Cena 1/
Mansão de Antonio/ Sala/ Interno/ Dia
NATHALIA:
Você me bateu.
MARIANA: E
se prepara, que ainda vem muitos tabefes pela frente, sua vadia.
(Mariana dá
mais um tapa em Nathalia, que cai)
MARIANA
(pegando Nathalia pelos cabelos): Levanta, desgraçada.
NATHALIA:
Você está me machucando.
MARIANA: É
pra machucar mesmo, sua cretina.
(Mariana dá
cinco tapas seguidos em Nathalia, que cai no sofá. Mariana empurra a garota,
que cai no chão. Mariana sobe em cima dela e a estapeia)
MARIANA:
Cretina, vadia, ordinária, vaca. É isso que você é, Nathalia. Uma vaca.
(Daniel
desce as escadas e tira Mariana de cima de Nathalia)
DANIEL:
Mariana? Para com isso.
MARIANA: Me
larga, Daniel. Eu quero matar essa desgraçada.
NATHALIA:
Segura ela, Dani. Ela vai me matar.
MARIANA: Vou
mesmo. Me larga.
DANIEL: Vai
embora, Nathalia. Sai daqui.
(Nathalia
sai)
MARIANA
(gritando): Pensa bem antes de você tentar em fazer algo contra mim, ordinária
maldita.
DANIEL: Ei,
se acalma. O que aconteceu? Por que você estava batendo na Nathalia? Por que
você sumiu?
MARIANA: Por
causa daquela vagabunda. Ela me seqüestrou, Dani. Ela me ameaçou de morte.
DANIEL: A
Nathalia fez isso?
MARIANA:
Fez, mas eu não tenho medo dela. Ela não me assusta.
Cena 2/
Escritório de Advocacia/ Interno/ Dia
RABELO: O
advogado de sua ex-esposa entrou em contato comigo.
GUILHERME: A
Amanda tem advogado? Disso eu não sabia.
RABELO: Nós
recorremos o pedido de guarda da sua filha a justiça. E a primeira audiência já
foi marcada.
GUILHERME:
Para que dia?
Cena 3/
Hotel/ Quarto de Amanda/ Interno/ Dia
AMANDA:
Amanhã? Mas assim tão rápido?
LUCAS: Sim.
E comece a se preparar. Tudo indica que a audiência vai ser dura.
AMANDA: Será
que a Ju sabe do que está acontecendo?
LUCAS: É bom
eu ela saiba.
AMANDA: Eu
só espero que o Guilherme tenha contado.
Cena
4/Mansão de Antonio/ Quarto de Mariana/ Interno/ Dia
(Mariana
está sentada na cama. Daniel entra)
DANIEL:
Nossa. A Nathalia conseguiu te deixar tensa.
MARIANA: Eu
não estou assim por causa dela. É outra coisa.
DANIEL:
Outra coisa?
MARIANA: É.
Uma coisa que eu descobri agora a pouco. Dani, nós não podemos mais namorar.
DANIEL: Como
assim? Que história é essa? Por eu não?
MARIANA:
Porque nós somos irmãos.
DANIEL: Não
pode ser. Eu não sabia que você gostava de brincadeirinhas de mau gosto, Mari.
MARIANA: Não
é brincadeira. É a pura verdade. Eu sou filha da Marieta.
DANIEL: O
que? Não pode ser. Eu não estou acreditando nisso. Você sabia que nós éramos
irmãos e mesmo assim, resolveu investir na nossa relação?
MARIANA:
Não. Você não ouviu quando eu disse que havia descoberto isso agora a pouco? E
eu pensava que você era filho da Diana, afinal, você sempre a chamou de mãe.
DANIEL: Como
você descobriu isso?
MARIANA: Uma
pessoa me contou.
DANIEL: Que
pessoa? Meu pai, meu avô, a Diana?
MARIANA:
Não. Quem me contou tudo foi a Marieta.
DANIEL: O
que? A Marieta? Você está levando essa brincadeira para longe demais. Minha mãe
morreu naquele acidente.
MARIANA:
Não. Ela está viva, ela sobreviveu ao acidente. Eu a vi.
DANIEL: Eu
não estou acreditando. Nós somos irmãos, minha mãe está viva. É muita revelação
para uma cabeça só entender.
Cena 5/
Mansão de Débora/Quarto de Débora/ Interno/ Dia
(Cleber
entra)
DEBORA: O
quê que é isso? Isso é jeito de entrar no meu quarto? Ao menos, poderia bater
na porta.
CLEBER:
Tenho uma noticia para te dar. A audiência da partilha de bens do Medeiros foi
antecipada. Será daqui a dois dias.
DEBORA: O
que? Mas foi antecipada por quê?
CLEBER: Eu
não sei.
DEBORA:
Droga. Hoje eu fui até a casa do Leonardo para matá-lo, mas ele sacou. Pelo que
eu entendi, mesmo ele estando morto, eu ainda não vou poder abocanhar a fortuna
do Medeiros por inteiro.
