Cena1 - Exposição
sobre o universo no centro, noite
Henrique: Perai, eu te conheço. Você é aquela moça que ontem
estava no meio da rua no centro da cidade anunciando o fim do mundo
Ianne: (tem uma vaga lembrança do que aconteceu em um flash
back) Meu Deus. Agora que eu to lembrando de você. Ai que vergonha, desculpa te
incomodar
(Ianne dá a volta pra sair mas Henrique a segura pelo braço)
Henrique: Ei, você não está me incomodando, ao contrário.
Gostei de ter te reencontrado. Desde aquele dia você não saiu da minha cabeça,
fiquei muito impressionado com você
Ianne: Olha, você deve tá me achando uma louca e é isso que
eu sou. Me desculpa mesmo por ter te atrapalhado no transito
Henrique: Olha, eu te desculpo só se você aceitar tomar um
suco comigo em uma lanchonete. Vamos?
Ianne: Ah, mas... tudo bem, vamos. Prazer, Ianne
Henrique: Henrique
Cena2 - Mansão
Truhlar, sala, noite
Ana: Ah Carlos, eu fui visitar minhas amigas pra passar o
tempo. Inclusive já dispensei o Pedro, acho que não precisaremos mais dos
serviços dele
Carlos: Ah, então tudo bem. É porque você não costuma sair,
então...
Clarice: (entrando) O jantar está pronto. Henrique ligou e
disse que iria jantar com a noiva dele
Carlos: Ah sim, vamos pra mesa meu amor
Cena3 - Prédio Factos
and factos, sala do Julio, noite
Pablo: (entrando) Senhor Julio, com licença. Tem uma moça
querendo falar com o senhor
Julio: Uma moça? Bem, pode mandar entrar
Pablo: Eu já posso ir embora ou o senhor ainda vai precisar
de mim
Julio: Pode ir sim. A Cibele já foi
Pablo: Sim, ela está muito empolgada com a capa sobre o
apocalipse
Julio: Sim, ela é muito competente. Tenho certeza que está
se saindo bem
Pablo: Bom, vou pedir a moça pra entrar. Boa noite Julio
(Pablo sai e em seguida entra Rebeca na sala de Julio)
Julio: Rebeca? Que surpresa boa. Não sabia que você tinha
voltado de Buenos Aires
Rebeca: Cheguei hoje queria te fazer uma surpresa
(os dois se abraçam, depois se beijam)
Cena4 – Lanchonete,
noite
(Ianne e Henrique conversam. A essa altura ela já tinha
contado toda sua historia pra ele)
Ianne: Então, pode começar rir de mim
Henrique: Rir? Mas por que eu riria de você?
Ianne: Por me achar uma criançona, por ter medo de historias
sobre o fim do mundo, de ter medo de dormir sozinha
Henrique: Ei, eu jamais riria de você por isso. Até porque
no fundo todo mundo tem esses medos,porém alguns demonstram, outros não
Ianne: Nossa, me surpreendi agora com você. Eu sempre fui
zoada pelas pessoas, sofria bullying na escola por causa dos meus surtos. Até o
médico que queria me internar já riu de mim.
Henrique: Eu acho isso ridiculo, eu jamais te criticaria por
isso. Mas mudando de assunto, eu percebi que você gosta do universo né?
Ianne: Sim. Desde criança ele sempre me fascinou. Sempre
gostei de ver estrelas, a lua, o sol. Tudo que tem a ver com o universo. Meu
sonho é ser astrônoma, mas eu sou pobre, então...
Henrique: Então o que? Vem cá, o fato de você ser pobre, não
significa que você não possa realizar seu sonho. Você tem que batalhar por ele,
ir de cabeça nos estudos e nunca pensar em desistir. Eu por exemplo, apesar de
ter uma posição social alta sonho em entrar num foguete e não é por causa das
dificuldades que eu vou desistir
Ianne: Nossa, você em pouco tempo falou tudo o que eu queria
ouvir na vida. Ninguém nunca me apoiou nesse meu sonho, acha besteira. Convivo
no meio de gente que acha que lugar de mulher pobre é no tanque
Henrique: Nossa, bem antigo isso viu. Esse tempo já passou.
Seu namorado deveria te apoiar a você realizar seu sonho
Ianne: Eu não tenho namorado
Cena5 – Casa de Pedro
e Pablo, noite
(Pablo chega da Factos and Factos)
Pablo: Ai, finalmente cheguei. Beleza mano
Pedro: Beleza. Que sorriso é esse no seu rosto?
Pablo: É a Cibele. Me deu um beijo no rosto hoje
Pedro: hahahahaha, que coisa mais adolescente. Parte pra
cima dela logo brother, assim como eu partir pra cima da minha patroa hoje
Pablo: Que história é essa? Você fala da Ana?
