Cena1 – Casa de Pedro
e Pablo, sala, noite
Pedro: Ana, larga isso. É uma loucura você me matar e logo
aqui em casa. Eu não vou contar nada pra ninguém. Se você me der uma boa grana,
eu saio do país, vou pra Europa
Ana: escolhi sua casa porque é um local acima de qualquer
suspeita. E uma pena que você vai morrer sem conhecer a Europa
(nesse momento, ela aperta o gatilho e atira. Pedro cai
morto no chão e Ana ri diante do corpo estirado no chão)
Ana: Tolinho, pensou mesmo que eu ia assumir um romance com
você? (Ela chuta ele) Pensou errado, infame!
(Ela guarda a metralhadora na capa de violão e se aproxima
de Pedro, ela o beija)
Ana: Até que você era bom na cama, mas virou um problema e
problemas são resolvidos seja como for, espero que goste do inferno, HA HA HA
HA!
(Ana levanta, pega sua capa de violão e sai pela porta,
batendo-a com força, ela entra no carro e se olha no espelho, pega um batom e
passa nos lábios)
Ana: Linda, poderosa e má!
(Ana acelera o carro e sai em alta velocidade)
Cena2 – Restaurante,
noite
(Vanessa tenta atingir Carlos com uma faca que desvia)
Carlos: Você está louca? Você só pode estar louca!
Vanessa: Louca é pouco, Estou é obcecada e só irei sossegar
quando me vingar de você!
Carlos: Larga essa faca!
(Ele tenta se defender com as mãos)
Vanessa: Eu vou rasgar essa tua cara, seu canalha!
(Todos entram em Pânico)
Mulher: Chamem a polícia!
Vanessa: Chama a polícia, mas antes eu furo tua garganta
vadia!
(Vanessa tenta atacar Carlos mais uma vez)
Vanessa: VOCÊ NÃO VAI ESCAPAR, VOCÊ NÃO VAI ESCAPAR!
Carlos: Larga essa faca Vanessa, para o seu próprio bem!
Vanessa: Já disse que não! Eu não vou largar nada, você
merece morrer, canalha, me deixou na pior, por sua causa eu estou desfigurada,
por tua causa eu perdi a beleza que eu tinha, eu acreditei em você! (Chorando)
Carlos: Você vai ficar bem!
Vanessa: Eu não quero ficar bem! (Grita)
(Homem agarra Vanessa por trás e consegue pegar a faca das
mãos dela)
Vanessa: Me soltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
(Carlos avança no pescoço de Vanessa)
Carlos: PIRANHAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Vanessa: AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!
(Dois homens apartam a briga)
Carlos: Chamem a polícia pra prender esta vagabunda
psicopata!
Vanessa: Me larga, eu não vou ser presa! Eu não vou ser
presa!
(Vanessa sai correndo do restaurante atravessando a rua
cheia de carros)
Carlos: Maluca!
Taxista: (gritando, vendo Vanessa correndo) VOCÊ NÃO PAGOU A
CORRIDA, CALOTEIRA
Cena3 – Casa de Pedro
, frente, noite
(Pablo chega e encontra a casa cheia de policiais)
Pablo: O que está havendo?
(Alice olha pra Pablo)
Alice: Um assassinato, Um homem foi morto a metralhadora!
Pablo: Assassinato? (Surpreso)
Alice: Pedro carvalho, conhece?
Pablo: Meu irmão!
Alice: Meus sentimentos! Queira me acompanhar!
Pablo: Como foi isso?
Alice: Nada claro ainda, quero seu depoimento, quero saber
tudo sobre seu irmão!
Pablo: Meu irmão está morto!
(O Corpo de Pedro é retirado enrolado em um saco preto e
Pablo vê completamente transtornado)
Alice: Sei que não é fácil, mas temos que fazer o possível
para descobrir o motivo do crime, se ele tinha inimigos, devia pra agiota,
venha em minha viatura!
(Alice entra no carro e Pablo em seguida)
Pablo: Estou sem reação!
Alice: Sinto muito!
Cena4 – Apartamento
Cibele, sala, noite
(Marcelo se encontra preparando dois drinks e serve um a
Cibele)
Marcelo: Há quanto tempo
trabalha pra Factos and Factos?
(Cibele pega o copo)
Cibele: 4 Anos, a factos and factos não é nada sem mim desde
que engrenei, mas demorei pra ter uma matéria de capa!
Marcelo: Que cruel, merecia várias! Eu li sua matéria e
adorei, sua última foi falando sobre...
Cibele: Aquela tempestade que destruiu algumas casas da
comunidade praiana, nada demais, eu quero algo mais ousado, algo que me faça
decolar!
(Marcelo se aproxima de Cibele)
Marcelo: Na minha revista, você teria todas as chances
possíveis de decolar a sua carreira!
