sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Fim dos Tempos - Capítulo 10



Cena1 - Mansão Truhlar, sala, noite
Pedro: sua desgraçada. Você me enganou
Ana: você que foi ingênuo demais achando que eu iria trocar minha posição social por um reles motorista feito você
Pedro: Olha aqui o que eu faço com esse dinheiro, olha (Pedro rasga o envelope)
Ana: bom, faça o que você quiser, agora saia da minha casa
Pedro: saio, com todo prazer. Vou localizar o Carlos agora mesmo e contar tudo sobre nós dois
Ana: você não teria coragem
Pedro: ah não? E tem mais. Vou procurar a imprensa também. Irei falar sobre os chifres que o seu marido corno te colocou
Ana: mas o meu marido... o meu marido não me chifrou. A gente apenas se separou
Pedro: (rindo) sua tonta. Eu te segui. Eu vi você entrando no motel e logo depois esfaqueando aquela moça no meio da rua, moça que por sinal pode te ferrar muito. Eu tava lá, escondido. Você saiu sozinha de carro, sem os meus serviços, desconfiei e fui atrás. Até me arrependi, porque eu confiava em você. Mas vejo que fiz bem. E agora vou usar isso tudo pra me vingar de você
(Pedro vai em direção a porta, Ana o detêm)
Ana: não, espere. Espere (começa a chorar descaradamente). Me desculpe... por favor. Pedro, eu estou mal, você não percebe? Fui traida, perdi meu filho. Não sei mais o que falo. Eu só tenho você
Pedro: você acha que eu irei acreditar em você?
Ana: amanhã mesmo... amanhã  irei assumir publicamente o nosso... o nosso amor
Pedro: (sorrindo) você... você está falando sério? Você me humilhou tanto aqui agora que...
Ana: me perdoe, por favor. Olha, pra provar que eu ainda te amo, queria me encontrar com você, na sua casa
Pedro: na minha casa? Mas por que?
Ana: sim. Na sua casa. Você tem um irmão né? Ele não pode saber de nada... aliás, ele não sabe do nosso caso, sabe?
Pedro: é... não, não sabe. Mas ele tá lá agora
Ana: faz o seguinte. Vá na frente e tente tirar ele de lá. Eu também quero resolver um problema com o meu irmão na empresa que ainda deve estar aberta. Me dá o seu endereço que eu passo lá. Você vai ter a noite mais prazerosa da sua vida
(Pedro a beija, depois sai sorridente. Ana limpa a boca em sinal de nojo, sobe até o seu quarto e abre um fundo falso no guarda roupa que só ela conhecia. De lá, ela tira uma capa de violão. Abre  e olha pro que tem dentro)
Ana: e depois de anos, você finalmente será usada. (ela se arruma e sai com a capa de violão)
Cena2-  Hospital, quarto 69, noite
Hélio: transplante de rosto.
Vanessa: o que? Transplante de rosto? O senhor só pode tá de brincadeira
Hélio: o transplante de rosto deixou de ser uma ficção cientifica e hoje é algo possível. Claro que a riscos na realização da cirurgia e ela pode não ser bem sucedida. O corte da senhorita foi muito profundo, porém foi apenas em uma parte. Com uma operação bem sucedida, eu diria que o seu rosto poderia voltar ao normal, como se a senhorita nunca estivesse sido esfaqueada
Vanessa: eu não quero rosto de ninguém. Eu quero o meu, o meu rosto de volta. (aos gritos) se vira, e eu também não sou milionária pra pagar uma cirurgia dessas. Saia daqui, sai
Hélio: bom, isso é uma decisão da senhorita, não posso obriga-la. Tenha uma boa noite
Cena3 - Hotel Furacolândia, quarto de Ianne e Henrique, noite
(Henrique volta da rua)
Henrique: oi meu amor, demorei?
Ianne: não... o que tem ai?
Henrique: um presente pra você. (ele tira da sacola uns livros) não é bem um presente que um namorado dá a sua amada, mas acho que irá gostar
Ianne: livros, eu adoro livros, mas pra que irei precisar deles?
