quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Penúltimo Capitulo de Vida nas Mãos


Continuação imediata do capítulo anterior.

CENA 1 /MANSÃO FELISBERTO /EXTERIOR /DIA

Ana percebe que a porta está aberta. Entra correndo e dá um grito. Todos entram na casa e veem o corpo de Felício no chão da sala, envolto de uma poça de sangue.

Ana – (desesperada) Meu Deus! Felício! Não!

Ana se ajoelha no chão e começa a chorar.

Evandro – (chorando) Felício, meu amigo! Você sempre esteve ao meu lado. Fará muita falta!

Yuri se abaixa e vai colocar a mão no sangue pra confirmar se está morto. Emiliano interrompe.

Emiliano – Índio, não faça isso! Vai prejudicar as investigações!
Evandro – (chorando) Isso mesmo, meu filho!
Yuri – Mim só queria ver se é sangue! Mim já disse que não é filho de homem branco! Mim vai embora daqui! Casa de homem branco perigosa!
Emiliano – É sangue sim. Ele está morto! (gritando) Delegado Confesse?
Yuri – O que delegado tem que confessar? Mim não entendeu.

O delegado se aproxima.

Delegado – É Confécio! Meu nome é Confúcio Confécio da Silva!
Emiliano – Desculpa, dr. degolado, digo, delegado.

Ana não consegue parar de chorar. Mariana se aproxima do corpo.

Mariana – (chorando) Meu pai! O que fizeram com o senhor?
Ana – (chorando) Ele era tão bom.
Evandro – Ana, você não conhecia ele a tanto tempo assim quanto eu. Como pode afirmar isso?

Ana engasga. O delegado interrompe a conversa.

Delegado – (gritando) Todo mundo se afastando do corpo! Já chamei reforços e vamos começar as investigações! (virando-se para Emiliano) Posso contar com você para ajudar nas investigações, sr... Como é seu nome mesmo?
Emiliano – Cachorrinho. Digo, Emiliano Cachorrinho! Pode contar sim, delegado Confesse o Confuso.
Delegado – (irritado) Eu já disse que é Confúcio Confécio da Silva! Agora vamos todos lá para a delegacia. Quero tomar o depoimento de cada um de vocês.

Mariana se antecipa.

Mariana – Eu sei quem fez isso!

Todos a olham.

Delegado – Sabe? Quem foi?
Mariana – Vamos lá pra delegacia que eu conto tudo.

Todos se dirigem para a delegacia de Cafundonópolis do Norte.


CENA 2 /CASA CACHORRINHO /QUARTO DE EVARISTO /INTERIOR /DIA

Evaristo está deitado, abatido em seu quarto. Aurélia chega.

Aurélia – Evaristo, o que houve com você, meu filho?
Evaristo – Não enche, mãe! Não quero conversar!
Aurélia – Evaristo, que modos são esses de falar com sua mãe?
Evaristo – Desculpa, mãe. É que não to bem. Deixa eu descansar um pouco.
Aurélia – Meu filho, me conte o que houve! Você não é de fazer isso. Você sempre foi o orgulho dessa família.
Evaristo – Não foi nada não, mãe.
Aurélia – Meu filho, você é o mais parecido com sua mãe. Não dê uma de criança como o traste do seu pai.
Evaristo – Meu pai não é traste, mãe. Não fala assim dele.
Aurélia - Não quero falar de seu pai. Quero saber o que houve com você, meu filho.

Evaristo levanta, senta na cama, se enche de coragem e confessa.

Evaristo – Mãe, eu to apaixonado.
Aurélia – Hahaha. É isso? Que idiotice! Achei que era algo sério.
Evaristo – É sério, mãe. Você não entende?
Aurélia – Ah, meu filho. Na sua idade isso é normal. Agora deixa eu ir que eu tenho mais o que fazer do que ouvir bobagens de jovens. Quando quiser, traga essa moça aqui em casa para conhecermos. Espero que seja lá da capital e que tenha posses! Hahaha.
Evaristo – Mãe, você não se preocupa nem um pouco comigo, né? Não vê que eu to sofrendo?
Aurélia – Me preocupo sim, filho! Tanto que quero você casado com uma moça da capital, de nível!
Evaristo – (gritando) Não é moça, é moço! Eu to apaixonado por um colega de trabalho aqui da cidade!

