Cena 1 / Presídio / Pátio / Exterior / Manhã.
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior
Carcereiro – O que você fez Felipe?
Felipe – Não fui eu!
Ferrolho – Felipe!
Ferrolho quase voz.
Ferrolho – Presta... Atenção...
Felipe – Calma!
Ferrolho – Eu não tenho muito tempo! No meu colchão... Em baixo... Papel... mapa...
Felipe – O que?
Ferrolho – Faça isso!
O carcereiro se aproxima e Ferrolho o chama.
Ferrolho – Não foi o Felipe... Foi o... Mir...
O pescoço de Ferrolho cai para o lado.
Cena 2 / Casa de Sérgio / Sala / Interior / Manhã.
Sérgio – Maira?
Maira – O que?
Sérgio – Tenho que sair por umas horas, você...
Maira – Pode ir! Eu fico com minha irmã!
Sérgio – Muito obrigado!
Maira – Certamente serei uma companhia melhor que você!
Sérgio - Que quer dizer com isso?
Maira – Nada! Vai para o seu compromisso meu querido cunhado!
Cena 3 / Restaurante de Marcos / Escritório / Interior / Manhã.
Marcos caminhando inquieto pelo escritório. Mauro entra.
Mauro – Se você continuar assim, vai abrir um buraco no chão!
Marcos – Estou muito ansioso!
Mauro – Calma! Vai dar tudo certo!
Marcos – Eu espero mesmo!
Mauro – Miranda sabe o que faz!
Marcos – É bom que saiba mesmo! Afinal paguei uma fortuna pelo serviço!
Cena 4 / Presídio / Direção / Interior / Manhã.
Diretor – Eu não acredito que você foi capaz de fazer isso Felipe! Faltando tão pouco para...
Felipe – Não fui eu! Foi o Miranda!
Diretor – E a troco de que o Miranda faria isso?
Felipe – Eu não...
Felipe lembra-se do dia em que viu Mauro entregando um envelope a Miranda.
Felipe – Claro!
Diretor – Claro o que?
Felipe – Ele foi pago pelo Marcos para fazer isso!
Diretor – Marcos?
O carcereiro entra.
Diretor – O que você quer?
Carcereiro – Não foi o Felipe!
Diretor – O que está dizendo?
Carcereiro – Ferrolho disse que não foi ele, aliás foi sua última palavra!
Diretor – Você ouviu realmente isso?
Carcereiro – Claro que sim! E tive absoluta certeza a poucos minutos atrás!
Diretor – Por quê?
Carcereiro – Miranda acabou de me oferecer uma quantia, bastante atraente para mentir!
Diretor – Sendo assim! Leve Felipe para a cela e me traga o Miranda!
Felipe – Se eu voltar para a cela eu corro perigo!
Carcereiro - É verdade!
Diretor – Prefere ficar na solitária?
Felipe – Sim!
Cena 5 / Presídio / Direção / Interior / Manhã.
Carcereiro – O diretor vai falar com você Miranda, é só aguardar!
Miranda – Se você abriu essa sua boca, pode ter certeza de que vai pagar caro!
Carcereiro – Eu não tenho medo de você!
Cena 6 / Presídio / Cela / Interior / Manhã
Felipe – “Papel! O que será que ele quis dizer com isso? Bom, me resta procurar!”
Diretor – Rápido!
Felipe – Já vou!
Felipe arruma suas coisas e encontra o papel em um furo, em baixo do colchão de Ferrolho.
Felipe – Achei!
Diretor – O que disse?
Felipe – Nada não! Vamos?
Direto – Sim!
Cena 7 / Presídio / Solitária / Interior / Manhã.
Diretor – É uma pena coloca-lo ai, mas acho que será o melhor!
Felipe – Será por pouco tempo!
Diretor – Com certeza!
O diretor o fecha lá dentro.
Felipe – O que você quis me dizer com isso meu amigo? Mapa!
Felipe se lembra da conversa que teve sobre os diamantes.
Felipe – Os diamantes! É claro! Não! Ele não me...
Felipe abre o papel.
Felipe – Um mapa! Eu não acredito que você me deu isso meu amigo! Lhe serei eternamente grato! Com isso tudo será mais fácil!
Cena 8 / Restaurante de Marcos / Salão / Interior / Manhã.
Mauro – Não acredito! O Miranda não podia ter deixado isso acontecer!
Marcos o chama em sua sala.
Mauro entra.
Marcos – O que aconteceu?
Mauro – Miranda falhou!
Marcos se levanta furioso e bate com as mãos em cima da mesa.
Marcos – Falhou como?
Mauro – Deu tempo do homem dizer que o culpado não foi Felipe!
Marcos – Maldição! E agora? O que eu vou fazer?
Mauro – Só nos resta uma opção!
Marcos – E qual é?
Mauro – Mandar matar o Felipe!
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