Cena 1/
Carro de Nathalia/ Interno/ Noite
(Mariana
acorda)
MARIANA: Ai,
minha cabeça.
NATHALIA:
Até que enfim você acordou.
MARIANA: Me
tira daqui, Nathalia. O que você vai fazer comigo?
NATHALIA:
Fica tranqüila, porque eu não vou te matar. Isso só vai depender de você.
(Nathalia
para o carro na beira de uma estrada)
NATHALIA:
Desce do carro.
MARIANA: Mas
aqui?
NATHALIA:
Desce, sua maldita.
(Nathalia
abre a porta do passageiro e tira Mariana do carro)
NATHALIA:
Nada melhor do que uma conversa franca ao ar livre.
MARIANA: Não
estou entendendo.
NATHALIA:
Some.
MARIANA: O
que?
NATHALIA:
Some da vida do Daniel, desaparece do meu caminho. Volta para Olinda e vai
viver tua vida longe da minha.
MARIANA: E
por que eu faria isso? Eu amo o Daniel. Minha vida é ao lado dele.
NATHALIA: O
Daniel é meu homem e de mais ninguém. Se eu fosse você, eu voltava para Olinda
sem pestanejar.
MARIANA: Eu
não vou fazer nada disso.
NATHALIA: Ah
vai. Vou te dar um prazo de dois dias para você se mandar daqui. Quando esses
dois dias se passarem e eu souber que você ainda continua no Rio, eu te mato.
MARIANA: O
que?
NATHALIA: É
isso mesmo que você ouviu. Ou você some da vida do Daniel, ou eu te mato.
(Nathalia
entra no carro e liga-o)
NATHALIA:
Esteja avisada.
MARIANA:
Você vai me deixar aqui, sozinha, no meio do nada?
NATHALIA:
Claro. Um ambiente tão agradável como este nos ajuda a pensar melhor sobre a
vida. Não me afronte. Você não sabe do que eu sou capaz.
(Nathalia
parte em alta velocidade. Mariana começa a chorar)
Cena 2/
Mansão de Sabrina/ Atelier/ Interno/ Noite
SABRINA:
Mamilo?
RONALDO:
Sim. Esse aí, que está entre seus seios.
SABRINA: Não
acredito que você viu. Passei um tempão tentando esconder esse mamilo com
maquiagem.
RONALDO:
Pois a maquiagem não adiantou em nada, porque até um cego consegue ver esse
mamilo. Se cobre, por favor. Estou com vontade de vomitar.
SABRINA: E
as fotos?
RONALDO: Não
tem fotos. Eu não vou ser maluco o bastante para fotografar um mamilo desse
tamanho. Irá assustar o público.
SABRINA: Eu
não acredito nisso. Posar nua é meu sonho de adolescência.
RONALDO:
Desculpa, dona Sabrina, mas com essa pereba gigante que a senhora tem no meio
dos seios, não tem foto. Lamento.
Cena 3/
Trailer/ Interno/ Noite
LEONARDO:
Aqui está o seu espeto.
JULIANA:
Obrigada.
LEONARDO: O
que aconteceu?
JULIANA:
Aquele velho que tentou me estuprar no beco. Ele voltou a me ameaçar. Ele mora
perto da minha casa. Eu estou com medo.
LEONARDO:
Fala com teus pais.
JULIANA:
Eles se separaram recentemente. Fica ruim tocar em um assunto como esse logo
agora.
LEONARDO:
Mas você tem que falar. Mas não fica assim. Eu vou estar aqui para te proteger.
JULIANA: Eu
sinto que te conheço faz um tempão.
LEONARDO:
Sabe que eu também? Eu sinto que a gente já foi algo a mais do que só amigos em
vidas passadas.
(O casal se
beija)
Cena 4/
Mansão de Antonio/ Sala/ Interno/ Noite
ANTONIO:
Você não pode ir embora. Você é minha esposa.
DIANA: Já me
decidi.
(Diana sobe
as escadas)
ANTONIO:
Diana, vamos conversar.
(Daniel
entra)
ANTONIO:
Filho, já de volta? Cadê a Mariana?
DANIEL: Ela
não apareceu no restaurante.
ANTONIO:
Como não? Ela saiu daqui pouco tempo depois de você.
DANIEL: Pai,
será que aconteceu alguma coisa de ruim com a Mariana? Já é meia noite.
ANTONIO:
Fica tranqüilo, cara. A Mariana sabe se cuidar, eu presumo.
Cena 5/
Paisagens do Rio de Janeiro/ Dia
Cena 6/
Estrada/ Dia
(Mariana
caminha pela estrada, cansada. Ela vê um bar e para)
MARIANA:
Moço, me dê um copo de água, por favor?
VENDEDOR:
Aqui está. Como você está cansada, garota.
MARIANA:
Passei a noite em claro. Obrigada.
(Um carro
para no bar. De dentro do carro, sai uma mulher, que desperta a atenção de
Mariana)
MARIANA:
Essa mulher.
(Mariana se
lembra da morte de José, quando ele mostra a ela a imagem de sua mãe. Voltando
em si, Mariana, surpresa, deixa o copo cair no chão)
MARIANA: Não
pode ser. (Gritando): Ei, moça.
(A moça se
vira para Mariana. Os olhos de Mariana marejam e ela cai no chão)
MARIANA:
Mae?
MARIETA:
Mari, minha filha, é você?
MARIANA:
MAAAAAAAAAAAAAAAAE
(Mae e filha
se abraçam, emocionadas)
MARIETA:
Filha, não pode ser. Como você cresceu, Mari. A ultima vez que te vi, você era
apenas...
MARIANA: ...
uma garotinha. Eu sei. Por que a senhora fez isso comigo? Por que você me
abandonou?
MARIETA:
Acho melhor conversarmos no meu quartinho, que fica nesse bar mesmo. Vem.
MARIANA: Não
sei se eu quero falar com você.
MARIETA: Não
diz isso, filha. Depois dessa conversa, você vai entender de verdade o que fez
eu me separar de você. Vem, por favor.
Cena 7/
Mansão de Antonio/ Sala/ Interno/ Dia
DANIEL: Liga
para policia, pai.
ANTONIO:
Vamos esperar mais um pouco, filho.
DANIEL: Não
pai. Liga agora. Eu sinto que a Mariana está passando por maus bocados agora.
Cena 8/
Quartinho de Marieta/ Sala/ Interno/ Dia
(Mariana e
Marieta entram)
MARIETA:
Senta.
(Marieta
senta)
MARIETA:
Você deve estar achando meu quarto, um verdadeiro muquifo. Mas fica tranqüila.
Quarto de prostituta é assim mesmo.
MARIANA:
Como você virou isso, uma prostituta?
MARIETA:
Depois do acidente. Não tenta me esconder de nada, filha. Desde o dia em que eu
consegui me salvar daquele acidente, eu venho investigando todos vocês.
MARIANA: E
porque nunca se aproximou? Você acha legal todos pensarem que você está morta?
MARIETA: E
você acha que eu não tenho vontade? Inclusive agora, que meu filho voltou de
vez para cá.
MARIANA:
Filho?
MARIETA: Eu
sei que não é legal, nós começarmos nossa conversa assim, Mari, mas tem uma
coisa que você está fazendo da sua vida que é muito errada.
MARIANA: Que
coisa?
MARIETA: Você
não pode namorar o Daniel. Vocês são irmãos. O Daniel é meu filho.
MARIANA: O
que?
Fim do capitulo
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