quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fim dos Tempos - Capítulo 14



Cena1 - Mansão Truhlar, sala, dia
Oficial de Justiça: Deve assinar aqui, a senhora está intimada a prestar um depoimento sobre o assassinato do Pedro, caso se recuse, a polícia se encarregará de levá-la!
Ana: mas isso é um absurdo. Eu sou uma mulher respeitada, jamais cometeria um crime
Oficial de Justiça: Dona Ana, a senhora não está sendo acusada de nada. De fato, é a maior suspeita do  crime e precisamos do seu depoimento. E se a senhora não fez nada, vai temer o que? Basta responder as perguntas da delegada e pronto
Ana: tem razão. Não tenho nada a temer (Ana assina e entrega os documentos ao Oficial). E hoje mesmo irei na delegacia prestar depoimento, quero dar um fim a essa história patética.
Oficial: bom, passar bem
(o Oficial vai embora)
Ana: maldita Cibele que publicou aquela reportagem. Eu deveria te-la matado. Mas tudo bem, eu sou Ana Truhlar, ninguém me vence. E qualquer coisa eu fujo, fujo desse país.
Cena 2 – Hotel, quarto de Henrique, dia
(Alguém bate a porta. Clarice)
Henrique: oi Clarice, saudades suas... entre
Clarice: (entrando) oi meu filho, trouxe esse pudim que você sempre gostou
Henrique: obrigado, que saudades da sua comida. Eu soube que você está trabalhando pro meu pai. Olha, irei te roubar dele viu, rs
Clarice: pode roubar quando quiser... meu filho, você está abatido, aconteceu algo?
Henrique: é a Ianne. Ela separou de mim
Clarice: nossa, mas por que? Eu gostei dela no dia que eu a vi na mansão. Jurava que ia ter casamento
Henrique: é uma longa historia Clarice, nem vale a pena você saber. Mas não irei desistir dela.
Clarice: é, torço para que vocês dois reatem logo. Você e seu pai unidos até na tristeza
Henrique: meu pai? O que ele tem?
Clarice: você não leu a revista do Marcelo de ontem?
Henrique: ah sim, meu pai deve tá bem bolado com isso. Mas sinceramente, eu não acredito em nada daquilo. Minha mãe e Pedro amantes? Ela que matou ele? Tá certo que minha mãe não é lá nenhuma Madre Tereza de Calcutá, mas ela jamais seria capaz de algo assim
Clarice: será?
Henrique: eu hein Clarice.... falando no meu pai, onde ele tá? Não o vi nos ultimos tempos
Clarice: ele saiu bem cedinho, nem tomou café. Quando acordei não o vi no apartamento.
Henrique: estranho. Meu pai nunca saiu tão cedo
Clarice: bom meu filho, também preciso ir. Vou aproveitar a ausência do seu pai e... e visitar uma parente, viu? Volto a tarde. Se o seu pai chegar antes de mim, avisa ele tá?
Henrique: ok, pode deixar (ela o beija no rosto e sai)
Henrique: (em pensamento)  ‘’e eu? Eu vou atrás de Ianne depois do trabalho. Não desistirei do nosso amor, nem que o mundo acabe’’
Cena 3 – casa de Julio, quarto, dia
(Julio acorda. Beatriz de pé toda arrumada, pronta pra sair)
Julio: Bia? Onde você vai tão cedo?
Beatriz: eu? Eu vou no shopping
Julio: mas tão cedo assim?
Beatriz: porque... porque está tendo uma liquidação em uma loja
Julio: liquidação? Mas você sempre disse que jamais iria em uma liquidação que é coisa de pobre? Aliás, você também sempre disse que acordar cedo era coisa de pobre
Beatriz: meu amor, de vez em quando é bom sair da rotina um pouco. E ultimamente, a Classe C anda tendo seu charme. Bem, já vou. Chegarei mais tarde, de lá irei me encontrar com algumas amigas. Beijo beijo. Tchau (ela sai)
Julio: que esquisito, eu hein
Cena 4 – casa de Hellen, banheira, dia
(Hellen toma whisky em sua banheira, comemorando o sucesso do seu plano)
Hellen: ai, ai... agora em pouco tempo, o Henrique estará de novo aos meus pés.
