Cena1 - Mansão
Truhlar, sala, tarde
(Vanessa avança em cima de
Ana, as duas embolam no chão e uma puxa o cabelo da outra. Depois elas
se soltam)
Ana: vagabunda!
Vanessa: chifruda!
Ana: louca!
Vanessa: corna!
Ana: saia da minha casa, antes que eu chame a polícia. Saia
Vanessa: hahaha, chama, chama. Quero ver o que eles vão
achar do meu rosto cortado e o que a imprensa vai achar do nosso triângulo
amoroso.
Ana: queridinha, seu veneninho não me atinge. Eu sou Ana
Truhlar meu amor
Vanessa: eu só não procuro a imprensa porque não quero te
dar ibope, corna. Mas saiba que eu irei me vingar de você, da pior maneira
possível
Ana: (abrindo a porta) morrendo de medo de você, amadora.
Agora SAIAAAAAAAAAAAAAA
Vanessa: eu vou, mas eu volto (ela sai e Ana bate a porta)
Cena2 – Hotel, quarto
de Ianne, tarde
(Ianne conversa com seus pais na cama)
Maria: Minha filha, essa Hellen tá com inveja porque perdeu
o Henrique pra você
Zé: ela não aceita, por isso fica fazendo sua cabeça contra
ele. E você feito uma boba fica assim
Ianne: ai pai, eu confio no Henrique, é que as vezes, sei
lá. Ainda não me caiu a filha que ele, um rapaz estudado e rico, possa se
interessar por uma caiçara de beira de praia feito eu
Maria: olha o preconceito. Não é porque ele é rico, ele não
pode gostar de uma moça simples. E depois, você é bem mais bonita que aquela
patricinha
Ianne: ai, obrigada gente. Vocês são os melhores pais do
mundo
Zé: então filha, eu e a sua mãe vamos até a comunidade
praiana visitar nossos amigos que também perderam tudo. Não quer ir com a gente?
Ianne: não pai. Quem sabe mais tarde eu passo lá. Agora vou
dormir um pouco
Maria: tudo bem filha. Fique com Deus (Maria e Zé saem do
quarto, Ianne pega no sono e começa a
ter um de seus famosos pesadelos. O sonho começa com ela ouvindo a música ‘’O
segundo sol’’ da Cássia Eller)
‘’Quando o segundo sol chegar, para realinhar as órbitas dos
planetas, derrubando com assombro exemplar ♫’’
‘’Ianne:como eu amo essa música... o que é aquilo no horizonte.
Cada vez que se aproxima o calor aumenta’’
‘’Sol: eu sou o segundo sol! Os astrônomos acreditam que
eu seja um cometa. Seja o que for, eu vim para acabar com o mundo. O fim está
próximo, o fim’’
‘’(a cada vez que o sol se aproxima, Ianne começa a derreter)’’
‘’Ianne: não, não, não, não’’ (ela acorda)
NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO. Essa música, o sol, o segundo sol tá pra
chegar. Mãe, pai, cadê vocês? Henrique? Eu vou atrás do Henrique,ele irá me
proteger (ela sai do hotel desolada e assombrada)
Cena 3 - Casa de Pablo, sala, tarde
(Pablo: está no sofá, triste pela morte do irmão. Alguém
bate a porta. Ele atende. É Cibele)
Pablo: Cibele, não era pra você tá no trabalho?
Cibele: eu fui demitida
Pablo: demitida, como assim?
Cibele: me demitiram cara,mas o que isso importa agora?
Mesmo se eu não fosse, eu iria vim aqui te dá um abraço meu amigo. Eu sinto
muito pelo que aconteceu.
(ela o abraça. Ele começa a chorar nos braços dela)
Pablo: obrigado Bele. Você é uma grande amiga
Cibele: que isso. Aquele dia no meu apê eu fui indiferente
com você por causa do Marcelo. Me desculpa
Pablo: ah, para... não precisa se desculpar. Continuo
gostando de você sua boba
Cibele: Pablo, já descobriram quem cometeu esse crime? E por
que? Olha, se não quiser dizer, não diga, esse assunto é meio desagradável
Pablo: tudo bem (nesse momento ele para de chorar e no seu
rosto uma expressão de raiva). Ainda não descobriram que o assassino, mas já
tenho suspeita, que inclusive, será intimada pra depor
Cibele: intimada.... quem é?
Pablo: se prepare. Meu irmão tinha um caso com uma mulher
casada. E adivinhe que mulher é essa? Ana Truhlar
Cibele: (surpresa e chocada) o que? Ana tinha uma caso com
seu irmão?
