Cena
1/Mansão de Antônio/Sala/Interno/Noite
ANTÔNIO:
Sim, e estou decidido. Algum problema?
YOLANDA:
Claro que não, mas e a Diana? Como é que ela fica nessa história?
ANTÔNIO:
Mãe, eu já disse que a Diana é passado. A Marieta que é meu presente.
YOLANDA: A
Diana vai ficar arrasada.
ANTÔNIO:
Infelizmente, não posso fazer nada quanto a isso.
YOLANDA: Meu
filho, ninguém sabe nada sobre a Marieta. Ela é praticamente uma desconhecida.
ANTÔNIO: O
que eu sei sobre a Marieta é o suficiente para eu querer me casar com ela.
(para Marieta): Vamos amor. Quero te mostrar o nosso quarto.
(Marieta e
Antônio sobem as escadas, quando esbarram com Valéria)
VALÉRIA:
Mano.
ANTÔNIO:
Valéria. Que saudades de você, minha irmã. (apontando para Marieta): Essa é a
Marieta, minha futura esposa e sua fututa cunhada.
VALÉRIA:
Prazer
MARIETA: O
prazer é todo meu.
ANTÔNIO:
Agora vamos ir ao nosso quarto. Depois nos falamos.
(O casal
continua a subir a escada)
VALÉRIA:
Bonita essa Marieta, não?
YOLANDA: O
que tem de bonita, tem de interesseira.
ALBERTO:
Como?
YOLANDA:
Está na cara que essa golpista seratneja está de olho no dinheiro que o Antônio
carrega nas costas.
ALBERTO:
Como você pode dizer isso? Mal conhece a garota.
YOLANDA: Eu
sinto cheiro de gente que não presta de longe. Mas eu, como uma boa mãe, não
vou deixar meu filho cair na armadilha dessa biscate.
Cena
2/Mansão de Antônio/Quarto de Antônio/Interno/Noite
(Marieta e
Antônio entram no quarto)
MARIETA: Que
quarto lindo. Estou encantada.
ANTÔNIO:
Antes de sairmos de Olinda pedi para a Severina deixar tudo arrumadinho.
MARIETA
(sentando na cama): Que cama macia, lugar arejado. Tem até banheiro aqui
dentro.
ANTÔNIO:
Isso se chama suíte.
MARIETA: Eu
sei. Sempre tive vontade de ter uma em minha casa. Só via em novelas e filmes.
ANTÔNIO: Não
se preocupa. Quando casarmos, tudo isso será seu.
MARIETA:
Será que casar agora não é uma ideia preipitada demais? Percebi que sua mãe não
gostou de mim.
ANTÔNIO: Não
fica assim, meu amor. Minha mãe é assim mesmo. Mas você vai ver. Daqui a um
mês, ela estará se derretendo de amores por você.
MARIETA:
Tomara. Antônio, quem é Diana, que sua mãe tanto falou? Você nunca me falou
dela.
ANTÔNIO:
Bem, a Diana é uma ex-namorada minha. A minha mãe sempre torceu pelo nosso
relacionamento. O que interessa é que le não deu certo.
MARIETA: Por
quê?
ANTÔNIO: Eu
e ela sempre tinhamos ideias divergentes. Chegamos até nos casar, mas a
abandonei na igreja no dia do casamento.
MARIETA: Não
acredito. Antônio, isso é muito sério. Quem me garante que você não vai fazer o
mesmo comigo no dia do nosso casamento?
ANTÔNIO: Eu
te garanto. Você é a mulher certa para mim. Eu te quero para sempre ao meu
lado.
(O casal se
beija)
Cena
3/Mansão de Antônio/Sala/Interno/Noite
(Yolanda
pega o celular da mesinha de centro. Alberto assiste a cena, sentado.)
ALBERTO: Vai
fazer o quê com esse celular?
YOLANDA:
Escutar reggae.
ALBERTO:
Para uma senhora de idade, não seria legal você fazer isso.
YOLANDA: É
claro que eu vou ligar, né? Patético.
(Yolanda
disca uns numeros e leva o celular ao ouvido)
YOLANDA:
Alô. Diana?
Cena
4/Mansão de Medeiros/Sala/Interno/Noite
DIANA: Já
chegou? Claro, já estou partindo para aí.
(Pausa)
DIANA:
Certo. Beijos. Já estou a caminho.
(Diana
guarda o celular dentro da bolsa)
DÉBORA: Quem
era?
