Cena
1/Paisagens do Rio de Janeiro/Dia
Cena 2/Loja
de fotografias/Interno/Dia
(Ronaldo
está encaixotando suas coisas, quando um colega de trabalho entra em sua sala)
COLEGA: Está
encaixotando suas coisas porquê?
RONALDO: Fui
demitido.
COLEGA: Como
assim? Porque?
RONALDO: O
chefe disse que passei tempo demais aqui. Segundo ele, não é legal que um
funcionário passe muito tempo trabalhando no mesmo lugar. Ele acha que o
funcionário ganha liberdade demais, entende?
COLEGA: E o
que você vai fazer?
RONALDO:
Voltar a estaca zero e procurar emprego em outra loja de fotografias.
COLEGA: Boa
sorte, cara.
Cena
3/Centro de Pesquisas/Sala de Carlos/Interno/Dia
(Carlos está
sentado na sua poltrona. O telefone toca.)
CARLOS: Oi,
Laila. O que você quer?
(Pausa)
CARLOS: O
Que? O Antonio ainda não chegou? Não tem problema. Deixa que eu mesmo levo
esses documentos até ele. Ok.
(Carlos
desliga o telefone)
CARLOS:
Então, o Antonio não veio. Maravilha. Uma ótima oportunidade para invadir a
sala dele.
Cena
4/Centro de Pesquisas/Sala de Antonio/Intern/Dia
(Carlos
entra na sala e começa a vasculhar tudo. Abre as gavetas. Tira os armários do
lugar, até que descobre um cofre.)
CARLOS: Um
cofre? Arrá. Bingo.
Cena
5/Mansão de Antonio/Sala/Interno/Dia
(Antonio
está sentado no sofá com uma pedra de gelo na testa. Valeria está em pé, na sua
frente e Alberto está sentado ao lado do filho.)
VALERIA: Não
acredito que a Marieta fez isso contigo.
ANTONIO: Uma
biscateira sem vergonha. Minha mãe estava com a razão o tempo todo, mas
preferimos acreditar naquela desgraçada.
ALBERTO: O
pior é que agora ela está por aí, com o nosso carro e com o nosso dinheiro.
ANTONIO:
Nojenta.
(A campainha
toca)
VALERIA:
Severina, deixa que eu atendo.
(Valeria
abre a porta)
VALERIA: Oi,
delegado. Tudo bem? Tem noticias da Marieta?
DELEGADO:
Tenho. Parece que ela sofreu um acidente naquela ponte da saída da cidade.
ANTONIO(se
levantando do sofá): Acidente? E como é que ela está?
DELEGADO:
Nós não a encontramos ainda. Vamos fazer uma busca completa no rio, mas
encontramos o carro que ela dirigia e isso.
(O delegado
entrega a blusa e a calça de Marieta para Antonio)
ANTONIO: Mas
isso é da Marieta?
DELEGADO:
Sim.
ANTONIO:
Será que ela está morta, delegado?
DELEGADO:
Possivelmente sim.
Cena
6/Quarto de Hotel/Interno/Dia
DÉBORA:
Pronto. 22 anos se passaram. Podemos abrir esse testamento?
CLEBER:
Claro que sim. Ele está aqui comigo. Tcharam
DEBORA(rindo):
Abre logo
(Cleber abre
o testamento)
CLEBER: Ops
DEBORA: O
que foi?
CLEBER: É
melhor você ver
DEBORA: O
que é isso? Quem é Leonardo Alcântara? E o que ele faz no testamento do
Medeiros?
Cena 7/Mansão
de Antonio/Sala/Interno/Dia
ALBERTO:
Agora que o delegado acabou de sair, vou ligar para Yolanda.
ANTONIO: O
que, papai?
ALBERTO: É
isso mesmo que você ouviu, filho. Apesar de tudo, sua mãe precisa saber que a
Marieta morreu.
ANTONIO: A
Marieta pode estar viva. Nada foi confirmado.
ALBERTO:
Você acha mesmo que um acidente dessa gravidade iria deixar sobreviventes? A
Marieta morreu. Isso já é fato, e consumado.
(Alberto
pega no telefone e disca)
ALBERTO:
Alô? É o telefone da Yolanda?
DANIEL(do
outro lado da linha): É sim.
ALBERTO:
Quem está falando?
DANIEL(do
outro lado da linha): É o Daniel, neto da Yolanda. Quem é?
ALBERTO(surpreso):
Daniel?
FIM DO CAPITULO
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