sexta-feira, 5 de abril de 2013

Vida Fatal - Capítulo 45


Cena 1/ Mansão Martins/ Sala/ Interno/ Dia
OTÁVIO: Por que você fez isso?
LARISSA: Você sabe que eu odeio a Adriana e, mesmo assim, você vem aqui para me convidar a ir a esse casamento? Por favor, Otávio. Que cara de pau.
OTÁVIO: Eu só quis ser educado. Desculpa. Mas, caso você queira aparecer, o casamento será na próxima semana na igreja onde aconteceu o casamento da Fátima e do Guilherme.
LARISSA: Você pode ter certeza que eu não vou.
OTÁVIO: Mesmo assim, eu queria que você fosse.
(Otavio sai. Larissa senta no sofá e chora)

Cena 2/ Delegacia/ Interno/ Dia
(Rose entra)
ROSE: Com licença. Eu recebi uma intimação para depor sobre o assassinato do Ramiro.
DELEGADO: É aqui mesmo. Sente-se.
(Rose se senta)
DELEGADO: A senhora era a secretária de Ramiro Albuquerque?
ROSE: Sim.
DELEGADO: E como era a sua relação com o Ramiro? Como ele era na empresa?
ROSE: Eu tinha uma relação bastante amistosa com o seu Ramiro e ele era um presidente compenetrado, esforçado, que lutava mesmo pela empresa.
DELEGADO: Sei. E o que você me diz quanto a isso?
(O delegado coloca na mesa cópias das cartas encontradas por Guilherme na mesa de Rose, as cartas que mostram que Rose era amante de Ramiro)
ROSE: Seu delegado, eu não matei o seu Ramiro. Eu juro pela minha vida. Eu não matei. Nem naquela festa eu estava. 
DELEGADO: Calma. Eu só quero saber se essas cartas são verdadeiras. 
ROSE: São verdadeiras sim. Eu tinha um caso com o Ramiro.
DELEGADO: E como era esse caso?
ROSE: Eu amava o Ramiro e nosso caso não era só sexo, sexo e sexo. Tinha amor no meio dele.
DELEGADO: você tem algo a mais para me dizer?
ROSE: Tenho sim. O Ramiro tinha um comportamento muito estranho com a Celina e com o Otávio.
DELEGADO: Como assim?
ROSE: O Ramiro defendia muito eles. 
DELEGADO: Obrigado pela informação.

Cena 3/ Paisagens de Ribeirão Preto/ Dia

Cena 4/ Asilo/ Interno/ Dia
(Paula e Renato estão passeando pelo pátio do asilo acompanhado por uma cuidadora. A cuidadora aponta em direção a Luzia e o casal se aproxima dela)
PAULA: Mamãe.
LUZIA: Paulinha.
(Paula e Luzia se abraçam)
PAULA: Quanta saudade da senhora.
LUZIA: Eu também, minha filha. Pensei que você nunca mais viria a Ribeirão.
PAULA: A minha vida no Rio está muito corrida. Mãe, esse é meu noivo Renato.
LUZIA: Muito prazer. Sou Luzia.
RENATO: O prazer é todo meu, dona Luzia.
LUZIA: Filha, que rapaz bonito você arranjou para casar. (para Renato): eu quero te conhecer melhor, rapaz. Para ver se você está apto para se casar com a minha filha.
PAULA: Ela está brincando, meu amor.
RENATO: Eu percebi.
(Os três riem)
PAULA: A senhora está nesse asilo desde quando?
LUZIA: Desde que a Thais foi embora para o Rio de Janeiro. Cadê ela?
PAULA: Viajou; mamãe. Ela não está mais no Rio.
RENATO: Ela não poda fazer algo tão inescrupuloso com a senhora. Quer dizer, me desculpe.
LUZIA: Não precisa se desculpar não, rapaz. Você está coberto de razão. Eu pari e criei um monstro. A Thais é um monstro.
PAULA: Não diga isso.
LUZIA: Mas é a verdade, Paula.
RENATO: A senhora não confunde suas filhas?
LUZIA: Claro que não. Eu sei muito bem quem é a Paula e quem é a Thais.

