Cena1 - Mansão
Truhlar, sala, noite
Ana: (se olhando no espelho) como é bom ser uma
vencedora. (ela aponta pro seu reflexo)
você querida, nasceu pra vencer, e nada poderá te deter, nada
(ela deita na cama entre as sacolas de compras, rindo diabolicamente,
com a musica tocando)
Ana: hora de guardar minhas comprinhas
(Ana vai em direção ao seu guarda roupa. Ela abre e...)
Ana:
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
(Ela vê uma bomba relogio, que irá explodir em apenas 5
segundos. Não dá tempo de correr)
5
4
3
2
1
BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM
(Duas mulheres passam pela rua neste momento e veem a mansão
em chamas)
Mulher 1: Jesus, Maria, José
Mulher2: É o mundo se acabando?
Cena2 – Comunidade
praiana de furacolândia, pier, noite
Henrique: Ianne meu amor, fala comigo
(Henrique pega Ianne pelos braços e a carrega até a praia,
pedindo por ajuda. Ele avista um pescador)
Henrique: senhor, senhor, por favor... sabe em que casa essa
moça está morando?
Pescador: ah, é a Ianne, filha do Zé... sei sim moço, ela tá
morando na casa de dona Setembrina, é aquela com uma árvore logo ali
Henrique: obrigado
(Henrique parte pra casa de dona Setembrina com Ianne nos
braços. Ele bate a porta. Maria atende)
Maria: meu Deus... Henrique. O que aconteceu com minha
filha? Ah, meu pai
Henrique: eu tava conversando com ela e de repente ela
desmaiou. Quis avisar vocês, mas acho melhor leva-la pro hospital
Maria: não não, é melhor você entrar com ela. Vem vem
(Henrique entra com Ianne nos braços. Zé a vê e toma um
susto. Dona Setembrina se compadece)
Zé: meu Deus, minha filha... o que você fez com ela?
Setembrina: calma Zé, não vê que o moço tá ajudando?
Henrique: (ele coloca Ianne em cima de um sofá cama) eu vou
ligar pro hospital pra virem atender ela aqui
(minutos depois...)
Maria: e então doutora, o que minha filha tem?
(nesse momento, Ianne acorda e ninguém percebe)
Enfermeira: não é nada sério, aliás, é sério sim, mas não é
ruim. A sua filha está grávida
Ianne: GRÁVIDA??
Henrique: meu amor, nós vamos ter um filho juntos
Maria e Zé: e nós um neto
Ianne: eu não pensava em ter um filho agora. Sou muito nova,
queria estudar. Mas se Deus quis que essa criança viesse, vou cuidar dela com
todo meu amor
Henrique: nós cuidaremos meu amor
Ianne: nós uma vírgula. Você pensa que eu esqueci o que você
aprontou comigo? Esse filho não muda nada. Traição eu não perdoo Henrique. Vou
criar esse filho sozinha
Henrique: mas meu amor...
Ianne: sai daqui. Saaaaaaaai
Henrique: eu vou sair sim, pra você não ficar nervosa, mas
eu volto. Precisamos conversar muito ainda
(Henrique vai embora junto com a enfermeira)
Zé: eu poderia te dar uma bronca por ter engravidado, mas
confesso que gostei da ideia de ser vovô
Maria: E eu, vovó. Minha filha, seja qual for sua decisão,
nós daremos todo o amor do mundo pra essa criança
Setembrina: isso merece uma comemoração. Como não tem bebida
de rico, brindemos com água mesmo
(os quatro brindam a gravidez de Ianne com copos de
plástico)
Cena3 – Hospital,
quarto Vanessa, noite
(Enfermeira entra no quarto de Vanessa)
Enfermeira: como está?
Vanessa: (irônica) imagina. To aqui presa em um quarto de
hospital com o rosto cortado... estou ótima, impossivel ficar melhor
Enfermeira: vou ligar a TV pra você. Ajuda a distrair
Vanessa: É, não tem outro jeito... mas se estiver passando
Salve Jorge, prefiro ficar com a TV desligada mesmo
(Enfermeira liga a tv. Passa a notícia da morte de Ana Truhlar,
Vanessa vibra)
Vanessa: Espera ai, aumenta um pouco!
