terça-feira, 7 de maio de 2013

Vida Fatal - Capítulo 67


Cena 1/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Dia
LARISSA (com uma das mãos no pescoço de Adriana): Pensou que seria fácil acabar com a minha vida?
ADRIANA: Larga meu pescoço. Você está me sufocando.
LARISSA: Você tem uma péssima mira. Sua bala atingiu meu ombro, não desse braço, mas do outro, óbvio.
ADRIANA: Eu disse para você largar meu pescoço.
(Adriana dá uma tapa em Larissa, que solta a mão do pescoço de Adriana. Adriana levanta-se, pega a arma e aponta para Larissa)
ADRIANA: Eu posso ter errado o alvo nessa primeira vez, mas, agora, eu juro para mim mesma que eu acabo contigo definitivamente. Adeus Larissa.
(Nesse momento, Adriana é atingida por um vaso. Adriana cai, desacordada.)
LARISSA: Raimunda?
RAIMUNDA: Ainda bem que eu acordei a tempo de impedi-la. A senhora está bem?
LARISSA: Ela atingiu meu ombro e está ardendo muito. Faz o seguinte. Liga para a polícia agora.
RAIMUNDA: A senhora não quer que eu chame a ambulância?
LARISSA: Liga para a ambulância depois. Primeiro, ligue para a polícia. Temos que aproveitar esta oportunidade da Adriana está desacordada.
RAIMUNDA: Sim senhora.
LARISSA: Raimunda, pega a arma da Adriana também.
(Raimunda pega a arma e sai em direção ao telefone)

Cena 2/ Apartamento de Adriana/ Quarto de Adriana/ Interno/ Dia
(O delegado e Malaquias estão vistoriando o guarda roupa de Adriana. O delegado percebe a superfície oca, abre e encontra um frasco de neocicuta no esconderijo)
DELEGADO: Malaquias, olhe o que eu acabei de encontrar.
(O delegado mostra o veneno para Malaquias)
MALAQUIAS: O segundo frasco de veneno para ser mandado para a perícia.
DELEGADO: Isso mesmo. Nós já revistamos as casas de todos os suspeitos e as únicas residências em que encontramos algo que se ligue ao crime foram a do César e esta da Adriana.
MALAQUIAS: Isso significa que eles são os únicos que podem ter assassinado o Ramiro?
DELEGADO: Claro que não, afinal os outros podem ter escondidos muito bem as ferramentas que eles possuem que possam incriminá-los. Mas são esses dois que precisaremos encontrar o mais rápido possível e pôr contra a parede.
Cena 3/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Dia
(Adriana acorda e vê Larissa. Adriana procura pela arma)
ADRIANA: Cadê minha arma?
LARISSA: Larissa comeu. Agora quero ver você me matar, vadia.
ADRIANA: Ok. Quem precisa de arma para matar alguém que está imobilizado no chão como você? Pode deixar. Eu te mato com as minhas próprias mãos.
(Otávio aparece e empurra Adriana, que cai)
OTÁVIO: Não toque na Larissa.
LARISSA: Otávio? Você não tinha ido à empresa? 
OTÁVIO: Sim, mas tive que voltar para pegar uns documentos. Você está bem, meu amor? Essa louca fez alguma coisa com você?
LARISSA: Ela atirou no meu ombro.
ADRIANA: Otávio, você não vai me impedir de matar essa desgraçada da Larissa.
OTÁVIO: Se você se aproximar da Larissa, eu juro que a única defunta dessa casa será você.
(Raimunda aparece)
RAIMUNDA: Liguei para a polícia e a ambulância. O delegado já está a caminho.
ADRIANA: Polícia? Não acredito. Droga. Fiquem sabendo que eu voltarei para acabar com vocês.
(Adriana sai correndo)
LARISSA: Ela está fugindo. Alguém vaia trás dela.
RAIMUNDA: Eu vou, dona Larissa.
(Raimunda sai e Otávio beija Larissa)
LARISSA: Será que isso nunca vai ter fim?

