Cena1 - Mansão
Truhlar, sala, noite
Pedro: sua desgraçada. Você me enganou
Ana: você que foi ingênuo demais achando que eu iria trocar
minha posição social por um reles motorista feito você
Pedro: Olha aqui o que eu faço com esse dinheiro, olha
(Pedro rasga o envelope)
Ana: bom, faça o que você quiser, agora saia da minha casa
Pedro: saio, com todo prazer. Vou localizar o Carlos agora
mesmo e contar tudo sobre nós dois
Ana: você não teria coragem
Pedro: ah não? E tem mais. Vou procurar a imprensa também.
Irei falar sobre os chifres que o seu marido corno te colocou
Ana: mas o meu marido... o meu marido não me chifrou. A
gente apenas se separou
Pedro: (rindo) sua tonta. Eu te segui. Eu vi você entrando
no motel e logo depois esfaqueando aquela moça no meio da rua, moça que por
sinal pode te ferrar muito. Eu tava lá, escondido. Você saiu sozinha de carro,
sem os meus serviços, desconfiei e fui atrás. Até me arrependi, porque eu
confiava em você. Mas vejo que fiz bem. E agora vou usar isso tudo pra me
vingar de você
(Pedro vai em direção a porta, Ana o detêm)
Ana: não, espere. Espere (começa a chorar descaradamente).
Me desculpe... por favor. Pedro, eu estou mal, você não percebe? Fui traida,
perdi meu filho. Não sei mais o que falo. Eu só tenho você
Pedro: você acha que eu irei acreditar em você?
Ana: amanhã mesmo... amanhã
irei assumir publicamente o nosso... o nosso amor
Pedro: (sorrindo) você... você está falando sério? Você me
humilhou tanto aqui agora que...
Ana: me perdoe, por favor. Olha, pra provar que eu ainda te
amo, queria me encontrar com você, na sua casa
Pedro: na minha casa? Mas por que?
Ana: sim. Na sua casa. Você tem um irmão né? Ele não pode
saber de nada... aliás, ele não sabe do nosso caso, sabe?
Pedro: é... não, não sabe. Mas ele tá lá agora
Ana: faz o seguinte. Vá na frente e tente tirar ele de lá.
Eu também quero resolver um problema com o meu irmão na empresa que ainda deve
estar aberta. Me dá o seu endereço que eu passo lá. Você vai ter a noite mais
prazerosa da sua vida
(Pedro a beija, depois sai sorridente. Ana limpa a boca em
sinal de nojo, sobe até o seu quarto e abre um fundo falso no guarda roupa que
só ela conhecia. De lá, ela tira uma capa de violão. Abre e olha pro que tem dentro)
Ana: e depois de anos, você finalmente será usada. (ela se
arruma e sai com a capa de violão)
Cena2- Hospital, quarto 69, noite
Hélio: transplante de rosto.
Vanessa: o que? Transplante de rosto? O senhor só pode tá de
brincadeira
Hélio: o transplante de rosto deixou de ser uma ficção cientifica
e hoje é algo possível. Claro que a riscos na realização da cirurgia e ela pode
não ser bem sucedida. O corte da senhorita foi muito profundo, porém foi apenas
em uma parte. Com uma operação bem sucedida, eu diria que o seu rosto poderia
voltar ao normal, como se a senhorita nunca estivesse sido esfaqueada
Vanessa: eu não quero rosto de ninguém. Eu quero o meu, o
meu rosto de volta. (aos gritos) se vira, e eu também não sou milionária pra
pagar uma cirurgia dessas. Saia daqui, sai
Hélio: bom, isso é uma decisão da senhorita, não posso
obriga-la. Tenha uma boa noite
Cena3 - Hotel
Furacolândia, quarto de Ianne e Henrique, noite
(Henrique volta da rua)
Henrique: oi meu amor, demorei?
Ianne: não... o que tem ai?
Henrique: um presente pra você. (ele tira da sacola uns
livros) não é bem um presente que um namorado dá a sua amada, mas acho que irá
gostar
Ianne: livros, eu adoro livros, mas pra que irei precisar
deles?