(ela sai da banheira e vai pro espelho e se admira)
Hellen: é, Ana... aquele dia você me humilhou na sua casa, dizendo que eu não era capaz de ter o seu filho... mas agora vou te mostrar que sou capaz de tudo.
(Hellen se arruma e sai)
Cena 5 – Mansão Truhlar, frente, meio dia
(Ana Truhlar vai até a garagem, pega o carro e sai. Porém, ela não percebe que alguém a vigiava por trás de um poste enquanto ela saia. Alguns minutos depois, ela chega a delegacia e se encontra com a delegada Alice)
Alice: boa tarde senhora Truhlar
Ana: boa tarde. Bom, eu fui intimada a depor sobre a morte do meu motorista. Não sei o porque disso, afinal sou uma mulher correta, jamais cometeria um crime
Alice: sente-se por favor (as duas sentam) Ana, ninguém está dizendo que a senhora matou seu motorista, mas há indicios claros de que a senhora poderia te-lo matado
Ana: (ri) delegada, como eu disse, sou uma mulher correta, jamais faria isso. Como não tenho nada a temer, já quis vim logo aqui pra prestar esclarecimento
Alice: é verdade que a senhora tinha um caso com seu motorista?
Ana: eu? Mas jamais.... eu sou uma mulher de posição social, acha que eu trocaria tudo por um simples motorista?
Alice: mas a matéria da revista...
Ana: a matéria dessa revista é uma calunia, que inclusive, irei processa-los. São os meus concorrentes, afinal, também sou dona de uma  revista, a Factos  And Factos. Querem me destruir
Alice: bom, se realmente ficar provado que a senhora não tem nada a ver com o assassinato do Pedro Carvalho, tem todo o direito de processar a revista que publicou aquela matéria
Ana: e irei, pode ter certeza
(Alice faz algumas perguntas extras pra Ana)
Alice: bom, por enquanto é só. Mas fique sabendo, senhora Truhlar, que podemos precisar de mais esclarecimentos da senhora nessa investigação, portanto, não saia da cidade
Ana: (se levantando) pode contar comigo. Como eu disse, sou uma mulher limpa, não tenho nada a temer. Até algum dia
(Ana sai da delegacia. Do lado de fora...)
Ana: idiota... quando eu for chamada novamente pra depor, estarei na Europa. Lei nenhuma irá me impedir de fazer o que quero. Agora vou ao shopping, comprar é o calmante dos ricos (ela sai de carro, rindo da delegada)
Cena 6: Hotel, apartamento de Carlos, tarde
(Carlos entra no apartamento, aparentemente pálido)
Carlos: não era pra isso ter acontecido isso... não era
Clarice: (por trás dele) boa tarde doutor Carlos
Carlos: (tomando um susto) que susto Clarice
Clarice: perdão senhor... o senhor está pálido, aconteceu algo?
Carlos: ah? Ah sim... eu... eu fui assaltado, foi horrível. Me levaram tudo
Clarice: minha nossa Senhora, essa cidade cada vez mais violenta. Dizem que o mundo vai acabar, mas pra mim, o mundo já está acabando, por culpa desses marginais.
Carlos: é, concordo com você
Clarice: ah doutor Carlos, ligaram da empresa, perguntando pelo senhor... não foi trabalhar hoje?
Carlos: não, quer dizer, fui... mas fui resolver uns problemas externos
Clarice: bom, o senhor quer alguma coisa?
Carlos: não, obrigado. Se eu precisar, te chamo (Clarice sai)
Cena 7 – casa de Pablo, sala, tarde
(Pablo, que tinha acabado de chegar da  rua, sentado no sofá, pensa em voz alta)
Pablo: será que eu  fiz o certo? Bom, de qualquer forma, já tá feito
(alguém bate a porta, ele atende. Cibele entra, toda suja e aflita)
Pablo: Cibele? O que aconteceu?