CLEBER: Como
assim?
DEBORA: Não
entendi muito bem. O que eu sei é que esse favelado não pode ganhar nada do
patrimônio do Medeiros. Nós temos eu agir, Cléber. E eu já tenho idéia
formulada na minha cabeça.
Cena 6/
Mansão de Antonio/ Quarto de Mariana/ Interno/ Dia
MARIANA
(entregando um copo de água com açúcar para Daniel): Está mais calmo?
DANIEL:
Impossível estar calmo. Estou em choque.
MARIANA:
Agora você entende porque não podemos mais ficar juntos?
DANIEL:
Claro, né? Todos os nossos beijos foram um erro.
MARIANA: Não
fala assim.
DANIEL: Você
quer que eu fale como. Por acaso, irmãos namoram, se beijam, transam?
MARIANA: Não
(PAUSA)
DANIEL:
Mari, eu quero que você me faça um favor. Eu preciso que você me leve até a
casa da Marieta. Eu tenho o direito de ver minha mãe.
Cena 7/
Mansão de Débora/Sala/ Interno/ Dia
DEBORA: Não
esquece do nosso combinado. Tchau.
CLEBER: Até.
(Cleber sai
e Nathalia entra)
CLEBER: Bom
dia, Nath.
NATHALIA:
Mal dia.
(Cleber
fecha a porta)
DEBORA:
Filha, o que aconteceu? Seu rosto está roxo, sangrando.
NATHALIA:
Foi ela, a biscateira da Mariana. Ela me paga.
DEBORA:
Filha, já está na hora de você seguir os meus conselhos. Mate a Mariana. Só
assim você terá o Daniel de volta.
NATHALIA: Eu
já me decidi, mamãe. Quando o momento mais oportuno chegar, eu acabo com a vida
daquela maldita.
Cena 8/
Trailer/ Interno/ Dia
JULIANA:
Estava com saudades de você.
LEONARDO: Eu
estava mais ainda.
(O casal se
beija)
JULIANA:
Como está?
LEONARDO:
Para ser sincero, não estou nada bem. Esse processo que está acontecendo entre
mim e a Débora está ficando cada dia mais perigoso. Hoje, ela apareceu na minha
casa. Tenho certeza que foi lá disposta para me matar.
JULIANA:
Sério?
LEONARDO:
Sim. A bolsa que ela levava a tiracolo era tão pequena e apertada que dava para
ver o formato do revólver. A minha sorte é eu eu me impus.
JULIANA:
Essa mulher é muito louca por dinheiro mesmo. Ela é capaz de matar uma pessoa
por causa de grana.
LEONARDO:
Você falando isso, comecei a suspeitar de uma coisa.
JULIANA: Do
que?
LEONARDO:
Quando eu revi meu pai, ele estava passando por uma grave crise no casamento
com ela. Será que a Débora matou meu pai?
JULIANA:
Você acha que ela pode ter feito isso?
LENARDO:
Claro. Se ela veio até mim disposta a me matar por causa do testamento do meu
pai, por que ela não seria capaz de matá-lo para ficar com toda a fortuna dele?
Agora tudo se encaixa. Ela pode ter armado a morte do meu pai para ficar com
toda a fortuna. Agora que ela sabe que meu nome está presente no testamento e
ela corre o risco de não abocanhar tudo de uma vez, ela está querendo me matar.
JULIANA:
Então, toma cuidado com essa louca, amor.
LEONARDO: Eu
vou tomar, sim.
(Leonardo e
Juliana se beijam novamente. De longe, o casal ouve uma voz. É Guilherme)
GUILHERME:
Juliana, vem para casa já.
Cena 9/
Quartinho de Marieta/ Sala/ Interno/ Dia
(A campainha
toca e Marieta atende)
MARIETA:
Filha? Você de volta?
MARIANA: Eu
vim trazer uma pessoa para te ver. Vem.
(Daniel
aparece)
DANIEL: Oi,
mãe.
MARIETA:
Filho
(Marieta e
Daniel se abraçam)
MARIETA:
Filho, quanta saudade de você. Eu nunca pensei que teria uma chance de te
abraçar. Aconteceram tantas coisas. Como você está alto, forte, bonito.
DANIEL:
Obrigado
MARIETA:
Entrem. Querem alguma bebida? Tem suco, refrigerante, água.
DANIEL: Não,
obrigado. Na verdade, eu e a Mariana queremos outras coisas.
MARIANA: É
isso mesmo. Nós queremos explicações.
DANIEL: Por
que a senhora nunca se aproximou da gente depois de sobreviver ao acidente? Por
que a senhora abandonou a Mariana quando ela tinha apenas cinco anos de idade?
Será que a senhora é capaz de explicar tudo isso a base da verdade? Nós podemos
acreditar em você, mamãe?
FIM DO CAPITULO
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