quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Capitulo 23 de Vida nas Mãos

Continuação imediata do capítulo anterior.

CENA 1 /CASA RANDONE /SALA /INTERIOR /DIA

Felício – Entre! Temos muito o que conversar...

Ana entra na casa da família Randone.

Felício – Ninguém sabe que você está aqui, né?
Ana – Claro que não! Acha que eu seria louca?
Felício – Ainda bem! Ninguém pode descobrir...
Ana – Na hora certa apenas!
Felício – Muito bem! Agora vamos ao que interessa! - sorri
Ana – Pra isso mesmo que eu vim! - sorri


CENA 2 /MANSÃO FELISBERTO /SALA /INTERIOR /DIA

Mariana e Carolina chegam em casa. Evandro corre para abraçar Carolina.

Evandro – Carolina, onde você esteve?
Carolina – Por aí, tio! Essa cidade só tem mato!
Evandro – Mariana, você nos deixou preocupado.
Mariana – Desculpe, senhor. Acabamos nos distraindo e perdemos a hora.
Evandro – Tudo bem! Carolina, vá até o quarto de seu pai avisá-lo que você já chegou! Ele tá preocupado...
Carolina – Gregório Felisberto preocupado? Hahaha. Duvido! Vou lá...
Mariana – E eu vou voltar para meu trabalho, com licença, senhor Evandro!
Evandro – Espere, Mariana!
Mariana – Pois não?
Evandro – Vocês não encontraram com a Ana pelo caminho? Ela saiu para procurá-las.
Mariana – Não. Nem a vimos!
Evandro – Tudo bem! Volte para seu trabalho. Vou ver se a encontro.

Mariana vai para a cozinha e Evandro sai.


CENA 3 /CIDADE /PLANO GERAL /DIA

Paisagens da cidade são mostradas ao som de “System Of A Down – Lost in Hollywood

Letreiro: 1 mês depois...

Entra narrativa: "Um mês se passou, a construtora Felisberto foi inaugurada. Evandro, Gregório, Felício e Evaristo trabalham na construtora. O detetive Emiliano segue a procura do filho de Evandro, mas não tem muitas pistas ainda sobre seu paradeiro."


CENA 4 /CONSTRUTORA FELISBERTO /SALA DE GREGÓRIO /INTERIOR /DIA

Gregório está trabalhando em um projeto, quando chega o prefeito Lázaro.

Lázaro – Senhor Gregório, com licença! Posso falar com o senhor?
Gregório – Já tá aqui, né? Então fala!
Lázaro – Desculpe, já percebi que o senhor não está em um bom dia...
Gregório – O que o senhor deseja?
Lázaro – É sobre aquelas melhorias que eu tanto sonho pra essa cidade...
Gregório – A prefeitura vai custear as obras?
Lázaro – Estive pensando... A prefeitura está passando por limitações, poderíamos negociar...
Gregório – A empreguete quer negociar? Talvez a forma como o povo vai ficar sabendo de seus trabalhos domésticos... Hahaha
Lázaro – Senhor Gregório, por favor. Estou falando sério!
Gregório – Eu também! Hahaha.


CENA 5 /TAPERA /INTERIOR /DIA

Sabrina terminando de se arrumar.

Bruno – Tá linda hein, Sabrina!
Sabrina – Obrigada, Bruno. Tenho que causar uma boa impressão.
Bruno – Vai dar tudo certo!
Sabrina – Tomara! Torça por mim, viu?

Sabrina se despede de Bruno e vai até a construtora Felisberto em busca de emprego.


CENA 6 /MANSÃO FELISBERTO /QUARTO DE CAROLINA /INTERIOR /DIA

Carolina está lendo um de seus livros, mas não consegue prestar atenção na leitura.

Carolina – (pensando) Aquele índio... Eu quero aquele índio pra mim! - Suspira.


