quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

ESTRELA DO MAR – CAPITULO 28

CENA 1: NOITE – CIDADE  DE CAMOCIM  – CASA DE VINICIUS – SALA

Danilo acaba de perceber que Estrela desapareceu
CATARINA: Como assim ela sumiu?
DANILO: Não sei. Ela não está no banheiro, nem no quarto, nem em lugar nenhum. 
CATARINA: E agora?
DENISE: Será que alguém entrou aqui e a levou?
DANILO: Ninguém entrou pela porta, fiquei aqui na sala o tempo todo
DENISE: Mas podem ter entrado pela janela
CATARINA: Ou ela pode ter saído pela janela
DANILO: Mas aonde ela teria ido? E por quê?
DENISE: Sumiu alguma coisa?
DANILO: Vou ver
Danilo corre para o quarto. 
Catarina e Denise o seguem.

CENA 2: NOITE: CIDADE DE CAMOCIM – PONTO DE ONIBUS

Estrela chega assustada a um ponto de ônibus. Ela observa uma senhora sentada e se aproxima.
ESTRELA: Com licença, a senhora sabe como faço para chegar a delegacia?
SENHORA: Sei sim, mas o que uma menina linda como você vai fazer numa delegacia?
ESTRELA: É um assunto pessoal e muito importante. Me ajude a chegar lá por favor.
SENHORA: Está bem, eu te mostro qual ônibus tem que pegar, e você pede por motorista parar do ponto da delegacia. O ônibus para na porta, não tem como se perder
ESTRELA: Obrigada
Estrela se senta no banco, e aguarda ansiosa a chegada do ônibus.

CENA 3: NOITE – RIO DE JANEIRO – CASA DE ARNALDO – SALA

Arnaldo chega em casa. Celine o recebe animada.
CELINE: Amor recebi as flores são lindas.
Arnaldo solta a gravata e pega uma bebida
CELINE: E o que era aquele cartão? Não me diga que vamos para o Caribe? É isso não é?
ARNALDO: Sim, era isso
CELINE: Como assim era? Aconteceu alguma coisa? Porque essa cara?
ARNALDO: Você não assistiu tevê hoje?
CELINE: Não, por quê?
ARNALDO: Houve um acidente na obra do edifício
CELINE: Que tipo de acidente? 
ARNALDO: O edifício desabou, há vários operários mortos
CELINE: Meu deus, isso é horrível. O que isso significa?
ARNALDO: Significa que minha esperança de me reerguer agora está chão, estou arruinado.
Celine fica chocada. 
ARNALDO: Vou tomar um banho.
Arnaldo sobe as escadas arrasado.
Celine permanece na sala, ainda em choque.

CENA 4: NOITE – CIDADE DE CAMOCIM  – DELEGACIA

Estrela chega à delegacia e nota um casal discutindo violentamente, enquanto um guarda tenta controlá-los. 
Estrela se assusta com o lugar, mas segue até a recepção.
ESTRELA: Com licença
Um policial a atende.
POLICIAL: Olá. Você está perdida? Em podemos ajudar?
ESTRELA: Não estou perdida, eu vim me entregar.
O policial olha espantado para ela
POLICIAL: Como assim se entregar? Você cometeu algum crime?
ESTRELA: Não, mas sei que a policia está me procurando, por isso estou aqui
POLICIAL: Certo, vamos conversar e você me conta tudo
Estrela acompanha o policial até uma sala.

CENA 5: NOITE – CASA DE ANA – SALA

Roseli chega à casa de Ana, a coleguinha de Catarina. Jussara, mãe de Ana, abre a porta
ROSELI: Boa noite. Vim buscar a Catarina
JUSSARA: A Catarina? Mas ela não está aqui
ROSELI: Como não? Ela me disse que vinha fazer um trabalho da escola com a Ana
JUSSARA: Ela não veio aqui hoje. Ana venha aqui
Ana entra
ANA: Que foi mãe?
JUSSARA: Você viu a Catarina hoje? Sabe onde ela está?
ANA: Eu a vi de manhã na escola, mas saímos cedo porque a professora passou mal. Depois não a vi mais.
ROSELI: Vocês não combinaram de fazer um trabalho?
ANA: Não. Acho que não temos nenhum trabalho essa semana
ROSELI: Mas ela me disse que vinha pra cá
JUSSARA: Você sabe de alguma coisa filha?
ANA: Não mãe. Não sei de nada.
ROSELI: Ai meu Deus! Onde essa menina se meteu

CENA 6: NOITE – CIDADE DE CAMOCIM – CASA DE VINICIUS – QUARTO

Danilo, Catarina e Denise estão preocupados com o desaparecimento de Estrela.
Danilo percebe que sua mochila está aberta.
DANILO: Esta faltando dinheiro.
CATARINA: Então alguém pode ter entrado aqui como a Denise disse
DANILO: Acho que não. Pegaram só um pouco do dinheiro, se fosse um ladrão teria levado tudo
DENISEO: Só levaram o dinheiro?
Danilo remexe na mochila, depois olha para um canto, onde o carregador de seu celular está na tomada, mas sem o celular
DANILO: Meu celular. Eu o coloquei para carregar, mas sumiu
CATARINA: A Estrela deve ter pego.
DANILO: Mas ela não sabe usar um celular
CATARINA: Sabe sim, eu ensinei pra ela. Bom, ela não sabe muita coisa, mas consegue ligar, atender e entrar no jogo da cobrinha.
DENISE: Jogo da cobrinha? De que século é o seu celular Danilo?
DANILO: Sou pobre, está achando que vou ter um iphone?
CATARINA: Gente, vamos focar na Estrela. É melhor ligar e ver se ela atende.
Denise pega seu celular
DENISE: Aqui liga do meu
Danilo pega o celular de Denise e faz a ligação
DANILO: Alô. Estrela é você? Onde você esta?
Danilo fica espantado.
DANILO: O que? Na delegacia?
Danilo leva um susto.
DANILO: Estrela, fiquei aí. Já estou indo.

