1. Estrela Guia
Uma novela não pode ser considerada um fracasso apenas pelos baixos índices de audiência. Estrela Guia
(Globo, 2001) é o melhor exemplo. O ibope, para uma novela das 18h, era
bom, mas a história da jovem hippie Cristal era de dar sono. Ela nasce
em uma comunidade hippie criada por seu pais e é batizada por Tony
(Guilherme Fontes), com quem se encontra anos depois e vive uma história
de amor, enquanto tenta lidar com “as armadilhas da cidade grande”.
Talvez a curiosidade de ver Sandy na telinha – o papel foi escrito
especialmente para ela – ou a simples fidelidade de seus fãs tenha feito
a novela emplacar, apesar de ter sido uma das mais curtas da história –
83 capítulos (três meses).
2. Zazá
Nem o peso do nome da única atriz brasileira indicada ao Oscar foi o suficiente para fazer Zazá
(Globo, 1997) decolar. Fernanda Montenegro era a protagonista Zazá
Dumont, uma mulher apaixonada por aviação e que jurava ser filha de
ninguém menos que Santos Dumont. A história fraca se refletiu em
audiência pífia. O autor, Lauro César Muniz, não lembrava nem de perto o
grande sucesso de O Salvador da Pátria (1989). Ele assumiu em
entrevista, pouco depois do fim da novela, que chegou a perder o
controle da história e a vontade de fazer novela depois de Zazá, “porque aquilo me traumatizou um pouco”.
3. Bang Bang
A Globo inovou abordando o tema faroeste em uma novela. Mas não foi à toa que isso não virou moda. Bang Bang
(Globo, 2005) foi um fiasco. A trama confusa e as piadas do velho oeste
não colaram. Os baixíssimos índices de audiência chegaram a afetar,
inclusive, o imaculado ibope do Jornal Nacional, que vinha logo
em seguida. Nem o autor aguentou a história de Ben Silver (Bruno
Garcia), que aos 8 anos teve a família morta pelos capangas de Paul
Bullock (Mauro Mendonça) e volta para a cidade pronto a enfrentar o
inimigo, quando se apaixona pela filha dele, Diana (Fernanda Lima).
Alegando problemas de saúde, o novelista Mário Prata abandonou o
folhetim nas primeiras semanas de exibição, deixando o abacaxi nas mãos
de Carlos Lombardi, que não conseguiu fazer milagre.
4. Negócio da China
Miguel Falabella já tinha enfrentado alguns fracassos como autor de novelas, com Salsa & Merengue e A Lua Me Disse, ambas escritas em parceria com Maria Carmem Barbosa. Mas foi em Negócio da China
(Globo, 2008), a primeira escrita sozinho, que sua carreira de
novelista foi colocada em xeque. O que era para ser uma história de ação
para atrair o público jovem, tornou-se na prática uma história sem pé
nem cabeça, que misturava máfia chinesa, um pendrive que guardava uma
grande fortuna e atiçou a ambição de metade do elenco, lutas marciais,
romances e implicância de sogras. Uma das piores audiências das novelas
da Globo e a saída precoce de Fábio Assunção, protagonista ao lado de
Grazi Massafera, acabaram mudando o rumo da história e ajudaram a
antecipar o (desejado) fim da história. Ao fim, o autor disse que só
volta a escrever novela “se estiver morrendo de fome”.
5. Vende-se um Véu de Noiva
Silvio Santos nunca se fez de rogado ao
mudar de horário, encurtar a duração ou simplesmente limar da telinha
algum programa que não estivesse dando a audiência necessária. Não é
porque Íris Abravanel é sua mulher que seria diferente. Vende-se um Véu de Noiva (SBT,
2009), do qual ela é a autora, fez a emissora – que deve sentir
saudades dos bons índices que conquistava com as novelas mexicanas –
amargar o quarto lugar no ibope durante todo o período de exibição. Por
isso, terminou quase dois meses antes do previsto. Baseada na obra
homônima de Janete Clair, a história gira em torno do casal Maria Célia
(Thaís Pacholek) e Rubens Baronese (Nando Rodrigues). Nem as
insistentes chamadas feitas pelo patrão impulsionaram o ibope.
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