VIDA NAS MÃOS
Capítulo 1
CENA 1/ CIDADE /PLANO GERAL /DIA
Letreiro: Cafundonópolis do Norte
Ao som de “Titãs – É preciso saber viver”, camêra vai passando pela cidade. Pelo caminho, se vê uma grande floresta. Algumas poucas casas. Câmera para. Close em uma mansão.
Letreiro: Mansão Felisberto.
CENA 2/ MANSÃO FELISBERTO /SALA / INTERIOR/ DIA
Afonso e Vânia conversam sobre o futuro dos filhos.
Vânia – (preocupada) Querido, tem certeza que quer mesmo fazer isso? Os tempos mudaram, não é mais como no nosso tempo...
Afonso – Claro que sim! Os tempos podem ter mudado, mas eu não mudei! Foi assim comigo e será assim com eles!
Vânia – Mas, querido... eles ainda são crianças... /
Afonso – (corta) Crianças nada, mulher! Eles já estão na idade! Terão que provar que são homens de verdade, que nem o pai deles!
CENA 3/ MANSÃO FELISBERTO /QUARTO / INTERIOR/ DIA
Evandro e Gregório estão deitados em suas camas conversando...
Evandro – E aí, Gregório. O que você acha que tá acontecendo lá na sala?
Gregório – Não sei.
Evandro – Como é que você pode tá aí tranquilo...
Gregório – Você que é um medroso! Sempre foi... Só porque nos mandaram ficar aqui dentro e não descer em hipótese alguma até eles chamarem...
Evandro – Sim, deve tá acontecendo alguma coisa estranha que não podemos saber...
Gregório – Relaxa, seu medroso! Vai ver queriam namorar sem serem incomodados! Hahaha
Batidas na porta. Gregório levanta de sua cama e abre.
Afonso – Meus filhos, arrumem-se que vamos sair!
Evandro – Onde vamos pai? (ansioso)
Afonso – Vocês saberão! Agora arrumem-se e eu espero vocês lá na sala!
Gregório fecha a porta.
CENA 4/ MANSÃO FELISBERTO / SALA/ INTERIOR/ DIA
Vânia aguarda sozinha na sala.
Vânia – (pensando) Eles ainda são jovens... É cedo ainda! Eles terão a vida toda pra isso...
Afonso desce as escadas e vê sua esposa.
Afonso – Que isso, mulher? Até parece que to levando nossos filhos para o matadouro!
Vânia – É que eu acho cedo. Você parece que vive no século passado!
Afonso – Um dia isso iria acontecer... É melhor que seja com alguém que eu confio!
Evandro e Gregório descem.
Gregório – Estamos prontos! Podemos ir?
Afonso – Estão bem. Vamos, então!
Afonso, Gregório e Evandro estão saindo...
Vânia – Vão com Deus! (grita)
Evandro – Obrigado, mãe! Até logo.
Vânia – (pensando) Que dê tudo certo!
CENA 5 /MANSÃO FELISBERTO /EXTERIOR /DIA
Evandro – Para onde estamos indo, pai?
Afonso – Acalmem-se, vocês vão gostar! - sorri misterioso
Gregório – Não liga, pai. O Evandro é um medroso! - debocha
Evandro – Cala a boca Gregório, eu apenas estou curioso...
Afonso – Sem brigas! Agora entrem no carro e vamos logo!
Cena 6 /RUA INDETERMINADA /EXTERIOR /DIA
Jussara – Anda logo, Michelle! Você sabe que teremos visita hoje!
Michelle – Calma, dona Jussara! Estou indo!
Jussara dá um tapa na nuca de Michelli.
Jussara: Pois trate de andar mais rápido! Já estamos atrasadas! Daqui a pouco eles chegam lá e não estamos... Não deixo visita minha esperando!
Cena 7 /ESTRADA /EXTERIOR /DIA
O carro com Afonso, Gregório e Evandro seguem pela estrada rumo ao destino que só o pai conhece, ao som de “Raul Seixas – Eu nasci há 10 mil anos atrás”.
Cena 8 /RUA INDETERMINADA /DIA
Jussara – Michelle, assim que colocarmos os pés em casa, você trate de tomar um banho e fica bem bonita para recebermos eles.
Michelli – Pode deixar, dona Jussara! Bonita eu já sou, ficarei ainda mais!
Jussara – Quero só ver...
CENA 9 /ESTRADA /EXTERIOR /DIA
Letreiro: 30 min depois...
O carro com a família Felisberto segue. Logo após uma curva, Afonso toma uma estradinha de terra e vai reduzindo a velocidade. Até que algum tempo depois, para o carro.
Afonso – Meus filhos, desçam! Chegamos!
Evandro – (preocupado) Onde estamos? Que lugar é esse?
Gregório – Olha ali Evandro, tem uma placa!
Câmera dá um close na placa.
Letreiro: Casa das Pombinhas
Câmera congela em Afonso, sorrindo.
FIM DO CAPÍTULO
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