CENA
1 /CONSTRUTORA FELISBERTO /SALA DE EVANDRO/INTERIOR /DIA
Felício
depois de ter analisado o currículo de Sabrina/Carlão, o levou até
Evandro, afinal, ele é o presidente e precisa aprovar toda e
qualquer contratação da construtora.
Evandro
– Muito bem, senhor Carlos! O senhor está contratado!
Felício
– Realmente, muito bom seu currículo!
Sabrina
/ Carlão – Obrigado! Quando posso começar?
Evandro
– Hoje mesmo! Felício lhe encaminhará para suas atribuições!
CENA
2 /CIDADE /PLANO GERAL /DIA
Paisagens
da cidade são mostradas ao som de “System Of a Down - Forest”
Letreiro:
Alguns dias depois...
CENA
3 /MANSÃO FELISBERTO /COZINHA /INTERIOR /DIA
Mariana
está na cozinha, preparando o almoço, quando Gregório chega.
Gregório
– Mariana, onde a Ana está?
Mariana
– Deu uma saída, seu Gregório.
Gregório
– Ela disse onde ia?
Mariana
– Não.
Gregório
– Ok. O que você está preparando aí?
Mariana
– Uma macarronada.
Gregório
– O cheiro está delicioso...
Mariana
– Obrigada, seu Gregório! - sorri
Gregório
– Não é só o cheiro que está delicioso... - sorri
Mariana
– Como? Não entendi.
Gregório
– Você sabe muito bem do que eu to falando, Mariana!
Gregório
agarra Mariana.
Mariana
– Seu Gregório, o que é isso? Me solta!
Gregório
– Eu sempre quis ter você pra mim! Chegou a hora!
Mariana
– (grita) Seu Gregório, para com isso!
Gregório
não dá ouvidos e estupra Mariana.
Instrumental
de “Michael Jackson – Thriller”
CENA
4 /TRIBO NAPOINARA /EXTERIOR /DIA
Grande
Matriarca vê Yuri e tira satisfações.
Grande
Matriarca – Yuri, eu já não disse que não era pra usar essa
correntinha quando você andar por aí?
Yuri
– Desculpa, Grande Matriarca, mim gosta tanto de correntinha...
Grande
Matriarca – Eu sei que você gosta, Yuri, mas é perigoso andar com
ela por aí!
Yuri
– Mim não entende porque é perigoso. Correntinha tão bonita.
Grande
Matriarca – Tenho medo do que possa acontecer se certas pessoas da
cidade verem.
Yuri
– Mim não entende!
Grande
Matriarca – Não precisa entender, Yuri. Apenas obedeça!
CENA
5 /CASA RANDONE /SALA /EXTERIOR /DIA
Ana
– Gregório nunca pode imaginar isso!
Felício
– Não pode mesmo. Temo pelo que pode acontecer. Principalmente com
você.
Ana
– Por isso temos que ter todo o cuidado.
Felício
– Não se preocupe. Se depender de mim, Gregório não suspeitará.
Ana
– É bom mesmo. Ele vai ter o que merece! Haha
Felício
– Com certeza! Agora vamos ao que interessa.
Ana
– Vamos sim! Haha
CENA
6 /IGREJA /INTERIOR /DIA
Sabrina,
ainda com o disfarce de Carlão, está na igreja agradecendo por ter
conseguido o emprego na construtora e assim garantir o sustento de
seu irmão mais novo.
Sabrina
– (rezando) Obrigada, Senhor! Obrigada por ter permitido que eu
conseguisse esse emprego!
Nesse
instante, chega o padre Henrique.
Henrique
– Meu filho, que bom vê-lo aqui em minha igreja! É tão difícil
ver os jovens hoje dedicando um pouco de seu tempo a Deus!
Sabrina/Carlão
– Sim, padre Henrique! Estou agradecendo por ter conseguido
emprego.
Henrique
– Meu filho, como sabe meu nome? Pelo que sei, você é novo na
cidade. Não é mesmo?
Sabrina/Carlão – (disfarçando) É sim, padre. É que ouço o povo comentar, por
isso sei. - sorri
Henrique
– Ah sim! Então vou deixá-lo com suas orações. Se precisar,
estarei na sacristia fazendo um lanche, digo, preparando a missa.
Sabrina/Carlão – Pode deixar, padre Henrique!
Evaristo
chega e encontra Sabrina/Carlão e lhe cumprimenta, dando um tapa nas
costas.