Aurélia surta.

Aurélia – O quê? Meu filho é um depravado?
Evaristo – Não fala assim, mãe. Eu tenho sentimentos.
Aurélia – Que sentimentos o quê? Cale a boca! Se você continuar com essas ideias você não é mais meu filho!
Evaristo – (abatido) Mãe...
Aurélia – Não me chame de mãe, que eu não criei você com todo amor e carinho, lhe dei tudo que precisava, mandei você para a capital para ter uma boa formação pra você voltar assim, afrescalhado! Ah, como me arrependo de ter te mandado para lá.
Evaristo – Mãe, para com isso! Eu sou homem! Só estou confuso com meus sentimentos. Não piora as coisas.
Aurélia – (gritando) Cala a boca, seu gay! Você não é mais meu filho!

Aurélia surta e começa a encher Evaristo de tapas. Evaristo apenas se defende e chora. Nesse momento, Lázaro entra no quarto correndo, assustado com os gritos.

Lázaro – (assustado) Evaristo, Aurélia! O que está acontecendo aqui? Que gritaria é essa?
Aurélia – É esse... Esse.. Esse seu filho aí afrescalhado!
Evaristo – (chorando) Não fala assim, mãe.
Aurélia – Não me dirija a palavra!
Lázaro – Aurélia, pare com isso! Ele é nosso filho. Se ele é assim, ninguém tem culpa. O importante é ele ser feliz.
Aurélia – Ah, então o papaizinho já tava sabendo! Aposto que apóia ainda as semvergonhices desse aí!
Lázaro – Sim, tava sabendo e dou todo o apoio para nosso filho! Você deveria fazer o mesmo!
Aurélia – Hahaha. Eu apoiar isso? Nunca! É melhor que seu filho saia dessa casa, pode acabar contaminando meu filho, meu único filho Emiliano.
Lázaro – (gritando) Cale a boca, Aurélia! Ninguém vai sair dessa casa! Aliás, se alguém tiver que sair, que saia você!

Aurélia se assusta com a coragem demonstrada por Lázaro, que sempre foi submisso.

Aurélia – Falou o homem da casa! Hahaha. Esqueceu que quem cuida de tudo sou eu? Porque você é um frouxo e não tem pulso firme para decidir nada?
Evaristo – Parem de brigar, por favor!
Lázaro – Não, meu filho. Sua mãe tem que se colocar no lugar dela.
Aurélia – No meu lugar? Ok. E o seu lugar é na faxina. Só o que você sabe fazer! Hahaha.

Lázaro se irrita, dá um tapa na cara de Aurélia, pega uma vassoura e entrega para ela.

Lázaro – Chega! Cansei! Cansei dessa vida, cansei de você! Agora quem manda aqui sou eu, ouviu bem? E vá você varrer a casa que eu vou pra prefeitura fazer o que eu já devia ter feito há muito tempo!

Aurélia e Evaristo ficam sem entender a rebeldia de Lázaro.


CENA 3 /TRIBO NAPOINARA /EXTERIOR /DIA

Luana está com um sorriso no rosto, observando os pássaros e pensando em Yuri. Grande Matriarca chega correndo.

