quinta-feira, 12 de julho de 2012

Capitulo 4 de Vida nas Mãos

Continuação imediata do capítulo anterior.

CENA 1 /MANSÃO FELISBERTO /QUARTO /INTERIOR /DIA

Afonso – Sim! Amanhã eu e Evandro vamos voltar lá e ai dele se decepcionar novamente!
Evandro – Mas, pai... /
Afonso – (corta) Tá decidido! Esteja pronto amanhã de manhã!


CENA 2 /CIDADE /PLANO GERAL /DIA

Paisagens da cidade são mostradas ao som de “Raul Seixas – Gita”


CENA 3 /CASA DAS POMBINHAS /SALA /INTERIOR /DIA

Jussara – Meninas! Quero todas vocês lindas amanhã de manhã!
Michelli – Pra quê, dona Jussara?
Jussara – Não lhe devo satisfações! Apenas faça o que estou mandando!


CENA 4 /MANSÃO FELISBERTO /SALA /INTERIOR /NOITE

Vânia – Querido, não acha que é melhor esperar mais um pouco?
Afonso – Não, mulher! Vai ser amanhã de manhã e tá decidido.
Vânia – Vou lá conversar com ele, então.
Afonso – Se vai te tranquilizar, vá!

Vânia dá um beijo em Afonso e sobe as escadas em direção ao quarto dos meninos.


CENA 5 /MANSÃO FELISBERTO /QUARTO /INTERIOR /NOITE

Gregório e Evandro estão se arrumando pra ir dormir quando alguém bate na porta. Evandro vai até a porta e abre.

Evandro – Oi mãe! Já estávamos indo dormir. Veio nos dar boa noite?
Vânia – Sim, filho, mas queria antes conversar com você.

Vânia entra, dá um beijo em Evandro, se dirige até Gregório, lhe dá um beijo e lhe diz:

Vânia – Filho, você poderia sair um pouquinho? Queria conversar um pouquinho com seu irmão.
Gregório – Claro, mãe. O pai tá lá na sala ainda?
Vânia – Está sim, filho.

Gregório sai do quarto e vai conversar com seu pai.


CENA 6 /MANSÃO FELISBERTO /SALA /INTERIOR /NOITE

Afonso está sentado no sofá tomando uma cerveja, quando vê Gregório descendo as escadas.

Afonso – Meu filho, ainda acordado?
Gregório – Sim, pai. Queria conversar com o senhor.

Gregório senta no sofá ao lado de seu pai.

Afonso – Pois diga, meu filho.
Gregório – Pai, é verdade que amanhã o senhor vai levar o Evandro lá onde fomos hoje?
Afonso – Sim, Gregório. Seu irmão tem que me provar que é homem!
Gregório – Ele é pai. Não se preocupe.
Afonso – Então, que me prove!
Gregório – Pai, posso ir junto?
Afonso – Hahaha! Não nega que puxou a mim, né filho? Claro que pode!


CENA 7 / MANSÃO FELISBERTO /QUARTO /INTERIOR /NOITE

Vânia – Evandro, eu tentei convencer seu pai a lhe dar mais um tempo, pra você se acostumar com a ideia, mas você sabe como ele é.
Evandro – Não se preocupa, mãe. Eu vou ficar bem.
Vânia – Você sabe como seu pai é. Ele acha que o mundo continua sendo aquele de quando ele tinha sua idade. Não admite que os tempos mudaram.
Evandro – Eu entendo ele. Ele foi criado assim. Não tem culpa.
Vânia – Evandro, você é meu orgulho. Não quero que você se sinta mal por causa das maluquices de seu pai.
Evandro – Não se preocupa, mãe. Amanhã isso vai terminar. E tudo vai ficar bem.

Evandro tenta tranquilizar sua mãe, mas no seu íntimo está muito mais nervoso do que ela.