Cibele: Sua revista não é a factos and factos, perdão!
(Marcelo ri)
Marcelo: Não é a factos and factos, mas quando se tem uma
ótima profissional, competente...
Cibele: Eu sei que me deseja lá, parece que mais o meu
trabalho que a minha própria pessoa!
Marcelo: As duas coisas!
(Cibele vai em direção a varanda e Marcelo vai atrás)
Marcelo: A Factos não é mais como antes, qualquer passo, a
minha revista humilha ela!
Cibele: Não quero mais falar sobre isso! (Eles se beijam)
Cena5 – Delegacia,
sala de Alice, noite
(Delegada Alice pede pra Pablo se sentar. Ele chora)
Alice: Meu nome é Alice. Eu sinto muito pelo que aconteceu
com seu irmão e por te encher nesse momento dificil, mas é que precisamos
resolver esse mistério
Pablo: (parando de
chorar) tudo bem doutora. eu também quero saber quem foi que matou o meu irmão.
Quero justiça
Alice: bom, recebemos um telefonema anônimo, creio que de
algum vizinho seu, dizendo que ouviu tiros na sua casa. Fomos averiguar e
encontramos o seu irmão morto. Sabe se ele tinha algum inimigo?
Pablo: não, não... meu irmão era super gente boa, tinha lá
seus defeitos, mas era alguém que todo mundo gostava
Alice: sabe se ele estava se metendo em alguma confusão,
algum rolo nos últimos tempos.
Pablo: Não, não, ele (nessa hora vem algo na cabeça dele).
Espera? Como eu não pensei nisso antes? Eu to tão atordoado que... DESGRAÇADA
Alice: de quem é que você está falando?
Pablo: doutora, o meu irmão estava tendo um caso com a
patroa dele. E hoje eles tinham um encontro, ele até pediu pra que eu saisse de
casa pros dois se encontrarem. Claro, só pode ter sido ela
Alice: me conte essa história, sem poupar os detalhes
(Pablo começa a contar tudo sobre o romance de Pedro e Ana
pra delegada. Contou inclusive o perfil dela)
Alice: eu já ouvi falar dessa Ana Truhlar, uma mulher
aparentemente acima de qualquer suspeitas. E se tudo o que você me disse for
verdade, essa mulher tem grandes chances de ser presa. Ela pode ter matado o
seu irmão, para que ninguém soubesse do relacionamento deles
Pablo: mas eu mato essa desgraçada
Alice: acalme-se, nunca diga isso. Olha,você já pode ir. E
mais uma vez, sinto muito pelo que houve. Se souber de algo mais, por favor,
nos procure
Pablo: obrigado doutora (ele sai)
Cena6 - Prédio factos and factos, sala de Julio, dia
(Julio pega um telefone e liga pra uma secretária)
Julio: Chama a Cibele aqui, agora! (Desliga o telefone)
(Cibele bate na porta
e entra)
Cibele: Mandou me chamar?
Julio: Sim. Cibele, você está demitida
Cibele: demitida, mas... por que?
Julio: porque... porque eu pensei melhor e acho que
realmente a minha irmã tinha razão. Suas matérias são surreais e se continuar
assim, nossa empresa pode falir
Cibele: que papelão, hein Julio. Ir na onda de sua irmã, não
tem opiniões proprias não?
Julio: Não fale assim comigo, me respeite
Cibele: respeito? O senhor não é mais meu patrão mesmo.
Julio: por favor, vá até o departamento pessoal e acerte os
seus direitos.
Cibele: vou sim. Vou sair daqui e ir direto pra revista do
meu amor... Marcelo
Julio: não entendi
Cibele: isso mesmo, Julio. Sou namorada do Marcelo, dono da
concorrente dessa empresa. Agora não preciso mais esconder. Me sinto até
aliviada
Julio: (surpreso) tá ai, mais outro bom motivo pra te
demitir
Cibele: adeus, Julio
Julio: ah, só mais uma coisa. Não sei se soube. O irmão do
Pablo, aquele motorista que trabalhava na casa da minha irmã, foi morto
Cibele: (aflita) o que? Como foi isso?
Julio: não sei, parece que mataram ele com uma metralhadora.
Por isso o Pablo não veio trabalhar, dei licença pra ele
Cibele: vou pra lá agora mesmo. Coitado do meu amigo
(Cibele sai e Julio lamenta)
Julio: desculpa Cibele, eu não queria te demitir
Cena7 – Hotel, quarto
de Ianne, dia
(Ianne abre a porta e se depara com Hellen)
Ianne: Você?
Hellen: Preciso ter uma conversa séria!
(Hellen entra sem pedir e Ianne fecha a porta)
Ianne: Fala!
