quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Fim dos Tempos - Capítulo 4



Cena1 - Exposição sobre o universo no centro, noite
Henrique: Perai, eu te conheço. Você é aquela moça que ontem estava no meio da rua no centro da cidade anunciando o fim do mundo
Ianne: (tem uma vaga lembrança do que aconteceu em um flash back) Meu Deus. Agora que eu to lembrando de você. Ai que vergonha, desculpa te incomodar
(Ianne dá a volta pra sair mas Henrique a segura pelo braço)
Henrique: Ei, você não está me incomodando, ao contrário. Gostei de ter te reencontrado. Desde aquele dia você não saiu da minha cabeça, fiquei muito impressionado com você
Ianne: Olha, você deve tá me achando uma louca e é isso que eu sou. Me desculpa mesmo por ter te atrapalhado no transito
Henrique: Olha, eu te desculpo só se você aceitar tomar um suco comigo em uma lanchonete. Vamos?
Ianne: Ah, mas... tudo bem, vamos. Prazer, Ianne
Henrique: Henrique
Cena2 - Mansão Truhlar, sala, noite
Ana: Ah Carlos, eu fui visitar minhas amigas pra passar o tempo. Inclusive já dispensei o Pedro, acho que não precisaremos mais dos serviços dele
Carlos: Ah, então tudo bem. É porque você não costuma sair, então...
Clarice: (entrando) O jantar está pronto. Henrique ligou e disse que iria jantar com a noiva dele
Carlos: Ah sim, vamos pra mesa meu amor
Cena3 - Prédio Factos and factos, sala do Julio, noite
Pablo: (entrando) Senhor Julio, com licença. Tem uma moça querendo falar com o senhor
Julio: Uma moça? Bem, pode mandar entrar
Pablo: Eu já posso ir embora ou o senhor ainda vai precisar de mim
Julio: Pode ir sim. A Cibele já foi
Pablo: Sim, ela está muito empolgada com a capa sobre o apocalipse
Julio: Sim, ela é muito competente. Tenho certeza que está se saindo bem
Pablo: Bom, vou pedir a moça pra entrar. Boa noite Julio
(Pablo sai e em seguida entra Rebeca na sala de Julio)
Julio: Rebeca? Que surpresa boa. Não sabia que você tinha voltado de Buenos Aires
Rebeca: Cheguei hoje queria te fazer uma surpresa
(os dois se abraçam, depois se beijam)
Cena4 – Lanchonete, noite
(Ianne e Henrique conversam. A essa altura ela já tinha contado toda sua historia pra ele)
Ianne: Então, pode começar rir de mim
Henrique: Rir? Mas por que eu riria de você?
Ianne: Por me achar uma criançona, por ter medo de historias sobre o fim do mundo, de ter medo de dormir sozinha
Henrique: Ei, eu jamais riria de você por isso. Até porque no fundo todo mundo tem esses medos,porém alguns demonstram, outros não
Ianne: Nossa, me surpreendi agora com você. Eu sempre fui zoada pelas pessoas, sofria bullying na escola por causa dos meus surtos. Até o médico que queria me internar já riu de mim. 
Henrique: Eu acho isso ridiculo, eu jamais te criticaria por isso. Mas mudando de assunto, eu percebi que você gosta do universo né?
Ianne: Sim. Desde criança ele sempre me fascinou. Sempre gostei de ver estrelas, a lua, o sol. Tudo que tem a ver com o universo. Meu sonho é ser astrônoma, mas eu sou pobre, então...
Henrique: Então o que? Vem cá, o fato de você ser pobre, não significa que você não possa realizar seu sonho. Você tem que batalhar por ele, ir de cabeça nos estudos e nunca pensar em desistir. Eu por exemplo, apesar de ter uma posição social alta sonho em entrar num foguete e não é por causa das dificuldades que eu vou desistir
Ianne: Nossa, você em pouco tempo falou tudo o que eu queria ouvir na vida. Ninguém nunca me apoiou nesse meu sonho, acha besteira. Convivo no meio de gente que acha que lugar de mulher pobre é no tanque
Henrique: Nossa, bem antigo isso viu. Esse tempo já passou. Seu namorado deveria te apoiar a você realizar seu sonho
Ianne: Eu não tenho namorado
Cena5 – Casa de Pedro e Pablo, noite
(Pablo chega da Factos and Factos)
Pablo: Ai, finalmente cheguei. Beleza mano
Pedro: Beleza. Que sorriso é esse no seu rosto?
Pablo: É a Cibele. Me deu um beijo no rosto hoje
Pedro: hahahahaha, que coisa mais adolescente. Parte pra cima dela logo brother, assim como eu partir pra cima da minha patroa hoje
Pablo: Que história é essa? Você fala da Ana?
