sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Jogo do Poder - Capítulo 35



Cena 1 / Casa de Rogério / Interior / Manhã
Carmem sai correndo do porão. Rogério vai atrás.
Rogério – Espera! Eu posso explicar!
Carmem – Explicar? Explicar o que? Isso não tem explicação! Eu vou contar isso para todos... Eu vou a policia, isso é desumano!
Carmem entra no carro.
Rogério – Não faça nada do que você possa se arrepender!
Carmem o olha e liga o carro.
Rogério – Maldita!

Cena 2 / Grupo Santiago / Sala de Otávio / Interior / Manhã
Otávio – A desgraçada veio aqui cedo e me fez várias ameaças!
Pedro – Já lhe disse o que fazer para acabar com as chantagens dela!
Otávio – Eu vou desligar!
Otávio abre o cofre que fica na estante, atrás de sua cadeira. Ele guarda alguns papeis. Lá dentro uma arma. Ele a olha e em seguida fecha o cofre.

Cena 3 / Mansão Ludovique / Sala / Interior / Tarde.
Manoela – Conheci a tal Ana!
Clésio – Ana?
Manoela – A mulher para quem Adolfo realmente deixou sua herança!
Clésio – Há que ótimo! Se aproxime dela minha filha!
Manoela – Me aproximar? A garota é uma songa monga!
Clésio – Mais fácil ainda!
Manoela – O pior é que Henrique parece estar encantado! Só fala nela! Passou o almoço inteiro falando na garota!
Clésio – O que tem de mais nisso?
Manoela – A garota faz o tipo ingênua, pobre e de família! Tipinho que o Henrique  adora!
Clésio – Ele nunca vai trocar você, uma moça fina, de berço, por uma qualquer!
Manoela – Ele está rasgando seda para ela... Mas ela que não tente atravessar o meu caminho!


Cena 4 / Delegacia / Interior / Tarde.
Carmem está entrando e encontra Pedro, o advogado e Ana Clara.
Pedro – Você?
Carmem – Saia da minha frente Pedro!
Ele a segura pelo braço e leva para um canto.
Carmem – Me solta!
Pedro – Cuidado com o que você vai falar ai dentro!
Carmem – Está me ameaçando?
Pedro – Estou! E eu cumpro as minhas ameaças!
Carmem – Eu não tenho medo de você Pedro, aliás eu não tenho medo de ninguém!
Pedro – Pague para ver! Venha embora comigo ou...
Carmem lhe dá um tapa entra no elevador.
Pedro – Há sua vaca!

Cena 5 / Mansão de Otávio / Frente / Externo / Tarde.
Jorge observa a casa.
Jorge – Acho que eu tenho muito para lucrar aqui!

Cena 6 / Morro / Casa de Caveira / Interior / Tarde.
A policia entra de surpresa e pega Caveira.
Caveira – O que isso autoridade! Não to fazendo nada de mais!
Carmem aparece.
Carmem – Levem-no! Este desgraçado está acabando com a vida do meu filho!
Caveira – A senhora?
Policial – Esse aqui ainda é peixe pequeno, mas tem alguns seguidores! Mas pegamos um, logo pegamos todos!
Caveira olha para um amigo.
Caveira – A senhora vai se arrepender! Pode apostar que vai!

Cena 7 / Grupo Santiago / Recepção presidência / Interior / Tarde.
Henrique entra. Otávio passa por ele.
Henrique – Otávio eu preciso falar com você!
Otávio não escuta e entra no elevador. Henrique olha para Natasha.
Henrique – Sabe aonde ele vai com tanta pressa?
Natasha – Não faço ideia doutor Henrique!
Henrique balança a cabeça e entra em sua sala.

Cena 8 / Rua / Externo / Tarde.
O capanga de Caveira segue o carro de Carmem, que para em frente ao seu prédio. Ele a observa descendo e entrando no prédio.

Cena 9 / Mansão de Adolfo / Sala / Interior / Tarde.
Lauderes ao telefone.
Lauderes – Pode deixar... Sim eu vou!
...
Lauderes – Tá! Tá certo! Só acho... Tudo bem!
Lauderes desliga  e vai até a sala.
Lauderes – Dona Ana, será que a senhora me libera esta tarde?
Ana – Claro! Pode sair sim!
Lauderes – Obrigada!

Cena 10 / Apartamento de Agenor / Interior / Tarde.
Carmem entra, larga a bolsa no sofá e vai para o quarto.
Carmem – Agora só falta denunciar Rogério e Otávio! Mas o principal está feito, eu vou tirar o meu filho das drogas!
Carmem entra no banheiro, tira a roupa, entra no Box e liga o chuveiro. Ela fica pensativa enquanto a água cai em seu corpo.
A porta da sala é aberta. A pessoa caminha até o quarto vagarosamente para não fazer barulho. Ao entrar no aposento ouve o barulho do chuveiro ligado, vindo banheiro. Ela se aproxima da porta e gira a maçaneta. A essa altura observa-se uma arma em sua mão. O assassino da alguns passos e para em frente o box, que ainda está com a porta fechada, em um gesto rápido ele a abre. Carmem abre os olhos assustada e olha para trás apavorando-se ainda mais ao ver aquela pessoa com uma arma nas mãos:

Carmem – O que você quer aqui?
O assassino aponta a arma e deixa Carmem ainda mais aflita
Carmem – Não! Pelo amor de Deus não!
O gatilho é apertado duas vezes, acertando o peito de Carmem, que é jogada para trás com o impacto e bate na parede. Ela escorrega. Seus olhos estão fixos em seu algoz, o sangue escorre pela parede na medida em que ela vai caindo, até que ela finalmente atinge o chão. Com olhos ainda abertos, uma lágrima escorre.


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