Tv: ONTEM POR VOLTA DAS 10 HORAS DA NOITE, ANA THUHLAR,
MULHER DE GRANDE PORTE DA SOCIEDADE, MORREU DURANTE UMA EXPLOSÃO DENTRO DE SUA
PRÓPRIA MANSÃO, A POLICIA ACREDITA QUE NÃO FOI UM ACIDENTE E SIM UM ATO
CRIMINOSO, MAIS TARDE VOLTAMOS COM MAIS NOTÍCIAS!
Vanessa: Estou completamente boba! Ana morreu? A Ana morreu!
Enfermeira: Conhecia?
Vanessa: Muito, era minha amiga! Estou completamente
surpresa com esta triste notícia!
Enfermeira: Sinto muito! (Enfermeira sai da sala)
Vanessa: HA HA HA ! Eu to feia Ana... mas você tá morta
HAHAHAHAHAHA
Cena4 – Hotel,
Apartamento Carlos, noite
(Carlos está sentado no sofá pensativo. Alguém bate a porta.
Clarice atende. Henrique)
Henrique: oi clarice (ele entra)... pai, tenho que te contar
uma coisa
Carlos: o que meu filho?
Henrique: eu vou ser pai. A Ianne tá grávida
Carlos: sério? Meu filho, você não acha muita
responsabilidade não?
Henrique: ah pai, não foi nada planejado mas... que venha
essa criança
Clarice: parabéns meu filho, fico muito feliz por você
Henrique: isso merece até uma comemoração. Ianne tá brigada
comigo por uma injustiça, então eu vim comemorar com o senhor. Passei na
locadora e aluguei esse filme pra gente ver. Sei que o senhor gosta
Carlos: 2012, adoro esse filme. Vejo mil vezes e não enjoo.
Clarice, vá pegar uma cerveja na geladeira
Clarice: sim senhor
(Clarice vai pra cozinha pegar as cervejas e Henrique liga a
TV pra logarem o filme. Porém, ele cai em um noticiário sobre a explosão em que
Ana Truhlar morreu)
Henrique: O QUEEEEEEEE? MINHA MÃE? PA... PAI, MINHA MÃE
(Clarice entra com a cerveja)
Clarice: o que aconteceu com sua mãe filho?
Henrique: tá morta
(Com a noticia, Clarice deixa as cervejas cairem no chão)
Carlos: meu Deus, mas como isso foi acontecer? A nossa casa
filho, veja na tv. Nossa casa em chamas
Henrique: (chorando) mãe... isso não podia ter acontecido.
Tá certo, ela não era nenhuma santa, mas... Pai, com certeza mataram ela. Você
viu no noticiario, a pericia já desconfia que a explosão foi provocada
Carlos: filho, mantenha a calma. Eu sei que é dificil.
Ganhei um neto e perdi minha mulher (ele abraça o filho)
Clarice: eu sinto muito pelo que houve. Confesso que não
gostava da sua mãe, mas ela não merecia
Henrique: pai, vamos lá... precisamos saber mais noticias
Carlos: calma filho, não vai adiantar nada. Agora lá só tem
a imprensa, curiosos e a policia. Fique aqui, acalme-se. Amanhã a gente
organiza uma cerimônia simbolica, já que enterro, creio que seja algo
impossivel, já que ela explodiu
Cena5 – Mansão
Truhlar, entrada, noite
(Julio, que tinha visto o noticiario pela TV, chega de carro
com sua mulher na rua da casa em chamas da sua irmã
Julio: Meu Deus! Minha irmã, minha irmã Bia...
Beatriz: já foi tarde
Julio: o que você disse?
Beatriz: nada meu amor. Eu disse que sinto muito
(Alice se aproxima dele)
Alice: Você é o irmão da vítima, né?
Julio: Ele mesmo! Como foi isso delegada?
Alice: Bom, o que a pericia já sabe é que o acidente foi
provocado. Foram encontrados vestigios de bomba
no local. Conclui-se que sua irmã foi assassinada
Julio: mas quem mataria ela?
Alice: Investigações serão feitas e pode ter certeza, que
chegarei ao assassino. Um crime dessa magnitude não pode ser perfeito. Algum
rastro, o assassino deixou
Julio: mas vocês já tem alguma ideia de quem possa ter
cometido esse crime?
Alice: eu tenho sim. Mas trabalho em sigilo. Se essa pessoa
que suspeito for o assassino, em breve estará atrás das grades
(Julio e Beatriz se entreolham)
Cena6 – Casa de
Pablo, cozinha, dia
(Cibele acorda e encontra Pablo na cozinha tomando café)
Pablo: Durmiu bem?