Cena 4/ Mansão Albuquerque/ Sala/ Interno/ Dia
(Juliana, com uma mochila nas costas, desce as escadas correndo. Ela vai até a porta e tenta abri-la, mas não consegue, pois ela está trancada. Celina entra)
CELINA: Algum problema, Juliana?
JULIANA: Celina, eu sei que você tem as chaves. Abre essa porta e me deixa sair.
CELINA: Seu pai disse para que eu não deixe você sair.
JULIANA: Celina, você sabe mais do que ninguém do Inferno que eu estou passando dentro dessa casa. Por favor, me deixa ser livre, me deixa sair.
(Celina entrega as chaves para Juliana)
CELINA: Cuidado e juízo, menina. Você vai atrás do meu neto?
JULIANA: Vou, mas não agora. E muito obrigada pela ajuda, Celina. Eu nunca me esquecerei disso.
(Juliana sai)

Cena 5/ Delegacia/ interno/ Dia
DELEGADO: O Guilherme disse que tinha uma relação bastante amistosa com o Ramiro.
OTÁVIO: Isso é mentira do Guilherme.
DELEGADO: Eu percebi na hora que era mentira dele. O depoimento dele não bateu com os depoimentos anteriores.
OTÁVIO: Foi ele que matou o seu Ramiro. Eu tenho certeza.
DELEGADO: Calma, Otávio. Calma. Bom, eu já mandei uma intimação para Larissa Martins, sua ex-mulher. Ela será a próxima a vim depor.

Cena 6/ Lanchonete/ Interno/ Dia
JÉSSICA: E você descobriu o nome da sua mãe?
JULIANA: Sim. E o mais incrível das coincidências é que o nome da minha mãe é o mesmo nome da sua madrinha: Luciana Ferreira.
JÉSSICA: Você acha que a minha madrinha possa ser sua mãe?
JULIANA: Sim. E é por isso que eu quero saber se você pode me levar até ela.
JÉSSICA: É claro que eu levo.

Cena 7/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Noite

Cena 8/ Mansão Martins/ Quarto de Sérgio/ interno/ Noite
(Sérgio está grafitando uma parede do seu quarto. Ele termina.)
SÉRGIO: Pronto.
(A CAM mostra a parede inteira, mostrando o grafite feito por Sérgio: o rosto de Juliana)

Cena 9/ Mansão Albuquerque/ Sala/ Interno/ Noite
GUILHERME: Fugiu?
CELINA: Sim. Ela me empurrou, pegou as chaves que estava no meu bolso e saiu com uma mochila atrás das costas.
GUILHERME: Eu não acredito.
FÁTIMA: E para piorar, ela encontrou a certidão de nascimento dela.
GUILHERME: Não pode ser.
FÁTIMA: Pensa pelo lado positivo, meu amor. Sua filha é sinônima de encrenca. É muito melhor ver essa menina longe da gente do que perto, você não acha?
GUILHERME: Você não percebe, Fátima? Agora que a Juliana descobriu o nome da mãe dela, ela vai atrás da Luciana.

Cena 10/ Delegacia/ Interno/ Noite
DELEGADO: E como era a sua relação com o Ramiro?
LARISSA: Era uma relação boa. Ele tinha muito apreço por mim e eu por ele.
DELEGADO: E na festa? Como era seu comportamento?
LARISSA: Normal. Eu estava com meu namorado, o Alberto, o tempo todo.
DELEGADO: Ok.
LARISSA: Tem algo que eu trouxe que eu acho que pode ser importante nas investigações.
(Larissa entrega o DVD para o delegado)
LARISSA: Isso é um DVD da festa do seu Ramiro, de todos os momentos da festa.
DELEGADO: Muito obrigado. Eu tenho certeza que esse vídeo será muito importante.

Cena 11/ Condomínio Jatobá/ Apê de Luciana e Jéssica/ Sala/ Interno/ Noite
(Jéssica entra)
LUCIANA: Até que enfim você chegou.
JÉSSICA: Eu demorei porque eu estava conversando com uma amiga, a Juliana, que eu trouxe aqui ontem.
LUCIANA: Ah sim, sei. E como ela está?
(Juliana entra)
JULIANA: Eu estou bem.
LUCIANA: Oi, Juliana, tudo bem?
JÉSSICA: Bom, eu vou deixar vocês a sós.
(Jéssica sai)
JULIANA: Luciana tem uma coisa louca que aconteceu na minha vida e que eu preciso falar com você. Eu cresci sem mãe. Ela me abandonou quando eu era uma criança. Recentemente, eu descobri o nome da minha mãe e por uma incrível coincidência, o nome dela...
LUCIANA: É o mesmo que o meu. Eu sei até que ponto você quer chegar com isso, minha filha.
JULIANA: Filha?
LUCIANA: Sim. Eu sou sua mãe, Juliana.
JULIANA: Mãe.
(Juliana e Luciana se abraçam, emocionadas)
(Congela em Juliana e Luciana, se abraçando)

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