Pedro: Eu  to precisando compartilhar isso com alguém. Senta ai
(Pablo pega uma cerveja na geladeira e senta)
Pedro: Eu e minha patroa temos um caso. Hoje a gente saiu, uma loucura
Pablo: Cara, loucura mesmo. Você é doido? Aquela mulher tem uma posição social bem acima da sua, se descobrem... Até eu que sou empregado do irmão dela posso perder meu emprego
Pedro: IIIII, fica tranquilo ai. Impossivel alguém descobrir. O marido dela não tá nem ai. E outra, ela disse que pensa em separar do doutor Carlos para ficar comigo. Com a bolada que eu posso receber com isso tudo, talvez nem você precise trabalhar
Pablo: até parece que aquela granfina vai largar o status dela pra viver com um simples motorista por causa de uma tara de pegar homens mais novos né? Olha, você toma muito cuidado tá? Quer saber, eu vou é tomar um banho pra não ouvir mais besteira
Pedro: Vai lá sonhar com o beijo da sua jornalista debaixo do chuveiro, vai
(Pablo joga um travesseiro no irmão sorrindo)
Cena6 - Mansão Truhlar, sala de jantar, noite
(Ana e Carlos jantam. Celular de Carlos toca)
Carlos: Alô
Vanessa: Oi meu magnata, senti saudades da sua voz
Carlos: Ah, doutor Vanderson, é pra levar a papelada amanhã?
Vanessa: Ah?
Carlos: Tudo bem então. Vou terminar de assinar e amanhã te entrego. Tchau. Boa noite
Vanessa: Não, espe... (Carlos desliga o celular)
Ana: Quem era?
Carlos: É um cliente, nada de importante.
Ana: Pra ele ligar essa hora...
Carlos: Bom, já terminei meu jantar. Irei tomar banho, te espero no quarto (Carlos se retira, mas esquece o celular em cima da mesa de jantar. Ana pega e vai nas chamadas recentes)
Ana: (surpresa) Mas aqui está dizendo que Vanessa ligou pra ele. Por que ele mentiria pra mim?
(Ana percebe que Clarice se encontra na sala a observando)
Ana: O que está olhando? Saia daqui sua anciã
Clarice: Com licença senhora
Ana: Seja o que for, eu vou descobrir qual é a verdadeira relação do Carlos com essa Vanessa
Cena7 – Casa de Pedro e Pablo, noite
(Pedro, sentado no sofá, tem um flash back da tarde que esteve com Ana em um motel)
Pedro: Ana, quando é que você vai me assumir, hein?
Ana: Pedro, você sabe que as coisas não são assim. Eu sou uma mulher da sociedade, seria um escândalo eu te assumir de uma hora pra outra. E depois se meu marido suspeitar que eu o traio, ele pode me deixar sem nada, você me quer pobre?
Pedro: você sabe que eu amo é você e não seu dinheiro
Ana:  ah tá, até parece que você iria se apaixonar por uma mulher mais velha se não fosse o dinheiro. Mas tudo bem, você me diverte, coisa que o meu marido não faz
Pedro: o fato de você ser rica é bom, não vou negar. Mas desde que eu comecei a trabalhar na sua casa, eu tenho atração pela senhora. O que me incomoda mesmo é saber que talvez a senhora nunca me assuma
Ana: eu vou te assumir sim, basta ter paciência e esperar que eu tire uma boa grana do meu marido para garantirmos o nosso futuro. Agora vamos parar de falar disso e me beija
Pedro: estou as suas ordens
(os dois se beijam, agarrados entre os lençóis do motel)
Cena8 – Restaurante, noite
Hellen: Atende esse telefone Henrique, aaaargh. Quer saber, não vou esperar mais nem um minuto. Vou atrás dele nessa exposição, ele que me aguarde. Garçom, faz favor
Garçom: As ordens senhorita
Hellen: Toma. Acho que esse dinheiro aqui paga minha conta. Pode ficar com o troco
Garçom: Obrigado senhorita, volte sempre
Hellen: Senhorita, não. Senhora... futura senhora Truhlar
Cena9 - Prédio Factos and factos, sala do Julio, noite
Julio: como eu estava com saudades dos seus beijos.
Rebeca: eu também, muita. Como anda seu casamento com a Beatriz?
Julio: a mesma coisa. Ela sempre com aquele jeito futil dela. Por mim eu pedia a separação pra ela agora mesmo e te assumiria, mas
Rebeca: não precisa falar mais nada. Eu já sei porque você não me assume. Mas tudo bem, eu nasci pra ser a outra, não posso reclamar
Julio: olha, eu quero pagar o apartamento onde você está hospedada. Alias, quero pagar todos os seus gastos
Rebeca: não precisa se incomodar comigo. Eu  sei me virar
Julio: eu insisto. Você sabe que eu te amo e que não te quero apenas por diversão. Quero me sentir como se fosse o seu marido e não como amante
Rebeca: bom, tudo bem. Se você insiste
(Rebeca faz carinho em Julio até que alguém bate na porta da sala dele)
Beatriz: Meu amooooooooor, você está ai? Você não chegava em casa, resolvi te fazer uma surpresa
Julio: Meu Deus, é a minha mulher
Rebeca: o que iremos fazer agora?
Cena10 – Rua onde acontece a exposição sobre o universo e onde se localiza a lanchonete, noite
(Hellen no carro, chega a porta da exposição, mas avista de longe, Henrique na lanchonete com Ianne e vai na direção deles)
Henrique: desculpa, eu não podia imaginar que uma menina linda como você não tem namorado
Ianne: que isso, magina. Mas você deve ter, né?
Henrique: bom, eu...
Hellen: (chegando) Henrique, posso saber o que significa isso? Quem é essa garota?
HELLEN CONGELA
 

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