Cena 1 / Mansão de Otávio / Escritório / Interior /
Noite.
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior.
Otávio olhando para Pedro incrédulo.
Otávio – Que isso Pedro? Eu posso ser qualquer coisa, mas
assassino jamais! Jamais tentaria matar alguém!
Pedro – Será papai? Será mesmo?
Otávio – Me respeite Pedro!
Pedro solta uma gargalhada.
Pedro – Calma pai! Não leve tudo tão a sério! Eu estava
apenas brincando!
Otávio - É bom mesmo!
Cena 2 / Apartamento de Agenor / Sala / Interior / Noite
Carmem deixa Janaína entrar.
Carmem – Sente-se!
Janaína – Obrigada!
Carmem – Então? O que tem pra me dizer a respeito do Juliano?
Janaína – Ele está metido com drogas e com gente da
pesada!
Carmem – Gente da pesada?
Janaína – Sim! Ele compra drogas de um traficante do
morro onde eu moro, o cara é cruel, não perdoa ninguém!
Carmem – Espera um pouco! Do morro onde você mora? Foi você
que levou meu filho para esse lugar!
Janaína – Claro que não!
Carmem – Claro que foi! Meteu meu filho nesse mundo de
bandidos e agora vem aqui arrependida! Mas não se preocupe, meu filho não
voltara lá!
Janaína – É o melhor para ele!
Carmem – Agora rua! Pode ir embora por que eu não gosto
de gente como você!
Janaína – Gente como eu? Eu venho aqui lhe fazer um
favor, prestar solidariedade e...
Carmem – Chega menina! Sai da minha casa!
Janaína – Talvez seja por isso que o Juliano use drogas,
para fugir de uma mãe doida como a senhora!
Carmem – Ag...
Janaína – Não se preocupe, já estou saindo!
Janaína sai.
Carmem – Mas é só o que me faltava, leva meu filho para
esse morro, apresenta ele ao um traficante e depois vem a minha casa se fazendo
de boazinha?! É o cúmulo!
Cena 3 / AMANHECE.
Cena 4 / Apartamento de Agenor / Sala / Interior / Manhã
Agenor está na sala, mexendo em sua pasta, Carmem entra.
Carmem – Amor?
Agenor apenas a olha.
Carmem – Recebi uma visita ontem a noite, mas quando fui
deitar você já estava dormindo, então não quis lhe acordar!
Agenor – E o que aconteceu? Deve ser realmente grave não
é? A ponto de você vir me contar!
Carmem – Sem ironias Agenor, por favor!
Agenor – Estou escutando, vamos, fale!
Carmem – Veio aqui, uma moça e ela disse que Juliano está
metido com drogas e se metendo com um traficante da pesada!
Agenor – Há é?
Carmem – Há é? É só isso que tem a me dizer?
Agenor – Você não acostumada a resolver os problemas da
nossa família sozinha? Pois bem, resolva esse também! Por que eu tenho que
trabalhar em meu maravilhoso e bom emprego! Até mais tarde.
Agenor sai. Carmem fica parada com cara de tacho.
Cena 5 / Grupo Santiago / Recepção presidência / Interior
/ Manhã
Otávio chega.
Otávio – Agenor já está em minha sala?
Natasha – Ainda não doutor Otávio!
Otávio – Ótimo, venha comigo!
Natasha – Sim senhor!
Cena 6 / Casa de Rogério / Cozinha / Interior / Manhã
Rogério sai da porta que dá para o porão.
Rogério – Eu vou descobrir se Daniel é realmente quem
vocês pensam!
Cena 7 / Belém / Pensão / Quarto de Ana / Interior /
Manhã
Ana deitada acorda assustada.
Ana – Adolfo!
Ana vai ao banheiro lava o rosto.
Ana – Que sonho maluco! Será que ele está bem? Nunca mais
tive notícias!
Ana vai até sua bolsa e acha o cartão de Adolfo.
Cena 8 / Grupo
Santiago / Frente / Externo / Manhã
Agenor chega. Cícero está parado no estacionamento.
Agenor – Cícero!
Cícero – Como vai Agenor?
Agenor – Bem... Estou trabalhando na diretoria com o
chato do Otávio!
Cícero o encara e fica pensativo por alguns segundos.
Cícero – Que maravilha!
Agenor – Nem tanto!
Cícero – Deixe-me ir andando!
Cena 9 / Grupo Santiago / Sala de Otávio / Interior /
Manhã
Otávio – Sente-se!