Pablo: sim. Vou te contar toda a história, desde o dia que
ele me contou sobre esse assunto até o dia do encontro deles, aqui em casa, que
resultou na morte dele
(Pablo conta toda a historia pra Cibele. Ele termina)
Cibele: eu estou chocada. Aquela mulher, que posava de
grande dama... cara, com certeza, não tenho duvidas de que ela matou seu irmão
Pablo: se foi ela, eu vou querer justiça. E se a justiça dos
homens não for feita, eu juro pra você, sou capaz de fazer justiça com minhas
proprias mãos
Cibele: eu imagino sua raiva, mas você não deve se sujar...
Pablo, eu confesso que essa historia toda me aguçou a fazer uma matéria pra me
vingar dela. Quero levar essa historia atona pra todo mundo, imagina o impacto
Pablo: mas como você iria fazer uma matéria na Factos se a
empresa é dela? Ah, que cabeça minha, esqueci que você foi demitida
Cibele: sim, mas o Marcelo ele pode se interessar. Mas é
claro, só farei essa matéria, se você permitir. Eu não quero aproveitar da sua
dor, mas confesso que não queria perder essa oportunidade de me vingar daquela
naja
Pablo: por mim tudo bem. Acho que meu irmão foi morto
justamente por isso, por querer levar essa historia atona. Quero fazer o que
ele iria fazer e ver essa assassina no chão
Cibele: então eu vou falar pro Marcelo. A gente poderia nos
reunir, o que acha?
Pablo: ótima ideia. Inclusive hoje no fim da tarde meu irmão será cremado.
Poderemos marcar com ele lá, o que acha?
Cibele: tudo bem. Vou ficar aqui te fazendo companhia ai lá
no crematório, nos encontramos com o Marcelo, depois vamos pra um café. Vou
ligar pra ele
(ela abraça ele, que volta a chorar)
Cena 4 – Rua qualquer
do centro da cidade, tarde
(Ianne ana pelas ruas. Sua intenção é chegar ao Centro de
Astronômia, onde se encontra Henrique. Ela está totalmente desolada por conta
do pesadelo que teve)
Ianne: agora por causa desse pesadelo, acho que nunca mais
vou ouvir ‘’O segundo sol’’ que sempre foi a minha musica preferida
(nesse momento, algo inesperado acontece. O dia simplesmente
vira noite. Ianne se desespera)
IANNE: MEU DEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS. NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAO. O
PESADELO QUE EU TIVE ERA UM SINAL. O FIM
ESTÁ PRÓXIMO
(Ianne começa a correr, assustada. Algumas pessoas olham pra
ela, outras curtem o suposto eclipse, com medo ou com admiração)
Cena 5 – Centro de
Astrônomia de Furacolândia, tarde (ou noite, como preferirem)
(Henrique observa no telescopio o eclipse inesperado)
Henrique: meu Deus, mas como pode? Não havia nenhum eclipse
previsto pra hoje. É, a cada dia que passa estou cada vez mais certo de que o
fim do mundo realmente irá acontecer. Cada coisa acontecendo... Ianne, meu
Deus. Espero que ela não tenha ficado assustada
Cena 6 – Hotel,
apartamento de Carlos, tarde (ou noite, como preferirem)
(Alguém vai atender a porta. Carlos vai atender. Clarice)
Carlos: Clarice, que surpresa. Entre... como está?
Clarice: (entrando). Seu Carlos, estou assustada. Eu tava lá
fora vindo pra cá e do nada o sol sumiu. Nem sei se te dou boa tarde ou boa
noite
Carlos: é, eu também tomei um susto. Mas não ligue, deve ser
um eclipse
Clarice: ecli o que?
Carlos: Eclipse. É quando o sol se alinha com a lua fazendo
o dia virar noite, enfim. Quem pode te explicar isso melhor é meu filho, hehe.
Mas me diga, o que te trás aqui?
Clarice: então seu Carlos, eu pedi minha demissão da mansão.
A Ana sempre me tratou mal e depois que o senhor e o Henrique sairam de lá, não
vejo o porque continuar trabalhando lá. Soube que o senhor tava nesse hotel e
vim pedir emprego. O senhor quer os meus serviços?
Carlos: mas é claro que sim Clarice, nem precisava pedir.
Confesso que já imaginava que isso fosse acontecer. O seu salário aqui
continuará o mesmo e o apartamento é mais fácil de se arrumar. Também tem um
quartinho nos fundos, que será seu
Clarice: obrigada seu Carlos. Por mim eu começo agora mesmo
Carlos: bom, tudo bem. Então comece fazendo aquele cafezinho
que só você sabe fazer? Eu estava com saudades
Clarice: claro seu Carlos (ele aponta pra ela onde é a
cozinha)
Cena 7 – Centro de
Astrônomia de Furacolândia, frente, tarde (ou noite, como preferirem)
(Patricia e Hellen chegam a porta do CAF)
Patricia: que macumba é essa do dia virar noite?