Cibele: Durmi como uma pedra! Que cara é essa?
Pablo: Pega o jornal!
(Cibele pega o jornal e lê)
JORNAL: ANA THUHLAR MORRE DURANTE UMA EXPLOSÃO EM SUA
PRÓPRIA CASA...
(Cibele larga o jornal e olha pra Pablo)
Cibele: Como assim? A Vaca da Ana está morta?
Pablo: Jura que não sabia?
Cibele: Como eu ia saber? Eu estava aqui!
Pablo: Você chegou ontem num estado lastimável e hoje sai
que Ana, que não era nada amiga sua, morreu
Cibele: Tá insinuando que eu matei a Ana?
Pablo: Motivos você tem!
Cibele: Se for assim, você também tem motivos, mas pelo que
vi, foi uma bomba e eu não sei fazer uma bomba, mas bem que eu gostaria de ter
explodido aquela vaca, isso eu não vou negar
(Cibele senta a mesa junto com ele)
Pablo: eu também queria ver justiça sendo feita, mas eu
jamais faria com minhas proprias mãos
Cibele: A Ana teve o que merece! Passa o pão! Uma pena que
perdi uma baita matéria, a essa hora todos já estão falando deste assunto...
lembrei da dona Redonda daquela novela Saramandaia, que explode de tanto comer
(ela ri)
Pablo: Sem piadas, por favor!
Cena7 - Prédio Factos
and Factos, sala de Julio, dia
(Rebeca entra na factos e encontra Julio)
Rebeca: Julio!
Julio:Rebeca? O que faz aqui?
Rebeca: Eu soube que a factos and factos não abriria hoje e
imaginei que estivesse aqui! Eu vi pela TV o que houve com sua irmã e eu sei
que quando você fica triste, você gosta de ficar só (ela beija o rosto de
Julio) Como está se sentindo?
Julio: Péssimo, só de imaginar que a minha irmã morreu!
Rebeca: Só tenho a dizer que a vida segue, sua irmã não vai
mais voltar e você terá que seguir, sei que é uma barra, mas eu vou estar ao
teu lado meu amor!
Julio: Por isso que te amo sabia? Me conhece mais que minha
mulher... sabe o que ela tá fazendo nesse momento? Compras no shopping, como se
nada tivesse acontecido
Rebeca: esquece ela... você tem a mim
Julio: Eu sei meu amor (ele a beija) Nunca imaginei que a
Ana teria um fim como esse!
Cena8 – Hotel, quarto
de Henrique, dia
(Henrique, que não foi trabalhar, encontra-se deitado na
cama chorando, lembrando-se de bons momentos que viveu ao lado de sua mão.
Alguém bate a porta, ele atende. Hellen)
Hellen: (entra abraçando ele) meu amor... eu soube o que
aconteceu com sua mãe pelos jornais e
sinto muito
Henrique: obrigado pelos seus sentimentos (ele se solta
dela) mas eu não sou o seu amor, lembra?
Hellen: poxa, eu venho aqui te consolar e você me trata
assim
Henrique: Hellen, eu já agradeci pelo seu consolo, muito
obrigado mesmo. Mas não se iluda achando que com minha fraqueza voltarei pra
você
Hellen: mas agora que você tá separado da Ianne, eu pensei
que...
Henrique: espera ai? Como você sabe que eu me separei da
Ianne?
Cena9 – Comunidade
praiana de Furacolândia, dia
(Ianne passeia pela praia pegando na sua barriga)
Ianne: meu filho... eu serei seu pai e sua mãe, vou te amar
muito. Nada faltará pra você... (Ianne avista algo no horizonte) mas o que é
aquilo ali? Parece até meteori... METEORITOS? MEU DEUS, É UMA CHUVA DE
METEORITOS VINDO PRA CÁ
Cena10 – Casa de
Pablo, sala, dia
(Pablo e Cibele conversam no sofá)
Pablo: vem cá. Cadê o seu namorado, o Marcelo? Nunca mais
deu as caras
Cibele: verdade... faz tempo que ele não me procurou, mas eu
também não dei as caras depois de tudo que aconteceu. Hoje mesmo vou falar com
ele
(alguém bate a porta. Pablo levanta e vai atender. Alice)
Pablo: delegada Alice, alguma novidade sobre a morte do meu
irmão?
Alice: indiretamente
sim. Pablo, você está preso, pela morte de Ana Truhlar
PABLO CONGELA
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