Henrique: ano que vem, você entrará na faculdade de
astronomia. Você não disse que é o seu sonho ser astrônoma? Pois é, precisa
estudar bastante e esses livros são ótimos
Ianne: (emocionada) meu amor... meu amor eu não acredito. Eu
não quero abusar de você
Henrique: nada de abuso. Você será minha futura mulher e
tudo que é meu é seu
(Ianne abraça Henrique contente. Clima de tesão no ar. Ele a
beija, os dois começam a tirar a roupa, e entre os livros, transam. Naquele
momento, Ianne perde a sua virgindade.)
Cena4 –Casa de Pedro
e Pablo, sala, noite
(Pedro chega em casa e encontra Pablo no sofá assistindo
Guerra dos Sexos)
Pedro: Pablo, eu preciso que você saia
Pablo: eita, que animação é essa? E cadê a coroa? Se acertou
de vez com ela?
Pedro: ela irá vim aqui. Mas pra ela ninguém sabe de nada
entre nós, nem você. Ela quis marcar um encontro comigo aqui e por isso te
peço, deixe-nos sozinho, deixa
Pablo: estranho isso hein? Mas tudo bem. (desliga a TV).
Quer saber? Eu vou no apê da Cibele fazer uma surpresa pra ela
Pedro: isso ai, vai. Quem sabe hoje você toma coragem e se
declara
(Pablo se arruma e sai. Pedro começa a arrumar o apartamento
enquanto Ana não chega)
Cena5 –Casa de Julio,
sala, noite
(Julio chega em casa com cara de preocupado)
Beatriz: Oi meu amor, demorou hoje
Julio: é, tive uma reunião surpresa, super chata
Beatriz: você está tenso, preocupado... aconteceu alguma
coisa?
Julio: Não, nada. É só cansaço mesmo
Beatriz: você soube que sua irmã Ana se separou do Carlos?
Julio: Não, como foi isso?
Beatriz: o motivo eu não sei. Só sei que teve um barraco na
mansão deles, ela expulsou todo mundo: filho, pai, nora... quer dizer, ex-nora
né, porque parece que o Henrique se separou da Hellen pra ficar com uma moça
pobre... pro desespero da minha cunhadinha (ela ri debochadamente)... quem me
contou isso foi a diarista daqui de casa, que é amiga da Clarice, empregada
deles, que contou pra ela
Julio: ai, fofocas e fofocas... vou subir, preciso de um
banho e de uma massagem. Vem?
Beatriz: claro meu amor (os dois vão pro quarto)
Cena 6 – Apartamento Cibele,
sala, noite
(Pablo que possui a chave do apartamento da Cibele, entra no
apartamento na intenção de surpreender ela. Porém não a encontra. Ele decide
espera-la admirando as fotos da mesma nos porta retratos da casa. De repente,
alguém abre a porta. Cibele e Marcelo entram aos beijos)
Cibele: Pablo... o que você está fazendo aqui?
Pablo: (chocado e triste com o que viu) eu... eu
Marcelo: quem é esse rapaz Bele?
Cibele: é o meu amigo e colega de trabalho. Confio tanto
nele que dei a ele a chave de casa, mas estou começando a arrepender
Marcelo: eu acho melhor você tomar dele
Pablo: Não precisa (ele coloca a chave em cima da
mesinha).... desculpa Cibele, eu não sabia que iria te encontrar aqui com o
dono da revista concorrente da Factos
Cibele: sim, a gente está namorando. Inclusive Pablo, não
queria que você comentasse isso pra ninguém da Factos, sabe como é...
Pablo:Tudo bem, fique despreocupada, eu entendo. Bom, estou
de saída e desculpe o incômodo. Tchau Cibele, tchau... Marcelo
Marcelo: tchau
(Cibele leva Pablo até a porta)
Cibele: espero que não fique chateado comigo
Pablo: claro que não. Até amanhã
(ela fecha a porta e volta a beijar Marcelo. No elevador,
Pablo)
Pablo: ela tem outro... o pior que nem pra casa eu posso
voltar... quer saber, vou dar uma volta na praia, pra espairecer um pouco.