Henrique: ano que vem, você entrará na faculdade de astronomia. Você não disse que é o seu sonho ser astrônoma? Pois é, precisa estudar bastante e esses livros são ótimos
Ianne: (emocionada) meu amor... meu amor eu não acredito. Eu não quero abusar de você
Henrique: nada de abuso. Você será minha futura mulher e tudo que é meu é seu
(Ianne abraça Henrique contente. Clima de tesão no ar. Ele a beija, os dois começam a tirar a roupa, e entre os livros, transam. Naquele momento, Ianne perde a sua virgindade.)
Cena4 –Casa de Pedro e Pablo, sala, noite
(Pedro chega em casa e encontra Pablo no sofá assistindo Guerra dos Sexos)
Pedro: Pablo, eu preciso que você saia
Pablo: eita, que animação é essa? E cadê a coroa? Se acertou de vez com ela?
Pedro: ela irá vim aqui. Mas pra ela ninguém sabe de nada entre nós, nem você. Ela quis marcar um encontro comigo aqui e por isso te peço, deixe-nos sozinho, deixa
Pablo: estranho isso hein? Mas tudo bem. (desliga a TV). Quer saber? Eu vou no apê da Cibele fazer uma surpresa pra ela
Pedro: isso ai, vai. Quem sabe hoje você toma coragem e se declara
(Pablo se arruma e sai. Pedro começa a arrumar o apartamento enquanto Ana não chega)
Cena5 –Casa de Julio, sala, noite
(Julio chega em casa com cara de preocupado)
Beatriz: Oi meu amor, demorou hoje
Julio: é, tive uma reunião surpresa, super chata
Beatriz: você está tenso, preocupado... aconteceu alguma coisa?
Julio: Não, nada. É só cansaço mesmo
Beatriz: você soube que sua irmã Ana se separou do Carlos?
Julio: Não, como foi isso?
Beatriz: o motivo eu não sei. Só sei que teve um barraco na mansão deles, ela expulsou todo mundo: filho, pai, nora... quer dizer, ex-nora né, porque parece que o Henrique se separou da Hellen pra ficar com uma moça pobre... pro desespero da minha cunhadinha (ela ri debochadamente)... quem me contou isso foi a diarista daqui de casa, que é amiga da Clarice, empregada deles, que contou pra ela
Julio: ai, fofocas e fofocas... vou subir, preciso de um banho e de uma massagem. Vem?
Beatriz: claro meu amor (os dois vão pro quarto)
Cena 6 – Apartamento Cibele, sala, noite
(Pablo que possui a chave do apartamento da Cibele, entra no apartamento na intenção de surpreender ela. Porém não a encontra. Ele decide espera-la admirando as fotos da mesma nos porta retratos da casa. De repente, alguém abre a porta. Cibele e Marcelo entram aos beijos)
Cibele: Pablo... o que você está fazendo aqui?
Pablo: (chocado e triste com o que viu) eu... eu
Marcelo: quem é esse rapaz Bele?
Cibele: é o meu amigo e colega de trabalho. Confio tanto nele que dei a ele a chave de casa, mas estou começando a arrepender
Marcelo: eu acho melhor você tomar dele
Pablo: Não precisa (ele coloca a chave em cima da mesinha).... desculpa Cibele, eu não sabia que iria te encontrar aqui com o dono da revista concorrente da Factos
Cibele: sim, a gente está namorando. Inclusive Pablo, não queria que você comentasse isso pra ninguém da Factos, sabe como é...
Pablo:Tudo bem, fique despreocupada, eu entendo. Bom, estou de saída e desculpe o incômodo. Tchau Cibele, tchau... Marcelo
Marcelo: tchau
(Cibele leva Pablo até a porta)
Cibele: espero que não fique chateado comigo
Pablo: claro que não. Até amanhã
(ela fecha a porta e volta a beijar Marcelo. No elevador, Pablo)
Pablo: ela tem outro... o pior que nem pra casa eu posso voltar... quer saber, vou dar uma volta na praia, pra espairecer um pouco.