Grande Matriarca – Luana, Luana! Por acaso você viu o Cauã por aí?
Luana – Mim não viu e nem quer ver, Grande Matriarca. Mim tem medo de índio Cauã. Mim não confia mais nele.
Grande Matriarca – Eu sei, Luana! Desde pequeno, Cauã sempre foi assim, rebelde. Também tenho medo do que ele possa ser capaz de fazer.
Luana – Mim agora tá preocupada! O que Grande Matriarca acha que índio Cauã é capaz de fazer?
Grande Matriarca – Não sei, Luana! Tenho até medo de pensar! Se você encontrá-lo por aí, me avise! Por favor! Estou com um mal pressentimento!
Luana – Que Tupã nos ajude! Mim tá preocupada demais agora! Cacique Yuri foi pra casa de homem branco e não tá aqui pra defender tribo!
Grande Matriarca – Mais essa! Já não bastam as preocupações aqui da tribo!
Luana – Grande Matriarca acha que homem branco vai fazer mal pra índio Yuri?
Grande Matriarca – Não, Luana. Homem branco não é ruim. Fica tranquila!
Luana – Grande Matriarca ficou preocupada quando falou de homem branco.
Grande Matriarca – Isso é coisa minha, Luana.

Grande Matriarca vai para sua oca e Luana fica chorando.

Luana – (pensando) Tupã, ajuda índio Yuri! Ajuda tribo Napoinara!


CENA 4 /CAFUNDONÓPOLIS DO NORTE /DELEGACIA /INTERIOR /DIA

Delegado – Muito bem. Estamos todos aqui reunidos. Irei chamar um por um aqui presente para prestarem depoimento. Aguardem aqui que irei chamando.

Corte rápido.

Delegado – Qual seu envolvimento com a vítima?
Emiliano - Envolvimento? Nunca me envolvi com ele não. Sou homem!
Delegado – Ai ai... Dr. Emiliano, para ser mais claro, você conhecia a vítima, eram amigos?
Emiliano – Ah sim! Conhecia pouco. O Felício trabalhava na construtora e quando eu ia lá conversar com o Dr. Evandro, conversava rapidamente com ele.
Delegado – E o que você ia conversar com dr. Evandro? Algo relacionado com a vítima?
Emiliano – Não. Dr. Evandro me contratou para procurar o filho dele, desaparecido.
Delegado – Ok. Parece que não tem nenhuma relação com a vítima mesmo. Agora a última e mais importante pergunta.
Emiliano - Diga Dr. Confúcio!
Delegado – É Confuso! Digo, é isso mesmo! Finalmente você acertou! Haha.
Emiliano – Hahaha.
Delegado – Pois bem. O senhor tinha algum tipo de desavença com o seu Felício?
Emiliano – Nenhuma. Parecia uma boa pessoa.
Delegado – Ok. Está dispensado. Inclusive quero que me ajude nesse caso.
Emiliano – Pode deixar, vou usar meu faro de cachorrinho, digo, de detetive para ajudar.

Corte rápido.

Delegado – Qual seu envolvimento com a vítima?
Yuri – Mim não sabe.
Delegado – Você conhecia seu Afonso?
Yuri – Não. Mim nunca viu homem branco que tava morto.
Delegado – Ok, está dispensado.

Corte rápido.

Delegado – Qual seu envolvimento com a vítima?
Evandro – Muito bem, seu delegado. Conhecia o Felício desde que era jovenzinho. Ele era empregado do meu pai.
Delegado – Muito bem. E como era a relação de vocês?
Evandro – Sempre fomos muito amigos. Ele era como se fosse um pai pra mim. Sempre conversamos, ele me dava conselhos, me ajudava. Até esse tempo todo que minha família passou na capital, eu mantinha contato com ele. Era um grande amigo.
Delegado – Ok. E alguma vez você teve algum motivo para não gostar dele? Digo, houve, por acaso alguma desavença entre vocês?
Evandro – Nunca! Sempre fomos muito amigos. Sempre fui mais amigo do Felício do que do meu próprio irmão, pra dizer a verdade.
Delegado – Muito bem, dr. Evandro. O senhor está dispensado.

Corte rápido.

