sexta-feira, 25 de maio de 2012

Capitulo 15 de Batalha do Éden

CENA 01 / EXTERIOR / PRAIA DE IPANEMA/ TARDE
Continuação imediata do capítulo interior

As pessoas começam a se aglomerar em torno da cena. Jussara e Petrus estão surpresos.

PETRUS – Nós... Nós... Nós viemos de muito longe, senhor.
BOMBEIRO – Isso eu percebi! Pra para numa praia com um barco velho e caído... Olhando assim, parece até que ele foi  feito à mão.
JUSSARA – Estamos fugindo de um sequestrador, moço! O cara nos mandou pra uma ilha no quinto dos infernos.
PETRUS – É verdade, moço! A gente ficou cinquenta dias e cinquenta noites passando fome. Tivemos que reciclar o xixi  pra não morrer de sede!

As pessoas, inclusive o bombeiro, fazem cara de nojo.

BOMBEIRO – Tudo bem, tudo bem, não preciso de mais detalhes. Se é assim, vou acompanha-los a um hospital e           faremos a denúncia.

Jussara fica pálida.

JUSSARA – Não! Nós temos que fugir, senão ele nos pega e.../corta
BOMBEIRO – Não vai acontecer nada com os senhores, podem ficar tranquilos.

Eles são pegos e levados embora da praia até um hospital.

CORTA PARA:


CENA 02 / INTERIOR / RODOVIÁRIA / TARDE

Sandra e Eclésio estão pegando as malas.

ECLÉSIO – Espero que o tu me disseste no ônibus faça sentido, viu, Sandrinha?
SANDRA – Lógico que faz, senão não teria me despencado lá da Ilha das Maravilhas até o Rio de Janeiro!

Quando uma passageira pega a sua mala, se depara com Pomba-gira dormindo entre as bagagens e dá um grito. Sandra e Eclésio veem o colega saindo do bagageiro, impressionados.

ECLÉSIO – Pomba-gira?!
POMBA-GIRA – Não: Ogum!

CORTA PARA:


 CENA 03 / EXTERIOR/ AEROPORTO / PISTA DE POUSO/ TARDE

Terezinha e Benoliel estão descendo do avião junto com outros passageiros.

TEREZINHA – Não acredito que já chegamos ao Brasil!
BENOLIEL – Fugidos, né?
TEREZINHA – Tanto faz.
BENOLIEL – E agora? O que vamos fazer?
TEREZINHA – Vamos nos instalar descentemente, primeiro. Já não te expliquei meu plano todinho?
BENOLIEL – Mas é que são muitos detalhes, muitos riscos...
TEREZINHA – Querido, explodimos um hospital na Suíça; o que vamos fazer agora até assaltante de farmácia faz!
BENOLIEL – Espero que você esteja certa...

Os dois descem do avião, mostram passaportes falsos e pegam um táxi. Entra narrativa enquanto eles andam de táxi.
               
                “Terezinha ama Benoliel mais do que tudo em sua vida. Os dois são mais do que amantes do crime; são a metade da alma um do outro. Mesmo sabendo que Benoliel não tem nada a ver com seu plano, sabe que ele será mais do que necessário para concluí-lo.”.
CORTA PARA:


CENA 04 / INTERIOR / RODOVIÁRIA / TARDE

ECLÉSIO – O que estás fazendo aqui, demônio?!
POMBA-GIRA – Olha o preconceito... É Pomba-gira!
SANDRA – Tanto faz! Meu Deus... Você se enfiou no meio de nossas coisas pra quê?
POMBA-GIRA – Para acompanha-los em sua jornada.
SANDRA – Jornada? Que jornada?!
POMBA-GIRA – Deixa de ser burra, mulher!
ECLÉSIO – Respeite a minha mulher!
POMBA-GIRA – Podemos sair do meio dessa gente? Fica mais fácil de explicar.

Eclésio, Pomba-gira e Sandra saem da rodoviária.

CORTA PARA:


CENA 05 / INTERIOR / JAZIRA / ESCRITÓRIO / TARDE

WALESHKA – Menina, como o dia passou rápido: já são 17h30!
LUCÍLIA – Pois é, Waleshka. A vida passa muito rápido...
WALESHKA – O que quer dizer com isso, vadia?
LUCÍLIA – Nada, amiga!

Roberto entra no escritório muito nervoso, de surpresa mesmo.

WALESHKA – Mas a minha sala virou um bordel: todo mundo entra e sai na hora que bem entender! O que houve                            desta vez, Roberta?
ROBERTO – Estamos indo à falência, Waleshka!
WALESHKA – É Dona.../corta
ROBERTO – /Dona o cacete! Essa anta da Lucília já sabe que eu te como todas as noites, sua babaca!

Waleshka fica rosa-choque de tanta vergonha.
 

                                                                                    FIM DO CAPITULO

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