segunda-feira, 1 de abril de 2013

Vida Fatal - Capítulo 41


Cena 1/ DP/ Interno/ Noite
GUILHERME: O quê?
SÉRGIO: Isso mesmo o que o senhor ouviu. Juliana e eu namoramos.
JULIANA: Sérgio, não era para você ter falado.
GUILHERME: Então, é verdade? Você namora esse moleque?
JULIANA: Eu o amo.
GUILHERME: Pois trate de desamá-lo. Eu proíbo qualquer tipo de relação entre vocês. Vamos embora.
(Guilherme pega no braço de Juliana.)
JULIANA: O senhor está me machucando.
SÉRGIO: Larga o braço dela.
GUILHERME: Cala a boca, moleque.
JULIANA (chorando): Para com isso, pai. Por favor. Pára.
GUILHERME: Calada. Eu não quero ver você com aquele fedelho, ouviu? E se você violar uma das minhas normas, Juliana, ah, você vai se arrepender de ter nascido.
(Guilherme e Juliana saem. Larissa entra)
LARISSA: Filho.
SÉRGIO: Mãe
(Sérgio abraça Larissa e chora no ombro dela)

Cena 2/ Delegacia/ Interno/ Noite
(O delegado entra em sua sala)
MALAQUIAS: Como foi lá, delegado? Interrogou as empregadas?
DELEGADO: Interroguei e teve uma que me chamou bastante atenção. Você acredita que uma das empregadas era maltratada pelo Ramiro?
MALAQUIAS: Jura? E isso significa que?
DELEGADO: Significa que ela tem motivo suficientemente explícito para querer a morte do Ramiro. Uma espécie de vingar os maus tratos que recebia do patrão. É. Mais uma suspeita na lista. Hora de investigar um pouco mais a vida de Gonçala.

Cena 3/ Casa de Paula/ Sala/ Interno/ Noite
(Paula, insatisfeita, coloca o celular na mesinha de centro)
PAULA: Tentei mais uma vez e nada. 
RENATO: Você não costumava falar com a sua mãe?
PAULA: Claro que falava com ela, mas quando a Thais veio para cá, ela me trouxe tantas notícias dela, que eu deixei de ligar há um tempão. Eu exijo a presença da minha mãe no nosso jantar de casamento.
RENATO: Eu não estou falando nada. Será que aconteceu alguma coisa com a Dona Luzia?
PAULA: Não sei, Renato, mas eu estou a fim de saber da minha mãe. Será que o Guilherme te daria uma folga para você viajar comigo até Ribeirão Preto?
RENATO: Acho difícil, meu amor. Mas eu prometo que vou tentar.

Cena 4/ Mansão Albuquerque/ Quarto de Juliana/ Interno/ Noite
(Guilherme e Juliana entram no quarto. Guilherme joga Juliana na cama)
GUILHERME: Você não tinha esse direito de se envolver com o filho do Otávio.
JULIANA: Por quê?
GUILHERME: Por que ele é um moleque, um vagabundo irresponsável.
JULIANA: O Sérgio não é mais assim. Ele mudou.
GUILHERME: Ah, claro. Mudou tanto que vocês foram pegos pichando a parede do Ministério Público. Você merece uma surra, sua moleca. Mas eu não vou te dar.
JULIANA: Eu amo o Sérgio, pai.
GUILHERME: Se você repetir isso mais uma vez, você vai sentir o peso da minha mão na sua cara. É isso que você quer, Juliana? Levar uma surra depois de grande?
JULIANA: Não.
GUILHERME: Saiba que não tem mais saída com os amigos ou passeio pelo shopping, ouviu? Eu não vou permitir que você veja aquele garoto nunca mais. Seu caminho será daqui para faculdade e da faculdade para casa. Eu vou te deixar trancada nesse quarto pela manhã, tarde e noite.
(Guilherme sai e pára na porta)
GUILHERME: Falando em faculdade, o Sérgio não estuda com você não, não é? Responde, Juliana.
JULIANA: Estuda.
GUILHERME: Ok. Amanhã é seu ultimo dia naquela faculdade. Eu mesmo irei tratar da sua transferência para uma faculdade bem longe dessa. Ah, a partir de hoje, seu celular fica comigo
(Juliana se levanta)
JULIANA: Pai.
GUILHERME: Calada.
(Guilherme pega a chave da porta do quarto de Juliana e a deixa trancada)
JULIANA (batendo na porta): Pai, pai. Me tira daqui, por favor, pai. PAAAAAAI.

Cena 5/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Noite
ALBERTO: Cadê o Sérgio?
LARISSA: já foi para o quarto. Você tinha que vê-lo. O Guilherme descobriu o namoro dele com a Juliana na delegacia e os proibiu de namorarem.
ALBERTO: Em pleno século XXI, ainda existem pais que se acham no direito de controlar a vida amorosa dos filhos.
LARISSA: Outra coisa me preocupa. Ontem eu descobri cada coisa a respeito da Adriana e o pior é que ela e o Otávio marcaram a data do casamento hoje. Eu não posso deixar que o Otávio se case com uma mulher que está mentindo para ele, que está querendo dar um golpe nele.
ALBERTO: E o que você pretende fazer?
LARISSA: Irei contar a verdade para o Otávio. Irei dizer a ele tudo o que eu descobri a respeito daquela cachorra.

Cena 6/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Dia

Cena 7/ Faculdade/ Sala de aula/ Interno/ Dia
PROFESSOR: Como de praxe, vamos ver quem anda faltando às minhas aulas. Carla.
CARLA: Aqui.
PROFESSOR: Juliana.
JULIANA: Aqui.
PROFESSOR: Roberta.
CARLA: Ela faltou. Está com pneumonia, devido a um show de espuma que fizeram com ela anteontem.
PROFESSOR: Estime minhas melhoras a ela.
CARLA: Sim senhor.
PROFESSOR: Jéssica.
JÉSSICA: Aqui.
Cena 8/ Restaurante/ Interno/ Dia
(Larissa está sentada. Otávio entra e senta-se a sua frente)
OTÁVIO: Tudo bom?
LARISSA: Tudo. Eu vi quando você e a Adriana marcaram a data de casamento.
OTÁVIO: Eu percebi que você viu.
LARISSA: Otávio, você não pode se casar com a Adriana. Você não sabe quem ela é.
OTÁVIO: Eu não acredito que você me trouxe aqui para falar calúnias a respeito da Adriana.
LARISSA: Desculpe em quebrar a imagem de santa que você tem da sua namorada, mas a verdade é que a Adriana está mais para demônia do que para santa.
OTÁVIO: Eu vou embora, Larissa.
LARISSA: Antes que você vá, eu quero que você saiba que a Adriana era prostituta.
OTÁVIO: Prostituta?
LARISSA: Sim. Era prostituta, trabalhava em um bordel, se apresentava nua dançando pole dance, era conhecida nesse bordel por outro nome e o pior de tudo: ela conhecia o seu Ramiro antes mesmo de você conhecê-la.
(Congela em Otávio)

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