CENA 01 / EXTERIOR / PRAIA
DE IPANEMA/ TARDE
Continuação
imediata do capítulo interior
As
pessoas começam a se aglomerar em torno da cena. Jussara e Petrus estão
surpresos.
PETRUS
– Nós... Nós... Nós viemos de muito longe, senhor.
BOMBEIRO
– Isso eu percebi! Pra para numa praia com um barco velho e caído... Olhando
assim, parece até que ele foi feito à
mão.
JUSSARA
– Estamos fugindo de um sequestrador, moço! O cara nos mandou pra uma ilha no
quinto dos infernos.
PETRUS
– É verdade, moço! A gente ficou cinquenta dias e cinquenta noites passando
fome. Tivemos que reciclar o xixi pra não
morrer de sede!
As
pessoas, inclusive o bombeiro, fazem cara de nojo.
BOMBEIRO
– Tudo bem, tudo bem, não preciso de mais detalhes. Se é assim, vou
acompanha-los a um hospital e faremos
a denúncia.
Jussara
fica pálida.
JUSSARA
– Não! Nós temos que fugir, senão ele nos pega e.../corta
BOMBEIRO
– Não vai acontecer nada com os senhores, podem ficar tranquilos.
Eles
são pegos e levados embora da praia até um hospital.
CORTA
PARA:
CENA
02 / INTERIOR / RODOVIÁRIA / TARDE
Sandra
e Eclésio estão pegando as malas.
ECLÉSIO
– Espero que o tu me disseste no ônibus faça sentido, viu, Sandrinha?
SANDRA
– Lógico que faz, senão não teria me despencado lá da Ilha das Maravilhas até o
Rio de Janeiro!
Quando
uma passageira pega a sua mala, se depara com Pomba-gira dormindo entre as
bagagens e dá um grito. Sandra e Eclésio veem o colega saindo do bagageiro,
impressionados.
ECLÉSIO
– Pomba-gira?!
POMBA-GIRA
– Não: Ogum!
CORTA
PARA:
CENA
03 / EXTERIOR/ AEROPORTO / PISTA DE POUSO/ TARDE
Terezinha
e Benoliel estão descendo do avião junto com outros passageiros.
TEREZINHA
– Não acredito que já chegamos ao Brasil!
BENOLIEL
– Fugidos, né?
TEREZINHA
– Tanto faz.
BENOLIEL
– E agora? O que vamos fazer?
TEREZINHA
– Vamos nos instalar descentemente, primeiro. Já não te expliquei meu plano
todinho?
BENOLIEL
– Mas é que são muitos detalhes, muitos riscos...
TEREZINHA
– Querido, explodimos um hospital na Suíça; o que vamos fazer agora até
assaltante de farmácia faz!
BENOLIEL
– Espero que você esteja certa...
Os
dois descem do avião, mostram passaportes falsos e pegam um táxi. Entra
narrativa enquanto eles andam de táxi.
“Terezinha ama Benoliel mais do que tudo em sua vida. Os dois são mais do
que amantes do crime; são a metade da alma um do outro. Mesmo sabendo que
Benoliel não tem nada a ver com seu plano, sabe que ele será mais do que
necessário para concluí-lo.”.
CORTA
PARA:
CENA 04 / INTERIOR /
RODOVIÁRIA / TARDE
ECLÉSIO
– O que estás fazendo aqui, demônio?!
POMBA-GIRA
– Olha o preconceito... É Pomba-gira!
SANDRA
– Tanto faz! Meu Deus... Você se enfiou no meio de nossas coisas pra quê?
POMBA-GIRA
– Para acompanha-los em sua jornada.
SANDRA
– Jornada? Que jornada?!
POMBA-GIRA
– Deixa de ser burra, mulher!
ECLÉSIO
– Respeite a minha mulher!
POMBA-GIRA
– Podemos sair do meio dessa gente? Fica mais fácil de explicar.
Eclésio,
Pomba-gira e Sandra saem da rodoviária.
CORTA
PARA:
CENA 05 / INTERIOR / JAZIRA
/ ESCRITÓRIO / TARDE
WALESHKA
– Menina, como o dia passou rápido: já são 17h30!
LUCÍLIA
– Pois é, Waleshka. A vida passa muito rápido...
WALESHKA
– O que quer dizer com isso, vadia?
LUCÍLIA
– Nada, amiga!
Roberto
entra no escritório muito nervoso, de surpresa mesmo.
WALESHKA
– Mas a minha sala virou um bordel: todo mundo entra e sai na hora que bem
entender! O que houve desta vez, Roberta?
ROBERTO
– Estamos indo à falência, Waleshka!
WALESHKA
– É Dona.../corta
ROBERTO
– /Dona o cacete! Essa anta da Lucília já sabe que eu te como todas as noites,
sua babaca!
Waleshka
fica rosa-choque de tanta vergonha.
FIM DO CAPITULO
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