quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vida Fatal - Capítulo 54


Cena 1/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Dia
LARISSA: Acreditem em mim, por favor.
ALBERTO: Vocês não podem prendê-la. A Larissa é inocente.
(Todos vão para o jardim)
DELEGADO: Malaquias; coloque a Larissa na viatura.
(Malaquias abre uma das portas da viatura e coloca Larissa. Depois, ele fecha. Alberto se aproxima do carro e, através do vidro de uma das janelas do carro, ele tenta se comunicar com Larissa)
ALBERTO: Vai dar tudo certo. Eu vou te tirar da cadeia.
(Delegado abre a porta da viatura e, antes de entrar, é interrompido por Alberto)
ALBERTO: Eu posso acompanhar a Larissa?
DELEGADO: Pode, mas nos acompanhe no seu carro.
(O delegado entra no carro e a viatura parte. Logo atrás, está Alberto no seu carro)

Cena 2/ Faculdade/ Enfermaria/ Interno/ Dia
JULIANA: Como a Roberta consegue ser tão desgraçada a ponto de armar um acidente desse tipo para me atingir? Cretina.
JÉSSICA: Fica calma, Ju.
JULIANA: Mas isso não vai ficar assim. Quando eu sair dessa enfermaria, a Roberta terá uma surpresinha.
JÉSSICA: O que você pretende fazer?
JULIANA: Algo. Algo que marcará para sempre a vida da Roberta.

Cena 3/ Delegacia/ Interno/ Dia
ALBERTO: Mas essa prisão da Larissa é um absurdo. Não tem cabimento nenhum, delegado. A Larissa nunca seria capaz de matar o seu Ramiro. Nunca.
DELEGADO: Eu só estou cumprindo a lei, Alberto.
ALBERTO: Que lei é essa que ordena a prisão de uma pessoa inocente?
DELEGADO: Alberto, eu encontrei uma carta de confissão nas coisas da Larissa. Você entende a gravidade disso?
ALBERTO: Isso é uma calúnia. Aquela carta é uma armação. Aquela letra não é da Larissa.
DELEGADO: Eu saberei disso quando sair o resultado da perícia, mas, até lá...
ALBERTO: Até lá, a Larissa vai ficar enjaulada como se fosse uma leoa feroz a ponto de atacar alguém. Vocês prenderam a pessoa errada.
DELEGADO: Se você continuar com esse comportamento, serei obrigado a mandar você se retirar da minha delegacia.
ALBERTO: Não precisa. Eu irei fazer algo para tirar a Larissa daqui.
(Alberto sai)

Cena 4/ Faculdade/ Corredor/ Interno/ Dia
SÉRGIO: Eu quero saber tanto como a Juliana está, mas a Jéssica não sai daquela sala.
BRUNO: Calma, cara. Você sabe como papo de mulher demora a terminar. 
(O celular de Sérgio toca e ele atende)
SÉRGIO: Alô? Alberto? Olha aqui, eu não tenho nada para falar com você. O quê? Presa?
(Sérgio desliga o celular e o coloca no bolso)
BRUNO: O que aconteceu?
SÉRGIO: Minha mãe foi presa. Eu preciso ajudá-la. Se a Juliana perguntar por mim, diz a ela que eu fui fazer alguma coisa pela minha mãe.
BRUNO: Claro. Fica tranqüilo. Boa sorte.
SÉRGIO: Valeu.
(Sérgio sai)

 Cena 5/ Áureo Mineração/ Espaço da presidência/ Interno/ Dia
(O telefone toca e Rose atende)
ROSE: Oi Sérgio, tudo bem? O seu Otávio acabou de sair da empresa. Eu acho que ele foi para casa. Por nada.
(Guilherme se aproxima)
GUILHERME: Quem era?
ROSE: O Sérgio perguntando pelo seu Otávio.
GUILHERME: O Sérgio perguntando pelo Otávio? Para isso ter acontecido, deve ter ocorrido algo muito sério.