Evaristo
– Carlão, meu amigo! E aí, como vai?
Sabrina/Carlão
– (assustada com o tapa) Evaristo! Vou bem e você?
Evaristo
– Estou bem. Não sabe que era um homem religioso!
Sabrina/Carlão
– Sou sim. Vim agradecer a Deus pelo emprego.
Evaristo
– Faz bem. Depois vamos ali no bar, tomar alguma coisa?
Sabrina
se assusta com o convite inesperado, teme, mas aceita.
Sabrina/Carlão
– Vamos.
Henrique
– Eu posso ir junto? Assim aproveito para comer com vocês, digo,
para orientá-los à cerca da palavra de Deus.
Sabrina/Carlão
– Pode sim, padre.
Henrique
– (disfarçando) Ah, meus filhos! Lembrei que tenho que preparar a
missa. Vamos deixar pra próxima!
Evaristo
– Tudo bem então, padre Henrique! Vamos, Carlão?
Sabrina/Carlão
– Vamos, Evaristo.
Evaristo
e Sabrina saem da igreja e vão até o bar.
Henrique
– Esses dois... Quase me intrometi onde não devia! Agora deixa eu
ir comer, aliás, preparar a missa!
CENA
7 /CAFUNDONÓPOLIS DO NORTE/ PREFEITURA /INTERIOR /DIA
Aurélia
– Estava pensando, vou falar com o dr. Evandro e vamos utilizar o
espaço onde fica aquela tribo de índios selvagens para trazer
melhorias para essa cidade.
Lázaro
– Concordo, Aurélia! Mas, e os coitados dos índios? O que vamos
fazer com eles?
Aurélia
– Ah, Lázaro! Me poupe de suas lamentações! Os índios vão
saber encontrar outro lugar pra viver...
Lázaro
– E se não encontrarem? Coitados! Estão tão acostumados com
aquele local.
Aurélia
– Lázaro, cale a boca! Vou lá na mansão Felisberto agora falar
com o dr. Evandro! E você, vê se não vai bagunçar meus projetos
aí!
Lázaro
– Pode deixar...
CENA
8 /FLORESTA /EXTERIOR /DIA
Cacique
Yuri está reunido com a tribo em uma parte da floresta e percebe que
está sendo observado novamente por Carolina.
Yuri
– Mim esperem aqui que índio Yuri já volta!
Yuri
se aproxima novamente do arbusto e com sua agilidade segura Carolina,
que havia fugido de casa para ir observá-lo.
Yuri
– Mim pegou agora! O que menina branca tá fazendo na floresta?
Carolina
– (gritando) Me solta, seu selvagem! Me solta!
Yuri
– Mim não solta! Me fala!
Carolina
– Eu tava só passando!
Yuri
– Mim percebeu que menina branca tava olhando pra índio Yuri!
Carolina
– Tava olhando nada, seu selvagem! Me solta! - grita.
Evandro,
que havia seguido Carolina, para descobrir onde ela ia, aparece.
Evandro
– Solta ela, seu índio selvagem!
Yuri
– Mim já disse que não solta! Menina branca tava olhando índio
Yuri e mim quer saber por quê!
Evandro
se aproxima de Yuri e consegue libertar Carolina, que foge. Evandro
segura Yuri pelos braços, quando vê a correntinha.
Evandro
– (assustado) Essa correntinha!
Yuri
– O que tem correntinha de índio Yuri?
Evandro
se emociona e abraça Yuri, com lágrimas nos olhos.
Evandro
– Meu filho! Como eu te procurei!
Yuri
– (assustado) Filho? Mim não é filho de homem branco!
Evandro
– Sim, você é meu filho sim! Yuri é seu nome, né?
Yuri
– Sim, índio se chama Yuri, mas mim não é filho de homem branco!
Evandro
– (emocionado) Sim, Yuri! Não sei como lhe explicar, mas você é
meu filho sim!
Uma
sombra aparece, alguém está vindo. É Grande Matriarca, que chega
assustada com a cena que vê.
Grande
Matriarca – Evandro, solte ele! Ele não é seu filho!
Evandro
olha para aquela velha senhora e a reconhece prontamente. Leva um
susto enorme.
Evandro
– Jussara? É você, mesma? Não acredito!
Evandro
desmaia. Grande Matriarca fica com lágrimas nos olhos ao ver
novamente o grande amor de sua vida. Yuri não entende nada do que tá
acontecendo.
Congela
em Yuri assustado.
FIM DO CAPÍTULO.
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