Cena7-  Hospital, quarto 69, noite
(uma enfermeira entra no quarto de Vanessa e o encontra vazio. Ela sai desesperada)
Enfermeira: Doutor, doutor Hélio... doutor Hélio
Hélio: o que houve?
Enfermeira: a paciente do quarto 69. Ela fugiu?
Hélio: o que? Mas como isso foi possível?
(lá fora, Vanessa parte com um táxi, escondendo a cicatriz do seu rosto com o cabelo e vestida de enfermeira, a roupa que ela usou pra sair do hospital sem ser percebida)
Cena 8 – Hotel Furacolândia, quarto de Ianne e Henrique, noite
(Ianne e Henrique pelados na cama. Ela se encontra dormindo no ombro dele, enquanto ele acaricia os cabelos dela. Ianne começa a ter um pesadelo. Ela sonha com Ninguém, o cara que sequestrou ela na ilha)
‘’Ianne: o que você quer comigo? Me solta’’
‘’Ninguém: eu vou meter, hahahaha, eu vou meter’’
‘’Ianne: não, me solta. Não’’ (ela acorda) NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO
Henrique: O que foi meu amor? Acalme-se, foi apenas um pesadelo. Já passou
Ianne: ai, nem quero te contar como foi. E não será esse pesadelo que irá estragar a melhor noite da minha vida
Henrique: foi bom, foi?
Ianne: muito, foi mágico. Foi do jeito que eu sempre sonhei. Sempre tive medo que a minha primeira vez fosse com  qualquer pessoa, mas não. Foi com você, o meu amor
Henrique: então acho que já podemos partir pra segunda vez
(ele a beija e os dois começam a transar novamente)
Cena 9 – Rua qualquer do centro de furacolândia, noite
(Vanessa, dentro do táxi, observa as ruas, quando de repente, vê Carlos jantando em um restaurante)
Vanessa: desgraçado.
Taxista: falou comigo?
Vanessa: Não. Pare o carro. Vou ali naquele restaurante pegar o dinheiro pra pagar o senhor
(o taxista para o carro, ela sai e vai em direção até o restaurante. Chegando lá, Carlos toma um susto com o que vê)
Carlos: Vanessa, mas não era pra você tá internada?
(Vanessa vira a mesa dele, todos olham. Ela pega uma faca do chão e aponta pra ele)
Vanessa: Desgraçado. Eu to feia não to? Pois então farei você ficar tão feio ou pior que eu. Maldito
Cena10 –Casa de Pedro e Pablo, sala, noite
(Pedro espera ansioso por Ana, que bate a porta. Ele abre e a beija na boca)
Pedro: meu amor, você chegou.... o que é isso com você?
(Ana entra e coloca a capa do violão em cima do sofá, abre e de lá tira uma metralhadora. Ela aponta pra Pedro, que toma um susto)
Ana: é uma metralhadora. Pensou que era um violão?
Pedro: que brincadeira é essa? Pra que isso?
Ana: não é brincadeira. Eu vim te matar. Você se achou esperto demais ao querer me ameaçar,mas esqueceu que eu sou capaz de qualquer coisa pra tirar uma pedra do meu caminho. Uma pedra não... um Pedro
Pedro: (rindo) você acha que vai me matar com uma metralhadora que nem deve tá carregada
(nesse momento, Ana mira prum vaso sobre a mesinha e atira, quebrando ele em cacos. Pedro assusta e vê que ela não estava brincando)
Ana: essa metralhadora foi usada pelo meu avô na segunda Guerra Mundial. Ele morreu e deixou pro meu pai. Ela iria ser do Julio, meu irmão, mas eu a roubei. Ninguém mais lembrava dela. Ela esteve esse tempo todo escondida, caso eu precisasse usa-la e hoje finalmente, usarei
Pedro: Ana, larga isso. É uma loucura você me matar e logo aqui em casa. Eu não vou contar nada pra ninguém. Se você me der uma boa grana, eu saio do país, vou pra Europa
Ana: escolhi sua casa porque é um local acima de qualquer suspeita. E uma pena que você vai morrer sem conhecer a Europa
(nesse momento, ela aperta o gatilho e atira. Pedro cai morto no chão)
PEDRO CONGELA
 

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