Delegado – Qual seu envolvimento com a vítima?
Ana – É uma história complicada, delegado.
Delegado – Tenho todo o tempo do mundo. Conte.
Ana – Ninguém na cidade sabe, mas eu e Felício eramos mais íntimos do que se imaginava.
Delegado – Entendo. Vocês eram amantes, então?
Ana – Não. Que isso! Sempre fui fiel ao meu marido. Nunca o traí.
Delegado – Então, o que a senhora quer dizer com “íntimos”?
Ana – É uma longa história.
Delegado – Conte.
Ana – Na verdade, o Felício, além de ser o empregado da família Felisberto há anos, passou a ser investigador. Nos encontrávamos para ele me mostrar alguns documentos, algumas fotos, de alguns crimes que aconteceram no passado.
Delegado – Por acaso a senhora está me falando daqueles documentos e fotos que a senhora me trouxe aqui no outro dia?
Ana – Exatamente.
Delegado – Provas que o seu marido, Gregório Felisberto, cometeu vários crimes no passado, contra Karina, dois de seus capangas e a dona Jussara...
Ana – Isso mesmo!
Delegado – E o seu Felício, que conhecia a família Felisberto há muito tempo, investigou tudo e reuniu as provas.
Ana – Sim.
Delegado – E o que a senhora teria a ver com esse caso?
Ana – Seu delegado, na verdade, meu nome é Ana Michelle. Ninguém sabe do meu passado. Eu era uma das trabalhadoras da Casa das Pombinhas. Durante o velório de Karina, eu prometi que ia fazer justiça.
Delegado – Tudo começa a fazer sentido!
Ana – Sim. Sempre fui apaixonada por Evandro, mas ele só tinha olhos para a Jussara e assim foi até hoje. Para ficar perto dele, acabei me casando com o traste do Gregório. Até que um dia, Felício me procurou, disse que sabia quem eu era e que tinha provas do envolvimento de Gregório nos crimes. Então passamos a nos encontrar frequentemente.
Delegado – Entendo. Tudo está fazendo sentido. A senhora está dispensada. Poderei chamá-la novamente para novos depoimentos!
Ana – Estarei à disposição.

Corte rápido.

Delegado – Qual seu envolvimento com a vítima?
Mariana – Eu era filha dele.
Delegado – Muito bem. Como era a relação de vocês em casa?
Mariana – Meu pai era um homem muito bom. Sempre nos demos muito bem.
Delegado – E nunca brigaram?
Mariana – Ah seu delegado, quem é que não briga? Ainda mais em família! Mas eram brigas boas, nada demais. Eu amava meu pai.
Delegado – Compreendo. E por acaso você sabe se ele tinha inimigos?
Mariana – Meu pai sempre foi um homem do bem. Sempre foi amigo de todos. Ah. Teve aquele caso...
Delegado – Que caso, dona Mariana?
Mariana – É difícil falar sobre isso.
Delegado – Por favor, é importante. Vai ajudar nas investigações!
Mariana – (chorando) Eu fui violentada!
Delegado – (assustado) Pelo seu pai?
Mariana – (chorando) Não! Que isso! Meu pai nunca faria uma coisa dessas com ninguém, ainda mais comigo! Foi o seu Gregório!
Delegado – Gregório Felisberto! Ele de novo! E o seu pai, ficou sabendo?
Mariana – Sim. Contei a ele.
Delegado – E qual foi a reação dele? Imagino que tenha ficado com muita raiva do dr. Gregório.
Mariana – Sim! Nunca vi meu pai naquele estado! Ele sempre foi um homem calmo, mas ele...
Delegado – Continue! Ele o quê?
Mariana – (chorando) Ele saiu de casa tomado pela raiva e foi até a mansão Felisberto para tirar satisfações com seu Gregório!
Delegado – Você está liberada dona Mariana.
Mariana – (chorando) – Obrigada!

Corte rápido.

Delegado Confúcio Confécio da Silva faz várias ligações e chama reforços para capturar Gregório.

CENA 5 /FLORESTA /EXTERIOR /DIA

Gregório e Cauã chegam a um ponto escondido da floresta.