Hellen: deve que foi um eclipse. O Henrique sempre me falava
disso. Mas esquece isso. Então. É aqui que o ele trabalha. Você já sabe o que
fazer né?
Patricia: claro que sei. E pela foto que tu me mostrou, não
vai ser dificil. Ele é um gatinho
Hellen: gatinho, mas não pro seu bico, ok? Olha,vou me
posicionar com a câmera nos fundos e fique em locais estratégicos para que as
fotos possam sair boas, ok?
Patricia: xá comigo.
Foto é comigo mermo. Já ganhei 3 duelos de fotos no orkut
Hellen: ai que pobreza. Vai lá vai. Já vou lá pros fundos
(Hellen vai pros fundos do centro de astronomia. Patricia na
frente, bate a porta. Henrique atende)
Henrique: oi, em que posso ajudar?
Patricia: boa tarde, eu sou uma estudante de astronomia e eu
queria fazer uma pesquisa com você, pode ser?
Henrique: claro que pode, entre
Cena 8 – Mansão
Truhlar, sala, tarde (ou noite, como
preferirem)
(Ana está assistindo Maria Mercedes na sua imensa TV de
plasma)
Ana: Essa Malvina del Olmo se parece muito comigo
HAHAHAHAHA, diva
(alguém bate a porta. Ela vai atender)
Ana: aff, quem será que ousa me atrapalhar na hora da
nove... (ela abre) Beatriz? O que você faz aqui? (Beatriz entra sem ser
convidada)
Beatriz: eu vim ri da sua cara, cunhadinha S-E-P-A-R-A-D-A
Cena 9 – Lanchonete
perto do crematório, mesa, inicio da noite
(nessa hora o eclipse já tinha acabado. Porém, o dia
realmente estava acabando)
Pablo: Puxa, como é dificil se despedir do meu irmão
Cibele: eu imagino, mas olha... eu estou aqui. Você sabe que
eu sou como uma irmã pra você
(Pablo pensa que queria que ela fosse muito mais que isso
pra ele)
Pablo: obrigado pela força viu
(ele pega na mão dela
e Marcelo chega na hora, cortando o clima)
Marcelo: oi Pablo (ele aperta a mão dele) sinto muito pelo
que aconteceu com você.
Pablo: obrigado Marcelo
(Marcelo se senta e dá um selinho em Cibele)
Cibele: bom Marcelo, te chamamos aqui porque o Pablo vai te
contar toda a historia de um caso que o irmão dele tinha com a minha ex-patroa
Marcelo: ex-patroa?
Cibele: eu fui demitida, mas enfim, depois falamos disso. A
historia é muito polêmica. Se você se interessar, podemos publicar na sua
revista
Marcelo: (interessado) pois bem. Pode começar a contar Pablo
(Pablo conta toda a historia pro Marcelo, que depois de um
suspense longo, diz)
Marcelo: tudo ok, adorei a historia e se for verdade, trará
grandes lucros pra nossa revista. em breve, essa matéria sairá e iremos
desmoralizar a nossa concorrente
(Cibele ri)
Cena 10 – Centro de
Astrônomia de Furacolândia, noite
(Patricia, quase dormindo, faz as ultimas anotações da sua
‘’pesquisa’’)
Patricia: ufa, terminanos. Muito obrigada por me falar mais
sobre buraco negro Henrique. Agora tirarei 10 na minha redação. Desculpa por
tomar seu tempo
Henrique: que isso, imagina. Nos meus tempos de estudante,
eu fazia o mesmo. Sei bem como é isso
Patricia: sabe, você não tem cara de astronomo. Tão lindo
que deveria ser modelo
Henrique: (sem graça) que isso, nem sou tão alto assim
Patricia: (se aproximando dele) o que é altura perto dessa
beleza toda
Henrique: eu acho que já tá na hora de você ir, daqui a
pouco fecho aqui também
Patricia: já vou, mas
antes tenho que fazer algo que estou com vontade
(Patricia agarra Henrique. Hellen começa a tirar fotos
escondida. Alguém entra ofegante no CAF. Ianne)
Ianne: henrique, me aju (ELA FICA CHOCADA COM O QUE VÊ)
Henrique? O que significa isso?
(Hellen surpresa, comemora do canto o que acaba de
acontecer)
Hellen: gente, mas foi melhor do que eu imaginava, rs. Nem
vou precisar dessas fotos
Henrique: (empurrando Patricia) meu amor, eu posso explicar
IANNE CONGELA
Nenhum comentário:
Postar um comentário