Cena 4/ Mansão Martins/ Jardim/ Interno/ Dia
(Adriana tenta pular o muro. Raimunda se aproxima da vilã, puxa o pé dela e Adriana cai)
RAIMUNDA: Isso é por você ter me atingido com aquele vaso.
(Raimunda estapeia Adriana)
RAIMUNDA: E se você pensa que vai fugir, está muito enganada.
(Raimunda pega Adriana pelo braço e a empurra contra o muro. Adriana cai e vê um pedaço de madeira. Ela pega a madeira e atinge Raimunda, que cai, desacordada. Adriana pula  o muro)

Cena 5/ Mansão Albuquerque/ Cozinha/ Interno/ Dia
CELINA: Como essa casa vazia é sem graça. 
GONÇALA: Está assim porque o Otávio te deu a mansão?
CELINA: Em parte, sim. O que eu quero morando em uma mansão enorme como essa, porém sozinha?
GONÇALA: Você não está sozinha. Eu estou aqui ainda.
CELINA: É verdade e eu admiro cada vez mais sua companhia. Passei tantos momentos bons nessa casa. E ruins também. Infelizmente, esses momentos ruins não dão para esquecer.
GONÇALA: O que a senhora pretende para o almoço?
CELINA: Deixo a escolha do cardápio a sua disposição.

Cena 6/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Dia
DELEGADO: Vocês deixaram a Adriana fugir?
OTÁVIO: Delegado, aquela doida atirou na Larissa. E a Raimunda foi atrás da Adriana, mas ela foi muito mais esperta.
RAIMUNDA: Desculpem.
LARISSA: Não precisa pedir desculpa, Raimunda. A culpa não foi sua.
OTÁVIO: Agora, eu preciso levar a Larissa para o hospital. O médico precisa retirar essa bala do ombro da Larissa.
DELEGADO: Tem razão. Antes de ir, quero avisar que eu revistei o apartamento da Adriana e encontrei um neocicuta lá.
OTÁVIO: Não acredito. Então, a Adriana pode ter matado meu pai mesmo.

Cena 7/ Cabana/ Interno/ Dia
LUCÉLIA: Não agüento mais ficar escondida nesse lugar. Até a favela era melhor do que aqui.
CÉSAR: Estou pensando em sair do Rio de Janeiro. Quero investir em algo novo. Quem sabe na Amazônia?
LUCÉLIA: Como assim?
CÉSAR: Soube que está tendo uma busca muito grande por diamantes lá. Estou pensando em tentar essa sorte.
LUCÉLIA: E você vai me levar?
CÉSAR: Não é por nada, Lucélia, mas desde que meu caminho se cruzou com o seu, eu só estou me metendo em encrenca.
LUCÉLIA: E a culpa é minha? César, nem pense em me tirar desse seu plano, hein?
CÉSAR: E o que você vai fazer comigo?
LUCÉLIA: Algo de tão macabro que você vai desejar não ter nascido.

Cena 8/ Hospital/ Quarto de Larissa/ Interno/ Dia
OTÁVIO: Como ela está?
DOUTOR: Está bem. Para falar a verdade, isso não foi nada demais.
OTÁVIO: E o processo de retirada da bala correu tudo bem?
DOUTOR: Da forma mais perfeita. Como eu disse, sua esposa está bem. Ela só precisa passar por essa observação, porque a bala, por pouco, não atingiu um osso muito importante para o sustento do pescoço. Com licença.
(O médico sai)
Cena 9/ Hospital/ Quarto de Jéssica/ Interno/ Dia
BRUNO: Gostou da festa?
JÉSSICA: Amei. Eu só não queria celebrar meu aniversário desse jeito. Obrigada, viu? Foi o melhor presente que eu poderia ter ganhado.
BRUNO: Fico feliz com isso. Mas não se preocupa. Tudo isso vai passar.
JÉSSICA: Bruno, nós temos que ser realistas. Dias já se passaram e nada de você ter encontrado um doador compatível. Você acha mesmo que eu vou ter salvação?
BRUNO: Claro que vai.
JÉSSICA: Eu não quero te perder, Bruno.
BRUNO: E não vai. Eu te prometo. Eu te amo, Jéssica.
JÉSSICA: Caso a doença venha me dominar, você me promete que nunca vai me esquecer?
BRUNO: A doença não vai te dominar nunca, Jéssica. Eu vou arranjar algum doador. Confia no que eu te digo. Você será salva.
JÉSSICA: Mesmo assim, você jura que nunca vai me esquecer?
BRUNO: Eu vou te amar para sempre, por toda minha vida.
(Bruno beija Jéssica)