Pedro: Eu to
precisando compartilhar isso com alguém. Senta ai
(Pablo pega uma cerveja na geladeira e senta)
Pedro: Eu e minha patroa temos um caso. Hoje a gente saiu,
uma loucura
Pablo: Cara, loucura mesmo. Você é doido? Aquela mulher tem
uma posição social bem acima da sua, se descobrem... Até eu que sou empregado
do irmão dela posso perder meu emprego
Pedro: IIIII, fica tranquilo ai. Impossivel alguém
descobrir. O marido dela não tá nem ai. E outra, ela disse que pensa em separar
do doutor Carlos para ficar comigo. Com a bolada que eu posso receber com isso
tudo, talvez nem você precise trabalhar
Pablo: até parece que aquela granfina vai largar o status
dela pra viver com um simples motorista por causa de uma tara de pegar homens
mais novos né? Olha, você toma muito cuidado tá? Quer saber, eu vou é tomar um
banho pra não ouvir mais besteira
Pedro: Vai lá sonhar com o beijo da sua jornalista debaixo
do chuveiro, vai
(Pablo joga um travesseiro no irmão sorrindo)
Cena6 - Mansão
Truhlar, sala de jantar, noite
(Ana e Carlos jantam. Celular de Carlos toca)
Carlos: Alô
Vanessa: Oi meu magnata, senti saudades da sua voz
Carlos: Ah, doutor Vanderson, é pra levar a papelada amanhã?
Vanessa: Ah?
Carlos: Tudo bem então. Vou terminar de assinar e amanhã te
entrego. Tchau. Boa noite
Vanessa: Não, espe... (Carlos desliga o celular)
Ana: Quem era?
Carlos: É um cliente, nada de importante.
Ana: Pra ele ligar essa hora...
Carlos: Bom, já terminei meu jantar. Irei tomar banho, te
espero no quarto (Carlos se retira, mas esquece o celular em cima da mesa de
jantar. Ana pega e vai nas chamadas recentes)
Ana: (surpresa) Mas aqui está dizendo que Vanessa ligou pra
ele. Por que ele mentiria pra mim?
(Ana percebe que Clarice se encontra na sala a observando)
Ana: O que está olhando? Saia daqui sua anciã
Clarice: Com licença senhora
Ana: Seja o que for, eu vou descobrir qual é a verdadeira
relação do Carlos com essa Vanessa
Cena7 – Casa de Pedro
e Pablo, noite
(Pedro, sentado
no sofá, tem um flash back da tarde que esteve com Ana em um motel)
Pedro: Ana, quando é que você vai me assumir, hein?
Ana: Pedro, você sabe que as coisas não são assim. Eu sou
uma mulher da sociedade, seria um escândalo eu te assumir de uma hora pra
outra. E depois se meu marido suspeitar que eu o traio, ele pode me deixar sem
nada, você me quer pobre?
Pedro: você sabe que eu amo é você e não seu dinheiro
Ana: ah tá, até
parece que você iria se apaixonar por uma mulher mais velha se não fosse o
dinheiro. Mas tudo bem, você me diverte, coisa que o meu marido não faz
Pedro: o fato de você ser rica é bom, não vou negar. Mas
desde que eu comecei a trabalhar na sua casa, eu tenho atração pela senhora. O
que me incomoda mesmo é saber que talvez a senhora nunca me assuma
Ana: eu vou te assumir sim, basta ter paciência e esperar
que eu tire uma boa grana do meu marido para garantirmos o nosso futuro. Agora
vamos parar de falar disso e me beija
Pedro: estou as suas ordens
(os dois se beijam, agarrados entre os lençóis do motel)
Cena8 – Restaurante,
noite
Hellen: Atende esse telefone Henrique, aaaargh. Quer saber,
não vou esperar mais nem um minuto. Vou atrás dele nessa exposição, ele que me
aguarde. Garçom, faz favor
Garçom: As ordens senhorita
Hellen: Toma. Acho que esse dinheiro aqui paga minha conta.
Pode ficar com o troco
Garçom: Obrigado senhorita, volte sempre
Hellen: Senhorita, não. Senhora... futura senhora Truhlar
Cena9 - Prédio Factos
and factos, sala do Julio, noite
Julio: como eu estava com saudades dos seus beijos.
Rebeca: eu também, muita. Como anda seu casamento com a
Beatriz?
Julio: a mesma coisa. Ela sempre com aquele jeito futil
dela. Por mim eu pedia a separação pra ela agora mesmo e te assumiria, mas
Rebeca: não precisa falar mais nada. Eu já sei porque você
não me assume. Mas tudo bem, eu nasci pra ser a outra, não posso reclamar
Julio: olha, eu quero pagar o apartamento onde você está
hospedada. Alias, quero pagar todos os seus gastos
Rebeca: não precisa se incomodar comigo. Eu sei me virar
Julio: eu insisto. Você sabe que eu te amo e que não te
quero apenas por diversão. Quero me sentir como se fosse o seu marido e não
como amante
Rebeca: bom, tudo bem. Se você insiste
(Rebeca faz carinho em Julio até que alguém bate na porta da
sala dele)
Beatriz: Meu amooooooooor, você está ai? Você não chegava em
casa, resolvi te fazer uma surpresa
Julio: Meu Deus, é a minha mulher
Rebeca: o que iremos fazer agora?
Cena10 – Rua onde
acontece a exposição sobre o universo e onde se localiza a lanchonete, noite
(Hellen no carro, chega a porta da exposição, mas avista de
longe, Henrique na lanchonete com Ianne e vai na direção deles)
Henrique: desculpa, eu não podia imaginar que uma menina
linda como você não tem namorado
Ianne: que isso, magina. Mas você deve ter, né?
Henrique: bom, eu...
Hellen: (chegando) Henrique, posso saber o que significa
isso? Quem é essa garota?
HELLEN CONGELA
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