Cena 6/ Mansão Albuquerque/ Jardim/ Interno/ Dia
(Sérgio estaciona sua moto na frente da mansão)

Cena 7/ Mansão Albuquerque/ Sala/ Interno/ Dia
(A campainha toca e Adriana atende)
SÉRGIO: Cadê meu pai?
ADRIANA: Seu pai acabou de chegar, mas ele está muito cansado para te atender agora. Passa aqui outra hora.
SÉRGIO: Cala essa boca maldita e chama meu pai agora.
ADRIANA: Eu já disse que...
(Sérgio empurra Adriana e, no meio da sala, começa a gritar)
SÉRGIO: PAAAAAAAAAAAAAI. PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI.
(Otávio aparece na escada)
OTÁVIO: Sérgio? O que você está fazendo aqui? Que gritaria é essa?
SÉRGIO: Pai, o senhor tem que ajudar minha mãe. 
OTÁVIO: O que aconteceu?
SÉRGIO: Minha mãe foi presa acusada de matar o seu Ramiro.
(Sem ninguém perceber, Adriana dá um leve sorriso)
SÉRGIO: O senhor tem que fazer alguma coisa. Tira ela da cadeia, por favor.
OTÁVIO: Claro. Em que delegacia ela está?
ADRIANA: Otávio, você não pode fazer mais nada pela Larissa. Ela não é mais a sua esposa.
SÉRGIO: Cala a tua boca, porque esse é um assunto de família.
ADRIANA: Mas Otávio, e aquele passeio que você me prometeu, que a gente ia fazer hoje?
OTÁVIO: Fica para outro dia, Adriana.
ADRIANA: Otávio, você não pode fazer nada pela Larissa. Ela matou o seu Ramiro. Aquela mulher é uma assassina.
SÉRGIO: Minha mãe não matou ninguém
(Sérgio dá um tapa em Adriana, que cai)
SÉRGIO: E que isso fique bem claro.
(Sérgio sai. Otávio olha para Adriana com um gesto de reprovação e sai. Adriana levanta-se)
ADRIANA: Moleque nojento. Fedelho desgraçado.
(Celina entra)
CELINA: Está falando de quem?
ADRIANA: Não te interessa. Você sabia que a Larissa foi presa? Parece que ela é assassina do Ramiro.
CELINA: Impossível. A Larissa nunca iria fazer uma monstruosidade dessas. Isso não combina com ela. Cadê o Otávio?
ADRIANA: Foi na delegacia onde a Larissa está.
CELINA: Ai meu Deus.
ADRIANA: Vai para onde?
CELINA: Como você mesmo disse: não te interessa.
(Celina sai. Adriana pega o celular, disca algumas teclas e leva o celular ao ouvido)
ADRIANA: Alô. Luciana? Será que você poderia vir aqui? Estou precisando conversar com alguém.

Cena 8/ Faculdade/ Enfermaria/ Interno/ Dia
(Bruno bate na porta e entra)
BRUNO: Posso entrar?
JULIANA: Já entrou; né?
(Todos riem)
JULIANA: Cadê o Sérgio? Ele não estava com você?
BRUNO: Estava, mas parece que a mãe dele foi presa e ele teve que ir ajudá-la.
JULIANA: Meu Deus. Tadinha da dona Larissa.
(Bruno abraça Jéssica)
BRUNO: Pois é.
JÉSSICA: Você sabe por que ela foi presa?
BRUNO: Não.
(Bruno beija as costas de Jéssica e percebe algumas manchas no corpo da amada)
BRUNO: Jéssica, que manchas vermelhas são essas no seu ombro?
JÉSSICA: Manchas. Que manchas?
BRUNO: Essas no seu ombro. Você ta doente, Jéssica?

Cena 9/ Delegacia/ Interno/ Dia
(O delegado está sentado em sua poltrona. Otávio e Sérgio chegam)
OTÁVIO: Bom dia, seu delegado.
DELEGADO: Otávio. Eu ia ligar agora mesmo para você. Nós encontramos uma possível assassina...
OTÁVIO: A Larissa não matou o Ramiro.
DELEGADO: Então, você já sabe?
SÉRGIO: Sim. Fui eu que contei a ele. Eu sou o filho da Larissa.
OTÁVIO: Por favor, delgado. A Larissa não é a assassina do seu Ramiro. Solte-a agora.
DELEGADO: Não tem como. O próprio juiz ordenou a prisão preventiva dela.
OTÁVIO: Mas, o senhor prendeu a pessoa errada.
DELEGADO: Otávio; é o seguinte...
OTÁVIO: Fui eu. Eu matei o Ramiro. Eu sou o assassino de Ramiro Albuquerque. Me prenda e solte a Larissa.
(Celina entra)
CELINA: Não faça isso, meu filho.
OTÁVIO: Mãe, o que você está fazendo aqui?
CELINA: Impedindo que você faça essa bobagem. Você não pode assumir essa culpa.
OTÁVIO: Mas a Larissa é inocente.
CELINA: E você também é. Não faça isso, filho.
OTÁVIO: Dê-me um motivo para que eu não faça isso.
CELINA: Você é filho legítimo de Ramiro Albuquerque.
OTÁVIO: O quê?
(Congela em Otávio)

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