CENA 7: NOITE – RIO DE JANEIRO – CASA DE ARNALDO – COZINHA

Celine entra na cozinha para pegar um analgésico.
LURDES: Senhora, o telefone não para de tocar. Amigos, jornalistas todos procuram pelo seu Arnaldo
CELINE: Diga que ele não está em condições de atender ninguém
LURDES: Eu vi a noticia do desabamento pela tevê. A coisa é seria não é?
CELINE: Sim, é muito serio. Vou levar esse remédio para ele, e ver se consigo fazê-lo dormir um pouco
LURDES: Qualquer coisa me chama
CELINE: Pode deixar
Celine sai

CENA 8: NOITE – VILA DE PESCADORES – RUA

Roseli anda pela rua perguntando se alguém viu Catarina. Ela encontra Marcela, a mãe de Denise.
ROSELI: Boa noite, por acaso você viu a Catarina?
MARCELA: Não. Você viu a Denise?
ROSELI: Não me diga que ela também sumiu?
MARCELA? Pois é. Ela saiu logo depois do almoço e ainda não voltou. Eu achei que ela estava na casa da prima, mas a Larissa me disse que a Denise não apareceu lá hoje. Acho que elas brigaram.
ROSELI: Que estranho. A Catarina saiu dizendo que ia fazer um trabalho de escola e sumiu. A amiguinha dela disse que não tinha trabalho nenhum, eu estou muito preocupada.
MARCELA: Deve estar sendo difícil pra Catarina. Fiquei sabendo da prisão dos pais dela, para onde eles foram levados?
ROSELI: Estão no posto de policia daqui da vila, mas ouvi dizer que amanhã vão ser transferidos para a delegacia da cidade
MARCELA: Tem noticias do Danilo
ROSELI: Não, parece que todo mundo resolveu evaporar. Bom, eu preciso encontrar a Catarina.
MARCELA: Claro, também preciso descobrir onde a Denise se meteu.
ROSELI: Tchau, e boa sorte
MARCELA: Digo o mesmo
Roseli sai.

CENA 9: NOITE – CIDADE DE CAMOCIM – CASA DE VINICIUS  – SALA

Danilo acaba de descobrir que Estrela foi à delegacia
CATARINA: Ela foi pra delegacia?
DENISE: Por que ela fez isso?
DANILO: Eu não sei, mas preciso ir para lá imediatamente
CATARINA: Vamos com você.
DANILO: Não. Delegacia não é lugar para crianças. Denise, por favor, fique aqui com ela
DENISE: Claro
DANILO: Se o Vinicius chegar, você explica o que aconteceu. Eu não vou demorar, pelo menos é o que eu espero
DENISE: Pode ir tranqüilo
Danilo sai apressado.
DENISE: Catarina é melhor a gente ligar para a Roseli e avisar que você está bem. Ela deve estar muito preocupada
CATARINA: Precisa mesmo?
DENISE: Claro, já pensou se ela vai falar com a sua mãe. 
CATARINA: Verdade, não quero dar mais preocupação pra ela
Catarina pega o telefone

CENA 10: NOITE – FORTALEZA – HOTEL

Beatriz chega ao quarto do hotel exausta. Ela pega o telefone e liga para Cesar
BEATRIZ: Oi amor. Como estão as coisas por ai?
Beatriz anda de um lado para o outro do quarto
BEATRIZ: Nossa! Então a situação é mais grave do que eu pensava. Vou voltar para o Rio amanhã cedo, não consegui resolver nada aqui e você precisa do meu apoio.

CENA 11: NOITE – CIDADE DE CAMOCIM – DELEGACIA

Danilo chega à delegacia
DANILO: Com licença, procuro uma menina loira e bem branquinha que veio aqui agora a pouco
POLICIAL: Ah sim, ela esta com o delegado
DANILO: Posso vê-la? Por favor
POLICIAL: Você é o responsável por ela?
DANILO: Sim
POLICIAL: Ok. Vou avisar ao delegado.

CENA 12: NOITE – RIO DE JANEIRO – HOSPITAL

Milton está angustiado na sala de espera. Ele vê Cesar chegando e corre ate ele
MILTON: Isso é culpa sua. Que material vagabundo é aquele que você fez a gente usar?
CESAR: O que? O material usado na obra é o de mais alta qualidade, você como mestre de obras devia saber disso
MILTON: O material que usamos no inicio sim, mas esse ultimo que foi comprado é uma porcaria
CESAR: Do que esta falando? Eu não troquei o material
O médico entra
MEDICO: Vocês são da família do Rafael.
MILTON: Sim, eu sou pai dele. Como ele está?
MEDICO: Infelizmente ele não conseguiu sobreviver aos ferimentos
Milton desmaia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário