAAAAAAAAO. MALDITA
Júlio: Rebeca, o que você fez?
Clarice: (se aproximando de Beatriz estendida no chão) ela tá morta
Rebeca: pronto, pode me prender também delegada. Eu sou homem, não sou? Então, ficarei na mesma cadeia que o Júlio. Ficaremos juntos, pra sempre
Júlio: você matou pra ficar comigo?
Rebeca: eu disse que te amava, não disse?
(um policial prende Rebeca. Júlio e ela(ou ele) são levados pra delegacia. Meses depois seriam julgados e condenados. Cada um  pegou 20 anos de cadeia e de fato ficaram na mesma penitenciaria, presos... e felizes)
Carlos: que noite, hein?
Henrique: acho que o pesadelo acabou
Ianne: ou não. Amanhã é dia 21 de dezembro. Pode ser o fim dos tempos
DIA 21 DE DEZEMBRO DE 2012
Cena 8 – Igreja, casamento de Cibele e Pablo, dia
Padre: (............) Então eu vou declaro marido e mulher. O noivo já pode beijar a noiva
(Cibele e Pablo se beijam sob os aplausos de Henrique, Ianne, Carlos, Clarice, a delegada Alice e entre outros convidados. Logo depois na festa...)
Carlos: parabéns aos noivos. Foi tudo tão rápido
Pablo: sim, vai que o mundo acaba né? O dia ainda não acabou... Pelo menos estamos casados
Carlos: Cibele e Pablo, tenho um presente pra vocês
Cibele: presente? Adoro presente
Carlos: é o seguinte. A Factos ficou nas minhas mãos, já que a Ana e Beatriz morreram, Júlio foi preso e meu filho não quer nem saber daquilo, o negocio dele é astronomia
Cibele: sim, o senhor pretende assumir a empresa?
Carlos: claro que não. Já tenho meus negocios e enfim, não entendo muito de jornalismo, então eu quero dar o comando da Factos And Factos pra vocês dois
Cibele: o que? Mas isso é o melhor presente que a gente poderia receber (abraçando Carlos) muito obrigada Carlos
Pablo: obrigado Carlos. Fico feliz em saber que o senhor não guarda magoas, afinal, eu sou o irmão do Pedro, enfim...
Carlos: não guardo mesmo. Mas em troca, quero usar o microfone da festa de vocês, posso?
Cibele: claro que pode, vai lá
Carlos: (subindo no palco e pegando no microfone) senhoras e senhores, queria aproveitar esse momento para pedir em casamento... isso mesmo, pedir em casamento uma mulher que sempre esteve ao meu lado e que eu percebi só agora que eu a amo. Clarice, aceita se casar comigo?
(todos olham pra Clarice, que fica super envergonhada)
Carlos: vem aqui, vem
(Clarice sobe ao palco, dura. Depois de minutos, olha pra todos e responde...)
Clarice: Sim, eu aceito me casar com o senhor
Carlos: senhor?
Clarice: (rindo) você
(os dois se beijam. Todos aplaudem e assoviam)
Henrique: quem diria, hein? Meu pai com Clarice
Ianne: o amor acontece a qualquer momento, onde a gente menos espera
Henrique:  Falou certo. Olha, quero te levar a um lugar hoje a meia noite, tá?
Ianne: claro, mas... e se o mundo...?
Henrique: se o mundo acabar, que acabe. Mas vamos ser felizes, até o ultimo segundo
Cena 9 – Praia de Furacolândia, pier, inicio da noite
(Zé e Maria olham pro horizonte)
Maria: Zé, o dia tá quase acabando... acho que o mundo não acaba mais, né?
Zé: com certeza. E ele não pode acabar. Ainda temos um neto pra conhecer esse mundo, né?
Maria: espero que ele conheça um mundo bonito, com paz... o mundo tá acabando aos poucos,  não tem uma data denifida. A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Zé: que lindo, onde aprendeu falar assim?
Maria: Em nenhum lugar, eu aprendi. Agora vamos entrar, a Setembrina ja deve ter terminado a janta
Cena 10 – Lugarzinho no meio do nada, quase meia noite
Ianne: Henrique, onde me trouxe?
Henrique: não sei. Esse lugar não tem nome. Eu vinha aqui quando era criança, olhar as estrelas, o céu
Ianne: é muito lindo... por que me trouxe aqui?
Henrique: não sei. Já é quase meia noite, se o mundo acabar até lá, quero ficar aqui, juntinho com você
Ianne: sabe, esse dia serviu pra que refletisse muito. Se o mundo acabar, seria a vontade de Deus. Eu iria agradecer a ele por tudo que ele me deu e agradecer por todos os momentos que eu vivi, porque tudo valeu a pena
Henrique: eu iria agradecer a ele por ter te conhecido e pelo filho que ele nos deu
Ianne: falando nele, ele acabou de se mexer
(Henrique coloca o ouvido na barriga de Ianne)
Henrique: eu to sentindo, que lindo... (olhando no relogio) falta 1 minuto pra meia noite
Ianne: é, pelo jeito não foi dessa vez que o mundo acabou. Sobrevivemos a mais um apocalipse
Henrique: falta 1 minuto. Ninguém sabe o que pode acontecer (ele ri)
Ianne: vira essa boca pra lá
Henrique: que tal virar pra sua?
Ianne: hum, gostei... (os dois se beijam)
 (Não muito longe dali, um cometa que não foi avistado por nenhum cientista, entra na órbita da terra. Em menos de 5 segundos, ele iria se colidir com nosso planeta)
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FIM, LITERALMENTE

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