quinta-feira, 7 de junho de 2012

Capitulo 24 de Batalha do Éden

CENA 01 / EXTERIOR / JARDINS DO ÉDEN / TARDE
Continuação imediata do capítulo anterior

Waleshka se levanta dos destroços e assusta os bombeiros que estão trabalhando ali. Um deles, joga um extintor de incêndio em cima dela.

BOMBEIRO – Assombração! A defunta voltou do inferno!
WALESHKA – E se não me deixar passar, eu te jogo no meu lugar.

Waleshka passa pelos destroços e segue seu caminho sem encostar-se aos bombeiros. Em seguida, ela passa por todos que estão do lado de fora do condomínio, que estão estupefatos.

MORADOR 1 – Não é aquela perua que morreu?
MORADOR 2 – Gente, mas a cor da pele dela... Está rosa-choque!

Waleshka ouve o comentário e se vira para os moradores.

WALESHKA – É bronzeamento artificial, querido.

Em seguida, o morador desmaia e ela ri da desgraça. Sob as vistas de todos, Waleshka segue seu caminho.

CORTA PARA:

CENA 02 / INTERIOR / HOSPITAL / TARDE

Jussara, Terezinha, Hermélia, Petrus e Pomba-Gira chegam ao hospital, prontos para fazer seus exames de check-up. Jussara está com uma peruca vermelha e um óculos gigantesco, já Petrus, colocou uma barba postiça e lentes azuis, enquanto Hermélia está vestida de freira, assim como Pomba-gira está de padre; Terezinha, por sua vez, está com uma peruca que vai até o joelho. Entra narrativa:

                “Todos estão vestidos assim porque estão com medo de serem presos. Cada um tem seus motivos. Quem acompanhou a novela, sabe.”

JUSSARA – Mas como nós vamos fazer os exames vestidos desse jeito? Parecemos uma banda de rock.
PETRUS – Guerreiros celtas, isso sim.
HERMÉLIA – Eu já não falei que eu tenho um amigo que trabalha aqui no hospital?! Falei com ele hoje de manhã e ele      vai nos atender. Precisávamos nos vestir assim para ninguém pegar a gente.

Pomba-Gira vê Sandra sentada em uma cadeira do hospital, bastante aflita com a situação em que se encontra.

POMBA-GIRA – Aquela não é a tal de Sandra, Jussara?

Jussara vê a “mãe” e corre para o seu lado. Sandra leva um susto quando percebe que é Jussara que está ao seu lado e começa a chorar.

SANDRA – Lisandra! Digo, Jussara!
JUSSARA – A senhora pode me chamar do que quiser... Mas, antes me explique: o que está fazendo aqui? Cadê o            Eclésio?
SANDRA – Ele foi atropelado por um caminhão e agora está agora em coma.
JUSSARA – Meu Deus! A culpa é toda minha!

Jussara começa a chorar e Sandra a abraça.

SANDRA – Lógico que não, minha filha! Todos nós sabemos como ele é ciumento... Aliás, por que estás vestida que       nem uma prostituta?
HERMÉLIA – (se intrometendo) É que a gente tá escondido num puteiro.

Sandra olha para Hermélia, vestida de freira e dizendo que está escondida num puteiro.
SANDRA – Puteiro santo esse... (P/ POMBA-GIRA) E esse? Quem é? O cafetão?
HERMÉLIA – Amiga, paga uma penitência pra ele que tu vai querer pecar todos os dias!

Jussara fica da cor da peruca.

POMBA-GIRA – Modéstia parte, eu rezo a missa direitinho.
TEREZINHA – Que isso, gente? Nem nos bordeis de Paris o negócio é tão baixo nível assim! Jussara, Lisandra, seja        o nome que for, não quero ficar aqui por muito tempo. Cadê esse tal amigo da Hermácia?
PETRUS – É Hermélia.
TEREZINHA – Tanto faz! Quero ir embora daqui!

CORTA PARA:

CENA 03 / INTERIOR / CABARÉ DO CANIL / PALCO / TARDE

Norma com as suas meninas.

NORMA – Vamos lá, meninas! No três, quero todas vocês dançando e tirando a calcinha, ok? Então, vamos lá. Um,          dois, três.

Na hora em que Norma grita o “três”, as portas do cabaré explodem e uma ventania calorenta invade todo o local. As prostitutas caem do palco e Waleshka aparece, vermelha, na frente de Norma. Norma está espantada. Em seguida, a vilã vai andando em direção à cafetina e segura o seu pescoço, a fim de estrangulá-la.

WALESHKA – (demoníaca) Onde eles foram?
NORMA – (sem ar) Eu... Não... Sei...

Waleshka aperta mais.

WALESHKA – ONDE ELES ESTÃO?
NORMA – Pro... Hospital... Olegário Maciel...

Waleshka enforca Norma até a morte. As prostitutas começam a gritar.

WALESHKA – Que é? Todo mundo sabe que a Norma morre no final.

Em seguida, mata as prostitutas com um olhar e vai até o hospital.

CORTA PARA:

CENA 04 / INTERIOR / AEROPORTO / TARDE

Lucília está caminhando com as suas malas quando bandidos invadem o aeroporto e rendem todos ali. Um deles, pega Lucília como refém e atira para cima.

LUCÍLIA – Por favor, tenha piedade!
BANDIDO – Cala a boca, senão morre!

Lucília grita de desespero e leva um tiro no peito.

CORTA PARA:

CENA 05 / INTERIOR / HOSPITAL / QUARTO DE ECLÉSIO / COMECINHO DE NOITE

Eclésio está sob a cama de hospital, em coma e respirando com a ajuda de aparelhos. Ele abre os olhos e dá um discreto sorriso, porém não há nenhuma enfermeira dentro do quarto.

CORTA PARA:

CENA 06 / INTERIOR / HOSPITAL / SALA DE ESPERA / COMECINHO DE NOITE

Hermélia está andando de um lado, aflita com a demora do amigo médico. Todos percebem que não vai dar em nada essa eterna espera e Terezinha se levanta.

TEREZINHA – Não posso viver aqui com essa peruca de Pocahontas! Esse teu amigo médico não vem tão cedo, adeus.
POMBA-GIRA – (discretamente) É verdade, Hermélia... Esse cara nos deu um bolo.

Endolino entra com uma perna de pau junto com seus soldados.

ENDOLINO – Não deu, não! Olha ele aqui!
O amigo médico de Hermélia é jogado para frente, todo amarrado.

ENDOLINO – Peguem os subversivos!

O soldados (que são MUITOS, UMA TROPA INTEIRA) vai pra cima de todos que estão ali. Hermélia, Terezinha, Pomba-gira, Sandra, Petrus e Jussara correm da ditadura. As portas do hospital explodem e Waleshka aparece.

WALESHKA – Deixa que eu ajudo, delegado.

FIM DO PENÚLTIMO CAPÍTULO

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