quarta-feira, 20 de março de 2013

Fera Solta - Capítulo 3


RECAPITULANDO

(Augusto tentou ignorar Heleninha)
AUGUSTO – Isso é errado, o que tivemos está no passado!
(Elizabeth parece não ter gostado da nova casa)
ELIZABETH - Mas que casebre horrendo, eu me recuso a ficar aqui!
(Já Charles adorou a cidade de Urucubaca)
CHARLES - Mas gente, eu me apaixonei!

Cena 01 – Rua de Urucubaca, Tarde.
CLARITA – Eles estão hospedados na sua pensão?
DONA EULÁLIA – Imagina! Eles estão morando no casarão!
CLARITA – No casarão? (Surpresa) Você disse no casarão?
DONA EULÁLIA – Achei que gostaria de saber!
CLARITA – Aquele casarão está nas minhas terras, eu não vou deixar barato não, como pode isso?
DONA EULÁLIA – Mas a casa pertencia à velha Inaura!
(Irineu chega perto das duas)
IRINEU – Boas tarde senhoras!
DONA EULÁLIA – Boa tarde meu prefeito!
CLARITA – Seu prefeito, mas quanto tempo?
IRINEU – Exato uma semana, não que seja muito tempo!
CLARITA – Tempo pra mim é ouro, nunca perco e faço bom uso deles!
IRINEU – Pois eu vejo!
CLARITA – Eu sou do tipo que não perde 1 minuto!
IRINEU – Está convidada para jantar em minha casa, sua presença é muito especial!
CLARITA – Eu irei!
(Eles vão embora e Dona Eulália continua na porta)
DONA EULÁLIA – Adoro por fogo na lenha, vai dar é assunto à história do casarão!

Cena 02 – Cachoeira, Tarde.
(Kate chega de bicicleta e vê Augusto de longe e acena, ele tira a camisa e ela se aproxima, eles se beijam).
KATE – Eu te amo!
AUGUSTO – E seu te disser que eu sei?
KATE – Não é segredo algum!
(Eles se beijam novamente)
AUGUSTO – Vamos aproveitar a água, está uma delícia!
KATE – Já está anoitecendo né!
AUGUSTO – Está com medo?
KATE – Nem um pouco!
AUGUSTO – Eu estou aqui pra te proteger!
(Eles pulam na cachoeira e se beijam apaixonados)

Cena 03 – Casarão, Noite.
(Charles chega e encontra Elizabeth com duas taças nas mãos)
CHARLES – É o que estou pensando?
ELIZABETH – Você merece!
CHARLES – Jantar a luz de velas? Nossa, faz tanto tempo...
(Ela o interrompe com um beijo)
ELIZABETH – Melhor sentar e comer antes que esfrie!
(Eles se sentam a mesa)
CHARLES – O que deu em você?
ELIZABETH – Eu estou feliz!
CHARLES – Sério?
ELIZABETH – Eu sei que essa aqui parece não ser eu, mas é e eu estou feliz de estar nessa casa, nessa cidade, gosto de coisas novas, não que literalmente, mas a boa notícia é que...
(Clarita bate na porta e Elizabeth desperta e vai abrir)
ELIZABETH – Você?

Cena 04 – Floresta, noite.
(Pedro caminha de volta a cidade pela floresta, ele tropeça e perde a lanterna).
PEDRO – Droga! Tinha que perder a maldita lanterna agora, meu deus! Onde será que essa lanterna caiu?
((Ele ouve um lobo uivar alto demais parecendo que está bem perto) Tenho que ir mais rápido antes que fique mais tarde ainda, ele olha pra lua cheia, começa a andar mais rápido, há um forte vento no meio da mata, algo caminha em direção a ele e o ataca). NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

Cena 05 – Casarão, Sala, Noite.
(Clarita observa a casa e Elizabeth lhe faz sala)
CLARITA – Gostando da nova casa?
ELIZABETH – Não tenho do que reclamar! Aceita um copo de água?
CLARITA – Estou satisfeita sem!
ELIZABETH – Qual motivo da visita?
CLARITA – Fiquei sabendo que estavam morando no casarão!
(Charles chega)
CHARLES – Dona Clarita?
CLARITA – Você pode me chamar de Clarita!
CHARLES – Não imaginei que ia tê-la como visita!
CLARITA – Sei que a hora é inoportuna, mas eu precisei vir!
ELIZABETH – Então, responda a minha pergunta!
CLARITA – Essas terras que você vê da janela são minhas...
(Ouve-se um uivado de lobo)
ELIZABETH – Espera ai, e o que temos haver com suas terras?
CHARLES – Eu não estou entendendo!
CLARITA – A antiga moradora, a falecida Inaura...
ELIZABETH – Minha vó, sim, ela me deixou a casa, se é isso que quer saber!
CHARLES – A Elizabeth herdou a casa, temos a escritura!
CLARITA – Não me entendam mal, só quero dizer que há anos eu tentava comprar esta casa e a falecida Inaura sempre recusa a minha oferta e pensei...
ELIZABETH – Não está a venda, passar bem, eu ainda tenho muito que arrumar!
(Elizabeth aponta a porta para Clarita que sai furiosa)
CLARITA – Não vou deixar barato, essa casa será demolida em breve, demolida!