Cena 10/ Apartamento de Luciana/ Sala/ Interno/ Dia
LUCIANA: Como é? Repete a pergunta, porque eu acho que não ouvi direito.
GUILHERME: Por que você não proibiu o relacionamento da Juliana com o Sérgio?
LUCIANA: Por que eles se amam, um faz o outro feliz e, acima de tudo, porque o Sérgio é um bom menino.
GUILHERME: Bom menino? Ele é filho do homem que desgraçou minha vida. Se eu estou desempregado, isso é culpa do Otávio, que manchou o meu nome em todas as empresas do Brasil.
LUCIANA: Nada disso. A culpa é sua. Você que preferiu viver de um golpe a trabalhar honestamente, como um homem de bem. Agora, arque com as conseqüências. E, saia da minha casa, porque eu tenho mais o que fazer.
GUILHERME: Você vai se arrepender amargamente por estar de acordo com esse namoro.
(Guilherme sai)

Cena 11/ Rua erma/ Dia
(Adriana caminha)
ADRIANA: Desgraçada. Eu tinha a faca e o queijo na mão e desperdicei tudo. Droga. Matar a Larissa já virou questão de princípio. Eu vou acabar com aquela vadia nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.

Cena 12/ Lanchonete/ Interno/ Dia
SÉRGIO: Seu pai foi falar com a sua mãe sobre o nosso namoro?
JULIANA: Sim. Minha mãe acabou de me ligar avisando que ele esteve lá em casa.
SÉRGIO: Seu pai está disposto a não nos ver juntos. Nós não podemos deixá-lo estragar o nosso relacionamento.
JULIANA: E o que você propõe?
SÉRGIO: Fugir. Vamos viver longe dessas pessoas.
JULIANA: Nossa. Essa idéia já aumentou minha taxa de adrenalina. Mas você sabe que não é o melhor momento.
SÉRGIO: Está se referindo a Jéssica?
JULIANA: Também. E agora que eu reencontrei minha mãe, então. Você entende, não é?
SÉRGIO: Claro que sim, mas não apaga essa idéia da sua cabeça, não. Vai que você mude de idéia.
(O telefone de Sérgio toca)
SÉRGIO: Alô? Minha mãe?

Cena 13/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Noite

Cena 14/ Hospital/ Sala de espera/ Interno/ Noite
(Sérgio chega e vê Otávio)
SÉRGIO: Como está minha mãe?
OTÁVIO: Está bem. Ela vai ficar só essa noite aqui.
SÉRGIO: Adriana desgraçada. Se eu vir essa mulher, eu juro que mato ela.

Cena 15/ Hospital/ Corredor/ Interno/ Noite
(A CAM mostra uma enfermeira de costas e um médico com uns prontuários à frente. O médico esbarra na enfermeira, que vira o rosto para a CAM. É Adriana vestida de enfermeira. Adriana se abaixa, pega os prontuários e entrega-os ao médico, que recebe os documentos e volta a andar. Adriana continua andando (de costas para a CAM)

Cena 16/ Hospital/ Quarto de Larissa/ Interno/ Noite
(Larissa está dormindo - OBS: a sala está escura – Adriana entra)
ADRIANA: De hoje isso não passa.
(Adriana pega um travesseiro, se aproxima de Larissa e pressiona o travesseiro na protagonista. Larissa começa a se debater e Adriana pressiona mais, até que Larissa deixa de respirar e relaxa. Adriana tira o travesseiro do rosto de Larissa e o recoloca na cama)
ADRIANA: Fim.
(Adriana começa a rir e sai do quarto. Larissa, de repente, abre os olhos)
(Congela nos olhos de Larissa)

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