Cibele: eu fui sequestrada. A Ana, contratou um cara, me levou pra longe da cidade e me ameaçou por causa da matéria do jornal
Pablo: meu Deus, senta ai (ele vai até a cozinha, pega um copo de água e dá pra ela, que bebe) acalme-se, já passou
Cibele: foi horrivel. Fiquei pedindo carona no meio do nada, graças a Deus um caminhoneiro me ajudou ontem e me trouxe pra cidade
Pablo: ontem? Mas se um caminhoneiro te trouxe pra cidade ontem, onde esteve até agora? Por que não tomou um banho?
Cibele: (largando o copo d´agua) eu... eu fui andar um pouco pela praia, pra relaxar
Pablo: que inusitado, hein? Uma pessoa é sequestrada e logo depois, vai pra praia curtir a brisa
Cibele: eu precisava ficar sozinha... posso tomar um banho aqui?
Pablo: claro que pode.
(Cibele vai tomar banho e Pablo fica pensativo)
Cena 8 – Hospital, corredor, inicio da noite
(doutor Hélio se encontra fazendo anotações, quando de repente...)
Vanessa: doutor Hélio? Sentiu minha falta?
Hélio: Vanessa? Por onde andou? Você ainda não tinha recebido alta... olha como você está, aos trapos. Seu corte, pode ter piorado sabia? Você ficou em contato com várias coisas lá fora, pode ter pegado uma infecção
Vanessa: eu precisava resolver algumas coisas lá fora Doutor... e resolvi todas, minha missão foi cumprida (ela ri misteriosamente)
Hélio: bom, você veio pra ficar mesmo? Se for, terá que respeitar as regras do hospital
Vanessa: claro que sim, inclusive... aquele transplante de rosto, eu aceito fazer. É a minha unica chance né?
Hélio: tudo bem, precisamos fazer novos exames,você ficou muito tempo exposta... mas que mal lhe pergunte,como pretende pagar? Essa operação é cara
Vanessa: Jóias... eu tenho várias jóias, que ganhei durante anos do meu amante
(Hélio chama uma enfermeira, que leva Vanessa pro quarto. Na cama, do nada, Vanessa começa rir escandalosamente, deixando a enfermeira confusa)
Cena9 – Comunidade praiana de furacolândia, pier, noite
(Ianne observa o mar, pensando em Henrique. Quando de repente, ele aparece)
Henrique: Eu também adoro observar o mar, pensar na vida, nos amores...
Ianne: (surpresa) você aqui? Como me achou?
Henrique: lembra-se da primeira vez, daquele dia da tempestade, que nos encontramos aqui, e você me fez a mesma pergunta? Pois é... imaginei que vocês tivessem voltado pra cá e te achei
Ianne: sai daqui, não tenho mais nada pra falar com você
Henrique: (pega ela pelo braço e a beija a força) isso diz muito não?
Ianne: cafajeste (ela esbofeteia ele)
Henrique: eu te amo Ianne, jamais te trairia com outra. Aquilo que você viu foi um mal entendido
(de repente, Ianne desmaia na sua frente)
Henrique: Ianne? Ianne? O que aconteceu? Fala alguma coisa meu amor... Ianne? (ele se desespera e pede por socorro)
Cena10 - Mansão Truhlar, sala, noite
(Ana chega em casa, com várias sacolas. Ela sobe pro quarto e coloca todas sobre sua cama)
Ana: ai ai, nada como relaxar gastando dinheiro. Essas roupas, irei usar em Paris, livre de qualquer suspeita. Nem a justiça brasileira me deterá
(Ana liga o som do seu quarto. Ela sempre foi fã de musicas clássicas. Uma música começa a tocar, deixando o clima daquele quarto mais misterioso: O fortuna - Carmina Burana http://www.kboing.com.br/carmina-burana/1-50810/    )
Ana: (se olhando no espelho) como é bom ser uma vencedora.  (ela aponta pro seu reflexo) você querida, nasceu pra vencer, e nada poderá te deter, nada
(ela deita na cama entre as sacolas de compras, rindo diabolicamente, com a musica tocando)
Ana: hora de guardar minhas comprinhas
(Ana vai em direção ao seu guarda roupa. Ela abre e...)
Ana: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
(Ela vê uma bomba relogio, que irá explodir em apenas 5 segundos. Não dá tempo de correr)
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1
BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM
MANSÃO TRUHLAR EXPLODINDO, CONGELA

 

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