Hellen: Calma! Eu tenho todo tempo do mundo querida!
Ianne: O Henrique está pra chegar!
Hellen: Não tenho nada pra falar com ele, meu assunto é com
você!
Ianne: O que tem pra falar comigo?
Hellen: Conheço o Henrique há mais tempo que você e creio
que não sabe muita coisa!
Ianne: E daí?
Hellen: Henrique é um lobo em pele de cordeiro, ele não
presta, ta todo apaixonado no começo, mas espera... em breve você será trocada
por outra!
Ianne: Sai daqui!
(Ianne avança em cima de Hellen e tenta tirá-la do quarto)
Hellen: Não gosta de ouvir a verdade não é...
Ianne: Isso é inveja, eu tenho o amor dele e você não!
Hellen: Fica com ele, vou esperar ele te deixar por outra e
volto pra rir da sua cara! HA HA HA!
(Ianne fecha a porta na cara de Hellen, que segue até o
elevador e aperta o botão)
Hellen: Primeiro passo dado!
Cena8 – Mansão
Truhlar, sala, dia
(Ana está sentada no sofá, pensativa, com certeza preocupada
com o crime que cometeu. Clarice entra sem uniforme, com uma mala pronta)
Ana: Clarice, por favor, traga um suco... mas o que
significa isso? Por que está sem uniforme? Que mala é essa?
Clarice: Dona Ana, ou melhor, Ana... eu estou me demitindo
Ana: o que? Como se atreve? Vá por o uniforme anda sua
incompetente antes que eu mesma te demita
Clarice: você é surda? Eu já disse, estou me demitindo.
Depois que o seu Carlos e o seu filho sairam dessa casa, eu percebi que não faz
sentido eu continuar trabalhando pra uma bruxa cafona feito a senhora
Ana: sua atrevida, o que significa isso? Ah, já sei: A
VINGANÇA DO PROLETARIADO, faça-me o favor
Clarice: agora eu posso falar tudo que eu sempre pensei da
senhora. Eu sempre odiei trabalhar aqui, sempre odiei te servir. Eu nunca seria
capaz de matar ninguém, mas cheguei a pensar em colocar veneno na sua comida.
Sempre odiei olhar pra essa sua cara de madame enrugada. Se não fosse o
dinheiro, tu iria ser mais feia a Zezé de Avenida Brasil. e agora, com licença,
vou ser feliz e não volto. Ah, só mais duas coisas. A primeira que depois eu
passo pra acertar minhas contas e a
segunda é essa...
(Clarice dá um tapa na cara de Ana e sai rindo. Ana fica
paralisada com tudo que ouviu, ainda não acreditando. Já na rua, Clarice pensa)
Clarice: ‘’essa maldita, merece morrer’’
Cena9 – Restaurante,
tarde
(Uma mulher se aproxima de Hellen)
Hellen: Queira se sentar!
Patricia: Estranhei, mas fiquei curiosa pra saber o que
deseja comigo!
Hellen: Preciso de um trabalhinho seu!
Patricia: Trabalhinho?
Hellen: Vamos direto ao assunto, conheço muito bem sua
carreira de biscate e não quero rodeios!
Patricia: Fala!
Hellen: Você vai destruir um namoro de um casalzinho!
Patricia: La vem! O que eu tenho que fazer?
Cena10 - Mansão
Truhlar, sala, tarde
Ana: empregadinha
infeliz, como ousa me humilhar, alias, como ousa pensar em me humilhar. Ninguém
me humilha, ninguém (a campanhia toca). CLARICEEEEEEEEEEE VÁ ATE... Ódio,
esqueci que essa apalermada não trabalha mais aqui. ( A propria vai atender.
Ela abre e...)
Vanessa: Saudades de mim Ana? (Vanessa entra sem ser
convidada)
Ana: Como ousa vim aqui sua piranha
Vanessa: fiquei com saudades da senhora
Ana: Como está se
sentindo todo dia quando olha no espelho?
Vanessa: Feliz?
(Ana ri)
Vanessa: Linda mansão!
Ana: Mansão que sempre invejou, tentou roubar o meu marido e
não conseguiu, aliás, ele está livre!
(Vanessa encara Ana)
Vanessa: Não tem medo do que eu possa fazer com você?
Ana: Eu tenho um cirurgião plástico, ele é ótimo, vai ser
bem difícil reestruturar esse seu rosto horroroso, mas quem sabe milagres não
acontecem! Ah, eu esqueci que o meu cirurgião só atende gente de classe, coisa
que você não é
Vanessa: Vagabunda ordinária! Você me paga!
(Vanessa avança em cima de
Ana, as duas embolam no chão e uma puxa o cabelo da outra)
ANA E VANESSA CONGELAM
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