Gregório – Onde nós estamos? Pra onde você me trouxe, índio?
Cauã – Mim conhece toda floresta! Aqui difícil de chegar. Homem branco fica protegido.
Gregório – Droga! Que lugar horrível!
Cauã – Homem branco prefere ficar preso feito passarinho?
Gregório – Claro que não, seu selvagem!
Cauã – Então bom ficar aí.
Gregório – Ok. Se não tem outro jeito!
Cauã – Mim sabe que homem branco não gosta de índio Yuri. Mim não gosta também.
Gregório – E não gosto mesmo! Hahaha. Já que você ouviu tudo, já sabe porquê!
Cauã – Mim sabe de tudo. Mim tem plano para acabar com tribo e com índio Yuri.
Gregório – Conta então, índio!

Cauã explica o plano para Gregório, que fica cada vez mais animado.


CENA 6 /CEMITÉRIO /DIA

No momento, está ocorrendo o velório de Felício.

Henrique – Felício Randone, esse homem tão bondoso, que em sua carreira terreste só praticou o bem, que agora esteja na tão merecida paz junto de nosso Deus e de seus anjos! Ai que fome! Digo, descanse em paz! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Toca o celular de Emiliano.

Emiliano – Alô! O quê? Estou indo pra aí!
Evandro – O que foi, Emiliano?
Emiliano – Recebi uma ligação do delegado agora, que recebeu uma ligação, informando que o seu Gregório está agora na tribo Napoinara, fazendo os índios de reféns e ameaçando colocar fogo em tudo!
Evandro – Meu Deus! Minha Jussara!
Ana – (grita) O quê? Jussara?
Evandro – (espantado) Você conhece a Jussara?
Ana – É uma longa história! Depois eu te conto!
Yuri – Tribo Napoinara correndo perigo? Mim vai correndo pra lá! Mim vai salvar tribo!

Yuri sai correndo na frente. Evandro, Ana, Emiliano e o padre Henrique saem correndo atrás.


CENA 7/ CIDADE /PLANO GERAL /DIA

Paisagens da cidade são mostradas ao som de “System Of A Down – Lost In Hollywood”
Letreiro: Algum tempo depois...


CENA 8 /TRIBO NAPOINARA /EXTERIOR

Cauã segura Luana. Gregório mantém uma arma apontada para os outros índios, para não se aproximarem.

Cauã – (sorrindo) Agora índia Luana vai ser minha!
Luana (gritando) – Mim solta, Cauã! Mim solta! Mim não quer! Mim é de índio Yuri!
Cauã – Índia Luana, fica quieta! Mim vai matar índio Yuri e vai fazer índia Luana feliz!
Luana – (gritando) Não! Mim solta! Mim ama índio Yuri e não vai fazer nada com índio Cauã!

Gregório se irrita.

Gregório – Mande essa indiazinha calar a boca! Já não aguento mais!
Cauã – Mim vai ter índia Luana! Índia Luana vai ser de índio Yuri!
Gregório – Mate ela de uma vez! Ou leve ela daqui! Já não aguento mais!
Cauã – Mim vai levar!

Cauã, segurando Luana se afasta um pouco de Gregório e do restante da tribo, que está sendo feita de refém. Nesse momento, Yuri chega por trás de Cauã e lhe acerta um golpe. Cauã cai. Luana se liberta e corre para os braços de Yuri

Luana – Índio Yuri! Mim tá salva! Mim tá feliz que índio Yuri chegou!
Yuri – Índia Luana tá bem! Índio Cauã fez alguma coisa?
Luana – Mim agora tá bem sim! Índio Cauã mim queria, mas mim é só de índio Yuri!

Yuri, até então, não havia visto Gregório com a arma apontada para o restante da tribo. Ele percebe.

Yuri – (gritando) O que acontece com tribo Napoinara? Mim vai salvar! Homem branco não vai fazer nada contra amigos de mim!

Gregório percebe que Yuri chegou. Vira-se para ele e aponta a arma.

Gregório – Hahaha. Você deve ser o bastardinho! Chegou seu fim, sobrinho querido! Hahaha

Evandro, Ana, Emiliano e padre Henrique chegam.

Evandro – (gritando) Não! Gregório, não mate ele!

Congela em Gregório, com a arma apontada para Yuri, sorrindo.

FIM DO CAPÍTULO.

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