quarta-feira, 11 de julho de 2012

Capitulo 3 de Vida nas Mãos

Continuação imediata do capítulo anterior.

CENA 1 /CASA DAS POMBINHAS /SALA /INTERIOR /DIA

Afonso – (irritado) Como é que é, Evandro? Você fugiu?
Evandro – É pai, mas... /
Afonso – (irritado) Não quero saber! Vamos embora! Você vai ver quando chegarmos em casa!
Gregório – Calma, pai! O Evandro vai explicar...
Afonso – Não se mete, Gregório! Espero que você também não tenha me decepcionado!
Gregório – Não, pai! Fiz tudo direitinho e foi ótimo!
Afonso – Ainda bem! Pelo menos um de meus filhos é homem!
Evandro – (tímido) Eu também sou homem, pai!
Afonso – Cale a boca moleque!

Jussara, ao ver a discussão que se formou, tenta intervir.

Jussara – Dr. Afonso, quem sabe ele não gostou da menina. Ou não estava pronto.
Afonso – Não se meta dona Jussara! É um assunto de família.

Afonso puxa Evandro pela orelha e vai em direção ao carro. Gregório segue os dois sorrindo.

Afonso – Tchau, dona Jussara! Obrigado por tudo. Até qualquer dia desses!
Jussara – Tchau, Dr. Afonso! Tchau, meninos!
Gregório – Tchau, dona Jussara!


CENA 2 /ESTRADA /EXTERIOR /DIA

No carro, Afonso dá aquela bronca:

Afonso – (gritando) Que bela merda você fez, hoje, Evandro!
Evandro – (baixinho) Desculpa, pai.
Afonso – Se você fosse homem, não me faria passar por essa vergonha!
Evandro – Só porque eu... /
Afonso – Não repita, ou eu te largo aqui mesmo, na estrada!

Gregório escuta tudo, tentando segurar o riso.


CENA 3 /CASA DAS POMBINHAS /QUARTO DE MICHELLI /INTERIOR /DIA

Michelle está deitada, quando Jussara entra. Michelli levanta.

Michelle – Dona Jussara, eu... eu... não sei o que aconteceu!
Jussara – Acho melhor encontrar uma resposta...
Michelle – Realmente, não entendo. Ele estava um pouco nervoso, mas acho que era normal. Apesar disso, estava indo tudo bem, até que ele simplesmente... Fugiu!
Jussara – Estou de olho em você, Michelle.

Jussara sai.

Michelle – (pensando) O que será que aconteceu com aquele menino?


CENA 4 /CIDADE /PLANO GERAL /DIA

Paisagens da cidade são mostradas ao som de “Michael Jackson – Ben”

Letreiro: Algum tempo depois...


CENA 5 /MANSÃO FELISBERTO /SALA /INTERIOR/ DIA

Vânia – (nervosa) Meu Deus, que tenha dado tudo certo...

Vânia está envolta com seus pensamentos, quando a porta se abre, assustando-a.
Afonso entra, com Gregório e Evandro logo atrás.

Vânia – Afonso! Meninos! Até que enfim vocês chegaram! E aí, como foi? Tudo bem?
Afonso – (para os filhos) Vão lá pra cima! Depois quero ter uma conversa com vocês!

Os meninos sobem, calados. Evandro à frente, mais rápido.

Afonso pega um copo e uma garrafa de whisky. Senta-se no sofá e começa a beber. Vânia fica aflita.

Vânia – Homem de Deus! Não me deixe nessa agonia! Me diga! Deu tudo certo? Fale!

Afonso coloca o copo em cima de uma mesinha.

Afonso – (irritado) Com Gregório deu tudo certo. Esse é homem igual ao pai!
Vânia – Como assim, “com o Gregório”? E o Evandro? O que aconteceu? Fale, homem!
Afonso – Aquele seu filho me envergonhou! Mas, ele vai ter o que merece! - grita
Vânia – Afonso, por Deus! Nosso filho! Não me deixe mais nervosa, o que aconteceu?
Afonso – Sabe o que aquele.../
Vânia – (corta) Afonso!
Afonso – Sabe o que ele aprontou?
Vânia – Fale logo!
Afonso – Simplesmente fugiu!
Vânia – Fugiu?

Afonso explica todo o acontecido.


CENA 6 /MANSÃO FELISBERTO /QUARTO /INTERIOR /DIA

Evandro deitado em sua cama, triste. Gregório em frente ao espelho lembrando do que acabou de acontecer.

Evandro – Gregório! O que você acha que nosso pai vai fazer?
Gregório – Não sei, Evandro. Você sabe como ele é.
Evandro – Eu não consegui, Gregório! Não foi culpa minha.
Gregório – Não entendo como você não quis uma mulher daquelas... Até parece que você... /
Evandro – (corta) Cale a boca, Gregório! Eu apenas não tava preparado!
Gregório – Eu também não, mas aproveitei. E digo mais: foi ótimo!
Evandro – Nosso pai disse que quer falar com a gente depois. To com medo!
Gregório – Eu não. Fiz tudo direitinho. Agora, boa sorte pra você, meu irmão! - ri

Os irmãos ficam em silêncio por alguns segundos, até que a porta se abre. Afonso entra, com uma cara séria, assustadora. Gregório e Evandro se levantam. Evandro com a cabeça baixa.

Evandro – (baixinho) Vai me bater, pai? Tudo bem, sei que mereço!
Afonso – Até deveria, pois você merece, pela vergonha que me fez passar diante das moças!
Gregório – Vai fazer o que, então, pai? Deixá-lo de castigo?
Afonso – Não, Gregório. Conversei com sua mãe e ela me convenceu a dar uma segunda chance.
Evandro – (aliviado) Segunda chance?
Gregório – (decepcionado) Segunda chance?
Afonso – Sim! Amanhã eu e Evandro vamos voltar lá e ai dele se decepcionar novamente!

Câmera congela em Evandro assustado.

FIM DO CAPÍTULO

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