Cena7- Hospital, quarto 69, noite
(uma enfermeira entra no quarto de Vanessa e o encontra
vazio. Ela sai desesperada)
Enfermeira: Doutor, doutor Hélio... doutor Hélio
Hélio: o que houve?
Enfermeira: a paciente do quarto 69. Ela fugiu?
Hélio: o que? Mas como isso foi possível?
(lá fora, Vanessa parte com um táxi, escondendo a cicatriz
do seu rosto com o cabelo e vestida de enfermeira, a roupa que ela usou pra
sair do hospital sem ser percebida)
Cena 8 – Hotel
Furacolândia, quarto de Ianne e Henrique, noite
(Ianne e Henrique pelados na cama. Ela se encontra dormindo
no ombro dele, enquanto ele acaricia os cabelos dela. Ianne começa a ter um
pesadelo. Ela sonha com Ninguém, o cara que sequestrou ela na ilha)
‘’Ianne: o que você quer comigo? Me solta’’
‘’Ninguém: eu vou meter, hahahaha, eu vou meter’’
‘’Ianne: não, me solta. Não’’ (ela acorda)
NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO
Henrique: O que foi meu amor? Acalme-se, foi apenas um
pesadelo. Já passou
Ianne: ai, nem quero te contar como foi. E não será esse
pesadelo que irá estragar a melhor noite da minha vida
Henrique: foi bom, foi?
Ianne: muito, foi mágico. Foi do jeito que eu sempre sonhei.
Sempre tive medo que a minha primeira vez fosse com qualquer pessoa, mas não. Foi com você, o meu
amor
Henrique: então acho que já podemos partir pra segunda vez
(ele a beija e os dois começam a transar novamente)
Cena 9 – Rua qualquer
do centro de furacolândia, noite
(Vanessa, dentro do táxi, observa as ruas, quando de
repente, vê Carlos jantando em um restaurante)
Vanessa: desgraçado.
Taxista: falou comigo?
Vanessa: Não. Pare o carro. Vou ali naquele restaurante
pegar o dinheiro pra pagar o senhor
(o taxista para o carro, ela sai e vai em direção até o
restaurante. Chegando lá, Carlos toma um susto com o que vê)
Carlos: Vanessa, mas não era pra você tá internada?
(Vanessa vira a mesa dele, todos olham. Ela pega uma faca do
chão e aponta pra ele)
Vanessa: Desgraçado. Eu to feia não to? Pois então farei
você ficar tão feio ou pior que eu. Maldito
Cena10 –Casa de Pedro
e Pablo, sala, noite
(Pedro espera ansioso por Ana, que bate a porta. Ele abre e
a beija na boca)
Pedro: meu amor, você chegou.... o que é isso com você?
(Ana entra e coloca a capa do violão em cima do sofá, abre e
de lá tira uma metralhadora. Ela aponta pra Pedro, que toma um susto)
Ana: é uma metralhadora. Pensou que era um violão?
Pedro: que brincadeira é essa? Pra que isso?
Ana: não é brincadeira. Eu vim te matar. Você se achou
esperto demais ao querer me ameaçar,mas esqueceu que eu sou capaz de qualquer
coisa pra tirar uma pedra do meu caminho. Uma pedra não... um Pedro
Pedro: (rindo) você acha que vai me matar com uma
metralhadora que nem deve tá carregada
(nesse momento, Ana mira prum vaso sobre a mesinha e atira,
quebrando ele em cacos. Pedro assusta e vê que ela não estava brincando)
Ana: essa metralhadora foi usada pelo meu avô na segunda
Guerra Mundial. Ele morreu e deixou pro meu pai. Ela iria ser do Julio, meu
irmão, mas eu a roubei. Ninguém mais lembrava dela. Ela esteve esse tempo todo
escondida, caso eu precisasse usa-la e hoje finalmente, usarei
Pedro: Ana, larga isso. É uma loucura você me matar e logo
aqui em casa. Eu não vou contar nada pra ninguém. Se você me der uma boa grana,
eu saio do país, vou pra Europa
Ana: escolhi sua casa porque é um local acima de qualquer
suspeita. E uma pena que você vai morrer sem conhecer a Europa
(nesse momento, ela aperta o gatilho e atira. Pedro cai
morto no chão)
PEDRO CONGELA
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