CENA 8 /CASA DAS POMBINHAS /SALA /INTERIOR /DIA

No dia seguinte ao acontecido, Afonso, Evandro e Gregório estão novamente na Casa das Pombinhas, diante de Jussara, que reuniu todas as suas “meninas”

Jussara – Muito bem, aqui estão todas as minhas meninas. Não são bonitas, Evandro?
Evandro – (nervoso) São sim, dona Jussara!
Jussara – Pois então, menino.... Estão todas à sua disposição. Escolha a que você quiser.

Michelle, que se interessou por Evandro, lhe dá uma piscada, o que lhe deixa ainda mais nervoso. Evandro não consegue responder, apenas fica olhando para Jussara.

Jussara – Vamos, garoto! Não se interessou por nenhuma? Não achou minhas meninas bonitas, é isso?
Evandro – Achei sim, dona Jussara. É que.../
Afonso – (corta) Vamos logo, Evandro! Não tenho o dia todo!
Gregório – (pensando) Que idiota! Tem todas essas à sua disposição e não se decide. Ah, se fosse comigo... Eu escolheria todas! Hahaha

Jussara, ao ver a indecisão de Evandro, interrompe o silêncio que se faz.

Jussara – Dr. Afonso, se me permite, poderia ter um particular com seu filho Evandro? Vou acalmá-lo e lhe explicar algumas coisas. Assim, acho que ele se decide.
Afonso – Permito, sim, dona Jussara. Se é para meu filho se decidir de uma vez...

Jussara leva Evandro para sua suíte, para conversarem.


CENA 9 /CASA DAS POMBINHAS /SUITE /INTERIOR /DIA

Jussara e Evandro entram. Jussara liga o rádio, pra quebrar um pouquinho o silêncio que se faz, devido a tensão de Evandro.

Jussara – Menino, sente-se aí, vamos conversar.

Evandro senta e Jussara senta em sua frente.

Jussara – Evandro, eu sei que você é um menino tímido.
Evandro – Sim, dona Jussara.
Jussara – Poucas vezes vejo casos como esses acontecer por aqui, afinal, todos que vem, já tem certeza do que querem e vão direto ao assunto. Inclusive, aqui, abrimos os trabalhos mais para o final do dia. Só que como se trata do Dr. Afonso, um homem respeitado aqui em Cafundonópolis do Norte, abri essa exceção.
Evandro – Obrigado, dona Jussara!
Jussara – Conheço homens como seu pai. Extremos conservadores, acham que ainda estamos nos tempos em que ele foi criado. Não compreende que o mundo mudou.
Evandro – É verdade, é bem assim mesmo, dona Jussara.
Jussara – Mas, então, você nunca se interessou por alguma garota, nunca teve uma namoradinha, alguém que você gostasse? Seria mais fácil.
Evandro – Nunca. Sou muito tímido.
Jussara – É, dá pra perceber. (sorri)

Evandro não para de olhar para Jussara e começa a suar frio. Jussara percebe.

Jussara – Evandro, desde que eu o vi pela primeira vez, percebi que você não tira os olhos de mim. O que é isso? Por acaso tem medo de mim? Eu lhe assusto, é isso?
Evandro – Não, dona Jussara! Pelo contrário. A senhora é muito bonita!
Jussara – Obrigada, Evandro.

Jussara então, percebe que Evandro não tira os olhos dos seus seios, mas decide não comentar. Ela então, senta-se na cama.

Jussara – Evandro, venha até aqui! Veja só como a cama é macia.

Evandro vai devagar e senta-se ao lado dela.

Evandro – (tremendo) É, é macia mesmo.

Jussara então, carinhosamente, abraça Evandro e lhe rouba um beijo. Evandro retribui o beijo, ambos tiram a roupa e começam a fazer sexo.

No momento, no rádio, está tocando: “Raul Seixas – Metamorfose Ambulante”.

Congela em Jussara e Evandro na cama.

FIM DO CAPÍTULO.

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