Natasha – Obrigado!
Otávio – Como vai sua mãe?
Natasha – Vai bem obrigada!
Otávio – Soube que o lugar onde vocês moram para uma
senhora de idade não é muito bom... É verdade?
Natasha – É... Realmente não é muito apropriado!
Otávio – Pois bem... Eu tenho uma proposta para você!
Natasha – Proposta?
Otávio – Quanto você quer para separar minha filha do tal
Daniel?
Natasha o olha e fica sem resposta.
Cena 10 / Apartamento de Maria / Sala / Interior / Manhã.
Cícero entra furioso em casa.
Maria – O que foi? Ou melhor, o que está fazendo aqui?
Cícero – Você acredita que o pulha do Agenor foi
promovido e eu não?
Maria – Como?
Cícero – O palhaço foi promovido, está lá na diretoria no
bem bom e eu que sou sócio não! É um absurdo isso! Um absurdo!
Maria – Se ele foi promovido foi por que mereceu!
Cícero – Isso não vai ficar assim! Pode ter certeza!
Cena 11 / Shopping / Interior / Manhã
Samantha passa por Márcia.
Samantha – Olá!
Márcia – Olá!
Uma garoto passa correndo pelas duas e derruba Márcia,
que cai no chão com fortes dores na barriga. Samantha corre para ajudá-la.
Samantha – você está bem?
Samantha leva Márcia para a enfermaria.
Cena 12 / Rua / Externo / Manhã
Pedro passa de carro por Manoela e para.
Pedro – Quer carona?
Manoela sorri.
Manoela – Meu carro está logo ali!
Pedro – Que tal tomarmos um drinque hoje? Está me devendo
isso! Pelos velhos tempos!
Manoela olha para o relógio.
Manoela – Não posso demorar!
Pedro desce do carro e abre a porta para Manoela.
Manoela – Obrigada!
Pedro sorri.
Cena 13 / Shopping
/ Enfermaria / Interior / Manhã
Márcia – Muito obrigada!
Samantha – Não foi nada!
Márcia – Acho que agora me resta ir para a casa e
descansar!
Samantha – Eu lhe levo em casa!
Márcia – Não, imagina!
Samantha – Eu faço questão!
Cena 14 / Bar / Interior / Manhã
Manoela e Pedro conversam próximos um ao outro. Clésio os
observa e se aproxima.
Clésio – Manoela?
Manoela – Pai!
Clésio – Não vai me apresentar seu... Amigo?
Pedro estende a mão.
Pedro – Pedro Santiago senhor! Já nos conhecemos!
Clésio o olha e segundos depois estende a mão.
Clésio – Vamos embora Manoela? Sua mãe está aflita
querendo falar com você!
Manoela estranha.
Clésio – Foi um prazer revê-lo ou conhecê-lo!
Os dois saem. Pedro os observa e termina de tomar seu
whisky rapidamente.
Cena 15 / Morro / Casa de Caveira / Interior /Manhã
Carmem – Eu vou entrar sim e vou falar com ele! Saia da
minha frente!
Capanga – A moça tá pedindo bala!
Caveira – Calma! Eu recebo ela!
Carmem olha para aquele homem cheio de correntes de
prata, com um sorriso tão amarelo quanto seu dente canino de ouro,
barba por fazer e uma pistola na cintura.
Caveira – E ai? O que que a madame quer?
Carmem – Eu quero que você pare de vender essas porcarias
para o meu filho!
Caveira – Como e que é?
Carmem – É isso mesmo! Trate de vender essa suas coisas
longe do meu filho!
Caveira – Eu não obrigo ninguém a comprar, se seu filho
compra é por que gosta... E isso aqui é um negócio, eles vem e eu vendo!
Carmem – Ao meu filho você não vende mais! Se meu filho
aparecer drogado em casa de novo eu volto aqui, só que com a policia!
Caveira se aproxima de Carmem fazendo-a encostar-se à
parede. Carmem fica apavorada, sua respiração está ofegante.
Caveira – A senhora está me ameaçando?
Mesmo tremula Carmem se mantém firme.
Carmem – Sim, estou!
Caveira – A senhora perdeu a noção do perigo mesmo! Vem
até o meu morro para me ameaçar?
Caveira puxa a arma da cintura e coloca na cabeça de
Carmem.
Carmem – O que você vai...
Caveira – Tá com medinho?
Caveira engatilha a arma.
Fim do Capítulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário