sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Água e Vinho - Capítulo 23
Cena 1, Mato, Dia
Sônia: Abaixa isso!
Pires: Cala a boca!
Pires puxa Sônia pelos cabelos e leve. Ela grita.
Sônia: SOCORRO!
Cena 2, Flash Back, Beco, Noite
Aedo voltando pra casa. Virgínia, já sem o hábito, o aborda, puxando-o pro beco.
Virginia: E aí, garanhão? Sabia que adoro homens mais velhos?
Aedo: Problema é seu! Cai fora daqui!
Virginia: Não quer cair pra dentro comigo?
Aedo: Deus me livre! Prefiro morrer!
Virginia: Então sai daqui! Xô, xô!
Aedo: Sua maluca!
Aedo sai em direção à sua casa.
Virginia: Prefere a morte, é? Saiba que ninguém rejeita assim Virginia, a gatinha celestial! Esse velho vai ver!
Cena 3, Casa de Hilda, Dia
Olavo está sentado lendo o jornal, Tonico chega.
Tonico: Preciso falar com você.
Olavo: Sobre o quê?
Tonico: Levante-se.
Olavo: Que?
Tonico: Levanta.
Olavo se levanta e Tonico lhe dá um soco.
Olavo: O que é isso, cara?!
Tonico: A Sônia é minha!
Olavo: Ela faz o que bem entender da vida dela!
Tonico: Calado!
Olavo: Ninguém vai nos impedir!
Tonico: Vamos ver.
Cena 4, Delegacia, Dia
A detetive Beatriz chega na delegacia.
Delegado Machado: Pois não?!
Beatriz: Estou investigando a morte do doutor Aedo Silveira Fontes, gostaria de saber algumas informações.
Machado: É nova na cidade?
Beatriz: Cheguei ontem à noite.
Machado: Tenho aqui a lista de possíveis suspeitos.
Beatriz: Do assassinato?
Machado: Não, do sequestro dos anões.
Beatriz: Não achei graça na piada.
Machado: Veja a lista.
Machado dá a lista para a investigadora.
Cena 5, Praça, Dia
Olavo sai perturbado de casa, Stela se aproxima.
Stela: Oi, amor. Como está?
Olavo: O que faz na minha frente? Saia!
Stela: Eu vim te ajudar, paixão.
Olavo: Ajudar no quê?
Stela: Boatos que a sua amada foi raptada.
Olavo: Que?!
Stela: Ouvi algumas fofoquinhas por aí que ela está em perigo, se eu fosse você tentaria fazer algumas coisa. Se bem que pode já ser tarde...
Olavo: Onde ela tá?! Conta!
Stela: No canto de amor de vocês!
Olavo: Como?
Stela: Agora é com você. Beijos.
Stela sai caminhando e sorrindo.
Olavo: Só pode ser a cachoeira!
Cena 6, Prefeitura, Gabinete, Dia
Zulmira: Soube que uma delegada chegou na cidade para investigar a morte do papai...
Rafael: Interessante.
Zulmira: Dizem que os principais suspeitos são você e Stela.
Rafael: Bando de gente fofoqueira, isso vai atrapalhar a minha candidatura!
Zulmira: Foi você, não foi?
Rafael: O que?
Zulmira: Você que matou meu pai?
O clima fica tenso.
Rafael: Que loucura é essa?!
Zulmira: Só perguntei, calma.
Rafael: Você também tinha motivos, né?
Zulmira: Eu nunca teria coragem!
Rafael: Mas gritou várias vezes que iria matar ele!
Zulmira: Foi da boca pra fora!
Cena 7, Flash Back, Praça, Dia
Aedo sentado pensando. Armelinda chega e senta no banco ao seu lado, sem ser logo reconhecida.
Armelinda: Ai, maldito calor!
Aedo: Nem me fale!
Armelinda olha bem para Aedo e dá um grito.
Armelinda: Ai, é o diabo!
Aedo: Tá louca, minha senhora?
Armelinda: É sim, é o diabo! O senhor é o diabo que destruiu minha vida!
Aedo: Armelinda?
Armelinda: Ah, reconheceu é seu desgraçado?
Aedo: Armelinda, quanto tempo!
Armelinda: Cala a boca!
Aedo: O que eu te fiz?
Armelinda: Ah, não lembra? Me abandonou quando eu tava grávida e ainda armou pra que eu fosse para o hospício!
Aedo: Eu, eu...
Armelinda: Cala a boca, diabo!
Aedo: Olha aqui, me respeita!
Armelinda: Cala a boca! Não sabe o quanto eu sofri, levando choques, tomando remédios, sem precisar, durante anos!
Aedo: O que eu posso fazer, agora? Quer dinheiro pra compensar? É isso?
Armelinda: Eu vou te matar seu desgraçado!
Aedo sai dali nervoso.
Armelinda: Diabo, aguarde que você vai morrer!
Cena 8, Cachoeira, Dia
Olavo chega correndo na cachoeira.
Olavo: SÔNIA! (grita)
Ele olha pra cima e vê ela dentro de uma canoa quase caindo da cachoeria.
Olavo: NÃAAAAAAAAAAAAAAO! (grita)
A canoa cai e quebra.
Close em Olavo desesperado.
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