CENA 7 /CONSTRUTORA FELISBERTO /SALA DE EVANDRO /INTERIOR /DIA

Evandro resolve ligar para o detetive Emiliano, em busca de notícias sobre seu filho.

Evandro – Alô! Emiliano? Tudo bem? E aí, alguma novidade?
Emiliano – (tel) Nada. Desculpe, senhor Evandro. Estamos com poucas pistas, sabe como é, né?
Evandro – Entendo...
Emiliano – (tel) Não desanima! Vamos conseguir. Confie no meu faro de cachorrinho, digo, de detetive.
Evandro – Haha. Só você mesmo, meu amigo! Tenhamos fé!
Emiliano – (tel) Então, qualquer novidade, eu te ligo.
Evandro – Aguardo! Um abraço!
Emiliano – (tel) Outro!

Evandro desliga o telefone.

Evandro – (pensando) Minha Jussara... Tanto tempo e eu ainda te amo! Farei de tudo para encontrar nosso filho e dar-lhe uma vida digna.


CENA 8 /OCA PRINCIPAL /INTERIOR /DIA

A Grande Matriarca tá andando de um lado para o outro, com grande preocupação. Yuri entra.

Yuri – Grande Matriarca, mim não gosta de ver isso! O que acontece?
Grande Matriarca – Nada, Yuri! Não se preocupe!
Yuri – Índio desaparecido de novo? Problema na tribo? Mim ajuda! Mim tá aqui pra isso!
Grande Martriarca – Não, Yuri. É um problema que só eu posso resolver... Vá agora liderar a tribo na caçada.
Yuri – Mim vai, mas qualquer coisa, índio tá aqui pra ajudar.
Grande Matriarca – Sei disso...

Yuri sai. Grande Matriarca segue nervosa, andando de um lado para outro.


CENA 9 /CONSTRUTORA FELISBERTO /RECEPÇÃO /INTERIOR /DIA

Felício está organizando alguns documentos, quando Sabrina chega.

Sabrina – Boa tarde!
Felício – Boa tarde!
Sabrina – (ansiosa) Trouxe aqui meu currículo. Gostaria de saber se teria alguma vaga pra mim. Estou precisando muito de um emprego!
Felício – Infelizmente, você não se enquadra.
Sabrina – Como assim não me enquadro? O senhor nem viu meu currículo e como sabe que não me enquadro?
Felício – Nem precisaria... Você é uma mulher!
Sabrina – E qual o problema? Hoje em dia as mulheres tem os mesmos direitos que os homens, sabia?
Felício – Sei sim, mas não aqui na construtora.
Sabrina – Ah é? Posso saber por quê?
Felício – São ordens do dr. Evandro. Mulher alguma pode trabalhar aqui!
Sabrina – E quem ele pensa que é?
Felício – Apenas o dono! Fale com ele.

Sabrina sai irritada.


CENA 10 /CONSTRUTORA FELISBERTO /SALA DE EVANDRO /INTERIOR /DIA

Evandro termina de conversar com Emiliano no telefone, quando Felício chega.

Felício – Dr. Evandro! Com licença!
Evandro – Sem essa de Dr.! - sorri
Felício – Desculpe, é que como estamos aqui na construtora, eu pensei.../
Evandro – (corta) Pois pensou errado! Tanto faz onde estejamos, você vai ser sempre meu amigo!
Felício – Obrigado! Digo o mesmo!
Evandro – Mas, então, o que o traz até minha sala?
Felício – É que a pouco chegou uma moça procurando por emprego...
Evandro – E você disse que não contratamos mulheres né?
Felício – Disse sim, apesar de ainda não entender porquê...
Evandro – É coisa minha, mas obrigado por avisar!
Felício – Tem mais uma coisa...
Evandro – Pois diga!
Felício – Chegou esse envelope para o senhor.

Felício entrega o envelope. Evandro abre. É um bilhete. Evandro lê.

Evandro – (surpreso) Não é possível!

Congela em Evandro surpreso.

FIM DO CAPÍTULO.

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