DIANA: Era
Dona Yolanda. Ela me ligou para avisar que o Antônio acabou de chegar.
DÉBORA: E
você já vai lá?
DIANA:
Claro. Vou aproveitar e tomar aquele banho.
DÉBORA: Não
esquece de colocar aquela lingerie vermelha que você tem.
DIANA:
Obrigada pela dica, mana. É hoje que o Antônio volta a ser meu.
Cena
5/Mansão de Antônio/Sala/Interno/Noite
(Yolanda vê
o filho descendo a escada)
YOLANDA: Vai
sair? Você mal chegou em casa.
ANTÔNIO:
Tenho uns negócios para resolver.
YOLANDA: Já
sei. Sobre o cassino?
ANTÔNIO:
Sim, mãe. Sobre o cassino. Tchau.
(Antônio
sai)
YOLANDA
(para si): O Antônio resolve sair logo agora que a Diana está vindo para cá.
Cena
6/Mansão de Antônio/Quarto de Antônio/Interno/Noite
(Marieta
está escolhendo umas roupas, quando vê Yolanda pelo espelho)
MARIETA: Ai,
Dona Yolanda. Que susto.
YOLANDA:
Susto? Por acaso, eu sou algum tipo de assombração?
Cena
7/Cassino/Interno/Noite
(Antônio
entra no cassino, observando tudo. Logo é recebido por Maquiavel)
MAQUIAVEL:
Seu Antônio? Já chegou de viagem? Veio ver como estão as coisas por aqui?
ANTÔNIO:
Sim, afinal esse cassino é meu. Como estão os negócios?
MAQUIAVEL:
Estão indo de vento em popa. Está vendo aquele senhor de camisa listrada na
mesa 02? Faz três dias que está jogando poker.
ANTÔNIO:
Bom, muito bom. Vou estar lá no escritório. Depois me passa o laudo de
contabilidade. Quero saber o quanto foi de lucro e de prejuízo nesse mês que
estive fora.
Cena
8/Mansão de Antônio/Quarto de Antônio/Interno/Noite
MARIETA:
Claro que não, dona Marieta. Imagina.
YOLANDA:
Senta, garota. Quero ter uma conversinha com você. Podemos dizer que é uma
espécie de interrogatório.
MARIETA:
Interrogatório?
YOLANDA:
Isso. Vamos com...
(Nesse
momento, Valéria interrompe a conversa da mãe)
VALÉRIA:
Mãe, vou dar uma saída com o Carlos. Papai está lhe chamando.
YOLANDA:
Diga pra ele que depois eu vou.
VALÉRIA: Ele
disse que é urgente.
Cena
9/Mansão de Antônio/Quarto de Alberto/Interno/Noite
YOLANDA: O
que foi?
ALBERTO: Já
estava de implicância com a Marieta, não é?
YOLANDA: Não.
Apenas estava tentando iniciar uma conversinha com ela, mas fui grotescamente
interrompida.
ALBERTO:
Eta, que exagero. Vem aqui. Senta.
(Yolanda
senta)
ALBERTO: Faz
tanto tempo que não temos mais aquelas calientes noites de amor.
YOLANDA: Não
temos mais idade para isso.
ALBERTO:
Quem disse que precisa ter idade para transar? Quer ver como ainda estou
potente?
YOLANDA:
Alberto, por favor.
ALBERTO: Eu
sei que você quer. Deixa eu dar um beijinho.
YOLANDA: Só
um.
(O casal se
beija)
Cena
10/Mansão de Antônio/Sala/Interno/Noite
(A campainha
toca e Severina vai atender)
SEVERINA:
Boa noite, dona Diana. Quer falar com dona Yolanda?
DIANA: Não.
Quero falar com o Antonio.
SEVERINA:
Ele não está. Deu uma saidinha rápida, mas deve estar de volta.
DIANA: Pois
vou esperar
SEVERINA:
Quer alguma coisa para beber?
DIANA: Não,
obrigada
SEVERINA:
Licença.
(Marieta
desce a escada e vê Diana)
MARIETA: Oi
DIANA: Olá.
Desculpa a pegunta, mas você é alguma parente do Antonio?
MARIETA:
Não. Sou Marieta, a futura esposa do Antônio.
DIANA: O que
foi que você disse? Esposa?
MARIETA:
Sim. E você, quem é?
DIANA: Sou
Diana, a mulher da vida do Antonio.
FIM DO CAPÍTULO
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