Cena 06 – Pensão, Noite.
(Paulo entra na pensão e Dona Eulália começa a gritar)
DONA EULÁLIA – Ladrão, ladrão, ladrão...
PAULO – Calma, minha senhora! Eu não sou ladrão!
DONA EULÁLIA – Como tu não és ladrão? Foi preso até, tu pensas que sou burra?
PAULO – Foi tudo um mal entendido!
(Flash back)
DELEGADA MANGABEIRA – Sinceramente eu não acredito que você tentou roubar a igreja!
PAULO – Eu não roubei, apenas tinha entrado, estava cansado e quando vi o pão na sacristia...
DELEGADA MANGABEIRA – Olha aqui, o que você fez também não é certo, mas eu não tenho motivos suficientes para lhe manter aprisionado, está liberado!
(Fim do flash back)
DONA EULÁLIA – Tenho quarto vago sim, é seu, pegue aqui as chaves!
PAULO – Obrigado!

Cena 07 – Floresta, Noite.
(Augusto e Kate caminham de volta a cidade pela floresta e ela se depara com um corpo)
KATE – AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
AUGUSTO – Meu deus! É o Pedro!
KATE – Ele está morto?
(Augusto toca no corpo de Pedro)
AUGUSTO – Morto!
KATE – Meu deus, como isso aconteceu?
AUGUSTO – Temos que sair daqui, o animal que fez esse estrago ainda pode estar por perto!
(Ouve-se um uivado)
KATE – E vamos deixar o corpo dele ai?
AUGUSTO – Sei quem pode resolver isso, vem, não podemos ficar aqui!
(Eles saem de pressa do local)

Cena 08 – Casa do Prefeito, Quarto, Noite.
(Irineu surpreende Heleninha com uma caixa)
HELENINHA – Mas tu quer me matar de susto?
IRINEU – Olhe o que comprei pra você!
HELENINHA – O que é isso?
IRINEU – Melhor abrir e descobrir!
(Heleninha abre o presente rapidamente e se surpreende com a o colar)
HELENINHA – É lindo!
IRINEU – Espero que tenha gostado mesmo, você merece tudo que é bom!
HELENINHA – Põe pra mim!
(Heleninha segura o cabelo enquanto Irineu põe o colar de diamantes nela)
IRINEU – Gostou?
(Ela se olha no espelho)
HELENINHA – Amei, acho que foi feito pra mim!

Cena 09 – Pensão, Noite.
(Dona Eulália tenta se refrescar com a mão, ela percebe um barulho na rua e vai olhar).
DONA EULÁLIA – Pombas me mordam, mas que ta acontecendo?
(Delegada Mangabeira tenta conter o tumulto e o corpo de Pedro é levado para o antigo posto)
CHARLES – O que houve?
DONA EULÁLIA – Eu ainda não sei de nada, mas não vou ficar sem saber!
(Eles vão em direção ao posto)
AUGUSTO – Encontrei já morto na floresta!
DELEGADA MANGABEIRA – Mas que espécie de animal foi esse?
DONA EULÁLIA – Chocada, é o Pedro!
(Dona Eulália desmaia nos braços de Charles)
DELEGADA MANGABEIRA – Só me faltava essa!

Cena 10 – Pensão, Quarto de Joana, Noite.
(Kate bate na porta de Joana que abre em seguida)
JOANA – Dona Kate?
KATE – Joana, eu preciso conversar com você!
JOANA – Mas o que aconteceu? Entre, por favor!
KATE – Eu não queria que você soubesse por outra pessoa, sei que é muito delicado, mas se eu mesma não te contar agora, você vai ficar sabendo de qualquer forma!
JOANA – Fale logo Kate, estou ficando nervosa!
KATE – É sobre o Pedro!
JOANA – O que tem o Pedro?

A SEGUIR
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO

(Mangabeira tem certeza que Pedro foi atacado por um animal)
MANGABEIRA – Tenho certeza, o Pedro foi atacado por um animal, mas que animal é esse?
(Já Clarita não gosta nada da ideia de Kate se casar com Augusto)
CLARITA – Se ela pensa que vai se casar com o filho da delegadazinha, não conhece minhas artimanhas!

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